Industria em Geografia: como o tema Indústria pode aparecer no vestibular?

5 pontos fundamentais sobre esse conceito: tipos de produção, fases das Revoluções Industriais, modelos de produção, tipos de indústrias e setores industriais

Industria em Geografia: como o tema Indústria pode aparecer no vestibular?

5 pontos fundamentais sobre esse conceito: tipos de produção, fases das Revoluções Industriais, modelos de produção, tipos de indústrias e setores industriais

Foto: reprodução/divulgação

Se a dica anterior de geografia foi um resumão sobre a urbanização, hoje vamos fazer quase um complemento na matéria. Que tal conversamos um pouquinho sobre as indústrias?

Máquinas, linhas de produção, mercadorias padronizadas sendo fabricadas várias vezes pelo mesmo processo. Quando falamos de industrialização pensamos basicamente nisso – ou então no filme Tempos Modernos de Charles Chaplin.

A verdade é que tudo isso é resultado de um longo processo. “Tem muito a ver com a história das técnicas e da capacidade de transformar ideais e matérias-primas em produtos e bens de consumo”, diz o prof. Érico.

1. Fases da industrialização – tipos de produção

Antes de começar a falar sobre a indústria, precisamos entender quais eram os modos de produção antigamente.

Primeiro, os objetos eram feitos por meio do artesanato. Nesse processo, o conjunto de técnicas eram acumuladas de geração em geração, com um caráter mais familiar. Esse modo é considerado mais tradicional.

Uma das características desse tipo de produção é a falta de divisão do trabalho. Ou seja, o artesão – que era dono dos meios de produção e ferramentas – não era empregado de ninguém. Ele mesmo fazia o serviço completo, concluindo todas as etapas.

Não existia muito essa história de padronização. Os produtos e bens de consumos podiam ser personalizados.

Entre o século XVII e início do século XVIII, instaurou-se a manufatura – ela nada mais é que a transição entre o artesanato e a indústrias.

Nesse tipo de produção existe uma divisão primária do trabalho – você começa a ter mais gente além do dono e seus familiares. Os mecanismos ainda são bastantes simples, porém já permitem um trabalho mais repetitivo.

Quando chegamos à indústria, percebemos que existe uma forte divisão do trabalho – as pessoas são separadas em função de suas características técnicas e capacidade de lidar com algumas atividades.

Em outras palavras, isso quer dizer que quem aperta o parafuso não é a mesma pessoa que coloca a borracha, por exemplo.

Os movimentos são repetitivos, cada pessoa faz um pedacinho do bem de consumo e somente ao final de todo o processo ela visualiza o objeto completo. Desta maneira, é possível contar com uma produção em alta escala.

Na indústria, há muito uso das máquinas e forte demanda das fontes de energia. “Isso tudo tem a ver com a evolução do conhecimento técnico e científico, que pode ser um dos grandes norteadores da indústria moderna”, afirma o professor.

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2. E as Revoluções Industriais? Quais são as fases da indústria nesse contexto?

O prof. Érico começa explicando que os processos que conduziram a essas revoluções foram bem diferentes.

A primeira Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra, que vai ser o começo de tudo.

Já a segunda Revolução Industrial aconteceu quando alguns países como Estados Unidos, França, Japão e Alemanha decidiram se juntar a esse processo. Foi nesse momento que surgiram os modelos de produção: Taylorismo e Fordismo.

Depois vamos ter a terceira Revolução Industrial, “que é, segundo muitos especialistas, algo quer a gente ainda vive hoje”, conta o prof. Essa terceira etapa foi marcada pelos modelos de produção: Toyotismo e Volvismo.

3. Como são esses modelos de produção?

Taylorismo: vai estabelecer o controle mais rígido de maneira cronometrada e incorporar os princípios da administração de empresas.

Fordismo: cria o conceito de peças intercambiáveis que vai permitir uma produção em série mais rápida. É caracterizado, também, por ser bastante hierarquizado, com forte segmentação de tarefas.

Toyotismo: esse modelo de produção vai introduzir um sistema chamado just in time que se baseia na pronta entrega – você não acumula estoque, pois só produz a quantidade necessária para atender o mercado.

É considerado mais flexível e o funcionário não é responsável somente por uma função – dessa forma, ele não tem tanto desgaste e deixa o processo mais eficiente.

Volvismo: conhecido como modo de produção escandinavo, é o modelo de produção com uma flexibilização ainda maior.

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4. Quais são os tipos de indústrias?

  • Indústrias Tradicionais – voltadas para o setor primário da economia.
  • Indústrias de Transformação – aquelas que transformam matérias-primas em produtos, como as siderúrgicas, por exemplo, que fazem os minerais tornarem-se aço.
  • Indústrias de bens não-duráveis – as que produzem bens com prazo de validade, como a indústria de alimentos, por exemplo.
  • Indústrias de bens duráveis – as que produzem bens sem prazo de validade ou com um prazo bastante prolongado, como a indústria de automóveis, por exemplo.
  • Indústrias de bem de capital – são as indústrias que produzem para outras indústrias, como a de máquinas, por exemplo.
  • Indústrias de bens intermediários – são as indústrias farmacêuticas, por exemplo.

5. Quais são os setores das indústrias?

Elas são divididas em indústrias de base, de bens intermediários e de bens avançados.

As indústrias de base transformam os produtos primários em bens que podem ser usados em setores mais avançados. Por exemplo:

  • Siderúrgica
  • Química
  • Alimentos

As indústrias de bens intermediários produzem bens que já têm um grau mais avançado de tecnologia. Como:

  • Farmacêutica
  • Ferramentas

As indústrias de bens avançados são aquelas que estão relacionadas a muitas etapas de planejamento, pesquisa e produção. Que é o caso das:

  • Automotiva
  • Máquinas
  • Eletrônica


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Até a Segunda Guerra Mundial, o Brasil não tinha um parque industrial, de fato. Tínhamos apenas uns “surtos industriais”, comenta o professor Érico.

Como o Brasil foi colônia de Portugal, durante um bom tempo foi proibido de ter manufatura – isso atrasou o desenvolvimento industrial no país. Além disso, a nossa população era basicamente rural.

Em meados dos anos 50, o Brasil começou a desenvolver características mais urbanas e acabou mudando um pouco sua cultura. O país passou a depender cada vez mais de produtos industrializados.

Desta forma, o Brasil começou seu processo de industrialização com as siderúrgicas. Isso o faz participar do grupo NPIs, que significa: novos países industrializados.

Atualmente, cerca de 70% das indústrias brasileiras estão localizadas na região do Sudeste. Algumas condições socioeconômicas contribuem para isso, como os fatores de mercado consumidor, infraestrutura, concentração de capitais e mão-de-obra qualificada.

Porém, é muito importante a gente chamar a atenção para um novo processo: a desconcentração dessas indústrias. O que tem acontecido hoje em dia é que tem surgido novas regiões industriais no território brasileiro.

Agora que você já sabe como pode cair o assunto indústria em geografia no vestíbular, compartilhe com seus amigos para que eles possam aprender também!

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