Mudanças no Enem 2019: veja cada uma delas!

Entenda cada uma das mudanças que o Enem teve ao longo dos anos!

Mudanças no Enem 2019: veja cada uma delas!

O Enem 2019 já tem data definida para acontecer e o edital da edição deste ano também já está disponível para você consultar e se preparar do jeito certo. Ao contrário dos anos anteriores, não haverá mudanças significativas no Exame Nacional do Ensino Médio.

Mudanças no Enem 2019

A principal mudança para edição 2019 do Enem é o valor da taxa de inscrição. Em 2018, ela custava R$ 82 e, neste ano, será reajustada para R$ 85. Esse valor deve ser pago entre os dias 6 e 23 de maio, após a inscrição no exame.

A estrutura das provas permanece a mesma do ano passado. No primeiro domingo, dia 3 de novembro, serão aplicadas as provas de Linguagens e Suas Tecnologias, Ciências Humanas e Suas Tecnologias e também a redação. O tempo de prova segue o mesmo, 5 horas e 30 minutos.

No segundo domingo, dia 10 de novembro, os alunos irão realizar as provas de Matemática e Suas Tecnologias e Ciências da Natureza e Suas Tecnologias e terão as mesmas 5 horas de 2018 para responder todas as questões.

Algumas novidades estarão presentes este ano. As principais são:

  • Um novo sistema de inscrição;
  • Opção de incluir uma foto no ato da inscrição;
  • Linhas para rascunho no desenvolvimento da redação;
  • Espaço para cálculos ao final do caderno de questões;
  • Deficientes auditivos e surdocegos poderão informar, no ato da inscrição, se usam aparelho auditivo ou implante coclear.

Inep cria comissão para avaliar questões do Enem 2019

O Inep, órgão responsável pela aplicação do Enem, criou uma comissão para avaliar as questões que serão usadas no Enem 2019 e garantir que estejam de acordo com a realidade social do país e não apresentem questões ideológicas.

O governo Bolsonaro criticou uma questão apresentada na edição do ano passado, que falava sobre um dialeto utilizado por gays, afirmando possuir um teor “doutrinador”.

Porém, o Ministério Público pediu mais explicações ao Inep sobre a comissão, porque achou a descrição de “leitura transversal” vaga. Além disso, a procuradora Deborah Duprat, responsável por assinar o ofício, citou a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre o chamado “abuso de poder” normativo.

A Procuradoria solicitou quatro esclarecimentos: as avaliações realizadas em relação ao Enem 2018 que levaram à conclusão da necessidade de adoção da etapa técnica de revisão de itens, denominada “leitura transversal”; a lista de profissionais e especialistas em avaliação educacional e de instituições de educação superior que participaram dessa avaliação, critérios sugeridos nessa avaliação e a descrição da qualificação técnica e profissional dos membros da comissão.

Se você quiser saber como foram as edições anteriores do exame e conhecer todas as mudanças que já aconteceram, siga a leitura com a gente.

Primeiras edições do Enem

Como descrito acima, primeiramente, o Enem foi uma prova elaborada pelo Ministério Público da Educação-MEC como um termômetro da qualidade do ensino médio público. Isto é, era um exame que possibilitava ao governo visualizar com mais clareza quais eram as deficiências da escola pública se tratando de ensino, para que assim, de acordo com as notas dos alunos, os investimentos em educação fossem direcionados onde houvesse mais necessidade.

Entretanto, a partir de 1999, um ano após a sua criação, a prova também ganhou caráter de vestibular, ou seja, poderia ser usada como critério para ingresso no ensino superior. Porém, era restrito para entrada apenas nas universidades públicas, não existindo ainda a possibilidade de usá-lo como critério para bolsa nas instituições privadas.

Entre os anos de 1998 até 2008 a prova tinha as seguintes características:

  • prova com 63 questões objetivas interdisciplinares (não havia distinção por área) mais uma proposta de redação;
  • tempo máximo de 5 horas de exame, sendo realizado em apenas um dia;
  • perguntas com enunciados pequenos, menos exigentes e conteúdo mais raso.

Até a sua última edição neste formato, no ano de 2008, o exame era considerado por muitos estudantes como uma prova tranquila, acessível, e era comum que alunos alcançassem desempenho superior a 90% da prova (o que hoje já não é tão comum).

Cabe destacar que entre os anos de 2003 e 2004 o número de inscritos cresceu exponencialmente, devido à estreia do programa de bolsa ProUni, isto é, muitos vestibulandos passaram a ganhar bolsa em instituições particulares a partir somente da nota do Enem.

Mudanças Enem 2009

Em 2009 o Enem teve sua primeira mudança drástica, impactando principalmente no aumento do número de questões, na quantidade de dias de prova e o estilo de pergunta. Como toda mudança precisa de tempo para adaptações e melhorias, neste ano de 2009, o Enem sofreu várias críticas, tanto dos alunos quanto dos professores.

O questionamento era embasado no argumento de que os alunos não tinham ainda o suporte e recursos suficientes para desempenharem uma boa prova, já que a mudança foi drástica e repentina, uma vez que o exame passou a ser muito mais denso e extremamente cansativo (há 9 anos era impensável um vestibular conter 180 questões).

Entre os anos de 2009 até 2016 a prova era aplicada em um final de semana, contendo as seguintes características;

Porque mudaram o Enem em 2009?

Desde 1999 (quando a nota do Enem passou a ser critério para entrada em universidades públicas) até 2008, muitas universidades públicas passaram a adotar o exame como processo único de seleção. Ou seja, o MEC constatou que uma prova com apenas 63 questões mais uma redação já não atendiam mais a demanda que um processo seletivo de milhões de alunos exige.

Sendo assim, houve mudanças também no estilo da prova, com o aparecimento de questões abordando conteúdos aprofundados e mais específicos. Essa mudança se fez necessária, já que o Enem nesta época começou a substituir muitos vestibulares tradicionais, aqueles que eram elaborados pelas próprias universidades públicas.

Mudanças Enem 2017

materiais de estudo mudanças no enem

O exame em 2017 também teve alterações significativas, impactando profundamente na dinâmica do processo.

Enem em dois domingos

Como descrito acima, entre 2009 até 2016, as provas eram realizadas em um único final de semana, isto é, dois dias consecutivos. Porém, em 2017 elas passaram a ser aplicadas em finais de semana diferentes, sendo em dois domingos consecutivos.

Tempo e ordem das provas

A ordem das provas também foi alterada e passou a vigorar da seguinte forma:

  • tempo máximo de 5 horas e 30 minutos no primeiro domingo de prova (45 questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, 45 questões de Ciências Humanas e suas Tecnologias e a redação);
  • tempo máximo de 4 horas e 30 minutos no segundo dia de prova (45 questões de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e 45 questões de Matemática e suas Tecnologias).

Caderno de provas personalizados

Antes de 2017, o vestibulando recebia uma prova aleatória, variando apenas a cor do caderno. Isso mudou no ano passado, quando os alunos passaram a receber um caderno de prova personalizado, contendo o nome do estudante e o seu número de inscrição logo na capa.

O destaque positivo dessa mudança foi o aumento da segurança do processo seletivo, porém, essa personalização demandou ainda mais gastos com uma prova que já custa caro ao governo federal.

Critério para isenção da taxa de inscrição

Até a edição de 2016, somente os alunos do último ano do segundo grau de escolas públicas eram contemplados com a isenção da taxa de inscrição. Mas, desde 2017 o critério de isenção foi ampliado, e atualmente os vestibulandos cadastrados no sistema CadÚnico também podem receber a isenção da taxa.

Aumento da taxa de inscrição

Até 2016 era cobrado o valor de R$ 68,00 para todos os alunos que não recebiam a isenção da taxa de inscrição, no entanto, em 2017 o valor subiu para R$ 82,00.

Certificado de conclusão

Além de vestibular e termômetro da qualidade do ensino médio, o Enem entre os anos de 2009 e 2016 também era usado para obtenção do certificado de conclusão do ensino médio. Muitos adultos que ainda não tinham concluído o segundo grau recorriam a esta alternativa, bastava alcançar 450 pontos nas provas objetivas e 500 pontos na redação, garantindo assim o certificado do ensino médio.

Em 2017 esta regra passou a não valer mais, porém, o governo federal viabilizou para estes adultos outra maneira para obtenção do certificado, por meio do Exame Nacional de Certificação de Competências de Jovens e Adultos – Encceja.

Porque mudaram o Enem em 2017?

A principais mudanças Enem 2017 foram em relação à dinâmica da prova, passando ela para dois domingos, antecipando a redação para o primeiro dia de prova e trocando a ordem de cobrança das áreas (como descrito acima).

Essa modificação foi devido à reclamação feita tanto pelos vestibulandos, quanto pelos professores (principalmente os de cursinhos preparatórios) sobre o cansaço acumulado dos alunos. Fazer 180 questões em dois dias consecutivos, sendo que no último ainda tinha redação, junto com matemática, era um desgaste extremo para o estudante, o que fatalmente poderia afetar de maneira injusta em seu rendimento na prova.

Essa alteração só foi possível após o MEC abrir uma consulta pública em janeiro de 2017 para saber a opinião da sociedade no que diz respeito aos pontos que a prova precisa melhorar. Como uma das mudanças mais solicitadas foi justamente a alteração da dinâmica da prova, o MEC de forma sábia atendeu.

Mudanças Enem 2018

O Enem deste ano também teve modificações significativas, principalmente em relação ao tempo de prova. Confira as mudanças Enem 2018:

Tempo de prova

A ordem das provas, bem como a sua realização em dois domingos consecutivos permaneceram inalterados. O que mudou foi o acréscimo de mais 30 minutos no tempo máximo de prova do segundo dia. Isto é, agora o vestibulando terá 5 horas para finalizar sua prova no segundo domingo de vestibular.

Remarcação de prova

Por ser uma prova que mobiliza literalmente o país inteiro, e demanda de uma gigantesca logística para a sua perfeita aplicação, a incidência de ocorrências é bastante comum. Tem cidades, por exemplo, que podem enfrentar problemas de enchente no dia, queda de pontes, problemas com o transporte público e entre outros.

O fato é que estes problemas podem comprometer o deslocamento de milhares de candidatos, impossibilitando assim que os mesmos façam as provas. Por isso, neste ano o MEC dará a possibilidade para os candidatos que perderam a prova (mediante apresentação de motivos pertinentes) a remarcação de uma nova data do exame, como sendo uma espécie de segunda chance.

Evidentemente nem todos os pedidos serão aceitos, sendo uma comissão avaliadora a responsável por analisar cada pedido de remarcação. Após a avaliação de cada recurso, o vestibulando receberá por e-mail e SMS se terá ou não o direito de fazer uma nova prova.

Direitos humanos

Desde a sua primeira edição em 1998, o estudante que elaborasse a sua redação desrespeitando os direitos humanos obrigatoriamente recebiam zero. Neste ano esta regra não consta mais no edital, isto é, as redações que eventualmente tenham teor desrespeitoso para com os direitos humanos não serão anuladas, e sim corrigidas normalmente.

Porque mudaram o Enem em 2018?

Mais uma vez a mudança mais considerável foi acerca da maneira com que a prova é aplicada, com a extensão do prazo em 30 minutos no segundo domingo de prova. Essa mudança também foi fruto dos questionamentos de alunos e professores, já que no ano de 2017 a ordem das provas foi modificada e levantou-se a questão se realmente o tempo de prova era suficiente.

O ano de 20017 foi o primeiro que as provas de Matemática e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias foram aplicadas no mesmo dia. Inicialmente no edital previa tempo máximo de 4 horas e 30 minutos para este dia de exame, entretanto, diante às inúmeras queixas de falta de tempo hábil, o MEC de maneira correta adicionou 30 minutos a mais, passando a ser, a partir deste ano, 5 horas de prova no segundo dia.

Datas Enem 2018

Com as inscrições encerradas, o Enem 2018 já tem algumas datas importantes em seu calendário, confira:

  • outubro – divulgação dos locais de prova;
  • 04 de novembro – aplicação das provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Ciências Humanas e Suas Tecnologias;
  • 11 de novembro – aplicação das provas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias;
  • 14 de novembro – publicação dos gabaritos e dos cadernos de questões;
  • janeiro de 2019 – divulgação dos resultados individuais;
  • março de 2019 – divulgação dos resultados dos treineiros e espelhos da redação.

Portanto, como explicado acima foram várias as mudanças no Enem desde a sua primeira edição em 1998, principalmente alterações com relação ao tempo e estilo de prova. Sempre com o intuito de beneficiar o estudante, essas modificações evidenciam a preocupação do MEC em realizar um processo seletivo mais justo, cabendo assim ao vestibulando se preparar e se adaptar da melhor maneira possível.

Quer estudar mais e ficar por dentro de tudo sobre o Enem? Faça seu cadastro gratuito no blog Stoodi. Lá você tem acesso a videoaulas e ainda pode testar seus conhecimentos a partir de vários exercícios que a plataforma disponibiliza.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *