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Via de nascimento: escolha da gestante ou questão de saúde pública? Stoodi

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema "Via de nascimento: escolha da gestante ou questão de saúde pública?", apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

 

Texto I

Os médicos serão obrigados a justificar a escolha por cesáreas feitas em gestantes, e os planos de saúde poderão se recusar a pagá-los caso avaliem que esse procedimento era desnecessário. As medidas fazem parte de um pacote anunciado [...] pelo Ministério da Saúde e pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) para estimular a realização de partos normais e impor controle às cesáreas. O objetivo é reduzir a taxa de cesáreas na rede privada --onde elas representam 84,6% dos partos. Na rede pública, esse índice é de 40%.
Na prática, a ideia é obrigar médicos a indicarem esse procedimento cirúrgico apenas quando a gestante entrar em trabalho de parto e somente em casos de necessidade, como quando há risco de sofrimento ao bebê.
De um lado, especialistas avaliam que há um excesso de cesáreas no Brasil e que há casos em que isso é feito por comodidade, para permitir um agendamento do parto --a Organização Mundial da Saúde recomenda que elas se limitem a 15% dos casos. Outros argumentam ser preciso uma mudança cultural --já que, diferentemente do que ocorre em outros países, aqui é comum que se dependa de um mesmo médico por 24 horas, em vez do uso de plantonistas e enfermeiros. Com as novas regras, médicos poderão ter seu pagamento recusado mesmo se estiver atendendo a um pedido da gestante. O hospital também pode perder reembolso.
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/203046-medicos-serao-controlados-e-terao-que-justificar-cesareas.shtml - Acesso em: 2 jun. 2017)
 

Texto II

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dar à luz a um bebê é um ato natural. De acordo com a instituição, se tudo estiver bem com mãe e com a criança, o parto é um processo fisiológico que requer pouca intervenção médica.
A cesárea, cirurgia de médio porte, é recomendada em casos de complicações reais para a mulher e para o bebê e necessita, portanto, de indicação médica. Conforme a OMS, o índice aceitável de cesarianas fica em torno de 15%.
Para a criança, a principal consequência é a prematuridade e a imaturidade pulmonar. De acordo com dados do Ministério da Saúde, as cesáreas agendadas também aumentam em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e se trata da principal causa do encaminhamento de bebês para UTIs neo-natais.
A obstetra Renata Reis também enfatiza que a única prova existente que um bebê está pronto para o nascimento é o trabalho de parto. “Realizar uma cesariana marcada, ainda que seja em uma idade gestacional mais avançada, com 39 ou 40 semanas, não significa que o bebê está pronto para nascer. Talvez aquele bebê precisasse de mais tempo para estar completamente formado”, alerta.
A médica ainda destaca que o contato do bebê com as bactérias e os micro-organismos existentes no canal vaginal estimula o sistema imunológico do recém-nascido, fazendo com que o parto normal seja responsável por evitar doenças futuras como asma, obesidade e doenças autoimunes.

(Disponível em: http://www.brasil.gov.br/saude/2015/01/parto-normal-fortalece-a-saude-do-bebe - Acesso em: 2 jun. 2017)
 

Texto III

(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/infograficos/2015/01/118037-menos-cesareas.shtml - Acesso em: 2 jun. 2017)

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