Prosul: o que é, quem faz parte e Unasul!

Entenda o que é o Prosul, quais os países que fazem parte, além de descobrir qual a diferença entre o Prosul e Unasul. Saiba tudo com o Stoodi!

Prosul: o que é, quem faz parte e Unasul!

Foto: G1 

Sempre foi comum na história mundial países vizinhos geograficamente estreitarem as suas relações econômicas, facilitando assim a comercialização de várias mercadorias locais, desde alimentos até bens de consumo duráveis. No atual panorama econômico mundial não é diferente, como exemplo, podemos destacar o Prosul na América do Sul.

Nesse contexto, por se tratar de um tema bastante atual, bem como envolver diretamente o Brasil, os estudantes que vão fazer o Enem ao final do ano precisam ficar atentos com esse assunto, até porque, o estudo de atualidades é constantemente cobrado na prova.

Desse modo, confira abaixo o que significa Prosul, qual a sua influência para a economia, onde ele se diferencia do Unasul e muito mais!

O que significa Prosul?

O Foro para o Progresso da América do Sul – Prosul, nada mais é do que um bloco de países sul-americanos que visam intensificar o diálogo interno para viabilizar transações econômicas locais mais eficientes. Em outras palavras, é um fórum regional que propõe a desburocratização do comércio entre os próprios países da América do Sul.

Criado em março de 2019, os 8 países integrantes desse bloco reafirmaram que essa união estará isenta de posicionamentos políticos, ou seja, o tratado tem como objetivo principal criar ferramentas para que todas as nações participantes se beneficiem comercialmente, não importando assim qual for a ideologia política adotada.

Quem faz parte do Prosul?

Assinaram esse acordo os seguintes políticos líderes de governo:

  • Jair Bolsonaro – Brasil;
  • Maurício Macri – Argentina;
  • Sebastián Piñera – Chile;
  • Iván Duque – Colômbia;
  • Mário Abdo Benítez – Paraguai;
  • Martpin Vizcarra – Peru;
  • Lenín Moreno – Equador;
  • George Talbot – embaixador da Guiana.

Percebemos que nem todos os países que estão na América do Sul fazem parte desse acordo, alguns deles são o Uruguai, Bolívia e Suriname, que foram convidados, mas, negaram a entrada no bloco.

Já a Venezuela (que atualmente enfrenta um conturbado cenário sócio-político) nem chegou a ser convidada para o evento onde foi discutido as diretrizes do Prosul.

container de exportação Prosul

Qual a proposta do Prosul?

O foco do Prosul é o diálogo amigável entre as nações sul-americanas livre de ideologia política, buscando assim a evitar que diferentes posições diplomáticas atrapalhem no comércio regional.

Além disso, o Prosul será liderado por diferentes países a cada ano, sendo o primeiro pelo presidente chileno Sebastián Piñera e posteriormente pelo líder paraguaio Mário Abdo.

Em seu texto base, o Prosul propõe:

  • criar um espaço de diálogo e colaboração sul-americano, proporcionando boas relações geopolíticas;
  • construir e consolidar um cenário econômico local de cooperação e coordenação;
  • flexibilizar as relações comerciais regionais, buscando essencialmente a redução de custos operacionais e logísticos;
  • proporcionar uma integração infraestrutural, priorizando os setores de energia, saúde, defesa, segurança e combate ao crime.

O que é Unasul?

A União das Nações Sul-Americanas – Unasul foi uma organização entre os 12 países da América do Sul que visava construir uma identidade e cidadania sul-americanas, buscando assim uma integração política, social, econômica, cultural, energética e ambiental.

Idealizada por Luiz Inácio Lula da Silva (ex-presidente do Brasil) e Hugo Chávez (falecido ex-presidente da Venezuela), a Unasul entrou em vigor em 2011 com a presença dos seguintes países:

  • Brasil;
  • Argentina;
  • Bolívia;
  • Chile;
  • Colômbia;
  • Equador;
  • Guiana;
  • Paraguai;
  • Peru;
  • Suriname;
  • Uruguai;
  • Venezuela.

Diferença do Prosul para o Unasul

Podemos diferenciar o Prosul do Unasul a partir de 3 fatores: estrutural, perfil de liderança e número de nações participantes.

Estrutural

A Unasul propunha uma estrutura mais elaborada, contando com a atuação de órgãos internos e uma sede administrativa em Quito, capital do Equador. Já o Prosul, até então, não tem como objetivo criar órgãos e estruturas institucionais, funcionando basicamente apenas por meio de um fórum de diálogo.

Perfil político

O estilo de governo de praticamente todos os presidentes que assinaram o tratado da Unasul é em grande parte oposto ao dos governantes atuais que propuseram o Prosul. Desse modo, podemos afirmar que esses dois blocos entraram em vigor em momentos ideológicos da América do Sul completamente distintos.

Quantidade de países integrantes

O Prosul atualmente conta com 8 países, já a Unasul era integrada por 12, em outras palavras, o Unasul viabilizou um maior engajamento dos países da América do Sul.

A situação atual da Unasul

Como todos os presidentes da América do Sul que assinaram a Unasul foram trocados após a realização de eleições locais, esse bloco perdeu considerável força, principalmente no ano passado, quando Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Paraguai saíram do bloco.

Dessa maneira, hoje o bloco ainda existe, entretanto, sofreu um sério esvaziamento e perdeu a sua solidez econômica e organizacional, correndo riscos de ser extinto nos próximos anos.

Vantagens dos tratados comerciais locais

Seja qual for o nível de desenvolvimento de um país, procurar meios para firmar parcerias com outras nações vizinhas é fundamental. Isso porque você viabiliza a entrada das mercadorias no comércio local com um custo menor, já que os gastos com transporte e logística são reduzidos devido à distância.

Em outras palavras, ambos os países saem com vantagens, já que um consegue vender seu produto mais barato sem comprometer seu lucro, e, o outro consegue suprir as suas demandas locais sem a necessidade de importar mercadorias vindas de países distantes (o que naturalmente encarece a transação).

Portanto, ao saber o que é o Prosul, bem como entender qual a sua proposta, conseguimos perceber qual é o cenário político atual da América Latina. Nesse contexto, é preciso ficar atento com uma possível abordagem do Enem em relação ao perfil dos líderes dos países sul-americanos, os quais hoje não se destacam pela uniformidade ideológica presenciada no passado.

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