Depois de 20 anos longe dos vestibulares, aluna passa em Letras na USP

Vanessa de Oliveira tinha uma rotina corrida, mas conseguiu encaixar os estudos e passou na sua segunda graduação

Depois de 20 anos longe dos vestibulares, aluna passa em Letras na USP

Vanessa de Oliveira tinha uma rotina corrida, mas conseguiu encaixar os estudos e passou em mais uma graduação

 

Você acha que está muito tarde para voltar a estudar? Ou que, nesse momento de vida, seria praticamente impossível passar em uma universidade pública? A história de Vanessa de Oliveira pode fazer com que você pense melhor a respeito.

Vanessa nasceu e cresceu em Osasco, na Grande São Paulo. Estudou em colégio público de periferia e via na educação a única maneira de sair daquela realidade. Tanto se esforçou que conseguiu ingressar na USP com 20 anos.

Em 1996, Vanessa de Oliveira fez bacharelado em português e japonês. Depois, cursou licenciatura em português. Hoje, ela é professora de francês e resolveu se aprofundar em literatura francesa. Agora, com 41 anos, Vanessa está retornando para o curso de Letras.

A aluna conta que ouviu diversas vezes “é impossível você conseguir entrar depois de 20 anos sem estudar para o vestibular”. Mas ela não se deixou levar. Vanessa colocou a mão na massa, estudou, fez a Fuvest 2017 e foi aprovada novamente.


A USP é um caso antigo dela – Vanessa sempre teve muito respeito e admiração pela universidade. Na primeira vez, para vencer a concorrência, ela estudava cerca de 8 horas por dia. Em 2016, sua rotina teve que ser um pouco diferente.

Como a estudante tinha uma carga horária muito apertada por conta do seu trabalho, a solução foi aproveitar os horários picados. “Eu saí das redes sociais, comprei ou baixei os livros de leitura obrigatória e me inscrevi no Stoodi, que conseguia assistir em 3 momentos: durante o café da manhã, no almoço e na academia”, afirma.

Na primeira fase, Vanessa acertou 44 questões das 90 – isso porque ela errou na hora de passar para o gabarito e deixou de marcar alguns pontos. Mesmo assim, conseguiu ir para a segunda fase e o resultado foi o melhor possível: seu nome na lista de aprovados.

“Eis que, mais uma vez, provei que ‘impossível’ não existe. Basta ter um objetivo, se focar nele e trabalhar para realizá-lo”, declara animada. Para quem está pensando em um retorno na vida acadêmica, Vanessa incentiva: “Nós arranjamos tempo para o que nos é prioritário”.

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