Correção de Redação Enem

As implicações sociais dos casos de gravidez na adolescência Stoodi

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “As implicações sociais dos casos de gravidez na adolescência”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
Embora venha registrando menores casos de natalidade adolescente, no Brasil, o número ainda é preocupante e requer atenção. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de cada cinco bebês que nascem, um tem a mãe com idade entre 15 e 19 anos de idade, o que só reforça a importância de conscientizar, informar e trazer à tona a necessidade de se combater a gravidez precoce.
A médica pediatra e do Comitê de Adolescência da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Lilian Day Hagel, explica que mesmo que os registros de casos estejam diminuindo, as complicações seguem prejudicando adolescentes, e por isso as campanhas de conscientização seguem sendo fundamentais.
“A gravidez na adolescência é prejudicial sob ponto de vista da perspectiva de vida do adolescente. É frequente que a mãe abandone a escola e interrompa definitivamente os estudos, o que é um fator complicador para o futuro. Além disso, uma gestação indesejada, às vezes, é fruto de relações de poder ou casos de violência, o que gera traumas permanentes”, salienta a pediatra.
(Disponível em: https://www.sbp.com.br/filiada/goias/noticias/noticia/nid/prevencao-a-gravidez-na-adolescencia-queda-nos-numeros-nao-implica-em-menos-cuidados/ - Acesso em: 7 out. 2019).

TEXTO II
[...]
São vários os fatores que levam as meninas a engravidar em uma fase da vida em que deveriam se preocupar com os estudos e em aproveitar a juventude. Muitas têm conhecimento acerca dos métodos contraceptivos, mas ignoram como utilizá-los corretamente. Assim, acabam usando o anticoncepcional de forma errada, o que torna sua eficácia reduzida.
Há regiões em que o acesso a esses métodos é precário. Nem todo posto de saúde oferece contraceptivos, entre eles a pílula do dia seguinte. Com acesso limitado, menos informações e a dificuldade comum às meninas muito novas em aderir a métodos que exigem regularidade de uso, a contracepção, muitas vezes, falha.
Essas adolescentes também têm baixa perspectiva em relação à escolaridade e à futura inserção no mercado de trabalho. Com isso, o papel social que lhes sobra é o de mãe.
Como fazer para essas adolescentes não terem filhos tão cedo e, com isso, traçarem um caminho que as afaste completamente da escola e de uma vida profissional com expectativas melhores?
(Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/mulher-2/para-as-mulheres/desigualdade-social-e-gravidez-na-adolescencia/ - Acesso em: 7 out. 2019).

TEXTO III
Instituída pela Lei no 13.798/19, a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência é celebrada anualmente no período que inclui o dia 1o de fevereiro. A data, que conta com campanha de conscientização, tem o objetivo de disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas.
“Esta é uma ação importantíssima, uma vez que a gravidez na adolescência envolve muito mais do que questões físicas, mas também emocionais e sociais”, afirma a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.
Dados do IBGE/Censo Demográfico (2010) apontam que a proporção de adolescentes e jovens brasileiras entre 15 e 19 anos não inseridas no mercado de trabalho ou na escola é maior entre aquelas que já tiveram filhos em relação às que nunca foram mães.
Neste contexto, a secretária-adjunta dos Direitos da Criança e do Adolescente do ministério, Viviane Petinelli e Silva, afirma ser “necessário que os gestores da assistência social, da educação, da saúde, assim como todos aqueles da sociedade civil que trabalham diretamente com adolescentes, estejam atentos e cientes da incidência da gravidez entre 10 e 19 anos hoje no nosso país”.
(Disponível em: www.mdh.gov.br/todas-as-noticias/2019/fevereiro/campanha-marca-semana-nacional-de-prevencao-da-gravidez-na-adolescencia - Acesso em: 7 out. 2019).

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