Renascimento Italiano: saiba o que foi!

Saiba o que foi o Renascimento Italiano, características, obras e mais!

Renascimento Italiano: saiba o que foi!

Por mais que você não seja muito ligado em Artes ou Literatura, é bem provável que já tenha escutado algum dos nomes a seguir: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Camões, Dante e Shakespeare. O que todos esses indivíduos têm em comum? Eles fizeram parte de um período histórico conhecido como Renascimento Italiano.

O Renascimento foi muito mais do que um movimento artístico. Ele também englobou as ciências — tanto que personalidades como Galileu Galilei, Nicolau Copérnico e René Descartes também participaram desse contexto histórico — e representou uma revolução no pensamento e comportamento da sociedade entre os séculos XV e XVI.

Quer saber mais sobre esse tema importantíssimo para as provas e que reflete até hoje em nosso dia a dia? Então, continue a leitura!

Renascimento Italiano: o que é?

O Renascimento Italiano — que tem esse nome porque a Itália foi o berço do movimento, ainda que ele não tenha se limitado a esse país europeu — foi um período histórico marcado por manifestações artísticas e científicas que revolucionaram o pensamento da época.

Além de trazer essa transformação, os renascentistas se preocupavam em mostrar, em suas obras e por meio dos avanços científicos, tudo aquilo em que acreditavam: a supremacia do homem perante o mundo e a importância da razão para o conhecimento, por exemplo.

Origem do Renascimento Italiano

Para os renascentistas, a Idade Média ficou conhecida como “a Idade das Trevas”. Hoje, sabemos que esse é um apelido bem inadequado — já que essa foi uma época marcada pelo surgimento de universidades, desenvolvimento científico e construção de lindas igrejas medievais —, mas ele nos ajuda bastante a compreender melhor esse período.

Para que possamos entender o que foi o Renascimento, precisamos entrar na mente do artista e cientista daquela época. O objetivo, aqui, era se afastar dos conceitos observados na Idade Média e trazer um viés mais “racional” para o dia a dia dos seres humanos.

A origem, portanto, aconteceu logo após a queda do Império Bizantino, marco que define o fim da Idade Média e o começo da Era Moderna. Com isso, o homem da época precisou buscar novas rotas comerciais, ainda mais com o avanço do renascimento cultural e urbano.

A partir daí, novas tecnologias — observadas facilmente com as grandes navegações, por exemplo — surgiram e, com elas, novas técnicas para a pintura e a escultura, além de outras formas de arte. O pensamento renascentista também marcou presença em obras literárias e na música da época.

renascimento italiano

Cidade italiana berço do Renascimento

A cidade conhecida como “berço do Renascimento” é Florença, localizada na região da Toscana.

O pioneirismo dessa cidade se dá por conta da sua importância no desenvolvimento artístico e cultural, que já eram grandes naquela época.

Além disso, a razão pela qual a Itália se destacou nesse contexto é por conta da sua grande atividade comercial, especialmente graças às rotas do Mediterrâneo. Isso fez com que ela se desenvolvesse mais rapidamente nesse quesito.

Características

As principais características do pensamento renascentistas são:

  • antropocentrismo: o homem no centro de tudo;
  • experimentalismo: a busca pelo conhecimento por meio de experimentos;
  • racionalismo: uma forma menos “mística” de ver o mundo, priorizando as experiências terrestres.
  • simetria: obras com forte simetria, sinalizando a razão e a busca pela perfeição;
  • uso de perspectiva e profundidade;
  • utilização de cores neutras;
  • esculturas esculpidas com a maior perfeição possível, utilizando um ideal de beleza clássico;
  • inspiração a partir das artes gregas e romanas da Antiguidade.

Essas eram, portanto, as principais características da cultura renascentista. Consistiam em obras e produções científicas voltadas para a busca do conhecimento e a exaltação do belo.

Fases do Renascimento

A seguir, conheceremos brevemente as fases do Renascimento. Elas são essenciais para que você resolva algumas questões na prova!

Os seus nomes estão em italiano e significam, respectivamente, trezentos, quatrocentos e quinhentos. Essas nomenclaturas se relacionam com o século que abrange cada uma das fases, ok? Agora, vamos lá!

Trecento

Fase inicial do Renascimento. O artista renascentista trabalhava criando obras para a Igreja, a fim de divulgar o seu trabalho em locais altamente valorizados na época. Nomes famosos do período incluem Dante Alighieri e Giovanni Boccaccio.

Quattrocento

Fase de consolidação do Renascimento. Aqui, os pilares do pensamento renascentista foram levados a outras esferas do conhecimento, ganhando peso e importância. Nomes emblemáticos da época são Leonardo da Vinci e Sandro Botticelli.

Cinquecento

Nesse período, o Renascimento chegou também a outros países da Europa, como a Inglaterra, a França e até Portugal. Nomes de relevância do Cinquecento incluem Nicolau Maquiavel, Michelangelo e Rafael.

Artistas e obras do Renascimento Italiano

É impossível escolher as obras mais importantes do Renascimento. No entanto, citaremos algumas que marcaram época e são relevantes até os dias atuais. Elas são:

  • Mona Lisa, de Leonardo da Vinci;
  • A criação de Adão, de Michelangelo;
  • O nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli;
  • A escola de Atenas, de Rafael Sanzio.

Vale a pena pesquisar cada uma delas e imergir em seus significados. Busque, também, obras que fizeram parte da arquitetura, escultura e literatura, para conhecer melhor as suas características e aprender a identificá-las na hora da prova!

Como o tema pode ser cobrado no Enem? 

Confira, agora, um exemplo de questão que já deu as caras no Enem para que você possa ver como esse tema é cobrado nessa e em outras provas do vestibular. Vamos lá?

(Enem 2000) (…) Depois de longas investigações, convenci-me por fim de que o Sol é uma estrela fixa rodeada de planetas que giram em volta dela e de que ela é o centro e a chama. Que, além dos planetas principais, há outros de segunda ordem que circulam primeiro como satélites em redor dos planetas principais e com estes em redor do Sol. (…) Não duvido de que os matemáticos sejam da minha opinião, se quiserem dar-se ao trabalho de tomar conhecimento, não superficialmente, mas duma maneira aprofundada, das demonstrações que darei nesta obra. Se alguns homens ligeiros e ignorantes quiserem cometer contra mim o abuso de invocar alguns passos da Escritura (sagrada), a que torçam o sentido, desprezarei os seus ataques: as verdades matemáticas não devem ser julgadas senão por matemáticos. (COPÉRNICO, N. De Revolutionibus orbium caelestium)

Aqueles que se entregam à prática sem ciência são como o navegador que embarca em um navio sem leme nem bússola. Sempre a prática deve fundamentar-se em boa teoria. Antes de fazer de um caso uma regra geral, experimente-o duas ou três vezes e verifique se as experiências produzem os mesmos efeitos. Nenhuma investigação humana pode se considerar verdadeira ciência se não passa por demonstrações matemáticas. (VINCI, Leonardo da. Carnets)

O aspecto a ser ressaltado em ambos os textos para exemplificar o racionalismo moderno é

a)      a fé como guia das descobertas;

b)     o senso crítico para se chegar a Deus;

c)      a limitação da ciência pelos princípios bíblicos;

d)     a importância da experiência e da observação;

e)     o princípio da autoridade e da tradição.

Resposta: D

E aí, o que você achou de conhecer mais sobre o Renascimento Italiano? Agora, sugerimos que continue buscando informações sobre o tema, seja por meio da observação das obras renascentistas ou com a ajuda de nosso Plano de Estudos, que o conduzirá rumo ao sucesso no vestibular!

1 comment
Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *