Émile Durkheim: quem foi, biografia, principais obras e mais!

Você sabe quem foi Émile Durkheim? Entenda agora como ele revolucionou a Sociologia e a Antropologia, sabendo um pouco mais da vida e obra do autor!

Émile Durkheim: quem foi, biografia, principais obras e mais!

Quer se dar bem em provas relacionadas à História, Sociologia e Antropologia? Então, você precisa conhecer sobre a vida e obra de Émile Durkheim. Ele é conhecido como um dos fundadores da ciência social e como o pai da sociologia. Por isso, é comum que seja tema de provas ligadas às humanas.

Neste texto, veja em detalhes quem foi Émile Durkheim, como foi a trajetória da vida dele, as principais obras e os principais conceitos de Émile. Assim, você estará pronto para entender um pouco mais sobre como as ciências sociais foram geradas.

Quer obter bons resultados em sua prova? Então, entenda um pouco mais sobre essa ilustre personalidade. Boa leitura!

Quem foi Émile Durkheim

David Émile Durkheim nasceu em 15 de abril de 1858 em Épinal. Foi um antropólogo, sociólogo, psicólogo social, filósofo e cientista político. Foi responsável por criar, na academia, a disciplina de sociologia. Além disso, juntamente a Karl Marx e Max Weber, é conhecido como um dos principais arquitetos da ciência social e considerado como o pai da sociologia.

Trabalhou para compreender como as sociedades poderiam manter a coerência e integridade na era moderna, momento em que os laços religiosos e sociais não são tão importantes quanto antes, fazendo com que novas instituições cresçam.

Biografia de Émile Durkheim

Émile nasceu em Épinal (Lorena), de uma família com uma grande linhagem de judeus franceses. Tanto seu pai quanto o avô e bisavô eram rabinos, dessa forma, a educação de Durkheim começou em uma escola rabínica. Entretanto, ainda em tenra idade ele preferiu não seguir a tradição e mudou de escola.

A vida que levava era completamente secular, dedicando seu trabalho a mostrar que os fenômenos da religião estão mais ligados a fatores sociais do que a fatores divinos. Entretanto, ainda que não tenha desejado seguir a tradição familiar, continuou com seus laços familiares e com a comunidade judaica.

Isso é provado pelo fato de muitos dos alunos e colaboradores serem judeus e membros, de alguma forma, da família de Durkheim. Marcel Mauss, por exemplo, que era um antropólogo, era sobrinho de Émile.

Durkheim entrou no École Normale Supérieure (ENS) em 1879, depois de três tentativas, na turma considerada como uma das mais brilhantes de todo o século. Na Instituição, estudou com Numa Coulanges, um classicista que escreveu a dissertação em latim sobre Montesquieu.

Durkheim teve grande interesse em aplicar a abordagem científica na sociedade. Isso fez com que existissem vários conflitos com o sistema de ensino da França, que ainda não tinha um currículo definido de ciências sociais.

Ele achava que os estudos de humanidades eram pouco interessantes, dando maior atenção para a filosofia, ética e psicologia. Terminou os estudos em filosofia em 1882. Embora tenha terminado em penúltimo na turma, isso pode ser justificado por uma grave doença que teve um ano antes.

Não havia uma forma para que um homem conseguisse ser nomeado academicamente em Paris a partir dos seus pontos de vista. Por isso, entre 1882 e 1887 ele lecionou filosofia para escolas de províncias. Depois, preferiu ir para a Alemanha, local em que estudou sociologia.

Em Leipzig, deu maior valor para o empirismo, terminando em 1886 o rascunho de A Divisão das Tarefas na Sociedade, como parte da tese de doutorado, desejando que a ciência da sociologia fosse estabelecida.

Émile Durkheim

Crédito: Wikipédia

Conceitos de Émile Durkheim

Embora tivesse ideias próximas a Karl Marx, Durkheim foi discreto na maior parte do tempo quando o assunto era política. Ainda assim, não aceitou a obra de Marx por acreditar que não era científica, mas muito dogmática. Pensava que o marxismo tendia muito ao reacionarismo, sendo muito radical, violento e cheio de conflitos.

Fato social

De acordo com Émile, os fatos sociais são tão importantes quanto o mundo físico é para um físico, fazendo parte de uma realidade objetiva. Três características principais devem ser ressaltadas: generalidade, coercitividade e externalidade.

Como os fatos são externos à pessoa, eles existem sem que o indivíduo tenha consciência. O ser humano tem contato com vários fatos sociais, começando pela educação, tendendo a fazer com que muitas características se tornem internalizadas. Dessa forma, como os fatos sociais se tornam habituais, o caráter da coercitividade pode ficar disfarçado. A isso ele chamou de “princípio da socialização”.

Com o conceito de fato social, ficou demonstrado que a sociedade pode mudar a maneira com que os indivíduos pensam, utilizando uma análise sociológica.

Émile Durkheim: principais obras

As principais obras de Émile, em ordem cronológica, foram:

  • Da divisão do trabalho social (1893);
  • Regras do método sociológico (1895);
  • O suicídio (1897);
  • As formas elementares da vida religiosa (1912);

O suicídio, de Émile Durkheim

Em O Suicídio, Émile mostrou que o suicídio é um fato social que está conectado a várias motivações dos indivíduos, além de influências coletivas que estão próximas das pessoas. Dessa forma, as taxas podem ser explicadas a partir das características das sociedades nas quais o indivíduo está inserido, e não de acordo com termos ou ideias da biologia ou psicologia.

Nessa publicação de 1897 Durkheim argumenta que o suicídio tem uma espécie de poder sobre as pessoas. Sendo assim, como há coerção externa, isso pode ser analisado pelo ponto de vista da sociologia. O fenômeno, dessa forma, deve ser analisado não apenas com a intimidade de cada pessoa, mas também pelas causas sociais.

Lançando mão de estatísticas, mostrou que o fenômeno é normal, acontece com regularidade em grande parte das sociedades e apresenta, inclusive, taxas parecidas. Inicialmente, ele tenta identificar quais são as causas do suicídio, para, depois, partir para a tipologia do fenômeno (de acordo com a motivação).

Dessa forma, o suicídio deve ser explicado e relacionado com tipo que mais prevalece em um grupo social, ligado a, pelo menos, dois fatores, como: solidariedade e interação. A partir disso, pode-se dizer que há três tipos de suicídio:

  • decorrente das sociedades modernas em que o individualismo é levado ao extremo;
  • gerada pela extrema obediência à força do coletivo, seja um grupo social ou a sociedade como um todo;
  • ocorre a partir de situações como anomia, normalmente, em grandes crises ou em desenvolvimento acelerado.

Émile Durkheim: frases

Algumas das frases mais conhecidas de Émile são:

“É preciso sentir a necessidade da experiência, da observação, ou seja, a necessidade de sair de nós próprios para aceder à escola das coisas, se as queremos conhecer e compreender.”

“Perseguir um objetivo que por definição é inatingível é condenar-se a um estado de infelicidade perpétua.”

“O indivíduo se mata para parar de sofrer.”

“A religião não é somente um sistema de ideias, ela é antes de tudo um sistema de forças.”

Émile Durkheim é considerado como o pai da sociologia. Seu esforço para gerar um entendimento científico permitiu que esse campo conquistasse o atual status de ciência.

Além de ser uma forma importante de entender o nascimento das mais variadas ciências, entender os argumentos de Émile pode ser interessante até para ser usado em redações de diversos temas, como o aborto.

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