Modernismo no Brasil: o que foi e características!

O Modernismo Brasileiro foi um movimento artístico que surgiu na Semana de Arte Moderna de 1922. Nele, a arte era usada para representar a realidade brasileira.

Modernismo no Brasil: o que foi e características!

Modernismo Brasileiro, um movimento de extrema importância para a cultura brasileira

Você já ouviu falar do Modernismo Brasileiro? Se ainda não ouviu, precisa se atualizar rápido, porque é um tema muito comum no  Enem e vestibulares.

Mas não se preocupe, porque neste artigo falaremos sobre todos os principais tópicos deste assunto. Procurando seguir uma linha cronológica, veremos:

  • Contexto e características do Modernismo Brasileiro;
  • A primeira geração modernista brasileira;
  • Segunda geração modernista brasileira;
  • Terceira geração modernista brasileira;
  • Artistas modernistas brasileiros;
  • Obras do Modernismo Brasileiro.

Portanto, nosso primeiro passo para contar esta história será situarmos o chamado movimento modernista brasileiro, explicando suas principais características e como estas se encaixavam no contexto da época.

Contexto e características do Modernismo Brasileiro: resumo

O Modernismo Brasileiro foi um movimento artístico que surgiu oficialmente na Semana de Arte Moderna de 1922, se estendendo até a segunda metade do século passado.

No entanto, estas datas são apenas referências, porque o modernismo não foi uma coisa só, ou seja, envolveu várias gerações de artistas, com ideias diferentes entre si, ainda que algumas características estivessem quase sempre presentes, como:

  • O rompimento com as formas tradicionais de expressão artística;
  • A busca por uma expressão artística nacional e inovadora;
  • Na literatura, a valorização do cotidiano, expresso em linguagem simples.

Além disso, no início, havia o desejo de usar a arte para representar a realidade brasileira. Com o tempo, os modernistas se libertaram até mesmo desta obrigação, como veremos adiante.

Por ora, precisamos compreender que o contexto dos anos 1920 permitia esta ruptura com as expressões artísticas tradicionais, porque aos olhos de toda uma geração de artistas e intelectuais, o Brasil era uma jovem república em busca de sua identidade.

E a arte deveria ser a voz desta identidade, sem amarras estéticas e sem preocupações com estilos rígidos ou normas acadêmicas.

Era preciso encontrar a essência de uma arte genuinamente brasileira.

A primeira geração modernista brasileira

Dentro do espírito dos anos 1920, a primeira geração de modernistas era composta principalmente por artistas rebeldes.

Artistas que entendiam o seu papel como o de destruidores da antiga ordem, ou seja, que não tinham uma ideia muito clara do que queriam fazer, mas sabiam que não seria nada do que já havia sido feito.

Nesta fase, o elemento nacional estava muito presente, tentando representar o cotidiano do povo e da cultura brasileira.

Além disso, embora se fale muito mais da literatura modernista, é importante ressaltar que o movimento incluía outras formas de expressão, cujo maior exemplo é a obra “Abaporu”, de Tarsila do Amaral, pintada em 1928 e que hoje é o mais valioso quadro brasileiro.

Segunda geração modernista brasileira: o romance de 30

A revolta artística dos primeiros modernistas, aos poucos, se transformou em maturidade, principalmente na literatura, durante os anos 1930.

Uma vez que já haviam rompido com as tradições e experimentado várias formas possíveis de expressão, passaram a se destacar as obras dos modernistas que apresentavam maior engajamento com os aspectos sociais.

Ou seja, a segunda fase foi o momento em que o Modernismo Brasileiro encontrou uma forma mais bem definida, ainda contendo elementos nacionais e respeitando a liberdade artística, mas deixando de lado os excessos do experimentalismo dos anos 1920.

Terceira geração modernista brasileira

A partir dos anos 1940, o Brasil caminhava para profundas mudanças sociais e o mesmo ocorria no campo artístico.

Uma nova geração de modernistas surgia, ainda comprometida com a inovação, mas preocupada em não se prender a nenhuma regra, nem mesmo aos modelos dos primeiros modernistas.

Assim, o elemento nacional e a representação da realidade ficavam em segundo plano, com o foco se deslocando para a psicologia das personagens.

Por outro lado, como a liberdade artística era mais importante que as fórmulas, esta fase não tem um final muito claro, com alguns estudiosos afirmando que se encerra nos anos 1960 e, outros, dizendo que se estende até os anos 1980.

Seja como for, agora que já temos uma visão geral das três fases do Modernismo Brasileiro, precisamos falar um pouco sobre os principais artistas e obras do período, focando naqueles que costumam ser mais cobrados em exames.

Artistas modernistas brasileiros

Antes de passar aos artistas, precisamos lembrar algo que já dissemos para que você fixe esta ideia: o modernismo não era apenas literatura, mas a verdade é que foi neste campo que se desenvolveram suas principais obras.

Por isso, com exceção da já citada Tarsila do Amaral, a lista dos principais representantes do Modernismo Brasileiro costuma incluir muitos escritores, como veremos a seguir.

Principais representantes da arte moderna brasileira

Primeira fase (anos 1920):

  • Oswald de Andrade;
  • Mário de Andrade.

Segunda fase (anos 1930):

  • Rachel de Queiroz;
  • Jorge Amado;
  • Graciliano Ramos;
  • Érico Veríssimo;
  • José Lins do Rego;
  • Cecília Meireles;
  • Vinícius de Morais.

Terceira fase (de 1945 em diante):

  • João Cabral de Melo Neto;
  • Vinícius de Moraes;
  • Clarice Lispector;
  • Guimarães Rosa.

Obras do Modernismo Brasileiro

modernismo brasileiro livros e obras

Como você deve ter reparado na lista do tópico anterior, existem muitos nomes conhecidos e, portanto, não há como fazer uma única lista, com todas as obras fundamentais do período.

Principalmente, porque neste meio temos muitas obras famosas, mas também muito diferentes entre si, como por exemplo:

  • “Macunaíma” de Mário de Andrade (1928): que apresenta uma espécie de fábula, cujo protagonista é um malandro preguiçoso.
  • “Morte e Vida Severina” de João Cabral de Melo Neto (1955): uma obra crua e poética sobre as agruras da vida de migrantes no sertão pernambucano.

Isso para não falar no fato de que a maioria dos autores modernistas escreveram muitos livros importantes. Jorge Amado, por exemplo, tem mais de 30 livros publicados, vários deles cobrados em vestibulares e Enem.

Sendo assim, o melhor que podemos fazer é recomendar que você guarde os nomes dos autores e procure ler ao menos uma parte de suas obras, nem que sejam apenas as que lhe parecerem mais interessantes.

Fora isso, para encerrar, há duas publicações do início do movimento modernista brasileiro que têm um valor histórico destacado:

  • O “Manifesto da Poesia Pau-Brasil” (1924-1925): obra de Oswald de Andrade que delineava como deveria ser escrita a poesia modernista.
  • A “Revista de Antropofagia” (1928-1929): publicação conjunta de vários autores modernistas, baseada no “manifesto antropofágico” de Oswald de Andrade.

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