Filósofos pré-socráticos: quem são, resumo e mais!

Conheça as ideias, pensamentos e principais escolas dos filósofos pré-socráticos, além de testar seus conhecimentos com exercícios!

Filósofos pré-socráticos: quem são, resumo e mais!

A parte mais conhecida da Filosofia se deu a partir dos ensinamentos de Sócrates, mas você sabia que os pré-socráticos são também bastante importantes? Existe uma produção anterior a ele que se destaca tanto por sua relevância histórica quanto pela presença no Enem e em vestibulares país afora.

Entrar em contato com os fundamentos da história da filosofia é, também, compreender a base de nossa própria civilização. Conhecidos como os primeiros filósofos, a influência das teorias desses autores ainda pode ser sentida em nossa organização social.

Além disso, para se ter uma compreensão mais clara dos conceitos propostos a partir de Sócrates, é importante identificar quem foram os pensadores com quem ele dialogava em sua época. Nesse texto, vamos abordar os seguintes tópicos:

  • quem foram os pré-socráticos;
  • explicação dos principais conceitos propostos por eles;
  • ramificações das teorias que antecederam Sócrates.

Boa leitura!

Quem foram os filósofos pré-socráticos?

Pré-socráticos foram aqueles que escreveram antes de Sócrates?

Não exatamente! Antes de tudo, vale ressaltar que a expressão “pré-socráticos” não indica, necessariamente, um tempo anterior em relação ao famoso filósofo.

Situados nos primórdios da filosofia ocidental, o termo pré-socráticos refere-se ao grupo de autores da antiguidade grega que antecederam e foram alvo de muitas críticas pela tradição inaugurada por Sócrates.

Portanto, o termo aqui designa não uma ordem cronológica, mas uma sucessão de ideias. Alguns dos pré-socráticos eram contemporâneos de Sócrates, dialogando diretamente com suas ideias, que vieram a ser muito questionadas pelas proposições socráticas.

Quais são os principais filósofos pré-socráticos?

Tais filósofos ficaram conhecidos por romper com um ponto de vista estritamente espiritual para explicar o mundo, propondo uma visão cosmológica construída a partir dos esboços de uma racionalidade. Por isso, são considerados os primeiros filósofos. Entre os mais conhecidos, podemos destacar:

  • Tales de Mileto;
  • Heráclito de Éfeso;
  • Parmênides de Eleia;
  • Pitágoras de Samos;
  • Demócrito de Abdera;

Os títulos associados a seus nomes nos dão pistas para entender um pouco dessa organização da história da filosofia clássica. Eram as cidades de onde se originaram esses pensadores, representando as primeiras divisões de pensamento nessa sociedade. Descreveremos um pouco dessas escolas nos próximos tópicos.

quadro com pré-socráticos

Filósofos pré-socráticos: principais ideias

Transição de uma consciência mítica para uma consciência filosófica

Podemos classificar como a principal contribuição desses autores. É importante demarcar que aqui se inicia o rompimento com uma tradição puramente transcendental para explicar a realidade, e o início de uma racionalidade empírica.

Assim como nas principais religiões conhecidas, os gregos clássicos recorriam a lendas e mitos para compreender a gênese dos seres humanos e da natureza. Essa tradição era conhecida como cosmogonia, de onde derivam os mitos e deuses conhecidos até hoje na cultura popular: Zeus, Atena, Afrodite, etc.

De maneira resumida, a cosmogonia estabelecia que o mundo foi criado a partir das relações “sexuais” entre esses deuses e forças primitivas. Elementos abstratos como a própria terra (Gaia) e o tempo (Chronos) eram traduzidos socialmente como entidades com características humanas e singulares.

Criação de um ponto de vista cosmológico

Como você já pode inferir, não havia até então uma diferenciação entre filosofia, religião e um pensamento científico. Os pré-socráticos foram os primeiros a propor uma separação entre esses campos, iniciando o que podemos descrever como uma visão cosmológica da realidade.

Em vez de recorrer a explicações intangíveis e abstratas, eles passaram a procurar na natureza observável os fundamentos do mundo em que viviam. Por isso, são também conhecidos como os filósofos da natureza.

A própria palavra cosmologia nos ajuda a entender essa passagem. O sufixo logos (lógica, razão) presente no termo aponta para esse uso racional do pensamento para explicar tanto a origem do mundo quanto do próprio ser.

Escolas pré-socráticas

Escola Jônica

Localizada na cidade de Mileto, que ficava na região antigamente conhecida como Jônia, território que hoje faz parte da Turquia. Durante os séculos VI e V, antes da era comum, esse foi o foco principal para o surgimento da filosofia ocidental.

Apesar de algumas diferenças entre os pontos de vistas de seus autores, eles compartilhavam entre si a busca por uma explicação material da realidade e do ser. Temos em Tales de Mileto seu maior representante, também conhecido por muitos como o primeiro filósofo.

Escola Eleática

Essa escola recebe esse nome por ter sua fundação na antiga cidade grega de Eleia, localizada hoje no sul do país italiano. Parmênides, Xenófanes e Zenão são três de seus principais representantes.

Do ponto de vista teórico, havia uma preocupação entre esses pensadores de fazer uma divisão entre o conhecimento racional daquele produzido pela sensibilidade. Um marco importante compartilhado por eles, portanto, foi a prevalência da razão como forma de acesso privilegiado a realidade.

Escola Efésica

Essa tradição é basicamente vinculada ao filósofo Heráclito, que habitava a cidade de Éfeso. Ele também tinha como preocupação entender a origem natural do mundo em que vivemos, mas dava explicações um pouco diferentes de seus contemporâneos.

Teóricos como Mileto propunham a água como elemento primordial na gênese do mundo. Já para Éfeso, o elemento fogo seria a chave necessária para compreender a criação, destruição e movimento das coisas e do ser.

Embora antigas, as lições ensinadas pelos pré-socráticos produzem efeitos até hoje na forma como nossa sociedade é estruturada. Falamos aqui de um período em que a separação entre as disciplinas era muito mais tênue do que atualmente, ao mesmo tempo em que suas primeiras divisões foram criadas.

Estudar os movimentos filosóficos é uma tarefa necessária para qualquer estudante que almeja conquistar uma vaga em um curso de graduação. Lembre-se de que essa é uma experiência que contará não apenas para seu desempenho no vestibular, mas também para sua formação intelectual e política!

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