Artrópodes: o que são e características

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Artrópodes: o que são e características

Você já deve ter notado que os crustáceos, como camarões e lagostas, são os astros principais da alta gastronomia. Por outro lado, outros artrópodes, como aracnídeos e insetos, fazem parte da culinária regional de diversos países — o que é menos comum no Brasil, não é mesmo?

O fato é que o filo Arthropoda, pertencente ao reino animal, é o mais diversificado do planeta, com mais de 1 milhão de espécies catalogadas. Dessas, cerca de 900 mil são insetos! Além da importância culinária, eles são muito importantes para o ecossistema.

A característica mais marcante desses animais é a presença de um exoesqueleto, que protege o corpo como uma armadura resistente e leve.

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O que são artrópodes?

Os animais artrópodes são celomados, triblásticos, com simetria bilateral, corpo segmentado (metameria) e sistema digestório completo. Na maior parte das espécies, ocorre fusão dos metâmeros para formar certas partes do corpo, chamadas tagmas.

Nos insetos, por exemplo, a cabeça é resultado da fusão dos seis metâmeros anteriores, enquanto o tórax é formado pelos três metâmeros seguintes. A maioria dos últimos segmentos permanece separada, resultando no tagma ou abdome. Nessa região, a metameria dos insetos é mais visível.

Características gerais dos artrópodes

Uma das principais características dos artrópodes é a presença de apêndices articulados, especializados em diversas funções: nadar, andar, obter alimento, copular, perceber estímulos mecânicos ou químicos etc.

Durante a evolução, alguns metâmeros perderam seus apêndices, enquanto outros sofreram modificações, adaptando-se a novas funções. Um exemplo são alguns anexos da cabeça, que se adaptaram à alimentação e originaram diversos tipos de peças bucais, como maxilas, mandíbulas, quelíceras, entre outras. Outros adquiriram funções sensoriais, formando as antenas.

Exoesqueleto, muda e crescimento corporal

O corpo dos artrópodes é revestido por exoesqueleto leve e resistente, constituído basicamente por quitina. Em muitos crustáceos, a malha quitinosa é impregnada por carbonato de cálcio, formando uma carapaça espessa e dura, como ocorre em lagostas e caranguejos.

Por ser rígido, o exoesqueleto não permite o crescimento do corpo. Por isso, esses animais precisam trocá-lo periodicamente para poder crescer. Esse processo é chamado de muda, ou ecdise, e pode ocorrer várias vezes ao longo da vida.

Durante a muda, a epiderme secreta um novo exoesqueleto por baixo do antigo, que sofre uma rachadura na parte posterior e permite a saída do animal com o seu novo exoesqueleto. Inicialmente, ele é muito flexível e distende-se à medida que o corpo do artrópode cresce.

Depois de alguns minutos ou de algumas horas, dependendo da espécie, o novo exoesqueleto endurece e ele para de se expandir. Uma nova fase de desenvolvimento só acontece depois de outra muda.

Reprodução dos artrópodes

A maioria dos crustáceos é dioica. As fêmeas têm receptáculos seminais que recebem os espermatozoides dos machos. Os óvulos são eliminados do corpo e, por meio de um tipo de cola, ficam aderidos ao abdome para serem fecundados. Portanto, a fecundação é externa. Dependendo da espécie, o desenvolvimento pode ser direto ou indireto.

Os aracnídeos, por sua vez, também são dioicos. Nas aranhas, por exemplo, os machos adultos produzem um saquinho de seda no qual depositam os espermatozoides.

Ao encontrar uma fêmea sexualmente madura, após os rituais de acasalamento, ele introduz o pacote no poro genital feminino com a ajuda dos pedipalpos. A fecundação é interna e a fêmea coloca os ovos em um casulo de seda. O desenvolvimento dos filhotes é direto.

Os insetos também são dioicos e a cópula ocorre com o macho introduzindo o pênis e eliminando os espermatozoides na vagina da fêmea. Os gametas masculinos ficam temporariamente armazenados em um reservatório (espermateca), no qual são posteriormente fecundados. A fecundação é interna e o desenvolvimento pode ser direto ou indireto, dependendo da espécie.

Classificação dos artrópodes

A classificação dos artrópodes ainda é controversa. Neste artigo, consideramos quatro grupos, descritos a seguir, e os respectivos exemplos de artrópodes de cada um.

libélula artrópodes

Hexapoda (hexápodes)

Os principais representantes do Hexapoda são os insetos. Todos os animais desse clado apresentam seis pernas. O grupo Insecta é o mais diversificado do filo Arthropoda. Alguns de seus representantes mais conhecidos são os cupins, mosquitos, baratas, traças, gafanhotos, abelhas, libélulas, pulgas, formigas, joaninhas, entre muito outros.

O corpo dos insetos é dividido em três tagmas: cabeça, tórax e abdome. Eles apresentam três pares de pernas torácicas e um par de antenas. A maioria tem um ou dois pares de asas e são os únicos animais invertebrados capazes de voar.

Crustácea (crustáceos)

Os crustáceos (camarões, caranguejos, lagostas, siris, entre outros), são bem conhecidos. A maior parte desses animais têm corpo dividido em dois tagmas — cefalotórax e abdome — e apresenta dois pares de antenas. Em geral, o exoesqueleto é impregnado de substâncias calcárias e há apêndices locomotores no abdome e cefalotórax.

Chelicerata (quelicerados)

Os quelicerados (aranhas, carrapatos, escorpiões, ácaros etc) têm como característica típica a presença de um par de quelíceras — estruturas afiadas usadas na captura de alimentos. A maioria desses animais tem corpo dividido em dois tagmas: o abdome e o cefalotórax. Eles também apresentam quatro pares de pernas e não têm antenas.

Myriapoda (miriápodes)

A denominação Myriapoda se refere às muitas pernas que os miriápodes (diplópodes e quilópodes) apresentam. Os diplópodes, representados pelos piolhos-de-cobra, vivem em ambiente úmido e têm corpo formado por três tagmas: cabeça, abdome e tórax.

Os quilópodes mais conhecidos são as lacraias e as centopeias. Esses animais têm o corpo formado por dois tagmas: cabeça e tronco, constituído por metâmeros torácicos e abdominais. Ambos apresentam um par de antenas.

Exercícios: Artrópodes

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Como vimos, o sucesso dos artrópodes é atribuído principalmente ao exoesqueleto quitinoso e aos apêndices articulados. Além de proteger o corpo dos animais, essas características fornecem pontos de apoio firmes para a ação dos músculos, deixando a movimentação muito mais eficiente.

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