Código genético: o que é, propriedades e mais!

Saiba o que é código genético, suas principais propriedades e aprenda, também, sobre a tabela do código genético!

Código genético: o que é, propriedades e mais!

Um conteúdo frequente no caderno de Biologia das provas de vestibular é o código genético. É importante que o estudante que esteja se preparando para ingressar na universidade tenha na ponta da língua o conceito de código genético.

Além de sua presença em muitas avaliações, é uma teoria científica relevante para qualquer um conhecer. Pensando nisso, escrevemos este artigo explicando:

  • o que é o código genético;
  • quais são as propriedades desse fator;
  • a tabela do código genético.

A maior parte das provas do Enem tem ao menos uma questão sobre Genética. Portanto, é de suma importância que você conheça o assunto antes do dia da prova. Daremos um panorama sobre os conceitos básicos envolvendo o assunto, disponibilizando também uma lista de exercícios no fim do artigo. Vamos lá?

O que é código genético?

Este conteúdo refere-se à combinação de informações químicas e biológicas que determina as características de todos os seres vivos. É o objeto das pesquisas em Genética, tendo como eixo principal o conceito de DNA.

O que é DNA?

Para que entenda o assunto, primeiro iremos retomar o conceito de DNA. Na tradução em português, a sigla usada é ADN, mas ambas querem dizer a mesma coisa: ácido desoxirribonucleico. Certamente o conceito mais importante para toda a teoria da genética, ele foi evoluindo ao longo do tempo até alcançar suas definições atuais.

Em suma, é um componente molecular orgânico que carrega as informações genéticas de cada ser vivo. Ele é responsável pela transmissão das propriedades hereditárias entre indivíduos da família, estudado e descrito com prescrição por cientistas do último século.

Uma grande descoberta desses pesquisadores foi a compreensão de que as cadeias proteicas do DNA funcionam como uma linguagem. As diferentes bases de nitrogênio e suas combinações formando aminoácidos determinam com exatidão as características transmitidas entre indivíduos de uma mesma linhagem.

código genético

Código genético e RNAm

O código é uma propriedade biológica extraída das interações entre a cadeia de DNA com sua contraparte em cada célula. Apesar de se tratar de um componente orgânico, funciona de maneira lógica, estabelecendo precisamente como cada combinação de aminoácidos resultará nas ligações proteicas, essenciais para qualquer tipo de vida.

Nesse sentido, é importante que você saiba como funciona o RNAm, também conhecido como RNA mensageiro. Esse componente celular é o que contém as bases nitrogenadas responsáveis por levar ao DNA as informações genéticas de cada indivíduo.

Essas bases nitrogenadas são encontradas em trincas no RNAm, os códons. Elas se ligam com os aminoácidos presentes em uma proteína a partir de ligações peptídicas. Essas bases são classificadas em quatro letras diferentes: A, C, G e U.

Essas quatro bases podem, a partir das ligações em trincas, combinar-se de 64 formas diferentes, ou 64 códons. Destes, apenas 3 não participam da codificação de aminoácidos, servindo apenas para a estruturação da célula, e não interferem diretamente na constituição do código genético.

Propriedades do código genético

Universalidade do código genético

Um aspecto interessante comprovado cientificamente na teoria sobre código genético é sua universalidade. Isso significa que praticamente qualquer ser vivo, seja qual for o reino ou espécie, compartilhará com exatidão os mesmos tipos de combinação no DNA que definem suas características.

De um ponto de vista hipotético, qualquer organismo celular, no momento de sua formação, teria o potencial de se transformar em qualquer tipo de célula ou composto orgânico mais complexo.

Tudo depende das ligações estabelecidas entre a cadeia de DNA e a informação contida no RNAm. Entretanto, essas alterações não são tão simples de serem feitas como se imagina nos filmes de ficção científica.

Os experimentos em laboratório confirmam a veracidade da teoria, mas ainda estão longe de criar novos seres ou alterar o gene humano. Apesar disso, o trabalho com código genético e biotecnologia já nos permite alguns avanços interessantes, como a predição da transmissão de doenças e o controle de algumas características de plantas, por exemplo.

Redundância e especificidade do código genético

Além da universalidade, duas outras características são definidoras das propriedades do código: a redundância e a especificidade. No caso da redundância, ela diz respeito à diferença entre os números de aminoácidos existentes e às combinações possíveis das trincas de bases.

Caso não saiba, existem 20 tipos diferentes de aminoácidos produzidos pelo corpo. Lembra quando falamos que as bases do RNA podem ser combinadas de 64 formas diferentes? Isso quer dizer, portanto, que alguns desses 20 aminoácidos podem ser gerados por diferentes agrupamentos das bases: por isso a redundância.

Já a especificidade refere-se ao fato de que um agrupamento de bases nitrogenadas (simbolizados pelas letras A, G, C e U) sempre resultará no mesmo aminoácido. Por exemplo, quando combinação UUU for formada, o resultado invariavelmente será o aminoácido fenilalanina.

Resumindo, diferentes combinações de bases podem corresponder ao mesmo aminoácido, já que são 64 combinações e apenas 20 aminoácidos possíveis. Por outro lado, sempre que uma combinação for identificada, ela corresponderá certamente a um tipo de aminoácido específico, sintetizado pela junção das bases em um códon.

Tabela do código genético

A partir dos princípios aprendidos até aqui, é fácil entender como funcionam as tabelas do código genético. São representações gráficas desse ordenamento matemático e lógico que pode ser extraído dos princípios da genética dos seres vivos, que funcionam como a estrutura de uma linguagem, com resultados altamente verificados cientificamente.

De um lado da tabela, no sentido vertical, você terá as quatro letras que representam as bases nitrogenadas que já conhece: esse eixo é o da primeira base. Na parte de cima e na mesma ordem, as quatro bases se repetirão, mas no sentido horizontal, representando a segunda base a ser combinada.

O meio do quadro será preenchido pelas combinações entre os dois eixos, gerando o aminoácido correspondente a cada trinca possível. Nessa tabela, portanto, você encontrará todas as junções possíveis entre as bases e a descrição do nome do aminoácido gerado.

Também existe uma representação inversa da tabela, que funciona mais como uma lista. Nesse caso, você encontrará primeiro o nome de cada um dos aminoácidos. Na frente de cada um, estarão descritas as combinações de bases que podem gerá-los. Fique atento aos princípios da especificidade e redundância que explicamos e não terá problemas!

Não é necessário decorar a tabela e as combinações possíveis entre DNA e RNAm. Você deve conseguir descrever como as bases estabelecem suas ligações e operar esses conceitos em um problema apresentado no contexto de prova.

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