Correção de Redação Enem

Os entraves da educação a distância durante a paralisação escolar Stoodi

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os entraves da educação a distância durante a paralisação escolar”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
Com coronavírus, redes de ensino enfrentam paralisação e aulas remotas

Além das aulas paralisadas, redes de ensino de São Paulo e Rio de Janeiro já aprovaram a contabilização das aulas online no ano letivo
Mais redes estaduais de ensino paralisaram suas aulas. A regra vale por 30 dias, com possibilidade — e grande chance — de prorrogação. No Paraná, as aulas ficam suspensas por tempo indeterminado. Juntos, os três estados do Sul contabilizavam 42 das 428 confirmações de contaminação por coronavírus no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Com a paralisação no Sul, o cancelamento da rede pública estadual já foi decretado em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.
Para tentar amenizar os atrasos nos calendários, o Ministério da Educação autorizou o uso de ferramentas a distância. As plataformas devem ser utilizadas em sua grande maioria pela rede privada de ensino, que há tempos se prepara para ter mais tecnologia dentro das salas de aula físicas. As ferramentas de aula a distância tendem a começar a ser usadas mesmo nas redes públicas, com o temor de que haja uma quarentena mais longa no Brasil, como vem acontecendo na Europa.
(Disponível em: https://exame.abril.com.br/brasil/com-coronavirus-redes-de-ensino-enfrentam-paralisacao-e-aulas-remotas/ - Acesso em: 23 mar. 2020 - Adaptado).

TEXTO II
Uma pesquisa divulgada em 2019 aponta que 58% dos domicílios no Brasil não têm acesso a computadores e 33% não dispõem de internet. Entre as classes mais baixas, o acesso é ainda mais restrito. A pesquisa foi feita pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), entre agosto e dezembro de 2018. Os dados apontam que, nas áreas rurais, nem mesmo as escolas têm acesso à rede mundial de computadores: 43% delas afirmavam que o problema é a falta de infraestrutura para o sinal chegar aos locais mais remotos.
“A gente gosta de dizer que crianças convivem com internet, com computadores, que elas são letradas na realidade virtual, mas a gente esquece que essas crianças são de classe média. As mais pobres não têm acesso fácil como a gente gosta de imaginar”, afirma Alexsandro Santos, doutor em Educação pela Universidade de São Paulo e coordenador do Curso de Pedagogia da Faculdade do Educador.
Ele ressalta que, mesmo quando estão conectados, o acesso à internet é feito por meio de celular, que não é um instrumento mais adequado para acompanhar ou fazer as atividades da escola.
(Disponível em: https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/03/23/coronavirus-faz-educacao-a-distancia-esbarrar-no-desafio-do-acesso-a-internet-e-da-inexperiencia-dos-alunos.ghtml - Acesso em: 23 mar. 2020).

TEXTO III
[...]
Pelos mais diversos motivos, boa parte dos professores não sabe (ou não quer saber) como aproveitar as potencialidades tecnológicas para ampliar suas competências pedagógicas. No contexto da pandemia, fica evidente que a educação on-line ainda está longe de ser uma realidade possível para os alunos mais pobres, do mesmo modo que não representa uma realidade ideal para os mais favorecidos. O letramento digital continua a ser, portanto, um desafio político, social e pedagógico.
(Disponível em: https://jornal.usp.br/artigos/coronavirus-viraliza-educacao-online/ - Acesso em: 23 mar. 2020).

TEXTO IV
A Unesco, braço das Nações Unidas para a educação, tem olhado com atenção para a educação global com o fechamento de escolas. Os maiores prejudicados serão, inevitavelmente, meninos e meninas de famílias mais pobres. Há riscos para a aprendizagem, a sociabilidade e a segurança das crianças. A medida pode ainda aprofundar as desigualdades na educação.
A pobreza já é um dos fatores que mais contribuem para o fracasso no ensino. Em um contexto sem escola, são os mais vulneráveis que têm menos oportunidade de aprendizagem em casa, como livros, atividades de lazer e pais que ajudam a criança a se desenvolver. Muitos também dependem da escola para se alimentar adequadamente.
(Disponível em: https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,da-educacao-a-economia-11-colunistas-do-estado-analisam-impacto-do-coronavirus,70003233396 - Acesso em: 23 mar. 2020).

TEXTO V
A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação, quer combater a transmissão do coronavírus também com informação. Para isso, estudantes e professores do Projeto Imprensa Jovem criaram materiais educativos. Os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Milton Ferreira, no Jardim Beatriz, por exemplo, realizaram uma roda de conversa sobre o vírus e a publicaram no A Voz da Escola, canal de vídeos produzidos pela comunidade escolar. Já a EMEF Henrique Felipe da Costa, a Henricão,no Jardim Campos, também contribuiu com um vídeo que, além de trazer informações, ensina como lavar bem as mãos. [...]
O Projeto Imprensa Jovem está presente em 417 escolas municipais de São Paulo. Foi reconhecido internacionalmente com o Prêmio de Aprendizagem Criativa, concedido pela UNESCO, como referência global no evento Alfabetização Midiática e Informacional (AMI), realizado na Suécia, ano passado.
Este tipo de iniciativa, implementada há 18 anos pelas políticas públicas e programas de educomunicação em São Paulo, alinhados à Alfabetização Midiática e Informacional (AMI), levou a Rede Municipal a ser reconhecida pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e a Unesco, como prática a ser replicada no mundo.
(Disponível em: http://www.capital.sp.gov.br/noticia/alunos-do-programa-imprensa-jovem-da-rede-municipal-fazem-videos-para-combater-pandemia-de-coronavirus - Acesso em: 23 mar. 2020).

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