Regime Militar: influência das propagandas nacionalistas!

Hoje é aniversário do Golpe Militar. Por isso, vamos entender como os militares usaram a ferramenta da comunicação e da propaganda a favor do regime autoritário

Regime Militar: influência das propagandas nacionalistas!

O regime militar foi marcado quando os militares se apossaram do poder e começaram a comandar o Brasil. Esse período, marcado por muita violência e repressão, teve duração de 21 anos e chegou ao fim somente em 1985.

Para os vestibulandos, lá vai uma dica: o Golpe de 64 e a Ditadura Militar são temas amplamente abordados no Enem e nos vestibulares.

Temos que ficar espertos em relação aos Atos Institucionais, Milagre Econômico Brasileiro e o uso das Propagandas Nacionalistas — esses pontos merecem destaque, pois são os motivos pelo aumento de popularidade em um governo tão autoritário e violento.

Regime Militar: propagandas nacionalistas

Agora, é a hora de dedicarmos a nossa atenção para as Propagandas Nacionalistas da época e conferir qual foi o discurso adotado pelos militares durante esse período.

Como naquela época havia uma censura muito rígida, nem sempre se sabia a dimensão dos fatos. As propagandas assumiram, então, o papel de convencer a população de que aquele regime era algo positivo.

Como elas faziam isso? Simples: abordando a ideia do avanço econômico, citando as obras grandiosas — como a Transamazônica — e, claro, falando de futebol, na Copa do Mundo de 1970.

Muitos slogans foram usados pelos militares para isso. Vejam alguns:

  • “Ninguém segura este país”
  • “Pra frente Brasil”
  • “Brasil, conte comigo”
  • “Você constrói o Brasil”
  • “Quem não vive para servir ao país, não serve para viver no Brasil”
  • “Brasil, ame-o ou deixe-o”

Já dá para perceber a ideia, né? Os militares se colocavam no mesmo grupo da população ao afirmar “Você constrói o Brasil”. Você tinha que aceitar o que estava acontecendo, ou você sofria as consequências, o que fica muito claro no “Quem não vive para servir ao país, não serve para viver no Brasil”.

E não pense que foram apenas os slogans que ficaram responsáveis por isso. Algumas músicas foram produzidas para ficar na boca do povo. Nessa época havia uma dupla chamada Dom & Ravel, que compunha canções ufanistas — como a faixa “Eu Te Amo, Meu Brasil”.

Um hino que realmente grudou na população foi “Pra Frente Brasil”. Ele foi feito durante a Copa em que nos consagramos tricampeões.

Durante o evento esportivo, os militares aproveitaram a situação para se aproximarem da população. Quando se falava de jogos, principalmente quando os generais davam palpites de resultados, todos eram vistos como torcedores. Ficava mais próximo o reconhecimento de um militar.

Em resumo: criou-se uma identidade entre o Governo, o futebol e a nação, de modo geral.

A comissão técnica e os jogadores eram frequentemente vigiados. Se acontecesse qualquer coisa que eles não gostassem (ou desconfiassem), os envolvidos eram chamados para dar explicações no DOPS — Departamento de Ordem Política e Social.

O então técnico da Seleção, João Saldanha, era um dos membros do Partido Comunista Brasileiro. Ele só continuou no comando do time por sua popularidade. Não demorou muito para ele ser afastado — os militares viam nas viagens internacionais a possibilidade de divulgar documentos e provas da ditadura brasileira.

Médici costumava falar que os jogadores eram exemplos para a sociedade, pelo patriotismo e pela disciplina. Para se ter uma ideia, o Ministério do Exército divulgou uma nota falando que os jogadores condenavam os “atos terroristas” do grupo de oposição do regime.

 

Foi a partir dessa atenção focada principalmente no futebol que a população “esqueceu”, pelo menos durante um tempo, das torturas e do autoritarismo vigente. Veja algumas peças publicitárias e jornais produzidos pela imprensa dessa época:

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