O que fazer quando você está desmotivado com seus estudos?

Veja a opinião de diversos especialistas e veja 8 atitudes para acabar com esse desconforto

O que fazer quando você está desmotivado com seus estudos?

Veja a opinião de diversos especialistas e confira 8 atitudes para acabar com esse desconforto

 

Você já sentiu um peso enorme na hora de acordar? Algo como o seu corpo dizendo, “Vamos continuar aqui! Não estou a fim de levantar”? Às vezes, isso é só um cansaço momentâneo. Mas, atenção: se isso acontecer com frequência, você pode estar desmotivado.

 

O ENEM está chegando e muitos alunos estão desse jeito. Se esse é o seu caso, relaxe! Hoje teremos um bate-papo bem legal sobre o tema.

Aproveitando que ainda há tempo para reverter esse quadro, procuramos a opinião de diversos especialistas sobre a falta de motivação. Chegou a hora de entender o porquê isso tudo acontece e descobrir como evitar esse desânimo.
É comum os alunos em fase pré-vestibular se sentirem assim, pois a maioria deles já está bem cansada de seguir a rotina de estudos.

Nessa altura do campeonato, muitos ficam abalados com as notas dos simulados. Eles costumam se assustar com a proximidade dos processos seletivos e a ansiedade passa a ser companheira fiel dos futuros calouros.
“Mas não é só isso”, diz Andrês de Nuccio, psicólogo e fundador de um instituto de yoga. De acordo com ele, não é apenas o fato de passar 7 horas por dia estudando em frente ao computador que deixa o aluno estressado.

“O que estressa, na verdade, é o modo que ele pensa a respeito disso”, explica.Por exemplo: sabe quando você fica se perguntando se tudo dará certo, ou se você é realmente capaz de passar no vestibular? Sabe quando você sente medo de ser insuficiente? É nesse momento que você gera todo esse desconforto.

– Nossa, isso quer dizer que se eu estudasse todo esse tempo sem pensar nas coisas ruins, eu ficaria mais tranquilo e menos esgotado?

Exatamente. Isso tudo tem muito a ver com a ansiedade, que vai gerando a preocupação excessiva e uma certa insegurança.

“A preocupação é basicamente você se conectar com algo que não existe”, define Dr. Odair Comin, psicólogo e hipnoterapeuta. Lógico que todo mundo se preocupa com uma coisa ou outra. Mas essa preocupação contínua, sempre martelando na sua cabeça pode ser prejudicial ao seu estudo – e dependendo da intensidade, pode ser prejudicial a sua saúde.

Isso porque você passa a supor algo e acaba se desconectando do presente. Começa a viver o futuro que ainda nem chegou.

Você percebe como isso é em vão? Nós só podemos controlar o que acontece agora. “Você não tem controle sobre o que será perguntado na prova ou sobre o que o outro candidato sabe”, reflete Comin.

Por isso, sempre que isso acontecer, é preciso voltar para a realidade e aproveitar todo o tempo que você tem disponível.


– Mas o que há de tão ruim em estar desmotivado? Isso muda muito a qualidade do meu estudo?
Muda completamente.

“O processo de aprendizagem é focado nas nossas memórias declarativas, que envolve o hipocampo e outras estruturas corticais”, explica Márcia Mathias, psicóloga clínica. Isso quer dizer que quando essas áreas sofrem influência do estresse e dos problemas emocionais, a memória fica comprometida e o aluno sente que não aprendeu nada.

Já pensou você estudar, estudar e não fixar o conteúdo? Ninguém quer uma coisa dessas. O desgaste vai crescendo e, quando você notar, já estará dentro dessa bola de neve.

Além disso, o psicólogo e hipnoterapeuta, Bayard Galvão, ressalta que quando você não está bem emocionalmente, você pode ter dificuldade de concentração. O aluno costuma ficar mais irritado e impaciente, ele pode sentir tristezas sem motivo e ter enxaqueca, diarreia e vômitos.

– Nossa, que sério! E como eu descubro se estou desmotivado?

“Uma forma bastante prática de checar como está o nível de ânimo é perceber como você acorda para começar um dia inteiro de estudos”, conta o coach Alexandre Prado.

De acordo com ele, se o aluno acha cansativo e desgastante – e se eventualmente ele se pergunta “O que eu estou fazendo aqui? ”– isso pode ser um indício que as coisas não estão muito bem.


Agora que você entendeu o que é essa falta de motivação, chegou a hora de descobrir quais são as estratégias para acabar com ela. Existem vários modos de evitar a desmotivação. O mais interessante é você ver o que funciona melhor para você e incorporar na sua rotina.

Confira 8 atitudes para combater a desmotivação:

1. Uma escolha entre dois caminhos

De acordo com Andrês de Nuccio, existem duas estratégicas básicas de motivação.

A primeira é você correr atrás de algo que gosta muito. Por exemplo: você quer entrar numa universidade federal, então imagine-se lá. Pense como sua rotina será legal, como você gostaria de viver aquilo. Então, na hora do estudo, você deve se lembrar que todo esse esforço é para isso.

A segunda estratégia é ao contrário, você foge de uma coisa ruim – essa costuma ser mais desgastante, porém têm pessoas que preferem. Então, na hora que bater aquele desânimo e você ficar em dúvida se vai estudar, lembre-se: “se eu não seguir meu cronograma, não vou para a prova preparado. E se eu não for preparado, minhas chances de passar diminuem”.

Resumindo: melhor estudar.

2. Desmembre o grande objetivo em metas menores

Com o objetivo de facilitar a busca pelo resultado, Odair Comin sugere que o aluno faça um grande planejamento para dividir em metas menores.

“Você pega toda a concentração de energia e foca a primeira meta. Então você consegue realizar com muito mais facilidade. Depois, você passa para a próxima”, comenta.

Por exemplo, se você estabeleceu que quer ir de 0 a 10, o primeiro passo é você se mover do 0 ao 1. Quando você conseguir chegar nessa etapa, é a hora de focar todos os esforços para chegar à etapa 2 e por aí vai…

3. Visualize cada conquista

A cada meta cumprida, é interessante que o aluno marque um check, afirma Andrês. Isso vai demonstrar que ele avançou e ele vai ver que está progredindo.

Quando nos vemos mais próximos de nossos objetivos, costumamos ficar mais motivados.

4. Recompense seu esforço

Nosso cérebro procura o prazer e sempre tenta fugir da dor. Quando você estimula a ter uma recompensa, sempre que terminar um desafio – como o seu estudo, por exemplo – você cria um hábito, e com isso seu aprendizado se torna constante.

Essa é a dica de Semadar Marques, pois “a motivação acontece quando você escolhe uma recompensa e determina que só vai recebe-la quando terminar seus estudos”.

Já pensou uma tarde inteira comendo o seu chocolate preferido? Ou então participar daquela festa que você estava em dúvida se poderia ir? Faça tudo isso, depois de ter certeza que cumpriu o seu cronograma.

5. Seja coerente na hora de se cobrar

Nem 8 nem 80. Ninguém está falando para você se permitir fazer tudo ao ponto de prejudicar os seus estudos, porém também não é saudável se privar de tudo. Então, seja coerente na hora de se cobrar.

Se no seu planejamento está combinado que você estudará 5 horas por dia, faça isso e fique realmente satisfeito com seu estudo – não adianta ficar chateado, se cobrando para estudar cada vez mais, se isso não é realmente viável.

Pense e analise: o que eu posso realmente fazer? Se a resposta for “continuar estudando 5 horas por dia”, faça isso da melhor maneira possível. O mais importante é você ter a certeza que está fazendo tudo que está ao seu alcance.

“Dessa forma, você potencializa a confiança”, explica Odair Comin. A pressão externa sempre vai existir, mas tenha cuidado para que você não faça isso.  Seria injusto se cobrar algo que não é viável, não é mesmo? Então valorize o seu esforço.

6. Adote hábitos saudáveis

Adotar hábitos saudáveis ajuda a cuidar não só do corpo, mas também da mente.

“A fórmula é uma só: cuidar bem de si através de exercícios físicos que lhe deem prazer, bons períodos de sono e uma alimentação saudável”, incentiva Semedar.

7. Não se esqueça de dar pausas

Dar pausas é extremamente importante para o estudante, pois o cérebro começa a não prestar tanta atenção depois de um certo tempo de estudo. “Até um filme interessante começa a ficar cansativo depois de 2 horas para a maioria das pessoas”, confessa Bayard Galvão.

Por isso, o ideal é você entender qual o seu tempo. Tem pessoas que precisam dar um respiro a cada 1 hora estudada. Outras preferem descansar depois de duas horas para desenvolverem um raciocínio maior.

Portanto, encontre a melhor alternativa para você e lembre-se de descansar.

8. Aprenda a lidar com suas falhas

Por fim, lembre-se que errar faz parte.

“O equilíbrio emocional – que contempla saber lidar com as adversidades e controlar o estresse – contribui para que o aluno se saia bem em uma prova”, mostra Alexandre Prado.

Ninguém está falando que é fácil, mas é um exercício diário. E quer saber do melhor? Você leva esse equilíbrio para a vida toda.

A motivação é realmente muito importante o aluno. Nesse momento de vida, você vai decidir o seu futuro profissional.

“Acredito que o mais importante disso tudo é o jovem fazer uma escolha profissional que realmente tenha paixão”, afirma Catia Araújo, Leader Coach e embaixadora da Rede Mulheres Que Decidem. Pois essa escolha fará que você não desista apesar de toda a dificuldade que tiver que enfrentar para alcançar o seu objetivo.

Esperamos ter te ajudado com essa conversa. Temas de equilíbrio emocional, como a motivação, por exemplo, devem ser discutidos e fazem realmente a diferença na busca de seus objetivos.

Tenha força e bons estudos!

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