Quem criou o Enem?

Saiba quem criou o Enem, a história da prova, suas reestruturações e muito mais!

Quem criou o Enem?

Muito conhecida e popular no meio estudantil, a prova do Enem atualmente interfere na vida de milhões de estudantes espalhados pelo Brasil, sejam eles do Acre ou do Rio Grande do Sul. Porém, vários estudantes não conhecem a história dessa famosa prova, quem criou o Enem e muito menos qual foi a sua trajetória para se tornar hoje um dos concursos mais importantes do país.

Estudar e ler sobre a história de um determinado assunto geralmente contribui para entender melhor o que está acontecendo no cenário atual, além de melhorar seu senso crítico e sua capacidade argumentativa. Ao analisarmos todas as mudanças que ocorreram nessa prova ao longo do tempo, podemos perceber com mais clareza qual é a verdadeira proposta do Exame.

Desse modo, preparamos um conteúdo a fim de explicar quem criou o Enem no Brasil, bem como mostrar para o estudante toda a história do Exame. Continue a leitura e confira!

Qual é o objetivo do Enem?

O objetivo inicial do Enem era testar o conhecimento dos alunos ao concluírem os estudos no ensino médio. Assim, esperava-se que a maior quantidade de estudantes formados realizassem o Exame e, a partir dele, fosse possível verificar se o desempenho escolar e os conteúdos básicos estavam sendo adquiridos.

Mas, com o sucesso obtido com a realização da prova do Enem, as universidades começaram a utilizar esse meio para selecionar os alunos ingressantes aos seus cursos de uma maneira mais simples.

Qual a importância do Enem?

A realização do Enem foi sendo cada vez mais relevante ao passar dos anos. O que foi inicialmente desenhado para ser uma forma de avaliar o desempenho dos estudantes brasileiros no ensino médio passou a ter um papel central na entrada dos alunos em cursos de graduação. Se você quer entender qual é a relevância dessa prova no cenário brasileiro, confira abaixo!

Acesso às universidades públicas

Ao fazer o Enem, é possível concorrer a uma vaga em universidades públicas dos mais diversos estados do país. Por meio do Sistema de Seleção Unificada (SISU), implementado em 2009, as instituições federais realizam a triagem dos seus futuros alunos. 

Assim, estudantes de todos os cantos do país podem disputar vagas em universidades de diversas regiões. Ou seja, o Enem proporciona a democratização ao processo de seleção ocorrido nas instituições de ensino públicas brasileiras.

Ingresso nas universidades particulares

Além da possibilidade de concorrer às vagas em instituições federais, com a criação do Programa Universidade para Todos (Prouni), também tem-se a oportunidade de conquistar uma vaga nas faculdades particulares, e o melhor, com bolsas integrais ou parciais.

Assim, se você deseja concorrer a um curso ofertado por uma organização privada e com tudo pago, pode ser uma boa alternativa participar do Enem e competir a uma das vagas ofertadas pelo Prouni.

Qual é a história do Enem?

Inicialmente, essa prova passava longe de ser um vestibular, funcionando apenas como uma ferramenta do Governo Federal para avaliar a qualidade do ensino médio das escolas públicas e particulares do país. 

Em outras palavras, era um indicador público para mensurar em quais estados os alunos estavam mais defasados e em quais áreas disciplinares os estudantes brasileiros tinham mais dificuldades.

Hoje, como você já sabe, a prova funciona de uma forma completamente diferente, sendo importante destacarmos algumas das mudanças sofridas por ela com o passar do tempo.

Enem entre 1998 e 2008

Durante esses anos, a prova tinha apenas 63 questões objetivas mais uma proposta de redação dissertativa. Além disso, as disciplinas não eram unificadas em grandes áreas como são hoje, eram separadas no estilo tradicional escolar (Matemática, Geografia, Ciências, Português etc.).

Os alunos realizavam a prova em um dia com tempo máximo de 5 horas, e as questões de uma forma geral não cobravam conteúdos avançados, apenas aqueles que os estudantes basicamente já viam (ou ao menos deveriam ter visto) em sala de aula nas escolas.

Enem entre 2009 e 2016

Nesse período, a prova teve mudanças profundas, tanto em sua proposta quanto na forma como as questões foram elaboradas. Isso porque foi em 2009 que o MEC percebeu que o Enem tinha um grande potencial de substituir os vestibulares tradicionais que eram aplicados nas instituições públicas de todo o país. 

Sendo assim, o exame elevou o seu nível de cobrança e foi ganhando importância à medida que as universidades o adotaram como processo seletivo.

Em 2009, a prova era aplicada da seguinte maneira:

  • 180 questões objetivas distribuídas igualmente em 4 grandes áreas (Ciências Humanas e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias) mais uma proposta de redação;
  • 2 dias consecutivos de exame (sábado e domingo), com tempo máximo de 4 horas e 30 minutos no primeiro dia e 5 horas e 30 minutos no segundo;
  • questões cobrando bastante conteúdo, assumindo um perfil assim de uma prova de vestibular.

Enem 2017

No ano de 2017, as provas começaram a ser aplicadas em dois fins de semana consecutivos (aos domingos), o que foi encarado como uma vitória pelos estudantes, já que eram constantes as queixas de cansaço acumulado.

Além disso, a ordem das provas foi modificada, sendo o primeiro dia com 5 horas e 30 minutos de prova (45 questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, 45 questões de Ciências Humanas e suas Tecnologias e a redação), e no segundo domingo com apenas 4 horas e 30 minutos de prova (45 questões de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e 45 questões de Matemática e suas Tecnologias).

Enem 2018 até hoje

O modelo atual do Enem entrou em vigor no ano de 2018, e sua principal alteração em relação a 2017 foi o acréscimo de 30 minutos no prazo máximo de prova no segundo domingo, uma vez que em 2017 o MEC recebeu várias reclamações por falta de tempo durante o segundo dia de exame.

Em 2019, o MEC anunciou que o Enem passaria a contar com provas também na versão digital. O intuito dessa mudança é reduzir os custos referentes à aplicação das provas no formato presencial e tornar a avaliação moderna e interativa

A primeira aplicação nessa modalidade foi realizada em 2021, sendo que a estrutura da prova e o número de questões utilizadas foi exatamente igual ao presencial. A previsão é de que o Enem Digital seja consolidado até o ano de 2026, levando à extinção das provas impressas.

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Quem criou o Prouni?

Já o Programa Universidade para Todos — Prouni foi criado em 2004 durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os méritos da criação desse programa devem ser destinados ao Governo Federal daquela época, visto que, naquele período, a presidência também ficou responsável por desenvolver outros projetos sociais.

Ele está em atividade até hoje no país e seleciona milhares de bolsistas a cada semestre. Para participar do Prouni, o estudante precisa alcançar uma média mínima de 450 pontos no Enem, não zerar a redação e se enquadrar em ao menos uma das ocasiões abaixo:

  • ter cursado todo o ensino médio na rede pública ou ter sido bolsista integral na rede privada;
  • ter renda per capita da família de até 3 salários mínimos;
  • ser portador de deficiência física;
  • ser professor do ensino público básico (para concorrer apenas às vagas de Pedagogia, cursos de licenciatura ou normal superior).

Porque foi criado o Prouni?

Como o próprio nome já diz, o Prouni serve para popularizar o acesso à educação superior de qualidade, levando a todas as pessoas a possibilidade de ampliar sua formação e ingressar no mercado de trabalho com um diploma. 

Por meio dele, é possível cursar programas de instituições privadas e obter bolsas de estudo em caráter total ou parcial. Assim, mesmo para pessoas com poucas condições financeiras, o ensino de qualidade é garantido a todos os candidatos que obtiverem um bom desempenho. 

Portanto, após analisar a história dessa prova, suas mudanças ao longo do tempo e saber quem criou o Enem, podemos afirmar com propriedade que esse exame tende a permanecer como uma prova bastante conteudista e densa, demonstrando ainda mais seu caráter de vestibular. Logo, cabe ao estudante procurar por uma boa formação e seguir um planejamento de estudos adequado, aumentando assim as chances de obter um bom resultado. 

Quer aprender mais e ficar por dentro de tudo sobre os vestibulares e o Enem? Então continue com sua visita em nosso blog e confira como montar seu cronograma de estudos para o Enem para arrasar em sua prova!

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