Calculo estequiométrico: como pode cair no Enem?

Prof. Igor mostra como evitar as pegadinhas

Calculo estequiométrico: como pode cair no Enem?

Prof. Igor mostra como evitar as pegadinhas

 

O professor Igor notou que as questões de Cálculo Estequiométrico têm caído bastante na parte de Química do ENEM. Geralmente, elas costumam aparecer pedindo o cálculo da pureza e do rendimento.

“O que os alunos acham mais chato é quando envolve as duas condições. Então, cuidado! Isso pode acontecer”, afirma o professor.

Se você não se lembra muito bem dos principais conceitos dessa matéria, não tem problema – vamos revisá-los agora mesmo. Se você domina esse tema, tudo bem também. Teste seus conhecimentos e aproveite para fixar ainda mais esse conteúdo.

Cálculo Estequiométrico

A parte introdutória dos Cálculos Estequiométricos são as Leis Ponderais – definidas como as relações entre reagentes e produtos em massa. Existem duas leis importantes que você conhecer: a Lei de Proust e a Lei de Lavoisier.

O prof. Igor pegou um exemplo bem simples para a gente visualizar essas duas leis na prática

Nesse exercício, hidrogênio reagindo com oxigênio, em determinadas condições, formam água.

No nosso primeiro experimento temos 2g de hidrogênio mais 16g de oxigênio. Esses dois gases reagiram em condições de sistema fechado e formaram água.

Nesse sistema não há troca de massa com o ambiente, e até mesmo com o sistema. Por isso, nós sabemos que a massa tem que ser obrigatoriamente conservada.

Nosso produto chegou no total com 18g. Então, tudo que era reagente se transformou em produto, conservando a massa no sistema fechado – essa é a Lei de Lavoisier.

– E se eu quiser dobrar a quantidade?
Você pode fazer isso.

Se você dobrar alguma substância, você deve dobrar a quantidade das outras substâncias também, formando, consequentemente, o dobro do produto = 36g. Essa proporção é chamada de Lei de Proust.

– Ah, entendi. E como eu faço para calcular a estequiometria mesmo?
Fazer a estequiometria é basicamente verificar a relação que existe entre as quantidades de reagentes e produtos.

Confira os passos básicos para a resolução – isso será necessário caso o examinador não tenha fornecido a equação.

  1. Montar a equação
  2. Balancear a equação
  3. Anotar os dados e o que a perguntar quer saber
  4. Transformar a equação nas mesmas unidades

“Às vezes, o mais difícil é interpretar o exercício”, confessa o prof. Igor. Portanto, muita atenção para não deixar passar nada.


Enfim chegamos à parte da pureza e do rendimento. O professor Igor comenta que esses são dois detalhes muito importantes.

“Dificilmente nós encontramos no laboratório químico substâncias que estão 100%. Por outro lado, dificilmente as reações no laboratório da indústria dão rendimentos de 100%”, introduz. As questões de vestibular tratam justamente disso, pois essas situações fazem parte do cotidiano da química.

Como calcular a pureza?

Para calcular a pureza, a gente vai seguir os mesmos passos da estequiometria. Porém, antes de calcular aquilo que o examinador solicitou a você na questão, é preciso descontar a parte impura da substância.

Ou seja, vamos calcular a parte que está pura e o resto vamos jogar fora.
“Somente a parte pura reage”, diz o professor. Vamos supor que um exercício fale “Existe uma amostra de 100kg com 90% de pureza…”. Nesse caso, você vai calcular os 90% e proceder seu cálculo estequiométrico.

O segredo é: inicialmente você conta a parte pura, descarta as impurezas e continua sua calculo estequiométrico.

Como calcular o rendimento?

“Eu, particularmente, gosto de seguir os mesmos passos, calculando como se fosse um rendimento de 100% e, ao final, faço uma regra de três”, afirma Igor.

Se o exercício falou que o rendimento era de 50%, você faz o cálculo normalmente e encontra o resultado. Depois disso, você faz a regra de três:

Atenção para a pegadinha, pessoal: tome muito cuidado quando o exercício colocar a impureza. “Ele gosta de fazer isso e tenta te pegar aí”, conta o professor.

Por exemplo, se ele falar que tem uma substância com 10% de impureza, você deve calcular a pureza em 90% – não se deixe confundir.

“Cálculo estequiométrico é uma questão de treino. Você vai perceber que, ao longo da resolução, as questões são iguais. Basta você ter uma boa interpretação”, comenta o prof. Igor. E para isso é preciso ler, reler e exercitar.

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