Correção de Redação Enem

O dilema da doação de órgãos no Brasil Stoodi

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O dilema da doação de órgãos no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
Autorização familiar
Por lei, a doação de órgãos no Brasil somente é concedida com autorização expressa dos familiares após confirmação da morte encefálica. A doação é regida pela Lei nº 9.434/97. É ela quem define, por exemplo, que a retirada de órgãos e tecidos de pessoas mortas só pode ser realizada se precedida de diagnóstico de morte cerebral constatada por dois médicos e sob autorização de cônjuge ou parente.
Para ser doador de órgãos, não é necessário nenhum documento escrito: tudo que é preciso é a manifestação do desejo aos familiares. São os parentes do possível doador que teve morte encefálica que irão consentir ou não a doação de órgão.
Por isso é tão importante falar com os parentes sobre o assunto e os informar corretamente sobre o tema.

(Disponível em: http://www.agencia.ac.gov.br/doacao-de-orgaos-a-dor-de-quem-perde-um-ente-querido-e-a-decisao-que-pode-salvar-vidas/ - Acesso em: 17 mai. 2018).

TEXTO II
Nem sempre a decisão deles [familiares] é doar. Na verdade, na maioria das vezes, se negam. Dados divulgados pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) mostram que, entre janeiro e setembro de 2012, cerca de 6 mil pacientes foram diagnosticados com morte cerebral no País. Seus órgãos poderiam salvar a vida de quase 22 mil pessoas que aguardavam na fila de espera. Mas somente pouco mais de 1.800 deles se tornaram doadores.
[...] “É uma questão que gera conflitos dentro do seio familiar”, comenta Edvaldo Leal, enfermeiro e vice-coordenador do Spot-HC. A própria dificuldade em compreender o conceito da morte encefálica contribui para a negação. É algo que ainda não está sedimentado para a maior parte da população. “A pessoa está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), com o cérebro morto, mas o coração batendo e os outros órgãos funcionando. Para alguns, é difícil aceitar que ela morreu. Parece que há sempre uma luz no fim do túnel.”
E os motivos para a negação vão muito além: medo da reação e de conflitos com o resto da família, suspeitas de corrupção e do comércio ilegal de órgãos, desconfiança quanto às informações passadas pelos médicos, e muito mais. “O que eu percebo é que toda vez que existe um bom relacionamento entre a equipe médica e a família, fica mais fácil para que a doação seja efetivada”, declara Leal. “É importante que os familiares do paciente estejam inseridos em todo o processo de acompanhamento médico, de modo que, no caso de óbito, tenham tempo para compreender e lidar com a situação.”
Para Maria Cristina Massarolo, professora do Departamento de Orientação Profissional da Escola de Enfermagem, a recusa em doar decorre de uma falta de esclarecimento sobre o assunto para a população. As campanhas de incentivo à doação não são o bastante. “As pessoas precisam de mais do que motivação para isso. É necessária toda uma educação relativa à doação de órgãos”, comenta.”

(Disponível em: http://www.usp.br/espacoaberto/?materia=dilemas-e-conflitos-eticos-na-doacao-de-orgaos - Acesso em: 17 mai. 2018 - Adaptado).

TEXTO III
Campanha para doação de órgãos ganha novos formatos
2 de outubro de 2017 - 13h56
Divulgada na quarta-feira, 27, no Dia Nacional do Doador de Órgãos, a campanha do Ministério da Saúde teve formatos novos. Assinada pela agência Calia, as peças incluem um curta-metragem no canal do Ministério no YouTube, um trailer para a TV aberta, fotos e mensagens compartilháveis nas redes sociais (Facebook, Instagram, Whats App) e uma música inédita para a campanha interpretada por Kell Smith e disponível no Spotify. A cantora também participa com depoimentos na internet.
O filme conta a história de uma sociedade de relógios e em que um pai vira um doador de órgãos e cede peças aos relógios com problemas em suas engrenagens.


(Disponível em: http://www.meioemensagem.com.br/home/ultimas-noticias/2017/10/02/campanha-para-doacao-de-orgaos-tem-curta-metragem-e-musica.html) - Acesso em: 17 mai. 2018).

 

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