Correção de Redação Enem

A importância de resgatar a cultura indígena no Brasil Stoodi

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A importância de resgatar a cultura indígena no Brasil”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
Quem estiver no estado de São Paulo e se pegar olhando, no meio de uma praça, uma estátua em bronze de uma figura humana que mira o horizonte, de cerca de três metros, provavelmente verá um bandeirante.
O personagem foi usado na primeira metade do século 19 para construir a memória da cidade como origem e ideal de progresso.Mas parte da população enxerga nesses monumentos uma série de violências cometidas desde 1500 contra, sobretudo, povos indígenas e a população negra. [...]
Mariotti afirma que o próprio uso do suporte de estátuas para homenagens é um conceito eurocêntrico. Para os indígenas, por exemplo, a ideia não faz sentido uma vez que sua identificação se dá com a terra, não com ícones.
“A gente chama de yvyrupa, que é nosso território, mas também podemos traduzir como planeta”, diz Karai. “Como a gente faz estátuas de uma resistência? Para os jurua kuery [não indígena] é tudo símbolo. E para a gente, nossa cultura é vivida na prática, a gente chama nhandereko, é a nossa maneira de ser com a gente é”.
(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/06/pedido-de-retirada-de- estatuas-em-sp-traz-debate-sobre-apagao-historico.shtml - Acesso em: 20 jul. 2020).

TEXTO II
O uso do cocar e de outros adereços da cultura indígena gerou polêmica e dividiu opiniões neste Carnaval.
Katú Mirim foi a primeira indígena a trazer ao tema à tona. Ela publicou um vídeo nas redes sociais em que criticou a "postura de se fantasiar de índio" e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia.
"Vocês estão ajudando a alimentar estereótipos. Vocês estão ajudando na hipersexualização, na violência, no estupro. Vocês estão ajudando a massacrar", diz ela no vídeo [...]
Ela ressalva que "expressão artística" é diferente de "se fantasiar" e lembra que o debate já existe entre povos nativos na América do Norte.
No Brasil, a campanha contra o uso da "fantasia de índio" foi apoiada por personalidades indígenas, como a escritora Marcia Wayna Kambeba e Anapuaka Tupinambá, cofundador da rádio indígena Yande.
Segundo Mirim, "as pessoas não reagiram bem, e os comentários delas mostraram como o brasileiro desconhece o indígena, sua cultura e seus debates".
(Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43063413 - Acesso em: 20 jul. 2020).

TEXTO III
A Lei no 11.645, de 10 março de 2008 torna obrigatório o estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, porém não prevê a sua obrigatoriedade nos estabelecimentos de ensino superior para os cursos de formação de professores (licenciaturas). Muitas universidades e faculdades pelo País não contêm em seus currículos disciplinas voltadas aos estudos que preparariam estes profissionais da educação para o ensino destas disciplinas. Em outras instituições, estas disciplinas não fazem parte do currículo principal, sendo ofertadas apenas como disciplinas optativas. O resultado tem sido professores despreparados para ministrar estes conhecimentos aos estudantes da educação básica por não possuí-los. Além disso, a ausência destes estudos no currículo principal das licenciaturas contribuem para a perpetuação de uma visão de mundo eurocêntrica, de preconceitos e estereótipos raciais e para uma atmosfera de intolerância cultural e religiosa, elementos nocivos para a unidade do Estado Brasileiro, que jurou combatê-los na Constituição e em tratados internacionais.
(Disponível em: https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=51182 - Acesso em: 20 jul. 2020).

TEXTO IV

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