Correção de Redação Enem

O aumento das ISTs entre os jovens no Brasil Stoodi

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O aumento das ISTs entre os jovens no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
Como é a prevenção das IST*
O uso da camisinha (masculina ou feminina) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz para evitar a transmissão das IST, do HIV/aids e das hepatites virais B e C. Serve também para evitar a gravidez. A camisinha masculina ou feminina pode ser retirada gratuitamente nas unidades de saúde.
Quem tem relação sexual desprotegida pode contrair uma IST. Não importa idade, estado civil, classe social, identidade de gênero, orientação sexual, credo ou religião. A pessoa pode estar aparentemente saudável, mas pode estar infectada por uma IST.
A prevenção combinada abrange o uso da camisinha masculina ou feminina, ações de prevenção, diagnóstico e tratamento das IST, testagem para HIV, sífilis e hepatites virais B e C, profilaxia pós-exposição ao HIV, imunização para HPV e hepatite B, prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B, tratamento antirretroviral para todas as PVHA, redução de danos, entre outros.
*Segundo o Ministério da Saúde, A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passa a ser adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.
(Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-ist/como-e-prevencao-das-ist - Acesso em: 18 abr. 2018).

TEXTO II
Os números alertam: o uso da camisinha entre os jovens no Brasil voltou a cair. Nos últimos anos, o crescimento das doenças sexualmente transmissíveis alcançou níveis preocupantes e revela que a juventude vai na contramão da utilização do preservativo.
Dados recentes do Ministério da Saúde apontam que 40 mil novos casos de doenças sexualmente transmissíveis (DST), como HIV, sífilis e hepatite, são diagnosticados por ano no País. Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde divulgou que casos de HIV e Aids entre jovens de 15 a 24 anos aumentou 85% nos últimos 10 anos. Em 2016, seis em cada 10 jovens mantiveram relações sexuais sem proteção.
(Disponível em: http://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,uso-de-camisinha-entre-os-jovens-cai-e-dsts-preocupam,70002053953 - Acesso em: 17 abr. 2018).

TEXTO III
Ironicamente, o cenário atual da epidemia, muito mais animador que 20 anos atrás, está levando a um relaxamento nos cuidados preventivos, sobretudo entre os mais jovens. A Aids não é mais vista como uma doença mortal, não há ídolos, nem nomes conhecidos morrendo pela doença. O doente de Aids ganhou sobrevida e melhor qualidade de vida. No entanto, o que é um alento para aqueles vivendo com HIV-Aids, tornou-se um entrave para a prevenção, já que a doença passou a ser vista como qualquer outra enfermidade crônica.
A coordenadora do coordenadora do Programa Estadual de DST-Aids em São Paulo, Maria Clara Gianna,reconhece que é preciso encontrar outras formas de falar com os jovens, pois eles estão mudando, e a linguagem da prevenção permanece a mesma. "Não estamos sabendo dialogar com eles. As estratégias que ainda utilizamos não acompanharam as mudanças que acontecem nesses grupos. As campanhas de comunicação não podem se restringir a folders e folhetos", diz. Ela defende uma combinação de várias estratégias, como o espaço da escola, a profilaxia pós-exposição (o uso de medicamentos assim que se constata que houve uma relação de risco), além, é claro, do uso do preservativo.
(Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/centro-de-referencia-e-treinamento-dstaids-sp/homepage/destaques/adolescentes-e-jovens-desafiam-estatisticas-da-aids - Acesso em: 18 abr. 2018).

TEXTO IV
Segundo o ginecologista e obstetra Mauro Romero Leal Passos, presidente da Sociedade Brasileira de DST, embora na comunidade médica DSTs tenham sido uma preocupação constante, o foco no HIV das campanhas de prevenção e a crescente noção entre o público em geral de que a Aids já não é mais um “bicho papão” acabaram abrindo caminho para o aumento dos casos de gonorreia, sífilis e outras DSTs.
— Mas agora as pessoas estão entendendo que não se pode focar numa doença só, que isso é muito pouco — diz. — Veja o exemplo do Brasil. Temos um dos maiores e melhores programas de HIV/Aids do mundo, mas estamos enfrentando uma avalanche de casos de sífilis e, consequentemente, de sífilis congênita. Por isso temos que ter estratégias múltiplas para atuar no comportamento e prevenção de todas as DSTs.
(Disponível em: https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/doencas-sexualmente-transmissiveis-avancam-mundo-afora-21567398 - Acesso em: 17 abr. 2018).

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