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  1. 1

    PUC-CAMP 1995

    Apreciavam muito a região, embora não tivessem tido oportunidade de conhecê-la muito. A alternativa em que aparece a mesma circunstância expressa, na frase anterior, pela conjunção EMBORA é:

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    UPF 2014

    Vespertina tropical     24Então 4Deus, tendo acabado de criar o firmamento e os continentes, o homem e 10a mulher, a zebra, os elétrons, o umbu e a neblina, quis dar um último toque em Sua obra: num arroubo de lirismo, lá pelas 17h54 do sexto dia, pintou a aurora boreal. É, 12de fato, um 3troço estupendo: 28mais bonito que o pôr do sol, mais improvável que a girafa, mais grandioso que o relâmpago. Era pra ser o corolário da criação, a maior atração da Terra, 32diante da qual casais em lua de mel deixariam cair os queixos, japoneses ergueriam as câmeras e mochileiros bateriam palmas, contentes por terem nascido neste planeta abençoado e multicolor, mas, 14infelizmente, como se sabe, 25a aurora boreal 1não 15pegou.     16Claro: 31é longe, é raro e é muito cedo, como esses espetáculos incríveis encenados domingo de manhã no Sesc Belenzinho. Imagina se a aurora boreal fosse nos trópicos, seis e meia da tarde? 11O sujeito tá num táxi na avenida Atlântica, olha pro lado, o céu todo verde e amarelo e laranja e roxo, saca o celular, faz um “selfie” [tava louco pra usar essa palavra], posta “#vespertinatropical!!!” e segue pra casa, satisfeito. Mas não, é pra lá da Groenlândia, 4h30 AM, ninguém sabe quando: aí, não adianta reclamar que o público é ignorante e prefere a caretice hollywoodiana de um arco-íris.     Fosse só a aurora boreal, 13beleza, mas 18a natureza tá cheia de desarranjos semelhantes. Não surpreende: ela foi criada há milhões de anos, nunca passou por uma revisão e ainda é administrada pelo fundador. 30Se eu fosse 5Javé, chamava uma dessas consultorias especializadas em fazer a transição de 8empresas familiares para organizações, digamos, mais competitivas, e dava um choque de gestão. Nem precisa gastar muito, basta alocar melhor os recursos.     19Veja os cometas, por exemplo. Tudo espalhado por aí, nos visitam só a cada 70, cem anos, às vezes chegam de lado, outras vezes de dia, ninguém vê, 2baita desperdício de energia. Por que não 9otimizar essas órbitas? 33Fazer com que venham cinco, dez ao mesmo tempo na noite de Réveillon, proporcionando uma queima de fogos global à nossa sofrida humanidade?     20A gravidade é outro assunto que merece uma calibrada: tem que ser mesmo 9,8 m/s2? Por quê? Como Deus chegou a esse número? Gostaria que Ele abrisse as planilhas para entendermos se cada m/s2 é realmente necessário. Com metade dessa atração, nós continuaríamos colados ao chão e seria muito mais agradável se locomover por aí. O mínimo que o Senhor poderia fazer era dar uma amainada de dezembro a março: imagina que alívio encarar esse calorão com 25% menos esforço, durante a “Gravidade de Verão”. 17Sem falar, óbvio, em 50% para grávidas, idosos e cadeirantes.     26Não tenho dúvida de que o 6Todo Poderoso resistirá a essas e outras reformas. 22Criar o Universo é o tipo da coisa que infla um pouco o ego do sujeito, 27mas seria bom se Ele se animasse a colocar o mundo nos eixos - literalmente: 23já repararam como a Terra gira toda torta, envergada como um frei Damião?     21Se meu pacote de sugestões não puder convencê-Lo pelo bom senso, quem sabe ao menos uma parte cutuque a Sua vaidade? Ora, 7El Shaddai, 29a aurora boreal é um negócio tão lindo, tão grandioso, tão divino, não é justo que siga sendo exibida, ano após ano, apenas para os ursos-polares, as focas e a Björk, é ou não é? PRATA, Antonio. “Vespertina Tropical”. Folha de São Paulo. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2014/02/1406077-vespertina-tropical.shtml. Acesso em 21 mar. 2014 Analise as construções sintáticas a seguir. I. “mais bonito que  o pôr do sol, mais improvável que a girafa, mais grandioso que o relâmpago” (ref. 28). II. “Se  eu fosse Javé, chamava uma dessas consultorias especializadas” (ref. 30). III. “é longe, é raro e é muito cedo, como  esses espetáculos incríveis encenados domingo de manhã no Sesc Belenzinho” (ref. 31). Assinale a alternativa que apresenta a relação semântica veiculada pela conjunção destacada em cada período, respectivamente:

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    PUC-SP 2006

    TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A ANIMALIZACAO DO PAIS Clóvis Rossi, Folha de São Paulo, 21 de fevereiro de 2006 SÃO PAULO - No sóbrio relato de Elvira Lobato, Iia-se ontem, nesta Folha, a história de um Honda Fit abandonado em uma rua do Rio de Janeiro 'com uma cabeça sobre o capô e os corpos de dois jovens negros, retalhados a machadadas, no interior do veículo'. Prossegue o relato: 'A reação dos moradores foi tão chocante como as brutais mutilações. Vários moradores buscaram seus celulares para fotografar os corpos, e os mais jovens riram e fizeram troça dos corpos'. Os próprios moradores descreveram a algazarra à reportagem. 'Eu gritei: Está nervoso e perdeu a cabeça?', relatou um motoboy que pediu para não ser identificado, enquanto um estudante admitiu ter rido e feito piada ao ver que o coração e os intestinos de uma das vitimas tinham sido retirados e expostos por seus algozes. 'Ri porque é engraçado ver um corpo todo picado', respondeu o estudante ao ser questionado sobre a causa de sua reação. O crime em si já seria uma clara evidência de que bestas-feras estão à solta e à vontade no país. Mas ainda daria, num esforço de auto-engano, para dizer que crimes bestiais ocorrem em todas as partes do mundo. Mas a reação dos moradores prova que não se trata de uma perversidade circunstancial e circunscrita. Não. O país perde, crescentemente, o respeito à vida, a valores básicos, ao convívio civilizado. O anormal, o patológico, o bestial, vira normal. 'E engraçado', como diz o estudante. O processo de animalização contamina a sociedade, a partir do topo, quando o presidente da República diz que seu partido está desmoralizado, mas vai à festa dos desmoralizados e confraterniza com trambiqueiros confessos. Também deve achar 'engraçado'. Alguma surpresa quando é declarado inocente o comandante do massacre de 111 pessoas, sob aplausos de parcela da sociedade para quem presos não têm direito à vida? São bestas-feras, e deve ser 'engraçado' matá-los. E a lei da selva, no asfalto. Em relação ao trecho 'A reação dos moradores foi tão chocante como as brutais mutilações', é possível afirmar que a conjunção COMO estabelece o sentido de:

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    FEI 1999

        "O desenvolvimento científico e tecnológico, 1embora traga inegáveis benefícios (pensemos nos avanços da medicina e dos meios de comunicação, nas facilidades proporcionadas pelos modernos meios de transporte e pelos inúmeros aparelhos eletrodomésticos que fazem parte de nosso cotidiano), criou também novos e graves problemas. Chaplin denunciou a desumanização do trabalho no filme "Tempos Modernos"; alguns anos depois, a humanidade assistia atônita ao holocausto nuclear em Hiroshima e Nagasaki. Descobriu-se que a ciência nem sempre é benéfica ao homem: tudo depende de como ela é usada.     Pode-se dizer que o avanço científico e tecnológico propõe hoje três grandes desafios para o século XXI: antes de mais nada, a degradação do meio ambiente demonstra a necessidade de pesquisar novas formas de produção, de transporte e de geração de energia não agressivas à natureza. Em segundo lugar, temos de encontrar alternativas ao avanço da mecanização industrial, que representa uma ameaça ao emprego de trabalhadores no mundo inteiro. Por fim, as recentes descobertas no campo da engenharia genética levantam sérias questões de ordem moral: as experiências com genes humanos não nos levariam a repetir em maior escala as atrocidades cometidas durante a 2ª Grande Guerra nos laboratórios de Hitler? É impossível esquecer as profecias de Aldous Huxley em seu "Admirável Mundo Novo".     O século XX criou as bombas atômicas e os computadores; esperemos que no próximo aprendamos a utilizar a tecnologia para o bem-estar e a paz entre os homens". (Carlo Roberto) A conjunção "embora" (ref. 1) poderia ser substituída por:

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    UERJ 2000

    MANIFESTO DA POESIA PAU-BRASIL (fragmento) Lançado por Oswald de Andrade, no CORREIO DA MANHÃ, em 18 de março de 1924. 1    Houve um fenômeno de democratização estética nas cinco partes sábias do mundo. Instituíra-se o naturalismo. Copiar. Quadro de carneiros que não fosse lã mesmo não prestava. A interpretação do dicionário oral das Escolas de Belas-Artes queria dizer reproduzir igualzinho... Veio a pirogravura. As meninas de todos os lares ficaram artistas. Apareceu a máquina fotográfica. E com todas as prerrogativas do cabelo grande, da caspa e da misteriosa genialidade de olho virado - o artista fotógrafo. 2    Na música, o piano invadiu as saletas nuas, de folhinha na parede. Todas as meninas ficaram pianistas. Surgiu piano de manivela, o piano de patas. A Playela. E a ironia eslava compôs para a Playela. Stravinski. 3    A estatuária andou atrás. As procissões saíram novinhas das fábricas. 4    Só não se inventou uma máquina de fazer versos - já havia o poeta parnasiano. (...) 5    Nossa época anuncia a volta ao sentido puro. 6    Um quadro são linhas e cores. A estatuária são volumes sob a luz. 7    A poesia Pau-Brasil é uma sala de jantar domingueira, com passarinhos cantando na mata resumida das gaiolas, um sujeito magro compondo uma valsa para flauta e a Maricota lendo o jornal. No jornal anda todo o presente. (apud TELES, Gilberto M. Vanguarda Europeia e Modernismo brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1977.)   "Só não se inventou uma máquina de fazer versos - já havia o poeta parnasiana." (par. 1) Nesse trecho a opção pelo emprego do travessão evita a utilização explícita de um conectivo entre as duas orações. Mantidos o sentido original e a coerência textual, o autor poderia ter optado pelo uso da seguinte conjunção:

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    UNIFESP 2003

    Pneumotórax Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos. A vida inteira que podia ter sido e que não foi. Tosse, tosse, tosse. Mandou chamar o médico: - Diga trinta e três. - Trinta e três... trinta e três... trinta e três... - Respire. ........................................................................................... - O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado. - Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax? - Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino. (Manuel Bandeira, Libertinagem)   Em uma de suas ocorrências, no poema "Pneumotórax", a conjunção "e" poderia ser substituída por "mas", sem prejuízo semântico. Essa possibilidade verifica-se em

  7. 7

    UFRN 2002

    Palmada fora-da-lei     A maioria das pessoas encara com naturalidade o gesto de bater nos filhos, como se a violência física fosse um instrumento legítimo (e até necessário) para a educação das crianças. É um hábito 1tão arraigado em nossa cultura 2que não é raro ouvirmos o argumento de que "os filhos já não respeitam mais seu pais 3porque não apanham". 4Mas essa agressão não deveria ser vista com tanta naturalidade, 5já que é uma violência proibida por lei em países como Finlândia, Suécia, Dinamarca, Chipre, Letônia, Áustria, Croácia e Noruega. E eles não são uma exceção. Alemanha, Inglaterra, Bélgica, Itália, Irlanda, Escócia, Israel e Bulgária estão caminhando na mesma direção, criando leis para proibir os pais de bater em seus filhos.     No Brasil, antes da chegada dos portugueses, os índios não tinham o costume de castigar fisicamente as crianças. Diversos relatos de padres no início da colonização revelam que, entre os índios, nem pai nem mãe agrediam seus filhos. Foram os jesuítas e os capuchinhos que introduziram o castigo físico como forma de "disciplinar" as crianças no Brasil. Durante esses 500 anos, os menores sofreram surras aplicadas com os mais inóspitos instrumentos: varas de marmelo e de açaí, rabo de tatu, chicote, cintos, tamancos, chinelos, palmatórias e as próprias mãos paternas e maternas, cocres na cabeça, puxões de orelha, palmadas...     Além da covardia que está presente no ato de bater em alguém mais fraco, a violência não é, definitivamente, um bom instrumento de disciplina. Ela perde o seu efeito a longo prazo e a criança, aos poucos, teme menos a agressão física. Com o tempo, a tendência dos pais é ainda bater mais, na busca dos efeitos que haviam conseguido anteriormente. O resultado desse aumento da violência pode trazer sequelas físicas e psicológicas permanentes para as crianças. Os filhos também vão se afastando gradualmente de seus pais, pois a agressão física, em vez de fazer a criança pensar no que fez, desperta-lhe a raiva contra aquele que a agrediu.     Ao ser punida fisicamente, a criança tem a sua auto-estima comprometida - passa a se enxergar como alguém que não tem valor. Esse sentimento pode comprometer a imagem que faz de si pelo resto da vida, influenciando negativamente sua atitude durante a adolescência até a vida profissional. Como a criança pode se sentir tranquila quando sua segurança depende de uma pessoa que facilmente perde o controle e a agride? Ela também passa a omitir dos pais os seus erros, com medo da punição, e sente-se como se tivesse pago por seu erro - e acredita que por isso pode cometê-lo novamente.     Enfim, não é preciso enumerar todos os problemas que são causados pela violência familiar. Bater nos filhos é um atestado de fracasso dos pais, uma prova de que perderam o controle da situação. Por mais inofensiva que possa parecer uma "pequena palmada", é importante saber que a força física empregada pelo adulto é necessariamente desproporcional. É verdade que os castigos imoderados e cruéis estão proibidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), promulgado em 1990. Mas como definir claramente o que é castigo imoderado? Há vários casos de crianças que morreram depois de ter sido castigadas "cruelmente". Embora um tapa e um espancamento sejam diferentes, o princípio que rege os dois tipos de atitude é exatamente o mesmo: utilização da força e do poder.     Por trás da violência física está a ideia implícita de que os pais têm total direito sobre a vida e a integridade física da criança. A maioria dos adultos com que tenho contato foram educados com surras e palmadas e reproduzem esse modelo, pois acreditam que o tapa tem a capacidade de modificar comportamentos. A meu ver, a proibição por lei de qualquer castigo físico eliminaria a violência familiar e ajudaria a formar pessoas melhores. A lei não precisa ter caráter punitivo (os pais não deveriam ser presos depois de uma palmada, a história mostra que não se deve tratar violência com violência). Mas eles deveriam ser advertidos caso fossem reincidentes, podendo até perder a posse da criança. Seriam obrigados a participar de um programa de educação, semelhante aos que já existem na legislação de trânsito. Estamos conscientes de que a lei, sozinha, não seria suficiente para impedir o comportamento violento dos pais. Somente um trabalho educativo poderia trazer a consciência de que o amor e o carinho são fundamentais para formarmos cidadãos capazes, seres humanos de verdade. (PARANHOS, C. Palmada fora-da-lei. Superinteressante, São Paulo, ano 15, n. 2, p. 90, fev. 2001.)   EMBORA um tapa e um espancamento sejam diferentes, o princípio que rege os dois tipos de atitude é exatamente o mesmo. (50. parágrafo) O sentido da frase acima permanecerá inalterado, mesmo se substituirmos a conjunção EMBORA pela locução conjuntiva

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    PUC-PR 2005

    POR QUE OS MAIAS DESAPARECERAM?     No auge, a civilização maia chegou a ter mais de 40 cidades espalhadas pelo que hoje inclui a Península de Yucatán, um pedaço do Estado de Chiapas (México), Belize, Guatemala e Honduras. Entre os séculos 3 e 9, dominaram a astronomia, a matemática e a escrita. Por que desapareceram? Pesquisadores especulam a respeito: um cataclismo, uma prolongada seca, uma guerra sangrenta ou uma catástrofe de dimensões continentais.     Para Eduardo Natalino dos Santos, professor especializado em Mesoamérica da Universidade de São Paulo (USP), há uma conjunção de motivos. "Eles decaíram em dois séculos, devido a fatores como limitação da região em produzir alimentos, problemas climáticos e competições dos grandes centros pelo domínio de cidades menores", conta. "Para manter a competição, os governantes construíram templos cada vez maiores e cobravam da população mais impostos. Acredita-se que a pressão entre as cidades maias foi ficando cada vez maior, levando a um colapso do sistema". Mas ele salienta que ainda há maias que habitam a região. Houve a decadência dos grandes centros, mas ainda há 2 ou 3 milhões de maias que mantêm a sua cultura, vivendo na Guatemala. (Galileu História: passado e presente. Edição Especial nº 1, maio de 2005, p.31.) PARA manter a competição, os governantes construíram templos cada vez maiores E cobravam da população impostos. Os termos destacados estabelecem no texto relações, respectivamente, de:

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    INSPER 2013

    TEXT O PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Caçadas a Pedrinho Talvez seja até um bom sinal, em país acostumado a dizer que 'tudo termina em pizza', a circunstância de que tanta coisa, agora, alcance o Supremo Tribunal Federal. Constitui evidente exagero, todavia, que a polêmica sobre o livro 'Caçadas de Pedrinho', de Monteiro Lobato, necessite da intervenção do STF para ser dirimida. Parece faltar equilíbrio em muitas dessas manifestações. Em primeiro lugar, não se trata propriamente de 'censura' ao clássico infantil. 'Caçadas de Pedrinho' continua a circular livremente. Para alguns setores do movimento negro, o recurso a notas explicativas não é suficiente. Com parcela de razão, argumentam que nem sempre os professores da rede pública estão preparados para desenvolver esclarecimentos satisfatórios sobre o assunto. A lembrança não exclui, entretanto, a comichão censória que tantas vezes acompanha o espírito politicamente correto. Julga-se eliminar o racismo recalcando, e não dissecando, suas manifestações. Há algo de ridículo nessa insistência, e não há conciliação possível quando uma das partes está mais interessada em manter a discussão para além do que seu âmbito, restrito e pontual, permite. (Adaptado, http://www.foIha.uol.com.br/fsp/opiniao/66111-cacadas-a- pedrinho.shtml) Sobre o valor semântico das preposições presentes em 'Caçadas a Pedrinho' e 'Caçadas de Pedrinho', é correto afirmar que elas expressam, respectivamente, ideia de:

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    G1 - CPS 2015

    TEXT O PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A canção vilarejo foi composta por Marisa Monte, Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes e Pedro Baby. Leia um trecho dessa música para responder a(s) questão(ões). "Há um vilarejo ali Onde areja um vento bom Na varanda, quem descansa Vê o horizonte deitar no chão Pra acalmar o coração La o mundo tem razão Terra de heróis, lares de mãe Paraíso se mudou para Ia Por cima das casas, caI Frutas em qualquer quintal Peitos fartos, filhos fortes Sonho semeando o mundo real Toda gente cabe lá Palestina, Shangri-Iá (...) Lá o tempo espera Lá é primavera Portas e janelas ficam sempre abertas Pra sorte entrar Em todas as mesas, pão Flores enfeitando Os caminhos, os vestidos, os destinos E essa canção Tem um verdadeiro amor Para quando você for (...)" (http://tinyurl.com/muth987 Acesso em: 01.09.2014.) Assinale a alternativa que apresenta corretamente o valor semântico, entre parênteses, expresso pela preposição em destaque.

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    UNESP 2015

    TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO As próximas questões tomam por base uma passagem de um romance de Autran Dourado (1926- 2012). A gente Honório Cota Quando o coronel João Capistrano Honório Cota mandou erguer o sobrado, tinha pouco mais de trinta anos. Mas já era homem sério de velho, reservado, cumpridor. Cuidava muito dos trajes, da sua aparência medida. O jaquetão de casimira inglesa, o colete de linho atravessado pela grossa corrente de ouro do relógio; a calça é que era como a de todos na cidade - de brim, a não ser em certas ocasiões (batizado, morte, casamento - então era parelho mesmo, por igual), mas sempre muito bem passada, o vinco perfeito. Dava gosto ver: O passo vagaroso de quem não tem pressa - o mundo podia esperar por ele, o peito magro estufado, os gestos lentos, a voz pausada e grave, descia a rua da Igreja cumprimentando cerimoniosamente, nobremente, os que por ele passavam ou os que chegavam na janela muitas vezes só para vê-Io passar. Desde longe a gente adivinhava ele vindo: alto, magro, descamado, como uma ave pernalta de grande porte. Sendo assim tão descomunal, podia ser desajeitado: não era, dava sempre a impressão de uma grande e ponderada figura. Não jogava as pernas para os lados nem as trazia abertas, esticava-as feito medisse os passos, quebrando os joelhos em reto. Quando montado, indo para a sua Fazenda da Pedra Menina, no cavalo branco ajaezado de couro trabalhado e prata, aí então sim era a grande, imponente figura, que enchia as vistas. Parecia um daqueles cavaleiros antigos, fugidos do Amadis de Gaula ou do Palmeirim, quando iam para a guerra armados cavaleiros. Ópera dos mortos, 1970. Analisando o último período do terceiro parágrafo, verifica-se que a palavra "feito" é empregada como:

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    CESGRANRIO 2011

    Tarde Cinzenta     A 13tarde de inverno é perfeita. O tempo nublado acinzenta tudo. Mesmo os mais 11empedernidos cultores da agitação, do barulho, das cores, hoje se rendem a uma certa passividade e melancolia. Os espíritos 12ensimesmados reinam; os ativos pagam tributo à reflexão. Sem o sol, que provoca a 1rudeza dos contrastes, 2tudo é sutil, tudo é suave.     Tardes assim nos reconciliam com o efêmero. 18Longe das 3certezas substanciais, ficamos flutuando entre as 4névoas da dúvida. A superficialidade, que aparentemente plenifica, dissolve-se; acabamos ancorados no porto das insatisfações. E, ao invés de nos perenizarmos como singularidade, desejamos subsumir na névoa...como a 14montanha e a tarde.     A vida sempre para numa tarde assim. É como se tudo congelasse. Moléculas, músculos, máquinas e espíritos interrompem seu 5furor produtivo 19e se rendem, estáticos, à 6magia da tarde cinzenta.     20Numa tarde assim, não há senão uma coisa a fazer: contemplar. O espírito, carregando consigo um corpo por vezes contrariado, 7aquieta-se e divaga; 8torna-se receptivo a tudo: aos mínimos sons, 24às réstias de luz que atravessam a névoa, ao lento e pesado progresso que tudo conduz para o fim do dia, para o mergulho nas brumas da noite. 25As narinas absorvem com prazer um odor que parece carregado de umidade; a pele sente o toque enérgico do frio. O langor impõe-se e comanda esse estar-no-mundo como que suspenso por um tênue fio 21que nos liga, timidamente, à vida ativa.     Nas tardes cinzentas, o coração balança entre a paz e a inquietação, 23porque a calma e o silêncio inquietam. 9O azáfama anestesia; 10o não fazer deixa o espírito alerta — como um nervo exposto a qualquer acontecer.     Não há jamais nada de espetacular nas 15tardes cinzentas, a não ser o espetáculo da própria tarde. E este é grandiosamente simples: ar friorento, claridade difusa que se perde no cinza, contemplação, inatividade e o contraditório do espírito aguçado e acuado por esse acontecer minimalista da vida.     Na tarde fria e cinzenta, corpos se rendem ao aconchego de 16roupas macias ou de braços macios em abraços suaves. Somente olhares e corações conservam o fogo das paixões. As vozes agudas e imperativas transformam-se em sons baixos, quase guturais, que muitas vezes convertem-se em sussurros, como temendo quebrar a magia da tarde.     Não nos iludamos com as aparências: não há necessariamente tristeza nas tardes cinzentas. Mas também não existe aquela alegria inconsequente dos dias cálidos e dourados pelo sol. 22Existe, sim, um equilíbrio perfeito, numa equidistância entre o tédio e a euforia, fazendo-nos caminhar sobre um 17tênue fio distendido entre o amargor e a satisfação, entre o entusiasmo e o tédio. Tudo isso, porém, só se mostra aqui e ali, em meio à bruma difusa, ao cinza que permeia tudo.     Uma simples tarde cinzenta pode parar o mundo, pode deter a vida. Somente por um instante. Mas talvez apenas nos corações sensíveis. CARINO, J. Disponível em: http://www.almacarioca.net/tarde-cinzenta-j-carino/ Acesso em: 23 ago. 2010. (Adaptado) A locução conjuntiva que substitui a conjunção destacada na oração “porque a calma e o silêncio inquietam.” (ref. 23), sem provocar alteração de sentido, é

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    UERJ 2014

    TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A namorada Havia um muro alto entre nossas casas. 1 Difícil de mandar recado para ela. Não havia e-maiI. 20 pai era uma onça. A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por um cordão E pinchava a pedra no quintal da casa dela. Se a namorada respondesse pela mesma pedra Era uma glória! Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira E então era agonia. No tempo do onça era assim. Manoel de Barros Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.   Difícil de mandar recado para ela. Não havia e-maiI. O pai era uma onça. (ref. 1) O primeiro verso estabelece mesma relação de sentido com cada um dos dois outros versos. Um conectivo que expressa essa relação é:

  14. 14

    UFSM 2014

    Super-heróis ajudam crianças a aceitar quimioterapia Hospital cria tratamento infantil com acessórios da Liga da Justiça e oferece gibi sobre a luta do Batman contra o câncer como inspiração a crianças com a doença.     Batman está com câncer, mas os vilões nem tiveram tempo de comemorar a revelação feita na edição extra da história em quadrinhos (HQ). Logo após o diagnóstico, o herói mascarado já 3começou a receber uma 5“Superfórmula” contra a doença e, apesar de ter perdido cabelo e emagrecido um pouco, está forte para voltara combater o mal.     Na vida real, todos os pacientes infantis atendidos no Centro de Referência AC.Camargo, em São Paulo, também 4passaram a ter acesso ao tratamento que, no gibi, promete salvar a vida do homem-morcego.     Parceria firmada há 20 dias entre o AC. Camargo, a Warner e a agência JWT transformou o 6° andar da unidade hospitalar na nova sede da Liga da Justiça. O QG de super-heróis instalado no hospital tem 15 vagas ocupadas por heróis mirins que precisam de uma ajudinha externa da medicina para voltar à ativa. Natan Henrique Roseno, 7 anos, e Porthos Martinez, 13, são os integrantes mais recentes da ala infantil.     Após lerem 6a HQ com a trajetória vitoriosa de Batman, os meninos estavam confiantes de que a Superfórmula também 1vai ajudá-los a vencer a leucemia diagnosticada em ambos. [...]     Todos os quartos e acessórios utilizados no tratamento dos pacientes da oncologia pediátrica receberam a adaptação em cores, símbolos e adereços de personagens como Mulher-Maravilha, Batman, Lanterna Verde e Superman.     A chefe da 7oncologia pediátrica do AC.Camargo, Cecília Maria de Lima da Costa, explica que usar os adereços é uma fórmula de 8apresentar o câncer às crianças de uma maneira lúdica e didática, já que elas precisam entender o tratamento para aceitá-lo melhor.     “A quimioterapia tem efeitos colaterais que não são agradáveis (como enjoos, apetite desregulado, queda de cabelos). Se a criança não entende que o medicamento é um benefício, apesar de todos esses sintomas, pode ficar confusa e resistente”, afirma a especialista.     Enxergar a vilã quimioterapia como a mocinha Superfórmula 9faz toda a diferença para os meninos e as meninas, dizem os próprios heróis-mirins. [...] “Fica menos confuso na cabeça da gente. Porque às vezes eu não gosto dos remédios, dá um nó no estômago. Mas sei que eles 2vão me ajudar e saber disso ajuda”, diz um dos garotos. ARANHA, Fernanda. Minha Saúde. iG São Paulo. Disponível em: Acesso em: 06. jun. 2013. (adaptado). Assinale a alternativa correta quanto ao papel semântico exercido pela preposição no excerto em destaque, tendo em vista o contexto em que foi empregada no texto.

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    UECE 2014

    O texto a seguir foi extraído de uma crônica de Affonso Romano de Sant’Anna, cronista e poeta mineiro. Professor universitário e jornalista, escreveu para os maiores jornais do País. “Com uma produção diversificada e consistente, pensa o Brasil e a cultura do seu tempo, e se destaca como teórico, como poeta, como cronista, como professor, como administrador cultural e como jornalista.” Porta de colégio    Passando pela porta de um colégio, me veio a sensação nítida de que aquilo era a porta da própria vida. Banal, direis. Mas a sensação era tocante. Por isso, parei, como se precisasse ver melhor o que via e previa.    Primeiro há uma diferença de 1clima entre 6aquele bando de adolescentes espalhados pela calçada, sentados sobre carros, em torno de carrocinhas de doces e refrigerantes, e aqueles que transitam pela rua. Não é só o uniforme. Não é só a idade. É toda uma ainda dentro de uma 8redoma ou aquário, numa bolha, resguardados do mundo. Talvez não estejam. Vários já sofreram a pancada da separação dos pais. 7Aprenderam que a vida é também um exercício de separação. 9Um ou outro já transou droga, e com isso deve ter se sentido (equivocadamente) muito adulto. Mas há uma sensação de pureza angelical misturada com palpitação sexual, que se exibe nos gestos sedutores dos adolescentes.    Onde estarão 4esses meninos e meninas dentro de dez ou vinte anos?    5Aquele ali, moreno, de cabelos longos corridos, que parece gostar de esporte, vai se interessar pela informática ou economia; 5aquela de cabelos louros e crespos vai ser dona de boutique; 5aquela morena de cabelos lisos quer ser médica; a gorduchinha vai acabar casando com um gerente de multinacional; 5aquela esguia, meio bailarina, achará um diplomata. Algumas estudarão Letras, se casarão, largarão tudo e passarão parte do dia levando filhos à praia e à praça e pegando­os de novo à tardinha no colégio. [...]    Estou olhando aquele bando de adolescentes com evidente ternura. Pudesse passava a mão nos seus cabelos e contava­lhes as últimas histórias da carochinha antes que o 3lobo feroz as assaltasse na esquina. Pudesse lhes diria daqui: aproveitem enquanto estão no aquário e na redoma, enquanto estão na porta da vida e do colégio. O destino também passa por aí. E a gente pode às vezes modificá-­lo. SANT’ANNA, Affonso Romano de. Affonso Romano de Sant’Anna: seleção e prefácio de Letícia Malard. Coleção Melhores Crônicas. p. 64­66. Atente para o que se diz a respeito da preposição de que entra na composição do título da crônica: “Porta de colégio”. I. A preposição de, sozinha, sem contração, como é usada nesse título, generaliza o substantivo, no caso do texto, colégio. II. A contração da preposição de com o pronome demonstrativo aquele, que resultaria em daquele, manteria inalterado o sentido do título. III. A introdução, no título do texto, do artigo definido o, que resultaria em do, alteraria o sentido do título. Está correto o que se diz apenas em

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    PUC-SP 1999

    O operário moderno carece de individualidade. A classe é mais forte do que o indivíduo e a pessoa se dissolve no genérico. Porque essa é a primeira e a mais grave mutilação que o homem sofre ao converter-se em assalariado industrial. O capitalismo despoja-o de sua natureza humana - coisa que não ocorreu com o escravo - já que reduz todo o seu ser à força de trabalho, transformando-o só por este fato em objeto. E como todos os objetos, em mercadorias, em coisa susceptível de compra e venda. O operário perde, bruscamente, e em razão mesmo de seu estado social, toda relação humana e concreta com o mundo: nem são seus os instrumentos que manipula, nem é seu o fruto de seu trabalho. Sequer chega a vê-lo. Na realidade, não é um operário, já que não produz obras ou não tem consciência de que as produz, perdido em aspecto determinado da produção. É um trabalhador, nome abstrato, que não designa uma tarefa determinada, mas uma função. Assim a sua obra não o distingue dos outros homens, tal como acontece com o médico, o engenheiro ou o carpinteiro. A abstração que o qualifica - o trabalho medido pelo tempo - não separa, mas liga-o a outras abstrações. Daí sua ausência de mistério, de problematicidade, daí a sua transparência, que não é diversa da de qualquer instrumento. (Paz, O. SIGNOS EM ROTAÇÃO. São Paulo: Perspectiva, 2ª ed., 1976, pág.245.) Unindo-se as orações a seguir: O operário moderno carece de individualidade. A classe é mais forte. a segunda poderá ser introduzida pela mesma conjunção que ocorre em

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    CESGRANRIO 1994

    MEU POVO, MEU POEMA Meu povo e meu poema crescem juntos como cresce no fruto a árvore nova No povo meu poema vai nascendo como no canavial nasce verde o açúcar No povo meu poema está maduro como o sol na garganta do futuro Meu povo em meu poema se reflete como a espiga se funde em terra fértil Ao povo seu poema aqui devolvo menos como quem canta do que planta (Ferreira Gullar) 1    "Dei o nome de PRIMEIROS CANTOS às poesias que agora público, porque espero que não serão as últimas. Muitas delas não têm uniformidade nas estrofes, porque menosprezo regras de mera convenção; adotei todos os ritmos da metrificação portuguesa, e usei deles como me pareceram quadrar melhor com o que eu pretendia exprimir. 2    Não têm unidade de pensamento entre si, porque foram compostas em épocas diversas - debaixo de céu diverso - e sob a influência de impressões momentâneas.(...) 3    Com a vida isolada que vivo, gosto de afastar os olhos de sobre a nossa arena política para ler em minha alma, reduzindo à linguagem harmoniosa e cadente o pensamento que me vem de improviso, e as ideias que em mim desperta a vista de uma paisagem ou do oceano - o aspecto enfim da natureza. Casar assim o pensamento com o sentimento - o coração com o entendimento - a ideia com a paixão - colorir tudo isto com a imaginação, fundir tudo isto com a vida e com a natureza, purificar tudo com o sentimento da religião e da divindade, eis a Poesia - a Poesia grande e santa - a Poesia como eu a compreendo sem a poder definir, como eu a sinto sem a poder traduzir."         (DIAS, Gonçalves, "Prólogo aos primeiros cantos") Observe a conjunção "como" em: "...Poesia 'como' eu a compreendo..." (fim do 30. parágrafo do texto de Gonçalves Dias) "...'como' cresce no fruto..." (v. 2 do poema de Ferreira Gullar) Ela apresenta, respectivamente, as ideias de:

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    ITA 2005

    O projeto Montanha Limpa, desenvolvido desde 1992, por meio da parceria entre o Parque Nacional de Itatiaia e a DuPont, visa amenizar os problemas causados pela poluição em forma de lixo deixado por visitantes desatentos. (Folheto do Projeto Montanha Limpa do Parque Nacional de Itatiaia). A preposição que indica que o Projeto Montanha Limpa continua até a publicação do Folheto é:

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    FATEC 2007

    O QUE FAZ VOCÊ FELIZ? A lua, a praia, o mar A rua, a saia, amar... Um doce, uma dança, um beijo, Ou é a goiabada com queijo? Afinal, o que faz você feliz? Chocolate, paixão, dormir cedo, acordar tarde, Arroz com feijão, matar a saudade... O aumento, a casa, o carro que você sempre quis Ou são os sonhos que te fazem feliz? Um filme, um dia, uma semana Um bem, um biquíni, a grama... Dormir na rede, matar a sede, ler... Ou viver um romance? O que faz você feliz? Um lápis, uma letra, uma conversa boa Um cafuné, café com leite, rir à toa, Um pássaro, ser dono do seu nariz... Ou será um choro que te faz feliz? A causa, a pausa, o sorvete, Sentir o vento, esquecer o tempo, O sal, o sol, um som O ar, a pessoa ou o lugar? Agora me diz, O que faz você feliz? (Anúncio publicitário do Grupo Pão de Açúcar, veiculado na Revista VEJA, edição de 21 de março de 2007) Os versos finais de quatro das estrofes começam com a conjunção "ou"; o sentido dela, nos quatro versos em questão, pode ser mais bem descrito como

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    UERN 2015

    A gota d’água Apenas 0,1% da água doce da Terra pode ser encontrada em locais de fácil acesso. Com o aumento da população mundial, disputas pelo controle de recursos hídricos devem se intensificar.     Uma das primeiras guerras da história aconteceu há mais de 4,5 mil anos, na Suméria, região onde hoje se encontra o Iraque. Munidos de espadas, machados de bronze e lanças, o exército da cidade-estado de Lagash avançou contra o rei de Umma, que desviou as águas do Rio Tigre para construir um canal de irrigação. “Eannatum, líder de Lagash, foi para a batalha e deixou 60 soldados mortos na margem do canal”, dizia uma inscrição encontrada por arqueólogos. 3Assim, como outras civilizações que não tinham acesso a recursos hídricos abundantes, a luta pela água era, literalmente, uma batalha de sobrevivência para os dois povos.     Passados alguns milênios, os conflitos já não são resolvidos apenas pela força. 5Mas a explosão populacional e a 1crescente demanda por infraestrutura e produção de bens ampliaram ainda mais a necessidade por recursos naturais. A água doce, antes considerada abundante em boa parte do mundo, se transformou num bem estratégico. Apesar de ocupar dois terços da superfície terrestre, a água própria para consumo faz parte de uma fatia mínima. De 1,2 bilhão de quilômetros cúbicos de água existentes no planeta, menos de 3% é potável – o que representa cerca de 35 milhões de quilômetros cúbicos. O problema é que 2% deste volume está disponível na forma de geleiras e camadas de neve e 0,9% está localizado em aquíferos subterrâneos. Ou seja, 0,1% de água doce é encontrada em locais de fácil acesso, como rios e lagos – o equivalente a 1,4 milhão de quilômetros cúbicos.     Como se não bastasse, essa pequenina porção é degradada a cada dia pela poluição de rios e depósitos subterrâneos gerados pelo despejo de esgoto não tratado e resíduos industriais. Um relatório divulgado em 2013, pelo Ministério de Recursos Hídricos da China, indicava que  dos lençóis freáticos de 118 cidades do país estavam poluídos. Com esse cenário, o discurso de que a água poderá se transformar no petróleo do século 21 não é simples conversa daquele tio alarmista. Como as fronteiras políticas não coincidem com os limites geográficos das 261 bacias hidrográficas existentes no mundo, litígios pelo controle da água tendem a aumentar. 2“A disputa pela água não gera necessariamente uma guerra. Mas em regiões com um histórico beligerante, a redução e degradação dos recursos podem virar um estopim para um conflito”, diz Vanessa Barbosa, autora do livro A Última Gota, da Editora Planeta, 4que chega às livrarias em outubro. [...] (Galileu, outubro de 2014.) A partir das relações de sentido estabelecidas pelos conectores, pode-se afirmar que a conjunção “mas” em: Mas a explosão populacional [...] (ref. 5) indica

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    UPF 2014

    Vespertina tropical     24Então 4Deus, tendo acabado de criar o firmamento e os continentes, o homem e 10a mulher, a zebra, os elétrons, o umbu e a neblina, quis dar um último toque em Sua obra: num arroubo de lirismo, lá pelas 17h54 do sexto dia, pintou a aurora boreal. É, 12de fato, um 3troço estupendo: 28mais bonito que o pôr do sol, mais improvável que a girafa, mais grandioso que o relâmpago. Era pra ser o corolário da criação, a maior atração da Terra, 32diante da qual casais em lua de mel deixariam cair os queixos, japoneses ergueriam as câmeras e mochileiros bateriam palmas, contentes por terem nascido neste planeta abençoado e multicolor, mas, 14infelizmente, como se sabe, 25a aurora boreal 1não 15pegou.     16Claro: 31é longe, é raro e é muito cedo, como esses espetáculos incríveis encenados domingo de manhã no Sesc Belenzinho. Imagina se a aurora boreal fosse nos trópicos, seis e meia da tarde? 11O sujeito tá num táxi na avenida Atlântica, olha pro lado, o céu todo verde e amarelo e laranja e roxo, saca o celular, faz um “selfie” [tava louco pra usar essa palavra], posta “#vespertinatropical!!!” e segue pra casa, satisfeito. Mas não, é pra lá da Groenlândia, 4h30 AM, ninguém sabe quando: aí, não adianta reclamar que o público é ignorante e prefere a caretice hollywoodiana de um arco-íris.     Fosse só a aurora boreal, 13beleza, mas 18a natureza tá cheia de desarranjos semelhantes. Não surpreende: ela foi criada há milhões de anos, nunca passou por uma revisão e ainda é administrada pelo fundador. 30Se eu fosse 5Javé, chamava uma dessas consultorias especializadas em fazer a transição de 8empresas familiares para organizações, digamos, mais competitivas, e dava um choque de gestão. Nem precisa gastar muito, basta alocar melhor os recursos.     19Veja os cometas, por exemplo. Tudo espalhado por aí, nos visitam só a cada 70, cem anos, às vezes chegam de lado, outras vezes de dia, ninguém vê, 2baita desperdício de energia. Por que não 9otimizar essas órbitas? 33Fazer com que venham cinco, dez ao mesmo tempo na noite de Réveillon, proporcionando uma queima de fogos global à nossa sofrida humanidade?     20A gravidade é outro assunto que merece uma calibrada: tem que ser mesmo 9,8 m/s2? Por quê? Como Deus chegou a esse número? Gostaria que Ele abrisse as planilhas para entendermos se cada m/s2 é realmente necessário. Com metade dessa atração, nós continuaríamos colados ao chão e seria muito mais agradável se locomover por aí. O mínimo que o Senhor poderia fazer era dar uma amainada de dezembro a março: imagina que alívio encarar esse calorão com 25% menos esforço, durante a “Gravidade de Verão”. 17Sem falar, óbvio, em 50% para grávidas, idosos e cadeirantes.     26Não tenho dúvida de que o 6Todo Poderoso resistirá a essas e outras reformas. 22Criar o Universo é o tipo da coisa que infla um pouco o ego do sujeito, 27mas seria bom se Ele se animasse a colocar o mundo nos eixos - literalmente: 23já repararam como a Terra gira toda torta, envergada como um frei Damião?     21Se meu pacote de sugestões não puder convencê-Lo pelo bom senso, quem sabe ao menos uma parte cutuque a Sua vaidade? Ora, 7El Shaddai, 29a aurora boreal é um negócio tão lindo, tão grandioso, tão divino, não é justo que siga sendo exibida, ano após ano, apenas para os ursos-polares, as focas e a Björk, é ou não é? PRATA, Antonio. “Vespertina Tropical”. Folha de São Paulo. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2014/02/1406077-vespertina-tropical.shtml. Acesso em 21 mar. 2014 Analise as seguintes afirmações. I. O segmento “mais bonito que o pôr do sol, mais improvável que a girafa, mais grandioso que o relâmpago” (ref. 28) configura-se em uma comparação que exerce, no texto, papel argumentativo, na medida em que hierarquiza os argumentos. II. O texto dialoga com o livro do Gênesis, o qual também trata da criação do mundo. III. No segmento “a aurora boreal é um negócio tão lindo, tão grandioso, tão divino” (ref. 29), a repetição da palavra “tão” poderia ser evitada, conferindo maior clareza ao texto. É correto que se afirma em: É correto apenas o que se afirma em:

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    UFU 2001

    1    "O rápido desenvolvimento da engenharia genética está forçando uma reavaliação da questão do controle da pesquisa científica pelos órgãos legislativos. Este controle foi praticamente perdido durante a década de 70, quando as primeiras experiências envolvendo a manipulação explícita de genes foram desenvolvidas. O que existia antes, 'cruzar' animais ou plantas para criar novas raças ou híbridos, é coisa bem diferente, pois não envolve a manipulação direta dos genes. Todos sabem que cães e gatos são espécies diferentes e que não se misturam: entretanto, por meio da manipulação genética direta, essas duas espécies podem, em princípio, ser 'misturadas'. 2    Uma das técnicas mais comuns de manipulação genética é a passagem de genes de um organismo a outro usando vírus ou bactérias: os genes de um organismo são transplantados ao vírus, que, por sua vez, é implantado no organismo em que se deseja depositar o material genético. Esse organismo pode ser um peixe ou uma espécie de milho ou tomate. Com isso, os genes espalham-se pelo organismo, transformando seu material genético e, portanto, algumas de suas propriedades. Por exemplo, podem-se desenvolver espécies de milho resistentes a certos insetos que o usam como alimento, controlando geneticamente certas pragas agrícolas; ou um tipo de tomate que cresce mais rápido e é mais produtivo. Até aí tudo bem a ciência a serviço da população, como deveria ser. Podemos imaginar um futuro em que os alimentos modificados geneticamente irão solucionar um dos maiores problemas que afligem a humanidade, a fome. O dilema começa ao examinarmos os possíveis efeitos ambientais dos alimentos transgênicos. 3    Se microrganismos são usados como 'pontes' genéticas, transmitindo material de uma planta a outra ou de um animal a outro, como podemos nos certificar de que esse material não se espalhará para outras plantas ou animais? Para responder a essa questão, virologistas dos Institutos Nacionais de Saúde de (NIH) dos EUA desenvolveram experiência em que um gene causador de câncer em ratos foi transplantado para uma bactéria, que foi então implantada em outros animais, para observar se estes também desenvolveriam câncer. Em caso afirmativo, a experiência provaria que o câncer pode se tornar uma doença contagiosa por meio da manipulação genética. Os cientistas começaram errando, escolhendo uma bactéria frágil. Por quê? Por que eles não tinham nenhum interesse em comprovar os perigos da manipulação genética; existiam outros interesses em jogo - políticos, econômicos e também de controle da pesquisa científica. Mesmo assim, a bactéria infectou alguns animais com câncer, segundo os NIH. Esses resultados não foram publicados em jornais científicos, e o jornal 'The New York Times' anunciou, citando depoimento oficial dos NIH de 1979, que os 'riscos são menores do que o temido'. Caso encerrado! 4    Experiências recentes realizadas na Universidade de Cornell, nos EUA, mostraram que larvas da borboleta monarca que se alimentam de plantas impregnadas com o pólen de um tipo de milho transgênico morrem em grandes quantidades. Ainda é cedo para saber como os resultados se manifestarão fora do laboratório, mas o perigo existe. A verdade é que ainda não temos comprovação científica de que a manipulação genética de alimentos e animais não poderá gerar efeitos danosos à nossa saúde ou ao equilíbrio ecológico. Não acredito que seja possível impedir o desenvolvimento da pesquisa genética. Também jamais sugeriria tal coisa, que me parece absurda; a ciência precisa ter liberdade para progredir e uma legislação proibindo certos tópicos de pesquisa é, na minha opinião, equivalente à censura de imprensa ou à repressão da opinião pública. 5     Por outro lado, essa liberdade só pode funcionar se submetida a intensa supervisão da comunidade científica, aliada a órgãos governamentais, livre de interesses econômicos que possam comprometer os resultados. Existem questões éticas sérias que precisam ser debatidas abertamente com a sociedade, desde a criação de alimentos transgênicos até a manipulação de genes humanos. O Brasil deve tomar sua própria iniciativa, desenvolvendo critérios e experiências que testem  os efeitos da manipulação genética dentro de seus vários ecossistemas. Só assim poderemos transformar a manipulação genética em um dos maiores benefícios da ciência - e não em um monstro." (Marcelo Gleiser, Folha de S. Paulo, 3 de setembro de 2000)   A conjunção OU nos fragmentos "(...) transmitindo material de uma planta a outra OU de um animal a outro..." (par.3) "(...) ainda não temos comprovação científica de que a manipulação genética de alimentos e animais não poderá gerar efeitos danosos à nossa saúde OU ao equilíbrio ecológico..."(par.4) tem o valor semântico de

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    PUC-SP 1996

    O Martírio DO ARTISTA Arte ingrata! E conquanto, em desalento, A órbita elipsoidal dos olhos lhe arda, Busca exteriorizar o pensamento Que em suas fronetais células guarda! Tarda-lhe a Ideia! A inspiração lhe tarda! E ei-lo a tremer, rasga o papel, violento, Como o soldado que rasgou a farda No desespero do último momento! Tenta chorar e os olhos sente enxutos! ... É como o paralítico que, à míngua Da própria voz e na que ardente o lavra Febre de em vão falar, com os dedos brutos Para falar, puxa e repuxa a língua, E não lhe vem à boca uma palavra! Augusto dos Anjos Observe o emprego da partícula "e", em: I. "Tenta chorar e os olhos sente enxutos!..." II. "puxa e repuxa a língua," III. "E não lhe vem à boca uma palavra!" Analisando a relação que a referida partícula estabelece nas três construções, pode-se dizer que:

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    UEMG 2014

    TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Palavras de amor Contardo Calligaris Os sentimentos funcionam como picadas de mosquito, que coçamos e recoçamos até que se tornem feridas infectadas e, às vezes, septicemias generalizadas (quem sabe fatais). Salvo um exercício difícil de autocontrole, qualquer picada pode adquirir uma relevância desmedida: a gente tende a se coçar muito além da conta porque descobre que se coçar não é um alívio, mas um prazer autônomo em si. Por isso mesmo, em geral, não confio nos sentimentos — nem nos meus, nem nos dos outros. Não é que eu supunha que os humanos mintam quando amam, odeiam ou se desesperam no luto. Nada disso. Apenas verifico que os sentimentos, em geral, são condições autoinduzidas: transtornos ou desvios produzidos pelos próprios indivíduos, que, se não procuram sarnas para se coçar (como diz o ditado), no mínimo adoram coçar as sarnas que eles têm. Detalhe: coçando, aumenta o prurido, assim como aumentam a vontade e o prazer de se coçar. Tomemos o exemplo do amor. Eu encontro, conheço ou vislumbro de longe alguém que preenche algumas condições básicas para que eu goste dela. Sussurrando entre quatro paredes ou gritando em praça pública, anotando no meu diário ou escrevendo para grandes editoras, passo a encher o ar ou as páginas com as descrições da beleza inigualável de minha amada e com as declarações hiperbólicas de meu sentimento. Claro, minha prosa ou poesia poderão, quem sabe, conquistar meu objeto de amor, mas esse é um efeito colateral. O efeito mais importante (e esperado) de minhas palavras de amor não é tanto o de seduzir o objeto de meus sonhos, mas o de eu me apaixonar cada vez mais. Pois a intensidade do meu amor será diretamente proporcional à insistência e virulência de minhas declarações. Em linguística, chamamos performativas aquelas expressões que, ao serem proferidas, constituem o fato do qual elas falam. Exemplo clássico: um chefe de Estado dizendo "Declaro a guerra" — essa frase é a própria declaração de guerra. Dizer que sou apaixonado, que odeio ou que me desespero no luto talvez não sejam propriamente performativos. Mas se trata, no mínimo, de semiperformativos, ou seja, talvez os sentimentos existam antes de serem declarados, mas eles só crescem e tomam conta da gente na hora de serem ditos, descritos e contados — na hora de sua declaração, pública ou privada. Há três razões pelas quais o amor é absolutamente indissociável da literatura amorosa. A primeira é que a gente aprende a amar e a declarar o amor pela literatura. A segunda é que o amor se tornou relevante em nossa vida à força de ser descrito e idealizado pela literatura. A terceira é que o amor, como sentimento, é um efeito das palavras que o expressam: a literatura nos instiga a amar tanto quanto nossas próprias declarações amorosas. Acabo de terminar a prazerosa leitura de "Como os Franceses Inventaram o Amor" (editora Prumo). Nele, Marilyn Yalom percorre a literatura francesa e revela que ela é um repertório completo do amor. A coisa começa com o triângulo amoroso, que não é um acidente ou um imprevisto do amor; ao contrário, o amor começa, mil anos atrás, com o triângulo amoroso. Tristão escolta Isolda, a futura esposa de seu tio, e se apaixona por ela. Lancelote venera seu rei Artur, mas se apaixona pela rainha. E, em geral, os poetas do amor cortês amam damas casadas (e frequentemente fiéisa seus senhores, aliás). A França é, para Yalom, a pátria do amor. Não só pela riqueza de sua literatura, mas justamente porque, na cultura francesa, do amor cortês do século 12 até as conversas das preciosas nos salões parisienses do século 17 (que Molière ridicularizava, mas também admirava), amar é, antes de mais nada, uma arte de dizer, de ser efeito das próprias palavras que usamos ao declarar e descrever nosso sentimento. Alguns acham que falta amor em sua vida. Como Emma Bovary ou Anna Kariênina  (extraordinária a tradução de Rubens Figueiredo, pela Cosac Naify), temem que, sem amor, sua vida nunca chegue a ter a dignidade de um romance. A eles, recomendo paciência: os tempos mudam, e talvez se afirme hoje, aos poucos, uma retórica nova, menos sentimental, capaz de dar valor literário a uma vida sem amores e paixões. Outros se queixam dos estragos que o excesso de amor faz em sua vida. Aqui a cura é simples: eles não vão acreditar, mas basta se calar um pouco, assim como é suficiente não se coçar para que as picadas de mosquito parem de incomodar. (www.folha.uol.com.br/colunas. Acesso: 9/8/2013.) "Há três razões pelas quais o amor é absolutamente indissociável da literatura amorosa. A primeira é que a gente aprende a amar e a declarar o amor pela literatura. A segunda é que o amor se tornou relevante em nossa vida a força de ser descrito e idealizado pela literatura. A terceira é que o amor, como sentimento, é um efeito dás palavras que o expressam: a literatura nos instiga á amar tanto quanto nossas próprias declarações amorosas" Nesse trecho, qual dos conectivos á seguir equivale semanticamente ao sinal de dois-pontos?

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    ENEM 2016

    O senso comum é que só os seres humanos são capazes de rir. Isso não é verdade? Não. O riso básico – o da brincadeira, da diversão, da expressão física do riso, do movimento da face e da vocalização – nós compartilhamos com diversos animais. Em ratos, já foram observadas vocalizações ultrassôni - cas – que nós não somos capazes de perceber – e que eles emitem quando estão brincando de “rolar no chão”. Acontecendo de o cientista provocar um dano em um local específico no cérebro, o rato deixa de fazer essa vocalização e a brincadeira vira briga séria. Sem o riso, o outro pensa que está sendo atacado. O que nos diferencia dos animais é que não temos apenas esse mecanismo básico. Temos um outro mais evoluído. Os animais têm o senso de brincadeira, como nós, mas não têm senso de humor. O córtex, a parte superficial do cérebro deles, não é tão evoluído como o nosso. Temos mecanismos corticais que nos permitem, por exemplo, interpretar uma piada. Disponível em: http://globonews.globo.com. Acesso em: 31 maio 2012 (adaptado). A coesão textual é responsável por estabelecer relações entre as partes do texto. Analisando o trecho “Acontecendo de o cientista provocar um dano em um local específico no cérebro”, verifica-se que ele estabelece com a oração seguinte uma relação de

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    EPCAR (AFA) 2013

    A MAÇÃ DE OURO A Apple supera a Microsoft em valor de mercado, premiando o espírito visionário e libertário de Steve Jobs 12A Microsoft e a Apple vieram ao mundo praticamente ao mesmo tempo, em meados dos anos 1970, criadas na garagem de jovens estudantes. Mas as empresas não trilharam caminhos paralelos. A Microsoft desenvolveu o sistema operacional mais popular do mundo e rapidamente se tornou uma das maiores corporações americanas, rivalizando com gigantes da velha indústria. A Apple, ao contrário, demorou a decolar. 14Fazia produtos inovadores, mas que vendiam pouco. 4Isso começou a mudar quando Steve Jobs, um de seus fundadores, 6que fora afastado nos anos 80, assumiu o comando criativo da empresa, em 1996. 11A Apple estava à beira da falência e só ganhou sobrevida porque recebeu um 10aporte de 150 milhões de dólares de Microsoft. Jobs iniciou o lançamento de produtos 8genuinamente revolucionários nas áreas que mais crescem na indústria de tecnologia. Primeiro com o iPod e a loja virtual iTunes. Depois vieram o iPhone e, agora, o iPad. Desde o início de 2005, o preço das ações da empresa foi multiplicado por oito. 3Na semana passada, a Apple alcançou o cume. 15Tornou-se a companhia de tecnologia mais valiosa do mundo, superando a Microsoft. 13Na sexta-feira, a empresa de Jobs tinha valor de mercado de 233 bilhões de dólares, contra 226 bilhões de dólares da companhia de Bill Gates. 2A Marca, para além da disputa pessoal entre os 7maiores gênios da nova economia, coroa a estratégia definida por Jobs. Quando ele retornou à Apple, tamanha era a descrença no futuro da empresa que Michael Dell, fundador da Dell, afirmou que o melhor a fazer era fechar as portas e devolver o dinheiro a 5seus acionistas. Hoje, a Dell vale um décimo da Apple. 1O mérito de Jobs foi ter a 9presciência do rumo que o mercado tomaria. BARRUCHO, Luís Guilherme & TSUBOI, Larissa. A maçã de ouro. In: Revista Veja, 02 de jun. 2010, p.187. Adaptado.   Analise o período abaixo: “A Apple estava à beira da falência e só ganhou sobrevida porque recebeu um aporte de 150 milhões de dólares da Microsoft.” (ref. 11) Nele, pode-se afirmar que

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    PUC-PR 2003

    Observe as frases: 1. O mar ficava ____ apenas alguns quilômetros de lá. (a) 2. Chegou de viagem ____ cerca de duas semanas. (há) 3. Parou ____ uns 10 metros longe de mim. (a) 4. Não nos vemos ____ alguns anos. (há) 5. Você sabe daqui ____ quanto tempo o ônibus vai partir? (a) Com os elementos colocados entre parênteses, ficam corretamente preenchidos os espaços:

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    G1 - COLNAVAL 2011

    TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Quando a rede vira um vício Com o titulo 'Preciso de ajuda', fez-se um desabafo aos integrantes da comunidade Viciados em Internet Anônimos: 'Estou muito dependente da web, Não consigo mais viver normalmente. Isso é muito sério'. Logo obteve resposta de um colega de rede. 'Estou na mesma situação. Hoje, praticamente vivo em frente ao computador. Preciso de ajuda' o diálogo dá a dimensão do tormento provocado pela dependência em Internet, um mal que começa a ganhar relevo estatístico, à medida que o uso da própria rede se dissemina. Segundo pesquisas recém-conduzidas pelo Centro de Recuperação para Dependência de Internet, nos Estados Unidos, a parcela de viciados representa, nos vários países estudados, de 5% (como no Brasil) a 10% dos que usam a web - com concentração na faixa dos 15 aos 29 anos. Os estragos são enormes. Como ocorre com um viciado em álcool ou em drogas, o doente desenvolve uma tolerância que, nesse caso, o faz ficar on-line por uma eternidade sem se dar conta do exagero. Ele também sofre de constantes crises de abstinência quando está desconectado, e seu desempenho nas tarefas de natureza intelectual despenca. Diante da tela do computador, vive, aí sim, momentos de rara euforia. Conclui uma psicóloga americana: 'O viciado em internet vai, aos poucos, perdendo os elos com o mundo real até desembocar num universo paralelo - e completamente virtual'. Não é fácil detectar o momento em que alguém deixa de fazer uso saudável e produtivo da rede para estabelecer com ela uma relação doentia, como a que se revela nas histórias relatadas ao longo desta reportagem. Em todos os casos, a internet era apenas 'útil' ou 'divertida' e foi ganhando um espaço central, a ponto de a vida longe da rede ser descrita agora como sem sentido. Mudança tão drástica se deu sem que os pais atentassem para a gravidade do que ocorria. 'Como a internet faz parte do dia a dia dos adolescentes e o isolamento é um comportamento típico dessa fase da vida, a família raramente detecta o problema antes de ele ter fugido ao controle', diz um psiquiatra. A ciência, por sua vez, já tem bem mapeados os primeiros sintomas da doença. De saída, o tempo na internet aumenta - até culminar, pasme-se, numa rotina de catorze horas diárias, de acordo com o estudo americano. As situações vividas na rede passam, então, a habitar mais e mais as conversas. E típico o aparecimento de olheiras profundas e ainda um ganho de peso relevante, resultado da frequente troca de refeições por sanduíches - que prescindem de talheres e liberam uma das mãos para o teclado. Gradativamente. a vida social vai se extinguindo. Alerta outra psicóloga: 'Se a pessoa começa a ter mais amigos na rede do que fora dela, é um sinal claro de que as coisas não vão bem'. Os jovens são, de longe, os mais propensos a extrapolar o uso da internet. Há uma razão estatística para isso - eles respondem por até 90% dos que navegam na rede, a maior fatia -, mas pesa também uma explicação de fundo mais psicológico, a qual uma recente pesquisa lança luz. Algo como 10% dos entrevistados (viciados ou não) chegam a atribuir à internet uma maneira de 'aliviar os sentimentos negativos', tão típicos de uma etapa em que afloram tantas angústias e conflitos. Na rede, os adolescentes sentem-se ainda mais à vontade para expor suas ideias. Diz um outro psiquiatra: 'Num momento em que a própria personalidade está por se definir, a internet proporciona um ambiente favorável para que eles se expressem livremente'. No perfil daquela minoria que, mais tarde, resvala no vicio se vê, em geral, uma combinação de baixa autoestima com intolerância à frustração. Cerca de 50% deles, inclusive, sofrem de depressão, fobia social ou algum transtorno de ansiedade. E nesse cenário que os múltiplos usos da rede ganham um valor distorcido. Entre os que já têm o vicio, a maior adoração é pelas redes de relacionamento e pelos jogos on-Iine. sobretudo por aqueles em que nâo existe noção de começo, meio ou fim. Desde 1996, quando se consolidou o primeiro estudo de relevo sobre o tema, nos Estados Unidos, a dependência em internet é reconhecida - e tratada - como uma doença. Surgiram grupos especializados por toda parte. 'Muita gente que procura ajuda ainda resiste a ideia de que essa é uma doença', conta um psicólogo. O prognóstico é bom: em dezoito semanas de sessões individuais e em grupo, 80% voltam a níveis aceitáveis de uso da internet. Não seria factível, tampouco desejável, que se mantivessem totalmente distantes dela, como se espera, por exemplo, de um alcoólatra em relação à bebida. Com a rede, afinal, descortina-se uma nova dimensão de acesso às informações, à produção de conhecimento e ao próprio lazer, dos quais, em sociedades modernas, não faz sentido se privar. Toda a questão gira em tomo da dose ideal, sobre a qual já existe um consenso acerca do razoável: até duas horas diárias, no caso de crianças e adolescentes. Quanto antes a ideia do limite for sedimentada, melhor. Na avaliação de uma das psicólogas, 'Os pais não devem temer o computador, mas, sim, orientar os filhos sobre como usá-lo de forma útil e saudável'. Desse modo, reduz-se drasticamente a possibilidade de que, no futuro, eles enfrentem o drama vivido hoje pelos jovens viciados. Silvia Rogar e João Figueiredo, Veja, 24 de março de 2010. Adaptado. Assinale a opção em que não há correspondência entre a preposição e o sentido expresso.

  29. 29

    G1 - IFAL 2011

    TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Parágrafo do Editorial "Nossas crianças, hoje". "Oportunamente serão divulgados os resultados de tão importante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos sentimos na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento da infância mais pobre. Nosso Estado e nossa região padece de índices vergonhosos no tocante à mortalidade infantil, à educação básica e tantos outros indicadores terríveis" (Gazeta de Alagoas, seção Opinião, 12.10.2010) Em que alternativa a seguir, a conjunção "enquanto" apresenta o mesmo sentido expresso no parágrafo?

  30. 30

    ITA 2015

       A questão a seguir refere-se ao Texto 1, de Rubem Braga, publicado pela primeira vez em 1952, no jornal Correio da Manhã, do Rio.   TEXTO 1 José Leal fez uma reportagem na Ilha das Flores, onde ficam os imigrantes logo que chegam. E falou dos equívocos de nossa política imigratória. As pessoas que ele encontrou não eram agricultores e técnicos, gente capaz de ser útil. Viu músicos profissionais, bailarinas austríacas, cabeleireiras lituanas. Paul Balt toca acordeão, Ivan Donef faz coquetéis, Galar Bedrich é vendedor, Serof Nedko é ex-oficial, Luigi Tonizo é jogador de futebol, Ibolya Pohl é costureira. Tudo gente para o asfalto, “para entulhar as grandes cidades”, como diz o repórter. O repórter tem razão. Mas eu peço licença para ficar imaginando uma porção de coisas vagas, ao olhar essas belas fotografias que ilustram a reportagem. Essa linda costureirinha morena de Badajoz, essa Ingeborg que faz fotografias e essa Irgard que não faz coisa alguma, esse Stefan Cromick cuja única experiência na vida parece ter sido vender bombons – não, essa gente não vai aumentar a produção de batatinhas e quiabos nem plantar cidades no Brasil Central. É insensato importar gente assim. Mas o destino das pessoas e dos países também é, muitas vezes, insensato: principalmente da gente nova e países novos. A humanidade não vive apenas de carne, alface e motores. Quem eram os pais de Einstein, eu pergunto: e se o jovem Chaplin quisesse hoje entrar no Brasil acaso poderia? Ninguém sabe que destino terão no Brasil essas mulheres louras, esses homens de profissões vagas. Eles estão procurando alguma coisa: emigraram. Trazem pelo menos o patrimônio de sua inquietação e de seu apetite de vida. Muitos se perderão, sem futuro, na vagabundagem inconsequente das cidades; uma mulher dessas talvez se suicide melancolicamente dentro de alguns anos, em algum quarto de pensão. Mas é preciso de tudo para fazer um mundo; e cada pessoa humana é um mistério de heranças e de taras. Acaso importamos o pintor Portinari, o arquiteto Niemeyer, o físico Lattes? E os construtores de nossa indústria, como vieram eles ou seus pais? Quem pergunta hoje, e que interessa saber, se esses homens ou seus pais ou seus avós vieram para o Brasil como agricultores, comerciantes, barbeiros ou capitalistas, aventureiros ou vendedores de gravata? Sem o tráfico de escravos não teríamos tido Machado de Assis, e Carlos Drummond seria impossível sem uma gota de sangue (ou uísque) escocês nas veias, e quem nos garante que uma legislação exemplar de imigração não teria feito Roberto Burle Marx nascer uruguaio, Vila Lobos mexicano, ou Pancetti chileno, o general Rondon canadense ou Noel Rosa em Moçambique? Sejamos humildes diante da pessoa humana: o grande homem do Brasil de amanhã pode descender de um clandestino que neste momento está saltando assustado na praça Mauá, e não sabe aonde ir, nem o que fazer. Façamos uma política de imigração sábia, perfeita, materialista; mas deixemos uma pequena margem aos inúteis e aos vagabundos, às aventureiras e aos tontos porque dentro de algum deles, como sorte grande da fantástica loteria humana, pode vir a nossa redenção e a nossa glória. (BRAGA, R. Imigração. In: A borboleta amarela. Rio de Janeiro, Editora do Autor, 1963) Assinale a opção em que o termo grifado é conjunção integrante.

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