Embriogênese: o que é e como funciona?

Você sabe o que é a embriogênese? Entenda tudo sobre o tema, como funciona o processo, as fases e muito mais!

Embriogênese: o que é e como funciona?

Você que terminou o ensino médio e está querendo prestar Enem, não pode perder a revisão de hoje para saber mais sobre Embriogênese.

Esse assunto está relacionado à fase embrionária dos animais e, com certeza, fará parte da prova de Ciências da Natureza. Além do mais, estudar Biologia é muito legal e ajuda a compreender melhor todos os tipos de organismos.

O ano está apenas começando. Apesar disso, não deixe seus estudos acumularem. Pegue firme e faça uma boa prova no final. Confira nosso conteúdo completo!

O que é embriogênese?

Se você lembrou da palavra embrião ao ler o título deste texto, fique sabendo que acertou em cheio. Para quem não sabe, embriogênese é simplesmente o desenvolvimento de uma nova vida a partir do zigoto, ou seja, trata-se do desenvolvimento embrionário.

Esse processo de crescimento do embrião é divido em três partes:

  1. clivagem;
  2. gastrulação;
  3. organogênese.

Clivagem

Também conhecida como fase de segmentação, é o momento desde a primeira repartição do zigoto até a transformação dele em um conjunto de partículas com uma cavidade interna, a blástula.

Gastrulação

Durante a gastrulação, todas as células do embrião multiplicam-se e organizam-se dando origem a gástrula, uma estrutura que possui as primeiras características do tubo digestório. Além disso, elas começam a se diferenciar em três camadas celulares ou folhetos germinativosectoderma, mesoderma e endoderma.

Organogênese

Esse processo é responsável por diferenciar todos os tecidos e órgãos que vão compor o organismo adulto a partir dos três folhetos germinativos.

Abordaremos detalhadamente a transformação do zigoto no tópico Fases da Embriogênese, não deixe de conferir!

Embriogênese humana

É correto afirmar que, as segmentações apresentadas pelo zigoto são diretamente relacionadas com a quantidade e a distribuição de vitelo pertencentes ao citoplasma ovular.

Aqueles que possuem citoplasma com uma quantidade baixa desse material (ovos oligolécitos, ou isolécitos), como o dos humanos e dos mamíferos em geral, apresentam processos de clivagem em toda a sua superfície, originando blastômeros praticamente do mesmo tamanho.

O nome que esse tipo de processo recebe é segmentação holoblástica, do grego holos (total) .

Fases da embriogênese

Chegou a hora de aprender as principais fases de evolução do zigoto até a sua transformação em um embrião. Acompanhe agora!

Mórula

A primeira das etapas da embriogênese ocorre durante o processo inicial de clivagem, tanto nos ovos oligolécitos, quanto nos heterolécitos (ovos com bastante vitelo, como os de sapos e rãs), formando inúmeras aglomerações compactas de células.

Essa fase do desenvolvimento é chamada de mórula, do latim morula (amora), pelo fato de o feto apresentar semelhança aparente a de uma amora vista ao microscópio.

Blástula

No decorrer do processo, dentro do conjunto celular, inicia-se o surgimento de uma cavidade repleta de líquido, a blastocela. Nesse período, o embrião não é mais chamado de mórula e passa a ser reconhecido como blástula.

Ovos de aves e répteis, conhecidos como telolécitos, apresentam uma blástula que consiste em um pequena camada celular presente na superfície da gema, o blastodisco. Essa camada é originada a partir do disco germinativo.

Gástrula

A próxima etapa do desenvolvimento embrionário consiste na mutação da blástula em gástrula, fase conhecida como gastrulação.

Sofrendo grandes reestruturações, as células originam o que será o plano corporal do futuro animal. Os conjuntos celulares que formarão os músculos e os órgão internos passam para o interior do embrião, enquanto os que estruturarão a pele e o sistema nervoso ficam na superfície.

Arquêntero

A migração de partículas para o interior do feto faz com que a blastocela desapareça, dando lugar a uma nova cavidade, a gastrocela ou arquêntero, do grego archeos (primitivo), e enteron (intestino). Essa cavidade, como o próprio nome diz, é o esboço do tubo digestório do organismo que está para nascer.

Blastóporo

A última estrutura comunica-se com o exterior da gástrula por uma fissura denominada blastóporo.

Nos animais vertebrados e demais cordados, tanto como nos equinodermos, essa é origem do ânus; a formação da boca ocorre posteriormente do lado oposto. Por esse motivo, esses seres vivos são conhecidos como deuterostômios, do grego deuteros (segundo, posterior), e stoma (boca).

Nas outras categorias de animais (nematódeos, moluscos, anelídeos e artrópodes), o blastóporo origina a boca, apresentando a formação do ânus posteriormente durante o desenvolvimento embrionário. Esses, por sua vez, são chamados protostômios, do grego protos (primeiro) e stoma (boca).

Embriogênese e folhetos germinativos

A organização da estrutura corporal dos animais é desenvolvida ainda no estágio de gástrula. Até esse momento da embriogênese, as células do embrião são bastante parecidas entre si e possuem a capacidade de se diferenciar em qualquer camada celular. Por esse motivo são chamadas de totipotentes.

Durante a fase de diferenciação, são formados conjuntos de partículas denominadas de folhetos germinativos, capazes de produzirem futuramente todos os tecidos do corpo. Em grande parte dos organismo são formados três tipos dessas estruturas, confira:

  1. Ectoderma: constituirá a epiderme e formações relacionadas a ela: pelos, unhas, garras, glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas. Também origina o sistema nervoso;
  2. Endoderma: é delimitada pela cavidade do arquêntero, originando o revestimento interno do sistema digestório e estruturas glandulares ligadas a digestão: glândulas salivares, glândulas mucosas, pâncreas, figado e glândulas estomacais;
  3. Mesoderma: está localizada entre o ectoderma e endoderma; constituirá os músculos, ossos, sistema cardiovascular (coração, vasos sanguíneos e sangue), sistema urinário (rins, bexiga e vias urinárias) e sistema genital, citando dessa maneira apenas alguns órgãos importantes.

Embriogênese do sistema nervoso

Essa fase tem início no momento em que as células da mesoderma dorsal e do endoderma expelem substâncias com a função de diferenciar as partículas ectodérmicas ao seu redor.

Adquirindo um aspecto de placa achatada, o ectoderma começa a formar a placa neural. O processo continua ao longo do vetor ântero-posterior do embrião.

Durante o desenvolvimento, a placa neural dá origem a um sulco central longitudinal, assemelhando-se cada vez mais a uma calha na parte dorsal do feto.

Esse sulco cresce tocando e fundindo as bordas laterais da placa neural. Isso isola um tubo de partículas ao longo dorso embrionário, criando o tubo neural, ou tubo nervoso. Sobre ele, a camada ectodérmica dorsal é regenerada.

O encéfalo surge quando esse tubo nervoso sofre dilatação, sendo que o restante da estrutura se torna a medula espinhal. Através da placa neural originam-se também alguns gânglios nervosos e vários tipos de células, como os oligodendrócitos do tecido nervoso, além dos melanócitos da pele.

O estágio da embriogênese do sistema nervoso em que ocorre a formação do tubo nervoso é denominado nêurula, do grego neuron (nervo).

O texto de hoje apresentou um conteúdo importantíssimo de Biologia. Esperamos que você tenha aprendido bastante sore embriogênese e possa conversar com seus amigos e professores sobre o assunto.

Lembre-se de não deixar a matéria acumular, além de aproveitar o início do ano para estudar bastante. Pode ter certeza, ainda sobra tempo para ver séries, praticar esportes e fazer o que você mais gosta.

Mostre que você é um aluno aplicado, continue estudando e aprenda sobre mitose e meiose, além da matéria super interessante de gametogênese.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *