História: 8 tópicos que podem cair no ENEM sobre a Era Vargas

Professor Dimas relembra temas importantes e alerta sobre o que o aluno deve revisar antes da prova

História: 8 tópicos que podem cair no ENEM sobre a Era Vargas

Professor Dimas relembra temas importantes e alerta sobre o que o aluno deve revisar antes da prova

Era Vargas é um momento da história brasileira que costuma ser bastante abordado no ENEM. Pensando nisso, o prof. Dimas respondeu 8 perguntas e destacou os principais tópicos sobre os 15 anos de Getúlio Vargas no poder.

Se você não se lembra muito bem sobre esse tema, confira no post anterior um resumo sobre a Era Vargas.

1. Qual é a característica mais marcante desse governo?

“A principal característica e a primeira coisa que o aluno deve estudar sobre a Era Vargas para o ENEM é o populismo”, afirma o prof. Dimas. Como o governo de Getúlio Vargas era populista, é importante saber que o poder foi concentrado na figura carismática de um líder.

Com ajuda de muita propaganda e com a criação das leis trabalhista, Vargas foi considerado o “pai dos pobres” – uma pessoa bondosa que cedia uma série de benefício aos pobres e trabalhadores.

2. O que foi a Revolução de 1932?

A Revolução de 32 foi um movimento organizado por São Paulo, que tinha perdido o seu destaque no cenário político nacional, para reivindicar um interventor civil de paulista, a criação de uma nova constituição e eleições para presidente.

Ela teve duração de três meses e acabou com a vitória de Vargas. Os efeitos positivos da revolução foi que São Paulo ganhou um Interventor Civil e Paulista, chamado Armando Sales de Oliveira, e Vargas fez eleições para a presidência em 1934.

3. O que previa a Constituição de 1934?

“A Constituição de 1934 cai bastante no ENEM porque é a primeira vez, por exemplo, que as mulheres vão poder votar”, explica o professor de história.

Além do voto feminino, ela incorporou o voto secreto, os deputados classistas (eleitos pelos sindicatos), regulamentou as leis trabalhistas e estabeleceu ensino público primário. O mandato passou a ter duração de 4 anos, sem direito a reeleição e foram criadas a justiça do trabalho e a justiça eleitoral.

4. Quais são os motivadores para a ditadura do Vargas?

O grande motivador foi a “Ameaça Comunista”. Muitas pessoas temiam que o comunismo ganhasse força no Brasil.

Em relação à ascensão de Vargas, temos que entende que antes dele, o Brasil contava com a política do “Café com Leite”. Ela representava os anseios dos latifundiários e dos cafeicultores – de São Paulo e Minas Gerais.

A classe média, a burguesia e o proletariado não eram representados por esse regime. Então, Vargas conquista o poder com a revolução de 30 aproveitando essa demanda.

Vale lembrara que a Revolução de 30 não foi popular, mas Vargas sabia que teria apoio popular, tanto que ele vai criou as leis trabalhistas, a escola pública (o ensino primário obrigatório gratuito) e outros.

5. Qual foi a maior contradição da Era Vargas?

Diante do cenário da Segunda Guerra Mundial, Vargas entrou em contato tanto com os Estados Unidos, quanto com a Alemanha para negociar um apoio político. Como o EUA fez uma proposta maior, O Brasil entrou na luta contra o nazifascimo.

“O Brasil não participa da Segunda Guerra Mundial por uma questão ideológica”, ressalta Dimas.

Nesse momento, Vargas deixa a sua ideologia de lado – os valores que tanto admirava no regime fascista – em troca de recurso para a instauração da siderúrgica de Volta Redonda, para a indústria de base.

Só que questão está no fato do Brasil contribuir para a derrota do nazifascismo, sendo que ele tinha um governo ditatorial de grandes influencias fascistas.

Quando termina a guerra, Vargas vai sofrer uma forte pressão tanto interna dos intelectuais, escritores, políticos e da UNE – União Nacional dos Estudantes –, quanto externa dos Estados Unidos.

Dessa forma, não há escapatória. O Brasil passa pelo processo de democratização, com Vargas ainda no poder.

6. Qual a diferença do Estado Novo da Ditadura Militar – os dois momentos de autoritarismo no Brasil?

No Estado Novo, o legislativo é literalmente extinto. Ele não funciona e está fechado o tempo todo. Como o poder está todo na mão do Poder Executivo, ele é extremamente centralizado.  Já no Regime Militar, o legislativo continua funcionando.

“Lógico que existem períodos em que você tem recesso, mas são breves”, destaca Dimas. Boa parte do tempo eles estão funcionando, porém com o legislativo dominado pela Arena, o partido da situação, que apoiava o regime.

Em relação à economia, o Estado Novo tem o Nacionalismo Econômico, a questão da intervenção do Estado na economia. Já o Regime Militar tem a abertura para capital e investimento externo – inclusive a prática de empréstimos.

O Estado Novo é muito parecido com o nazifascismo em relação ao culto à personalidade do líder, a propaganda voltada para identificar o líder na nação. Isso não existe na Ditadura Militar – existe o nacionalismo, mas não voltado para a figura do presidente.

7. Getúlio depois de uns anos foi eleito. Por quê?

“Isso é explicado porque a propaganda que foi feita durante os 15 anos que ele esteve no poder, sem sombra de dúvidas, foi muito eficiente”, responde o prof. de história.

Durante o seu governo foi criado o programa de rádio “A Voz do Brasil” – que inicialmente era chamado de “A Hora do Brasil”. Esse é o programa que está por mais tempo no ar.

Isso contribuiu para criar aquele mito do “Pai dos Pobres”, no qual ele teria uma enorme bondade, doando uma série de benefícios aos trabalhadores – mas na verdade, isso é um processo que vem desde 1917 com a Greve Geral em São Paulo.

Como entre 1946 e 1951 não tem nenhuma figura tão carismática quanto ele, surgindo no cenário político nacional, ele acaba sendo eleito novamente – voltando de forma democrática.

8. Quando a gente se refere a “Era Vargas”, estamos falando também do segundo momento em que ele é eleito, depois dos 15 anos no poder?

Não. Segundo a periodização da história, você tem em 1930 até 1945 a Era Vargas (com as três fases: Governo Provisório, Governo Constitucional e Estado Novo), de 1946 até 1964, chama-se Republica Liberal ou República Populista – período que o Vargas também vai participar.

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