Guerra da Síria: principais motivos, resumo e mais!

Com certeza você já ouviu falar sobre a Guerra da Síria, mas você sabe quais os motivos e países que estão envolvidos? Vem com a gente que vamos te explicar tudo sobre esse assunto!

Guerra da Síria: principais motivos, resumo e mais!

A Guerra da Síria é um dos temas mais discutidos do momento. Portanto, para quem está se preparando para exames como o Enem, é fundamental entender o conflito e seus impactos no cenário global.

A questão é bastante complexa e, como ainda está em desenvolvimento, é difícil entender quais são as motivações de todos esses fatos e quais são os países envolvidos.

Mas, como o tema interessa a várias disciplinas ao mesmo tempo, podendo ser cobrado tanto na redação, quanto em qualquer área das Ciências Humanas, neste artigo, veremos tudo que é necessário para dominar o assunto, passando pelos seguintes tópicos:

  • Motivo da guerra na Síria: como tudo isso começou;
  • Guerra da Síria: resumo (2011 a 2017);
  • Guerra na Síria: cidade de Alepo;
  • Guerra na Síria e refugiados;
  • Como está a guerra na Síria atualmente.

Preparado? Então vamos começar logo, porque temos muitos assuntos para colocar em dia.

Guerra na Síria: como tudo começou?

Em princípio, a Guerra da Síria foi motivada pelo descontentamento de grande parte da população com o governo do ditador Bashar al-Assad, em 2011, quando ocorreram manifestações consideradas pacíficas.

Naquela época, o Oriente Médio atravessava uma onda de protestos que ficou conhecida como Primavera Árabe. No entanto, o governo sírio reprimiu duramente o movimento em seu território.

Isso gerou duas consequências importantes que originaram a guerra:

  • Primeiro: grupos de oposição ao governo resolveram partir para a luta armada, dando início a Guerra Civil na Síria e abrindo espaço para a proliferação da Al-Qaeda e do Estado Islâmico no país.
  • Segundo: tentando se aproveitar do caos, vários países começaram a interferir no conflito, apoiando ou atacando o governo sírio, conforme seus próprios interesses. Isso complicou a situação e fez com que a guerra se estendesse por ainda mais tempo.

É claro que isso parece um pouco confuso, afinal, que interesses são esses para tantos países se envolverem em um conflito interno da Síria? Para entender isso, é preciso separar os grupos, para verificar os objetivos de cada um.

Quais são os motivos da Guerra na Síria?

bandeira da síria

Temos quatro grupos principais envolvidos na Guerra da Síria, além de vários atores com interesses independentes, dos quais dois são mais importantes.

Grupo 1: governo sírio, Rússia e Irã

  • O objetivo do governo sírio é o mais fácil de entender: se manter no poder;
  • A Rússia é antiga aliada de Bashar al-Assad e também conta com o governo sírio para impedir a construção de gasodutos na região e, assim, manter seu monopólio de fornecimento de gás natural para a Europa, entre outros motivos;
  • O Irã tomou o partido do governo sírio mais recentemente, mas seu principal objetivo é fortalecer grupos armados daquele país, que se opõem a Israel.

Grupo 2: Rebeldes sírios e curdos

Pelo interior do país, vários grupos diferentes entraram no conflito, nem sempre lutando com os mesmos objetivos. Podemos dividi-los em dois:

  • Rebeldes civis de origem síria, que lutam ao lado de voluntários de várias partes do mundo árabe;
  • Rebeldes curdos, uma etnia que luta praticamente isolada no norte do país, por ter pouco apoio do exterior.

Grupo 3: al-Qaeda e Estado Islâmico

Radicais islâmicos que se infiltraram no conflito, tentando aproveitar o caos, para dominar a região e obter recursos para continuar sua luta particular contra o ocidente.

Grupo 4: Estados Unidos e aliados

Os americanos e seus aliados têm interesses muito diversificados, mas podemos citar alguns mais importantes:

  • Derrubar o governo sírio e substituí-lo por outro que seja mais “amigável” com o ocidente e menos com a Rússia;
  • Eliminar um dos governos que se opõe a construção de gasodutos e oleodutos americanos ou europeus na região;
  • Assegurar e manter a hegemonia militar americana e ocidental sobre o Oriente Médio, além de conter o radicalismo do Estado Islâmico.

Países independentes

  • Israel: a partir do envolvimento do Irã no conflito, passou a bombardear pontos estratégicos ocupados pelos iranianos em território sírio, com o objetivo de expulsá-los da região;
  • Turquia: tendo um longo histórico de perseguição aos curdos, aproveitou o caos na Síria para tomar e ocupar posições dominadas pelos rebeldes curdos no norte da Síria, para evitar que se fortaleçam e criem um Estado curdo na região.

Guerra da Síria: Resumo (2011 a 2018)

2011: durante a Primavera Árabe, manifestantes contrários ao regime de Assad são reprimidos e tem início a Guerra Civil na Síria.

2012: com o caos instalado no país, aumenta a presença de grupos islâmicos radicais como al-Qaeda e Estado Islâmico.

2013: com a intensificação da guerra, começam as notícias sobre ataques químicos contra a população civil, com o ocidente culpando o governo sírio, que por sua vez, culpa os rebeldes.

2014: o Estado Islâmico se fortalece e ocupa diversas cidades sírias. Em resposta, Estados Unidos e Rússia bombardeiam o país. Os russos, em apoio ao regime de Assad e os americanos, contra ele.

2015: apesar dos bombardeios, o Estado Islâmico promove decapitações e assassinatos em massa nas cidades ocupadas. Os refugiados de guerra aumentam e a crise se torna um problema mundial.

2016: com o apoio russo, o governo sírio consegue retomar e controlar várias cidades e pontos estratégicos do país.

2017: com o Estado Islâmico praticamente derrotado, Bashar al-Assad ganha força para se manter no poder, mas as negociações de paz não avançam e a Guerra da Síria se torna mais complexa, com a presença de forças turcas, iranianas e israelenses na região.

2018: Neste ano foi registrado o menor número de mortos desde o início da Guerra na Síria, sendo contabilizados cerca de 20 mil mortos. Este também foi o ano que, com a ajuda de seus aliados Irã e Rússia, o presidente Bashar Al-Assad reconquistou feudos jihaditas.

Guerra na Síria: cidade de Alepo

Um detalhe importante para que você entenda a guerra na Síria é a situação de Alepo, uma das maiores e mais industrializadas cidades do país, que foi disputada durante anos por vários grupos diferentes.

Como a guerra foi intensa na região, só ficou na cidade quem não conseguiu sair, ou estava com algum dos grupos combatentes. A cidade, inclusive, é uma das principais origens de refugiados sírios.

No momento, o governo sírio controla a cidade e alguns cidadãos começam a retornar aos poucos, em um esforço ainda tímido de reconstrução, principalmente porque no entorno ainda há muitos grupos rebeldes em atuação.

Guerra na Síria e Refugiados

refugiados guerra na síria

Além da guerra em si, os massacres promovidos por radicais islâmicos, aliados aos intensos e constantes bombardeios e ataques com armas químicas, criaram uma legião incalculável de refugiados, mas as estimativas da ONU apontam para:

  • 6 milhões de refugiados;
  • 6 milhões de desabrigados;
  • 400 mil mortos e desaparecidos.

Oficialmente, Turquia, Jordânia, Líbano e Alemanha receberam juntos, mais de 5,7 milhões de refugiados, mas muitos países europeus se recusaram a abrigar estas pessoas, na quantidade com que chegavam ao continente.

Guerra na Síria: qual é a situação atual?

Para muitos analistas, Bashar al-Assad e a Rússia já venceram a Guerra da Síria, mas ainda há muitos combates acontecendo em vários pontos do país, além de um impasse político e militar, já que americanos e aliados não parecem dispostos a se retirar do país.

Além disso, a crise dos refugiados não está nem perto de ser resolvida e outras tensões estão se desenvolvendo, com a participação direta de Israel, Irã e Turquia em partes do país.

Resumindo, ainda que a Guerra da Síria possa estar se encaminhando para o final, não há como saber quando que isso ocorrerá, porque os grandes interesses políticos, econômicos e militares por trás da guerra permanecem sem solução.

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