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Tragédias causadas por chuvas e enchentes: catástrofes naturais ou irresponsabilidade humana? Stoodi

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Tragédias causadas por chuvas e enchentes: catástrofes naturais ou irresponsabilidade humana?”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
O período de chuvas no início de 2020 deixou rastros de destruição na região sudeste do Brasil. Com o aquecimento global, isso tende a piorar. As chuvas de janeiro e fevereiro vieram com intensidade atípica em 2020 na região sudeste. Em Minas Gerais, centenas de cidades em estado de emergência e pelo menos 60 mortes. Em São Paulo, 7 mortes e milhares de desabrigados. No Rio de Janeiro, deslizamentos e prejuízo de milhões de reais. No Espírito Santo, centenas de desalojados e pelo menos 7 mortes.
Cientistas de diversos centros de referência no Brasil, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) têm apontado que as chuvas tendem a piorar na região mais rica e mais populosa do Brasil ao longo dos próximos anos.
(Disponível em: https://blogdacidadania.com.br/2020/02/especialistas-temem-desastre-urbano-no-sudeste-do-brasil/ - Acesso em: 17/02/2020).

TEXTO II
A destruição e o caos que se repetem a cada nova temporada de chuvas fortes em diferentes regiões do país – como ocorreu neste verão em Belo Horizonte, Rio e São Paulo – têm ao menos dois fatores em comum:

falta de planejamento urbano nas cidades afetadas;

ausência de medidas para prevenção desse tipo de tragédia.

Especialistas apontam que há uma série de ações que o poder público deveria tomar para, ao menos, reduzir o impacto de alagamentos, enchentes, deslizamentos de terra e desmoronamentos. São eventos recorrentes e catastróficos, que custam vidas e trazem transtornos de toda sorte – do trânsito travado à interrupção de serviços públicos essenciais, passando por prejuízos milionários à economia.
Estudiosos atentam para a necessidade de permeabilização das cidades, ou seja, é preciso assegurar que a água da chuva passe pelo solo e seja absorvida – e não se acumule na superfície. São exemplos de áreas permeáveis: grandes espaços verdes (como parques) e locais com solo nu ou vegetação rasteira (jardins, gramados, arbustos). Não se deve descuidar, ainda, da manutenção das bacias de rios, da recuperação de matas ciliares (vegetação às margens de rios) e da implementação de políticas habitacionais que viabilizem a saída de moradores de zonas de risco.
(Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/02/12/o-que-foi-feito-e-o-que-falta-fazer-para-evitar-mais-tragedias-causadas-por-chuva.ghtml - Acesso em: 17/02/2020).

TEXTO III
Dentro dessa situação [referente às chuvas e enchentes], adensar no entorno de rios retificados ou canalizados divide opiniões. Para a urbanista Eliana Barbosa, professora visitante na Politécnica de Milão, não é ideal, pois as várzeas deveriam estar mais livres, mas parece "quase inevitável". "De hoje até quando o mundo acabar, a água vai acumular nesses lugares. O ideal seria que virasse tudo parque", pontua. "Fizemos errado e continuamos fazendo errado. Então, daqui para diante, que se comece a pensar em um desenho urbano que acomode as águas, com tipologias urbanísticas e arquitetônicas adaptadas."
Ela aponta que medidas atuais, como o desassoreamento dos rios e a construção de piscinões, não são suficientes e uma adaptação inclui, até mesmo, mudanças comportamentais, como estacionar veículos em locais que alagam. Dentre projetos elogiados, estão o do Parque da Água, em Zaragoza, na Espanha, cujo projeto recuperou o desenho do rio, respeitou as áreas inundáveis e valorizou os espaços que poderiam ser transitáveis em qualquer época. Outro parque de referência na área fica em Seul, que destampou o Rio Cheonggyecheon, que ficava abaixo de uma grande avenida.
(Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2020/02/14/interna_nacional,1121890/chuva-extrema-vai-exigir-que-sp-repense-entorno-de-rios-afirmam-espec.shtml - Acesso em: 17/02/2020).

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