Placas tectônicas: o que são, tipos, movimentos e mais!

Entenda de uma vez as Placas Tectônicas!

Placas tectônicas: o que são, tipos, movimentos e mais!

Por quase 200 anos, pesquisadores desenvolveram diversas teorias usadas para descrever a formação de montanhas, vulcanismos, terremotos e outros processos geológicos. No entanto, até a descoberta das placas tectônicas, na década de 1960, nenhuma hipótese conseguia explicar de forma satisfatória toda a variedade de acontecimentos registrados na superfície da Terra.

A história da ciência mostra que, em geral, as hipóteses simples que esclarecem muitas observações são mais duradouras. Neste artigo, você vai entender o que são placas tectônicas, como ocorrem seus movimentos, entre outras informações. Boa leitura!

O que são placas tectônicas?

As placas tectônicas são grandes blocos que formam a camada externa sólida da Terra, ou seja, a litosfera. Elas abrigam os continentes e os oceanos, sendo impulsionadas pelo movimento do magma no interior do planeta.

As principais placas tectônicas se empurram, se afastam umas das outras e afundam alguns milímetros por ano, modificando suas dimensões e alterando o contorno do relevo terrestre. Esses fragmentos podem ter bordas continentais ou oceânicas e recriam a paisagem da terra.

Além disso, os movimentos resultam em vários processos geológicos, como terremotos e vulcanismos. É por isso que países que estão localizados nas bordas das placas tectônicas sofrem mais com esses acontecimentos.

Tipos de placas tectônicas

Os tipos de placas tectônicas podem ser definidos de acordo com o que ocorre em seus limites. Além das regiões de terremotos, muitas feições geológicas de grandes proporções, como cadeias de vulcões e estreitos cinturões de montanhas, estão associadas com as bordas das placas.

Conheça os três tipos de placas tectônicas existentes.

Placas divergentes

As placas divergentes determinam a zona de construção de crosta, o que ocorre quando elas estão se afastando uma da outra e criando crosta oceânica. O movimento é definido no sentido horizontal e estabelecido em três estágios.

No primeiro, ocorre a fratura da crosta, que gera a abertura do oceano. Nessa fase, há intensa atividade vulcânica. Na segunda etapa, a fragmentação é total e dois continentes definitivamente separados por um oceano são formados. O vulcanismo continua pela ascensão do magma.

Isso define a chegada do último estágio, com a formação de crosta oceânica. A fragmentação dos continentes teve início há 180 milhões de anos.

Placas convergentes

Nos limites convergentes, ocorre colisão de uma placa sobre a outra, resultando em destruição da crosta. Os três tipos de convergência são:

  • oceânico-continental: em geral, a placa oceânica (menos densa) mergulha por baixo da continental, formando uma profunda zona de subducção;
  • oceânico-oceânico: ocorre a convergência entre duas placas oceânicas, resultando em subducção da mais densa (correspondente a mais antiga);
  • continental-continental: como as placas continentais têm baixa densidade, os fenômenos que predominam são dobras e deformações, ocorrendo a formação de cinturões de montanhas.

Placas conservativas

Nos limites conservativos, também chamados de transcorrentes, estão as falhas transformantes. Isso ocorre em regiões de deformação, com uma placa deslizando em relação à outra, sem convergência ou divergência.

Quando a energia acumulada ao longo desse limite é liberada, ocorre a movimentação das placas, o que pode gerar terremotos com grande poder de destruição.

Principais placas tectônicas

As placas tectônicas podem ter diversas dimensões. A maior é a Placa Pacífica, que abrange grande parte do Oceano Pacífico. Algumas placas têm o mesmo nome dos continentes que elas compreendem. No entanto, em nenhum caso, uma placa tectônica é exatamente igual a um continente.

Conheça as maiores e mais importantes placas tectônicas:

  • Placa Sul-americana;
  • Placa do Pacífico;
  • Placa de Nazca;
  • Placa Norte-americana;
  • Placa Australiana
  • Placa Indo-australiana;
  • Placa Africana;
  • Placa Eurasiana;
  • Placa Antártica;
  • Placa Indiana;
  • Placa Caribenha;
  • Placa de Cocos;
  • Placa Filipina.

Além das placas maiores, existem muitas outras menores. Um exemplo é a pequena Placa de Juan de Fuca, um fragmento da litosfera oceânica preso entre as gigantes placas do Pacífico e Norte-americana, na margem noroeste dos Estados Unidos. Outras são pedaços continentais, como a pequena Placa Anatoliana, que contém a maior parte da Turquia.

placas tectonicas

Movimento das placas tectônicas

O sistema de movimentação das placas tectônicas é ocasionado pela convecção que ocorre no manto e a energia é proveniente do calor interno da Terra, e as placas têm um papel ativo nesse processo. As forças mais importantes nessa movimentação, por exemplo, vêm da litosfera em resfriamento à medida que ela desliza do ponto de expansão e mergulha de volta no manto em zonas de subducção.

Os pedaços litosféricos atingem grandes profundidades e podem chegar até o limite entre o manto e o núcleo do planeta, o que indica que todo o manto está envolvido no sistema de convecção que recicla as placas tectônicas.

As correntes de convecção ascendentes podem incluir as chamadas plumas do manto, que são intensos jatos dessa região, causando vulcanismo localizado em pontos quentes, como ocorre no Havaí.

Algumas placas tectônicas estão se movendo mais rápido do que outras, o que aumenta seu desgaste. As placas Pacífica, de Nazca, de Cocos e Indiana, por exemplo, estão em processo de subducção ou sendo consumidas ao longo de uma grande parte de suas bordas.

Por outro lado, as que estão se movendo devagar, como as placas Norte-americana, Sul-americana, Africana, Eurasiana e Antártica, não têm porções significativas de bordas que são consumidas.

Essas observações sugerem que o movimento acelerado das placas é gerado pelas forças gravitacionais exercidas pelos pedaços mais antigos e frios da litosfera, o que os torna mais densos.

Placas tectônicas no Brasil

O Brasil está localizado na porção central da Placa Sul-americana, que tem uma área de, aproximadamente, 43,6 milhões de quilômetros quadrados e cerca de 200 quilômetros de espessura. Essa placa se movimenta para a direção oeste, afastando-se da Dorsal Mesoatlântica e aproximando-se das Placas do Pacífico e de Nazca.

Por estar localizado no meio de uma placa tectônica, o país não apresenta vulcanismos e quase não sofre grandes abalos sísmicos. Há no Brasil ocorrências de sismos de baixa magnitude, resultantes do desgaste da placa.

A litosfera não é uma camada contínua, mas está dividida em placas tectônicas que se movimentam sobre a superfície da Terra. Com isso, diversos processos geológicos ocorrem, como cadeias de montanhas, estruturas no fundo do mar, vulcões e terremotos. Essa descoberta revolucionou a Geologia.

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