Correção de Redação Enem

A desvalorização do pensamento científico no Brasil Stoodi

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema "A desvalorização do pensamento científico no Brasil", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
Uma das grandes deficiências da economia brasileira é a falta de inovação, que coloca o país em 64º lugar entre 142 nações no Índice Global de Inovação de 2013. A falta de familiaridade do brasileiro com termos científicos é um dos fatores que podem contribuir para este quadro, segundo o Indicador de Letramento Científico, um estudo realizado recentemente pelo Instituto Paulo Montenegro (braço social do Ibope), a ONG Ação Educativa e o Instituto Abramundo. A pesquisa, que entrevistou 2.002 pessoas entre 15 e 40 anos que completaram pelo menos quatro anos do ensino fundamental, revela que 64% da população possui o chamado letramento científico ausente ou elementar.
Isso significa que as pessoas dessa faixa etária, que compreende mais de 90 milhões de brasileiros, são incapazes de interpretar termos e conceitos científicos básicos como o atrito e a aderência, em uma questão, por exemplo, sobre a segurança que oferece um pneu careca em uma pista molhada. E entre estes não-proficientes estão os tomadores de decisão, gerentes, profissionais liberais e comerciantes, os responsáveis pela inovação de uma empresa.

(Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2014/07/02/sociedad/1404319085_084315.html - Acesso em: 6 set. 2018).

TEXTO II
Nos primeiros anos do século XXI, o Governo Federal começou a incentivar o engajamento de pesquisadores com a divulgação da ciência por meio de iniciativas institucionais formais.
A criação do Departamento de Popularização da Ciência, em 2004, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), foi um marco importante, por estabelecer articulações entre diferentes setores da sociedade para a difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos, além de formular e implementar uma política pública de popularização da ciência (MOREIRA, 2006, p. 12).
De acordo com Menkes (2009), foi a partir daí que outras ações surgiram, como os editais de financiamento voltados aos Centros e Museus de Ciência e Tecnologia, em 2009, parcerias entre o MCTI e as Fundações de Amparo à Pesquisa, além de editais focados na educação científica e na divulgação. No Departamento de Física, desde o final da década de 1990 e o início dos anos 2000, gradativamente ampliaram-se os incentivos para atividades de divulgação científica, principalmente relacionadas à extensão universitária.

(Disponível em: https://www.fisica.ufmg.br/memoria/incentivo-as-acoes-de-divulgacao-cientifica/ - Acesso em: 6 set. 2018).

TEXTO 3
Universidades e instituições públicas de pesquisa brasileiras terão mais incentivos para a criação de parcerias com o setor privado. Essa é uma das leituras sobre o Marco Legal da Ciência (lei de n° 13243), nome dado a uma série de alterações legais que regem as atividades científicas no país. Sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2016, a resolução foi regulamentada pelo governo em fevereiro de 2018. Ao todo, nove leis sofreram mudanças. Um dos pontos principais está no direito que órgãos públicos têm de compartilhar laboratórios, equipamentos, materiais e instalações com empresas. Legalmente, a prática é permitida no país desde 2004 e garantida pela Lei de Inovação Tecnológica. No entanto, ainda que certas instituições possuam regras próprias nesse sentido, argumentava-se falta de “segurança jurídica” para que tais parcerias fossem firmadas. As alterações estabelecem que organizações privadas poderão, agora, adquirir propriedade intelectual sobre os resultados das pesquisas. Isso implica o direito de universidades e órgãos que produzem ciência negociarem com o setor privado os direitos de exploração de determinado produto ou tecnologia, pesquisado com o uso de recursos públicos, em troca de favorecimento econômico - quer seja financeiro ou não.

(Disponível em https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/02/28/O-que-%C3%A9-o-marco-legal-da-ci%C3%AAncia.-E-qual-o-debate-sobre-as-medidas - Acesso em: 6 set. 2018).
 

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