Modernismo em Portugal: o que foi, características e mais!

Saiba mais sobre um dos movimentos mais importantes na Literatura: o Modernismo em Portugal. Quais foram as influências, principais características e muito mais!

Modernismo em Portugal: o que foi, características e mais!

Na história da Literatura, um dos movimentos recentes mais impactantes foi o Modernismo em Portugal. Na esteira das revoluções em curso no continente europeu, ele trouxe para a produção portuguesa um ponto de vista inovador e crítico das velhas tradições. Faz parte de um movimento cultural maior, presente em muitos países, retratando e influenciando a sociedade mundial de sua época.

Para quem está se preparando para os assuntos de Literatura no Enem e principais vestibulares, é essencial saber do assunto. Pensando nisso, criamos este post com as informações principais do Modernismo em Portugal. Daremos um panorama geral sobre o tema, explicando pontos como:

  • o que definiu o movimento modernista literário em no país;
  • o contexto sócio-histórico de Portugal e do resto da Europa no período;
  • principais características do modernismo português;
  • vertentes mais conhecidas e suas distinções;
  • quem são os autores mais importantes desse movimento.

O que foi o Modernismo em Portugal?

Iniciou-se nas primeiras décadas do século XX, durou até por volta dos anos 70, com o surgimento do Estado Novo em Portugal. O marco inaugural desse movimento foi o lançamento da Revista Orpheu, em 1915. Vale mencionar que os autores dessa escola literária foram muito influentes na criação do Modernismo no Brasil.

Contexto histórico do Modernismo português

No período em questão, o mundo europeu passava por intensa instabilidade social, ao mesmo passo em que importantes mudanças políticas, econômicas e nacionais ocorriam nesse território. Também foi um período marcado por conflitos de proporções nunca antes vistas no continente, como as Guerras Mundiais que marcaram profundamente toda a sociedade europeia.

Além disso, foi época do surgimento de avanços científicos e tecnológicos importantes. Entre eles, podemos citar a Teoria da Relatividade proposta por Einstein e a elaboração da Psicanálise por Sigmund Freud. O autor modernista era aquele situado entre problemas sociais críticos e o surgimento de novos paradigmas de pensamento.

Características do Modernismo em Portugal

Estamos nos atendo ao Modernismo enquanto produção literária, mas características similares podem ser encontradas também em outros campos da Arte Portuguesa feita nessa época.

Ao mesmo tempo, as múltiplas vertentes do Modernismo também estabeleciam pontos de vista estéticos divergentes, assunto que abordaremos no próximo tópico. Fique agora com as características principais do Modernismo em Portugal:

  • questionamento das convenções literárias tradicionais, como a métrica poética;
  • valorização da escrita cotidiana e corriqueira, em detrimento da norma culta;
  • pensamento crítico e contestador;
  • escrita dinâmica, relacionando-se com as transformações tecnológicas da época.

Vertentes do Modernismo

Orfismo

Recebe esse nome por conta da revista Orpheu, que originou o movimento em Portugal. Foram os pioneiros do Modernismo e se tornaram também seus representantes mais emblemáticos. Entre eles, podemos destacar Fernando Pessoa.

Apesar de seu grande impacto, a publicação Orpheu durou apenas um ano, o suficiente para causar bastante incômodo na sociedade portuguesa. Como referências para esses autores, eles tiraram inspiração de movimentos europeus anteriores, como o Expressionismo e Futurismo.

Presencialismo

Também conhecido como a Geração de Presença, eles se agrupavam em torno da publicação Revista Presença. Similares ao movimento anterior, sua intenção era dar continuidade aos trabalhos iniciados pela revista Orpheu. Entre os principais nomes, podemos citar José Régio e João Gaspar Simões.

Neorrealismo

Terceira e última fase do Modernismo em Portugal, teve um caráter eminentemente político. Dois de seus autores mais conhecidos são Ferreira de Castro e Alves Redol. O último foi responsável pela publicação de Gaíbeus, em 1940, obra inaugural do movimento.

Autores do Modernismo em Portugal

Fernando Pessoa

Ele é conhecido, não por acaso, como um dos maiores escritores de todos os tempos e o maior poeta português. Tinha uma característica muito marcante em sua obra, que era o hábito de escrever sob o manto de diferentes pseudônimos, cada um com suas particularidades e estilo próprios de escrita.

Sua produção é muito extensa, passando de crônicas e romances aos conhecidos poemas. Além de escrever em Português, três dos seus romances foram produzidos na Língua Inglesa, o que ampliou o alcance desse autor até mesmo em países não falantes do idioma lusitano. O trabalho mais conhecido de Fernando Pessoa é o Livro do desassossego, que foi publicado pelo nome artístico de Bernardo Soares.

Cartas modernismo em Portugal

Mario de Sá Carneiro

Companheiro de Fernando Pessoa, Mario de Sá também estava entre os responsáveis pela inauguração do movimento com a revista Orpheu em 1914. O tema de sua produção era bastante ligado com a temática modernista, no sentido de apresentar em seus textos questões existenciais e dilemas psicológicos.

Almada Negreiros

Almada foi um artista que não se restringiu à escrita como forma de expressão. Ele também ficou conhecido por suas produções nas artes plásticas. Além disso, assim como Fernando Pessoa, teve um grande impacto nas gerações subsequentes de modernistas e até nos artistas portugueses contemporâneos. Sua própria produção não se restringiu ao primeiro movimento modernista, escrevendo textos importantes até a última fase desse período.

Agora, você já sabe o suficiente para compreender como se deu o Modernismo em Portugal. Lembre-se de que esse movimento foi importante não só na História da Europa, mas também produziu ecos importantes na geração de escritores contemporâneos e em outros países de língua latina.

Como traços principais, podemos destacar a ironia e a crítica social como mote dessa escola. Apesar disso, também havia iniciativas modernistas que se ligaram a movimentos conservadores e ultranacionalistas. Ele durou pela maior parte do século XX em Portugal, finalizando seu auge apenas nos anos 70, onde se instaurou o governo do Estado Novo no país.

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