Pirâmides ecológicas: o que são e quais os tipos?

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Pirâmides ecológicas: o que são e quais os tipos?

Entenda esse importante tema e tire todas as suas dúvidas

As pirâmides ecológicas são uma ótima maneira de entender o funcionamento dos ecossistemas. Esse tipo de representação é feito por meio de retângulos sobrepostos, onde cada um significa um nível trófico.

Tá precisando entender o que são pirâmides ecológicas e colocar a matéria em dia para o Enem? Continue a leitura do post e confira tudo sobre o assunto!

O que são as pirâmides ecológicas?

Na análise de uma cadeia alimentar, a gente observa as relações entre os diferentes seres que existem em um ecossistema. O objetivo? Ver como a energia é transferida entre um e outro. Por isso, em cadeias e teias alimentares vemos diferentes níveis tróficos.

Eles são níveis alimentares que contêm animais e vegetais (chamados de conjunto biótico) com hábitos alimentares semelhantes. São exemplos:

  • os produtores, como plantas e algas;
  • os consumidores, que são de primeira, segunda e terceira ordem, alimentando-se respectivamente de produtores, consumidores de primeira ordem e consumidores de segunda ordem;
  • os decompositores: que consomem restos de animais e vegetais.

As relações quantitativas entre os diversos níveis tróficos dos ecossistemas são representadas graficamente por meio de pirâmides. Essas são as pirâmides ecológicas. Elas são construídas com retângulos horizontais (como se fossem blocos) colocados uns sobre os outros, indicando os diferentes níveis tróficos.

Na base, ficam os produtores e, acima, os demais níveis. Dessa forma, fica mais fácil entender e observar a ocorrência de perda da matéria e de energia em cada nível trófico.

Quais os tipos de pirâmides ecológicas existentes?

Pirâmides ecológicas

Os tipos de pirâmides ecológicas podem ser divididos em: números, biomassa e energia. Retângulos ou paralelepípedos são utilizados para representar cada nível trófico. O comprimento de cada representação é determinado pela quantidade de indivíduos na pirâmide de números, pela biomassa na pirâmide ecológica de biomassa e pela produção na pirâmide de energia. A altura dessas formas gráficas é sempre a mesma para os diversos níveis tróficos.

Quer conhecer cada tipo? Vamos lá, então!

Pirâmide ecológica de números

Essa pirâmide sempre vai indicar o número de indivíduos em cada nível trófico. Assim, considerando o ecossistema, a pirâmide ecológica de números pode ter seu ápice para cima (pirâmide direta) ou para baixo (pirâmide invertida).

Por exemplo, em um campo, são necessárias 5 000 plantas para alimentar 300 gafanhotos, que servirão de alimento a apenas uma ave. Quando isso ocorre, dizemos que a pirâmide é direta, por possuir uma base (produtores) maior que os outros níveis tróficos (número de consumidores). Nesse caso, ela seria formada por:

  • Topo: Número de consumidores terciários (Decompositores);
  • Meio: Número de consumidores secundários (1 ave);
  • Meio: Número de consumidores primários (300 gafanhotos);
  • Base: Produtores (5 000 plantas).

Viu só como o número na base é maior?

Vale ressaltar, que as pirâmides de números não são muito usadas pelos ecologistas e biólogos, pelo fato de não apresentarem adequadamente o número de matéria orgânica existente nos variados níveis tróficos. Ela considera o número dos indivíduos e não o tamanho deles.

Pirâmide ecológica de biomassa

A biomassa representa a quantidade de matéria orgânica presente uma unidade ecológica. Tal unidade pode ser todo o ecossistema, o nível trófico e até mesmo um único indivíduo. Para expressar a biomassa, basta usar a massa do organismo por unidade de área, ou seja, em kg/m² ou g/m².

Deste modo, a biomassa pode ser estimada de diversas formas. Porém considere como exemplo a massa seca (material colocado em estufa a cerca de 100°C para a perda de água).

Entenda na prática!

Imagine um campo rico em gramíneas, certo? Pode-se determinar a biomassa desses produtores seguindo os seguintes passos:

  • delimitar uma área;
  • colher toda a vegetação contida nela;
  • colocar a matéria em estufa para definir a massa seca.

Se você dividir essa massa pela área amostral (em m²), vai ter a estimativa do volume de matéria orgânica seca por unidade de área. Conhecendo a área total, é possível calcular a biomassa total do ecossistema em questão.

As pirâmides de biomassa variam, dependendo do ecossistema. No geral, elas acontecem de forma direta, com a biomassa dos produtores (base) sempre maior do que a biomassas dos outros níveis tróficos (consumidores). Nos ambientes terrestres:

  • os produtores serão as plantas por terem um ciclo de vida mais longo,;
  • os consumidores primários serão os herbívoros;
  • os carnívoros como consumidores secundários.

As pirâmides ecológicas de biomassa podem se apresentar em sua forma invertida, porém ocorrem em oceanos e lagos. Nesse caso, os produtores serão representados por pequenas algas (fitoplâncton) com o ciclo de vida curto que serão rapidamente aproveitadas pelo os organismos que fazem parte do zooplâncton.

Apesar de expressar o estoque energético melhor que a pirâmide de números, a pirâmide de biomassa apresenta dois inconvenientes. Ela:

  1. Atribui a mesma importância a variados tipos de tecidos dos vegetais e dos animais. Como cada tecido possui uma composição química diferente e tem um valor energético diferente. Por exemplo, os tecidos com carboidratos serão mais energéticos que os que possuem proteínas;
  2. Não leva o tempo em consideração. A biomassa é obtida por um determinado instante, sem observar o tempo que um organismo leva para acumular a matéria orgânica.

Pirâmide ecológica de energia

As pirâmides ecológicas de energia podem ser construídas com base na biomassa acumulada por:

  • unidade de área ou volume;
  • unidade de tempo em cada um dos níveis tróficos.

Diferentes das outras pirâmides, ela será sempre expressa de forma direta por representar a produtividade de um ecossistema.

Nela, os produtores vão representar o nível trófico mais energético, fazendo com que os outros indivíduos da cadeia sejam dependentes dessa energia. Sendo assim, a energia será transmitida para os herbívoros e somente uma parte dela passará adiante para os carnívoros.

Desse modo, as cadeias menores serão privilegiadas por poderem aproveitar mais da energia. Por exemplo: uma plantação de arroz cobrindo uma área de 40 km² é suficiente para alimentar 24 pessoas durante um ano inteiro. Se essa área fosse usada para a criação de gado, a carne produzida seria suficiente para alimentar somente uma pessoa durante o ano todo.

A quantidade de energia disponível em cada nível trófico é representada por Kcal/m².ano. Assim, ela não vai depender do tamanho dos indivíduos, mas sim do conjunto deles, de modo que um conjunto grande de indivíduos pequenos podem ter uma energia disponível para o nível trófico seguinte muito maior do que poucos indivíduos de massa maior.

Dessa forma, é possível observar que as pirâmides ecológicas de energia mostram o fluxo de energia em cada nível trófico de uma cadeia alimentar de um ecossistema, sempre levando em consideração o fator tempo. Por isso, não existe a possibilidade da pirâmide se inverter, já que o fluxo de energia de um ecossistema segue em uma única direção e vai diminuindo a cada nível trófico, apenas 10% será passado para o próximo nível com visto na pirâmide acima.

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