Revolução verde: tudo sobre as inovações agrícolas!

Aprenda tudo sobre a Revolução Verde: causas e consequências, pontos positivos e negativos e muito mais.

Revolução verde: tudo sobre as inovações agrícolas!

Entenda o que foi a Revolução Verde e sua importância no mundo!

A humanidade tem a capacidade de se renovar e evoluir ao desenvolver inovações. Principalmente os avanços na ciência e na tecnologia permitem ao homem produzir mais, apresentar invenções e criar soluções para novos problemas.

Assim o homem fez com a indústria durante o século XIX, ao fazer uma revolução com as máquinas e criar remédios, ferramentas, meios de transporte, energia elétrica e produtos químicos, até então desconhecidos. Essas inovações foram se expandindo a outros campos até chegar no setor agrícola com a conhecida Revolução Verde.

Vamos aprender um pouco mais sobre as mudanças tecnológicas na agricultura e ver como essas transformações atingiram nossas vidas? Acompanhe!

O que foi a Revolução Verde?

Revolução Verde foi uma expressão criada em 1966 pelo norte-americano William Gaud, para denominar o processo de inovações tecnológicas na agricultura que se iniciou na década de 1940. Por meio de pesquisas para desenvolver a fertilização do solo, melhores sementes, uso de agrotóxicos e melhorias das máquinas, foi possível uma maior produtividade no campo.

Embora as pesquisas tenham sido iniciadas na década de 1940, foi somente a partir de 1960 que os países pioneiros nessa revolução obtiveram significativos ganhos no aumento da produção agrícola.

Revolução Verde: resumo

O criador da Revolução Verde foi o norte-americano Norman Borlaug. Esse agrônomo começou a pesquisar, no final da década de 1930, variedades de trigo que fossem resistentes à certas pragas e doenças.

As pesquisas de Borlaug chamaram atenção do governo mexicano e, em 1944, ele foi convidado para coordenar um programa nacional de cultivo de trigo no México. As atividades foram desenvolvidas em parceria com a fundação norte-americana Rockfeller com o objetivo de acabar com a fome no mundo.

Desde então, cientistas ligados à agricultura desenvolveram novas espécies de milho e trigo de alta produtividade, o que fez do México, um país importador, autossuficiente na produção do trigo.

Nas décadas seguintes, outros países se interessaram pelas pesquisas e passaram a adotar a ideia de maior produtividade no campo. Países em desenvolvimento, como o Brasil, a Índia, as Filipinas e até os Estados Unidos, entraram nessa revolução. Nas Filipinas, por exemplo, a modernização agrária aumentou a produção de arroz.

Norman Borlaug foi considerado o pai da Revolução Verde, sendo condecorado, em 1970, com o Prêmio Nobel da Paz por suas contribuições para diminuição da fome no mundo. Ele faleceu 2009, nos Estados Unidos.

Revolução Verde no Brasil

trator revolução verde

Com a intenção de aumentar a produção agrícola, a modernização da agricultura no Brasil começou desde meados do século XX. Mas foi somente a partir da década de 1960, durante a Ditadura Militar, que o Estado brasileiro assumiu de vez a responsabilidade de modernizar e aumentar a produção agrícola.

A Revolução Verde no país foi um dos pilares do “milagre econômico” proposto pelos ditadores militares.

As universidades e os centros de pesquisas foram os responsáveis por introduzir essas inovações. A Empraba (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) foi fundada nesse contexto, no ano de 1973.

Com a produção voltada para a exportação, o país passou a ser, por muito tempo, o maior exportador de soja do mundo. Atualmente, os Estados Unidos assumiu o posto de maior exportador desse gênero agrícola e o Brasil fica em segundo lugar.

Na produção de milho, o Brasil também ocupa o mesmo cenário, perdendo o posto de maior produtor mundial apenas para os norte-americanos.

Revolução Verde: pontos positivos e negativos

Esse processo de desenvolvimento tecnológico voltado para a agricultura trouxe pontos positivos e negativos. Se de um lado a produção de alimentos aumentou, por outro lado, o uso de produtos químicos tóxicos trouxe o aumento de doenças e até a morte. Vamos conferir um pouco mais sobre os benefícios e os malefícios da Revolução Verde.

Pontos positivos:

  • aumento na produção mundial de alimentos;
  • desenvolvimento tecnológico;
  • avanços nas pesquisas;
  • barateamento dos alimentos básicos.

Pontos negativos:

  • desmatamento;
  • erosão e esgotamento do solo;
  • alteração do ecossistema para o plantio de monocultura;
  • utilização de agrotóxicos prejudiciais à saúde humana;
  • priorização dos latifúndios em detrimento da agricultura familiar;
  • êxodo rural.

Revolução Verde: principais produtos

Basicamente, as mudanças trazidas pela Revolução Verde estão relacionadas à modificação genética da semente, com a criação dos produtos transgênicos. Dessa forma, as sementes têm seu DNA modificado para produzirem plantas mais fortes e mais resistentes. É possível alterar as características de um alimento para que ele seja, por exemplo, mais doce ou maior.

Os maquinários evoluíram: as colheitadeiras, as semeadeiras e o uso de tratores para arar a terra diminuíram o tempo gasto nesses processos. Mas, apesar das melhorias, as máquinas trouxeram também o desemprego, pois elas são capazes de realizar sozinhas o trabalho de vários homens.

A indústria química também teve papel importante nesse processo. A criação de fertilizantes deixou o solo mais preparado para cada tipo de lavoura. O uso de agrotóxicos e pesticidas são eficientes no combate às pragas que destroem as plantações.

Revolução Verde e suas consequências

A Revolução Verde trouxe também problemas para o meio ambiente. A utilização das novas técnicas de cultura e o uso de solos antes considerados inférteis aumentou as áreas de plantio e, como consequência, trouxe desmatamento, principalmente em biomas como o Pantanal e a Floresta Amazônica, que são utilizados para a produção de soja, milho e para a criação de animais de corte.

O desmatamento causou desequilíbrio ecológico e proporcionou o surgimento de pragas. Consequentemente, o uso de pesticidas e agrotóxicos aumentou, para controlar as lavouras. É importante lembrar que o uso desses produtos químicos é altamente prejudicial à saúde, tanto do trabalhador rural que atua na aplicação, como dos consumidores que ingerem quantidades significativas dos produtos tóxicos.

Podemos dizer, também, que as transformações da Revolução Verde contribuíram para a expulsão das propriedades rurais familiares para dar prioridade às grandes plantações latifundiárias. Os trabalhadores do campo tiveram que migrar para as periferias das cidades aumentando, assim, problemas urbanos como a violência e o desemprego.

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