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  1. 61

    UFRGS 2010

    As três palavras que são acentuadas graficamente pela mesma razão são:

  2. 62

    UFRGS 2014

    Entre as situações linguísticas que o português já viveu em seu contato com outras línguas, cabe considerar uma situação que se realiza em nossos dias: aquela em que ele é uma língua de emigrantes. Para o leitor brasileiro, soará talvez estranho que falemos aqui do português como uma língua de EMIGRANTES, pois o Brasil foi antes de mais nada um país para o qual se dirigiam em massa, durante mais de dois séculos, pessoas nascidas em vários países europeus e asiáticos; assim, para a maioria dos brasileiros, a representação mais natural é a da convivência no Brasil com IMIGRANTES vindos de outros países. Sabemos, entretanto, que, nos últimos cem anos, muitos falantes do português foram buscar melhores condições de vida, partindo não só de Portugal para o Brasil, mas também desses dois países para a América do Norte e para vários países da Europa: em certo momento, na década de 1970, viviam na região parisiense mais de um milhão de portugueses – uma população superior à que tinha então a cidade de Lisboa. Do Brasil, têm ........ nas últimas décadas muitos jovens e trabalhadores, dirigindo-se aos quatro cantos do mundo.   A existência de comunidades de imigrantes é sempre uma situação delicada para os próprios imigrantes e para o país que os recebeu: normalmente, os imigrantes vão a países que têm interesse em usar sua força de trabalho, mas qualquer oscilação na economia faz com que os nativos ........ sua presença como indesejável; as diferenças na cultura e na fala podem alimentar preconceitos e desencadear problemas reais de diferentes ordens.   Em geral, proteger a cultura e a língua do imigrante não é um objetivo prioritário dos países hospedeiros, mas no caso do português tem havido ........ . Em certo momento, o português foi uma das línguas estrangeiras mais estudadas na França; e, em algumas cidades do Canadá e dos Estados Unidos, um mínimo de vida associativa tem garantido a sobrevivência de jornais editados em português, mantidos pelas próprias comunidades de origem portuguesa e brasileira. Adaptado de: ILARI, Rodolfo; BASSO, Renato. O português como língua de emigrantes. In:___. O português da gente: a língua que estudamos a língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2006. p. 42-43.     Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas na ordem que aparecem no texto.

  3. 63

    MACKENZIE 2014

    No ano de 1485, foi convocada uma junta de sábios com o propósito de elaborar a codificação da nova navegação científica, de forma a ser mais bem entendida e praticada pelos homens do mar. Uma das decisões parece ter sido obrigar os pilotos a ler o livro De Sphaera, de Sacrobosco, para aprender a teoria da esfera celeste. Portanto, não foi acidental o fato de surgirem, no final do século XV, almanaques náuticos e manuais de pilotagem, elaborados em Portugal. Infelizmente, ao que tudo indica, todos eles se perderam com o passar dos anos, porquanto os dois mais antigos conhecidos, e preservados até hoje, são o Regimento de Munich, publicado em 1509, e o de Évora, datado de 1517. Dom João II, hábil político, soube transferir o conhecimento científico e técnico restrito a um pequeno círculo de sábios para empreendimentos econômicos e sociais mais amplos, por meio de expedientes administrativos, educacionais e financeiros. Destarte, mais bem preparados, os portugueses conseguiram superar o terrível obstáculo da fúria oceânica do cabo das Tormentas, dobrando-o em 1488 com a expedição de Bartolomeu Dias. Doravante, para os lusitanos, aquele seria o cabo da Boa Esperança. Shozo Motoyama, em Prelúdio para uma história: ciência e tecnologia no Brasil     Assinale a alternativa INCORRETA.

  4. 64

    UFAM 2009

    Assinale a opção em que todos os claros devem ser preenchidos com a letra Z:

  5. 65

    UFSC 2014

    Pechada O apelido foi instantâneo. No primeiro dia de aula, o aluno novo já estava sendo chamado de “Gaúcho”. Porque era gaúcho. Recém-chegado do Rio Grande do Sul, com um sotaque carregado. — Aí, Gaúcho! — Fala, Gaúcho! Perguntaram para a professora por que o Gaúcho falava diferente. A professora explicou que cada região tinha seu idioma, mas que as diferenças não eram tão grandes assim. Afinal, todos falavam português. Variava a pronúncia, mas a língua era uma só. E os alunos não achavam formidável que num país do tamanho do Brasil todos falassem a mesma língua, só com pequenas variações? — Mas o Gaúcho fala “tu”! — disse o gordo Jorge, que era quem mais implicava com o novato. — E fala certo — disse a professora. — Pode-se dizer “tu” e pode-se dizer “você”. Os dois estão certos. Os dois são português. O gordo Jorge fez cara de quem não se entregara. Um dia o Gaúcho chegou tarde na aula e explicou para a professora o que acontecera. — O pai atravessou a sinaleira e pechou. — O quê? — O pai. Atravessou a sinaleira e pechou. A professora sorriu. Depois achou que não era caso para sorrir. Afinal, o pai do menino atravessara uma sinaleira e pechara. Podia estar, naquele momento, em algum hospital. Gravemente pechado. Com pedaços de sinaleira sendo retirados do seu corpo. — O que foi que ele disse, tia? — quis saber o gordo Jorge. — Que o pai dele atravessou uma sinaleira e pechou. — E o que é isso? — Gaúcho... Quer dizer, Rodrigo: explique para a classe o que aconteceu. — Nós vinha... — Nós vínhamos. — Nós vínhamos de auto, o pai não viu a sinaleira fechada, passou no vermelho e deu uma pechada noutro auto. A professora varreu a classe com seu sorriso. Estava claro o que acontecera? Ao mesmo tempo, procurava uma tradução para o relato do gaúcho. Não podia admitir que não o entendera. Não com o gordo Jorge rindo daquele jeito. “Sinaleira”, obviamente, era sinal, semáforo. “Auto” era automóvel, carro. Mas “pechar” o que era? Bater, claro. Mas de onde viera aquela estranha palavra? Só muitos dias depois a professora descobriu que “pechar” vinha do espanhol e queria dizer bater com o peito, e até lá teve que se esforçar para convencer o gordo Jorge de que era mesmo brasileiro o que falava o novato. Que já ganhara outro apelido: Pechada. — Aí, Pechada! — Fala, Pechada! VERISSIMO, Luis Fernando. Disponível em: . Acesso em: 13 jun. 2014.   Analise as afirmativas abaixo e indique se são VERDADEIRAS (V) ou FALSAS (F). ( ) Pode-se inferir do texto que a classe a que o aluno chegou se localiza em um estado diferente do Rio Grande do Sul e no qual se usa predominantemente o pronome “você”, em vez de “tu”. ( ) Em "Nós vínhamos", a professora corrige o aluno indevidamente, pois o uso de “nós vinha” é adequado em qualquer tipo de situação comunicativa. ( ) De acordo com a norma padrão escrita, o verbo “fazer” está adequadamente empregado na frase “Tu fizeste um ótimo trabalho hoje”. ( ) Apesar de muito comuns na fala do brasileiro, construções como “tu vai à escola” ou “tu gosta de estudar” não são adequadas para a escrita formal. ( ) No texto, os travessões cumprem duas funções distintas: introduzir as falas dos personagens e destacar comentários do narrador nessas falas.   Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo.

  6. 66

    UNICENTRO 2014

    Leia o texto, a seguir, e responda à questão.   O grande marechal Cândido Rondon, que desbravou os rincões brasileiros, tinha como lema na colonização de terras indígenas o famoso “Morrer se preciso for; matar nunca”. Os lendários irmãos Villas Bôas, mundialmente famosos por terem feito o primeiro contato com os índios gigantes da Amazônia, os crenacarores, pautavam-se pelos mesmos cuidados de Rondon. A manutenção da vida e a saúde dos índios eram uma obrigação do estado brasileiro em sua política de expansão das fronteiras civilizadas sobre terras habitadas pelas populações originais pré-cabralinas. A Rondon e aos irmãos Villas Bôas não escapava a melancólica sensação da inevitabilidade da extinção ou, em um cenário benigno, da mutilação das culturas daqueles povos. Sempre foi trágico para o mais fraco o milenar encontro de populações em estágios díspares de desenvolvimento tecnológico. “Quem carregava o aço, a pólvora ou os germes mais fortes dizimava o outro. Assim caminhou a humanidade desde tempos imemoriais”, escreveu o geógrafo americano Jared Diamond. A conclusão é que não existe política indigenista justa para os índios. Qual a solução para a questão indígena brasileira? A pergunta não tem resposta simples. Está na hora de tirar o problema do âmbito do Conselho Indigenista Missionário e das ONGs estrangeiras e tratá-lo como uma questão de estado norteada pelo tema do marechal Rondon e pela insatisfatória, mas realista, visão dos irmãos Villas Bôas. Os índios precisam de proteção do estado para que não sejam usados como massa de manobra por manipuladores a quem mais interessam os mártires. (Adaptado de: A questão indígena. Veja. Carta ao Leitor. 12 jun. 2013. São Paulo: Ed. Abril, ano 46, n.24. p.12.)   A partir do fragmento “O grande marechal Cândido Rondon, que desbravou os rincões brasileiros, tinha como lema na colonização de terras indígenas o famoso ‘Morrer se preciso for; matar nunca”’, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir. ( ) Em “O grande marechal”, a troca de posição do adjetivo (de anteposto para posposto) em relação ao substantivo não altera o sentido da expressão. ( ) A oração “que desbravou os rincões brasileiros” pode ser substituída por “desbravador dos rincões brasileiros” sem perder sua função adjetiva. ( ) As aspas foram utilizadas no trecho “Morrer se preciso for; matar nunca” por se tratar de um dito popular. ( ) O pronome “que” é um elemento de coesão e pode ser substituído, sem alterar o sentido original, por “o qual”. ( ) No trecho “Morrer se preciso for; matar nunca”, o ponto e vírgula tem valor adversativo e pode ser substituído por “porém”.   Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.  

  7. 67

    UFSC 2013

    Texto 1  Old Greenwich, 3 de agosto de 1946. Clarice, Uma praia com areia preta. Um jardim todo torto, a grama cheia de folhas secas. Na frente o mar, com um homem barbado dando braçadas. A mulher de touca branca olha para trás dentro d’água, ri do barbado que deve ser seu marido, apesar da barba. A barba fica molhada, colada ao peito, escorrendo água. Na cabeça ele tem uma touca de meia de mulher. Estamos em 1912. No jardim tem uma árvore, debaixo da árvore tem uma mesa de vime, em cima da mesa uma máquina, em frente à mesa uma cadeira de vime e em cima da cadeira eu. Me sinto feito de vime também.[...] Abraço com muita amizade. Fernando   Texto 2 Berna, 14 de agosto de 1946. Fernando, A descrição de Old Greenwich começou muito bem, eu lendo apenas; depois fui entrando em 1912, e entrei em transe – fiquei passeando pela praia com um maillot até os tornozelos e com meu lanche numa cestinha; e depois, na hora do pôr do sol, botei meu chapéu de abas largas até os olhos, meu vestido comprido de linho bordado e me sentei num banco junto de um homem de bigode e chapéu de palha. Que maravilha se a gente pudesse mesmo usar o pó do pirlimpimpim. “Nandinho”, que carta boa a sua. [...] Um abraço, Clarice SABINO, Fernando. Cartas perto do coração – Fernando Sabino, Clarice Lispector. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 42; 52. [Adaptado]   Observe os seguintes trechos retirados dos textos 1 e 2.   I. “Que maravilha se a gente pudesse mesmo usar o pó do pirlimpimpim.” (texto 2) II. “No jardim tem uma árvore, debaixo da árvore tem uma mesa de vime [...]” (texto 1) III. [...] botei meu chapéu de abas largas até os olhos, meu vestido comprido de linho bordado [...]” (texto 2)   Assinale a alternativa CORRETA.

  8. 68

    UNIFESP 2015

    A palavra falada é um fenômeno natural; a palavra escrita é um fenômeno cultural. O homem natural pode viver perfeitamente sem ler nem escrever. Não o pode o homem a que chamamos civilizado: por isso, como disse, a palavra escrita é um fenômeno cultural, não da natureza mas da civilização, da qual a cultura é a essência e o esteio.   Pertencendo, pois, a mundos (mentais) essencialmente diferentes, os dois tipos de palavra obedecem for- çosamente a leis ou regras essencialmente diferentes. A palavra falada é um caso, por assim dizer, democrático. Ao falar, temos que obedecer à lei do maior número, sob pena de ou não sermos compreendidos ou sermos inutilmente ridículos. Se a maioria pronuncia mal uma palavra, temos que a pronunciar mal. Se a maioria usa de uma construção gramatical errada, da mesma construção teremos que usar. Se a maioria caiu em usar estrangeirismos ou outras irregularidades verbais, assim temos que fazer. Os termos ou expressões que na linguagem escrita são justos, e até obrigatórios, tornam-se em estupidez e pedantaria, se deles fazemos uso no trato verbal. Tornam- -se até em má-criação, pois o preceito fundamental da civilidade é que nos conformemos o mais possível com as maneiras, os hábitos, e a educação da pessoa com quem falamos, ainda que nisso faltemos às boas maneiras ou à etiqueta, que são a cultura exterior. (Fernando Pessoa. A língua portuguesa, 1999. Adaptado.)     De acordo com o autor, “ao falar, temos que obedecer à lei do maior número”. Atendendo a esse princípio, para o português oral contemporâneo, está adequado o enunciado:

  9. 69

    UPE 2014

    Mais de 21% dos jovens têm sintomas de depressão; 5% tentaram suicídio   Mais de 21% dos brasileiros de 14 a 25 anos têm sintomas indicativos de depressão. Entre as mulheres, a proporção é ainda maior e passa de 28%, segundo dados do 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), divulgado nesta quarta-feira (26) pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).   Os pesquisadores do Lenad avaliaram os indicadores do transtorno por meio de uma ferramenta de diagnóstico validada no país, a escala CES-D. Eles alertam, no entanto, que a diferença entre os gêneros pode se dar simplesmente porque as mulheres tendem a relatar mais seus sintomas e procurar ajuda.   Você está deprimido ou é só tristeza?   Confundir tristeza com depressão é muito comum e não traz graves consequências. O problema é quando a pessoa acha que está triste e, na verdade, está deprimida. Nesse caso, além de gerar sofrimento, a situação pode colocar a saúde em risco.    Suicídio   Na população de adolescentes e jovens adultos, quase 1 em cada dez já pensou, em algum momento, em tirar a própria vida – índice que foi semelhante entre os jovens dos dois sexos; 5% dos jovens declararam já terem feito alguma tentativa de suicídio.   A OMS prevê que até o ano de 2020 a depressão passe a ser a segunda maior causa de incapacidade e perda de qualidade de vida na população mundial.   “Este tipo de dado causa um pouco de espanto, pois, se pensarmos na faixa etária, diríamos que estão na chamada ‘flor da idade’. E, novamente, as meninas são a maioria. Porém, é bom lembrarmos que elas costumam relatar mais facilmente seus sentimentos e opiniões que os garotos”, salienta a psicóloga e doutora em psiquiatria Ilana Pinsky, uma das responsáveis pela pesquisa. Cármen Guaresemin. Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 18/07/2014. Adaptado.   Acerca de aspectos gramaticais do texto, analise as proposições a seguir.   I. No trecho: “5% dos jovens declararam já terem feito alguma tentativa de suicídio.”, o autor optou pela forma plural do verbo. Nesse caso, a forma singular estaria igualmente de acordo com a norma-padrão. II. No trecho: “Na população de adolescentes e jovens adultos, quase 1 em cada dez já pensou, em algum momento, em tirar a própria vida – índice que foi semelhante entre os jovens dos dois sexos.”, o travessão indica uma pausa breve e realça a informação que vem após ele. III. O segmento “tirar a própria vida” pode ser parafraseado por “dizer não à vida”. Nessa paráfrase, o sinal indicativo de crase é obrigatório. IV. Assim como “depressão”, também se grafam com “ss” palavras como “admirassão" e “excessão”.   Estão CORRETAS, apenas:

  10. 70

    UNIFESP 2016

    Leia o excerto da crônica “Mineirinho” de Clarice Lispector (1925-1977), publicada na revista Senhor em 1962, para responder.   É, suponho que é em mim, como um dos representantes de nós, que devo procurar por que está doendo a morte de um facínora1 . E por que é que mais me adianta contar os treze tiros que mataram Mineirinho2 do que os seus crimes. Perguntei a minha cozinheira o que pensava sobre o assunto. Vi no seu rosto a pequena convulsão de um conflito, o mal-estar de não entender o que se sente, o de precisar trair sensa- ções contraditórias por não saber como harmonizá-las. Fatos irredutíveis, mas revolta irredutível também, a violenta compaixão da revolta. Sentir-se dividido na própria perplexidade diante de não poder esquecer que Mineirinho era perigoso e já matara demais; e no entanto nós o queríamos vivo. A cozinheira se fechou um pouco, vendo-me talvez como a justiça que se vinga. Com alguma raiva de mim, que estava mexendo na sua alma, respondeu fria: “O que eu sinto não serve para se dizer. Quem não sabe que Mineirinho era criminoso? Mas tenho certeza de que ele se salvou e já entrou no céu”. Respondi-lhe que “mais do que muita gente que não matou”. (Clarice Lispector. Para não esquecer, 1999.)   1 facínora: diz-se de ou indivíduo que executa um crime com crueldade ou perversidade acentuada. 2 Mineirinho: apelido pelo qual era conhecido o criminoso carioca José Miranda Rosa. Acuado pela polícia, acabou crivado de balas e seu corpo foi encontrado à margem da Estrada Grajaú-Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.   Em “Perguntei a minha cozinheira o que pensava sobre o assunto” (1o parágrafo), o termo em destaque constitui

  11. 71

    ACAFE 2015

    Morte de bando desencadeia onda de ataques em SC  De dentro de presídios partiu o "salve" para dar início à onda de ataques que assusta Santa Catarina há mais de duas semanas. Entre as causas do levante está uma operação da Polícia Civil contra uma tentativa de assalto a um banco que terminou com cinco bandidos mortos, há mais de um mês. O Estado apurou que a polícia e o Ministério Público Estadual (MPE) investigam os ataques como uma retaliação ao crescimento do número de bandidos abatidos em confrontos. O caso registrado no dia 30 de agosto na cidade de Governador Celso Ramos seria um dos estopins para os atentados ordenados pelo Primeiro Grupo Catarinense (PGC). Na noite de 29 de agosto, por volta das 23 horas, policiais civis estavam a postos para enfrentar o bando, após rastrear por intercepções telefônicas e troca de mensagens por aplicativo de smartphone, que eles planejavam estourar caixas eletrônicos. Os policiais conseguiram abortar o crime às 3 horas, quando os criminosos foram acuados e mortos. Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 16 out. 2014 (fragmento adaptado).    Considerando o texto, assinale a alternativa correta.

  12. 72

    FGV-SP 2011

    Leia os textos. Nossa existência é sempre marcada por mudanças e pela transitoriedade, agora em ritmo _______________. (Planeta, julho de 2010. Adaptado.) A _________ de _____________ (em que pese o impacto positivo de algumas e o negativo de outras) pouco tem a ver com uma mudança estrutural no comportamento dos parlamentares: trata-se de _____________ pelo futuro bom desempenho nas eleições. (IstoÉ, 14.07.2010. Adaptado.) Considerando a norma-padrão da língua portuguesa, para preencher as lacunas, devem ser usados respectivamente os termos

  13. 73

    UNB 2015

    Por toda parte eu vou persuadindo todos, jovens e velhos, a não se preocuparem exclusivamente, nem tão ardentemente, com o corpo e com as riquezas, como devem se preocupar com a alma, para que ela seja quanto possível melhor. E vou dizendo que a virtude não nasce da riqueza, mas da virtude vêm, aos homens, as riquezas e todos os outros bens, tanto públicos como privados. Se, falando assim, eu corrompo os jovens, tais raciocínios são prejudiciais; mas se alguém disser que digo outras coisas que não essas, não diz a verdade. Platão. Apologia de Sócrates. Maria Lacerda de Souza (Trad.) (com adaptações).     Em relação ao texto, assinale a opção correta.

  14. 74

    UFSC

    Assinale a alternativa que apresenta erro quanto ao sentido dos homônimos abaixo:

  15. 75

    UFRGS 2007

    Nosso povo, diferentemente dos americanos do norte, não se identifica com a inconcebível abstração que é o Estado. O Estado é impessoal: nós só concebemos relações pessoais. Por isso para nós, roubar dinheiros públicos não é um crime. Somos indivíduos, não cidadãos.  (...) O que nos parece sinistro é o fato de vermos a nossa incapacidade para a cidadania guindada à condição de contrapartida de uma bela vocação individualista, de uma quase nobre rejeição dessa "inconcebível abstração" que é o Estado.   O emprego de inicial maiúscula na palavra Estado é determinado pelo significado da palavra no texto: Estado refere uma entidade jurídica soberana politicamente, equivalendo a Nação. Em outros sentidos, a palavra é grafada com inicial minúscula. Considerando esse preceito ortográfico, é coerente completar respectivamente as lacunas das frases com as palavras   1. Nosso presidente não está confundindo seu governo com o ........... . 2. Os .......... do sul concentram grande parte da riqueza do Brasil. 3. O ...............argentino tem história política semelhante à do Brasil. 4. Nosso .......... tem pouca representatividade no quadro político federal .

  16. 76

    MACKENZIE 2015

    Os bebês nascem com instintos que os ajudam a sintonizar rapidamente os ritmos da fala e a gramática. São muito sensíveis à direção do olhar de outra pessoa, que os ajuda a decifrar frases incompreensíveis, como “olha aquele cachorro engraçado”. Os bebês murmuram e balbuciam, ações que tornam as cordas vocais mais afinadas. Eles também viram a cabeça instintivamente por causa de um barulho e se extasiam com a voz da mãe ou do pai. O elo afetivo é muito importante para o seu desenvolvimento intuitivo e emocional. Embora a linguagem ainda não esteja conectada no seu cérebro, o bebê tem várias artimanhas genéticas que lhe permitem aprender desde o dia de seu nascimento. John McCrone     Assinale a alternativa correta.

  17. 77

    UPE 2012

    Filme “O Predador” inspira batismo de 17 espécies de aranhas no país   Marco Varella Colaboração para a Folha   A presença do caçador alienígena à espreita na floresta no filme "O Predador" parece longe da realidade. Mas pesquisadores do Instituto Butantan encontraram 17 novas espécies de caçadores como o Predador espalhados pelo que restou da nossa Mata Atlântica.   São todas aranhas caçadoras de insetos, pertencentes ao novo gênero Predatoroonops. Esse gênero foi descrito pelos cientistas neste ano e recebeu esse nome em homenagem aos 25 anos de "O Predador", do diretor John McTiernan.   Cada uma das 17 novas espécies recebeu um nome em homenagem a um personagem ou ator do filme: da Predatoroonops schwarzeneggeri à Predatoroonops chicano.   Já os caçadores de novas espécies de aranhas são liderados por Antonio Brescovit, aracnólogo do Laboratório Especial de Coleções Zoológicas que vem estudando regiões da Mata Atlântica por seis anos.   "Essa descoberta é fundamental para mapear a diversidade da fauna local e mundial, além do estudo dos venenos e da biologia dos animais", disse Brescovit em comunicado oficial. Com um investimento de mais de US$ 3 milhões, o projeto pretende descobrir, agora, todas as espécies de aranhas da família Oonopidae, à qual pertence o novo gênero.   Para Hilton Japyassú, aracnólogo do Instituto de Biologia da UFBA (Universidade Federal da Bahia), "trabalhos como este mostram o quanto ainda temos por descobrir. Vez por outra, alguém descreve um mamífero, ou uma ave nova, mas nossa maior riqueza, sem dúvida, vem dos invertebrados, fonte permanente de novos compostos orgânicos para explorações futuras".   CARA DE UM, FOCINHO DO OUTRO   As aranhas do novo gênero apresentam uma morfologia na parte da frente do corpo semelhante à cara do Predador, personagem do filme, daí a ideia de fazer a homenagem cinematográfica.   Elas têm suas quelíceras – primeiro par de apêndices perto da boca – com diversas articulações. Nos invertebrados, as quelíceras em geral servem para apanhar as presas e, nas aranhas, podem ser pontiagudas para injetar a peçonha, tóxica para a caça. Apenas os machos da espécie apresentam essa especialização e ainda não se sabe ao certo quais as suas funções. Os bichos medem apenas entre 1mm e 2mm.   O fato de estarem presentes apenas nos machos pode indicar serem fruto da seleção sexual, funcionando tanto como armas na competição com outros machos quanto como ornamentos, atraindo as fêmeas para a reprodução.   IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA   "Essas aranhas geralmente habitam a serrapilheira – aquela camada de folhas mortas que recobre o solo das florestas tropicais – e o conhecimento de sua diversidade e hábitos pode nos ajudar a entender os mecanismos biológicos associados aos processos de decomposição, um elo fundamental na manutenção de nossos ecossistemas", diz Hilton Japyassú. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. (Adaptado)   Quanto ao que prescreve a norma padrão do português, analise as proposições a seguir.   I. No trecho “Cada uma das 17 novas espécies recebeu um nome em homenagem a um personagem ou ator do filme”, o acento indicador de crase seria obrigatório se o segmento em destaque apresentasse substantivos no feminino, como em “à uma personagem ou atriz do filme”. II. No trecho “o projeto pretende descobrir, agora, todas as espécies de aranhas da família Oonopidae, à qual pertence o novo gênero”, se a expressão em destaque fosse substituída por “a que”, o acento indicador de crase não seria obrigatório. III. No trecho “Elas têm suas quelíceras – primeiro par de apêndices perto da boca – com diversas articulações”, os travessões poderiam ser substituídos por vírgulas ou parênteses, sem causar prejuízo ao sentido pretendido. IV. No trecho “o conhecimento de sua diversidade e hábitos pode nos ajudar a entender os mecanismos biológicos associados aos processos de decomposição”, a forma verbal em destaque poderia concordar com “diversidade e hábitos”, passando a ser flexionada no plural.   Estão CORRETAS, apenas,

  18. 78

    ENEM PPL 2009

    O falecimento de uma criança é um dia de festa. Ressoam as violas na cabana dos pobres pais, jubilosos entre as lágrimas; referve o samba turbulento; vibram nos ares, fortes, as coplas dos desafios, enquanto, a uma banda, entre duas velas de carnaúba, coroado de flores, o anjinho exposto espelha, no último sorriso paralisado, a felicidade suprema da volta para os céus, para a felicidade eterna — que é a preocupação dominadora daquelas almas ingênuas e primitivas. CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. Edição comemorativa do 90.º ano do lançamento. Rio de Janeiro: Ediouro, 1992, p. 78.   Nessa descrição de costume regional, é empregada 

  19. 79

    UNIFESP 2015

    A palavra falada é um fenômeno natural; a palavra escrita é um fenômeno cultural. O homem natural pode viver perfeitamente sem ler nem escrever. Não o pode o homem a que chamamos civilizado: por isso, como disse, a palavra escrita é um fenômeno cultural, não da natureza mas da civilização, da qual a cultura é a essência e o esteio.   Pertencendo, pois, a mundos (mentais) essencialmente diferentes, os dois tipos de palavra obedecem for- çosamente a leis ou regras essencialmente diferentes. A palavra falada é um caso, por assim dizer, democrático. Ao falar, temos que obedecer à lei do maior número, sob pena de ou não sermos compreendidos ou sermos inutilmente ridículos. Se a maioria pronuncia mal uma palavra, temos que a pronunciar mal. Se a maioria usa de uma construção gramatical errada, da mesma construção teremos que usar. Se a maioria caiu em usar estrangeirismos ou outras irregularidades verbais, assim temos que fazer. Os termos ou expressões que na linguagem escrita são justos, e até obrigatórios, tornam-se em estupidez e pedantaria, se deles fazemos uso no trato verbal. Tornam- -se até em má-criação, pois o preceito fundamental da civilidade é que nos conformemos o mais possível com as maneiras, os hábitos, e a educação da pessoa com quem falamos, ainda que nisso faltemos às boas maneiras ou à etiqueta, que são a cultura exterior. (Fernando Pessoa. A língua portuguesa, 1999. Adaptado.)     Assinale a alternativa cujo enunciado atende à norma-padrão da língua portuguesa.

  20. 80

    UFES 2009

    Texto I [...] − Não, não... Não pode bater em Mamãe, não pode...  Diante do pai, que se irava feito um fero, Miguilim não pôde falar nada, tremia e soluçava; e correu para a mãe, que estava ajoelhada encostada na mesa, as mãos tapando o rosto. Com ela se abraçou. Mas dali já o arrancava o pai, batendo nele, bramando. [...] Quando pôde respirar, estava posto sentado no tamborete, de castigo. [...] O Dito vinha, desfazendo de conta. Quando um estava de castigo, os outros não podiam falar com esse. Mas o Dito dizia tudo baixinho, e virado para outro lado, se alguém visse não podiam exemplar por isso, conversando com Miguilim até que ele não estava. − Vai chover. O vaqueiro Jê está dizendo que já vai dechover chuva brava, porque o tesoureiro, no curral, está dando cada avanço, em cima das mariposas!... [...] Miguilim não respondia. De castigo, não tinha ordem de dar resposta, só aos mais velhos. Sim sorria para o Dito, quando ele olhava – só o rabo-do-olho. O tesoureiro era um pássaro imponente de bonito, pedrês cor-de-cinza, bem as duas penas compridas da cauda, pássaro com mais rompante do que os outros. Gostava de estar vendo aquilo no curral.[...] ROSA, João Guimarães. “Campo geral”. In: ____ . Manuelzão e Miguilim. 11. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. p. 36 e 38.   Texto II POR UM LINDÉSIMO DE SEGUNDO             tudo em mim anda a mil             tudo assim tudo por um fio             tudo feito tudo estivesse no cio             tudo pisando macio tudo psiu             tudo em minha volta anda às tontas             como se as coisas fossem todas             afinal de contas LEMINSKI, Paulo. Distraídos venceremos. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 23.   Considerando que as obras literárias da atualidade se caracterizam pelo esforço de incorporação e de eventual estilização das regras linguísticas populares, observe a linguagem de Guimarães Rosa, no Texto I, e de Paulo Leminski, no Texto II, e julgue como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações:   I – Formas como "dali já arrancava o pai", "chuva brava" e "dando cada avanço" são exemplos de incorporações de regras linguísticas populares no texto de Guimarães Rosa.   II – O fragmento de “Campo geral” contém diversos exemplos de uso literário de expressões populares, como "tapando o rosto" (linha 5), "desfazendo de conta" (linha 9) e "só o rabo-do-olho" (linhas 20-21). III – O poema de Paulo Leminski não apresenta incorporação de formas populares; ao contrário, valoriza a chamada norma culta, por meio de expressões como "a mil" (verso 2); "por um fio" (verso 4), e "pisando macio" (verso 7). IV – O vocabulário utilizado por Paulo Leminski no poema acima pertence ao mesmo universo social do personagem Miguilim, no enredo de “Campo Geral”. V – O poema em duas estrofes, espacialmente assimétrico, explora uma instabilidade na relação entre um Eu e o Mundo, por meio de versos livres, aliterações em t e antítese entre “tudo” e “todas”.   A sequência CORRETA de respostas, de cima para baixo, é

  21. 81

    INSPER 2015

    Armadilhas vocabulares As palavras parônimas às vezes confundem até bons redatores. Isso embora a diferença entre elas em geral passe despercebida (não “desapercebida”) na fala, mesmo de pessoas de boa formação. Semelhantes na pronúncia e na grafia, mas com outro significado, costumam ser identificáveis por discretas diferenças que convêm apreender (não só “aprender”). Pois podem desfear (não “desfiar”) até o texto mais sofisticado. (Josué Machado, Revista Língua Portuguesa, n° 67)   Para explicar o que são parônimos, o autor fornece exemplos concretos, opondo termos semelhantes em diferentes contextos. Assim, conclui-se que o verbo “desfear” corresponde à acepção de 

  22. 82

    ACAFE 2014

    Assinale a frase que está formulada de acordo com as normas da língua portuguesa escrita padrão.

  23. 83

    UNESP 2013

    Um boliviano foi preso em São Paulo sob suspeita de matar a namorada de 17 anos, da mesma nacionalidade, e tentar contratar por R$ 50,00 um carroceiro para se livrar do corpo dela. A prisão ocorreu ontem no Bom Retiro, região central da cidade. De acordo com a Polícia Civil, ele acreditava que estava sendo traído pela adolescente. Segundo o boletim de ocorrência, o suspeito, Jesus Ramiro Quister, de 24 anos, chamou um carroceiro ao prédio onde morava com a justificativa de que ele levaria um sofá. No entanto, ao chegar ao local, o homem acabou descobrindo que, na verdade, o que seria transportado era o cadáver da adolescente Judith Karen Mendoza Alanoc. (O Estado de S.Paulo, 08.06.2012. Adaptado.) A variação da estrutura do trecho destacado não altera o sentido e está de acordo com a norma-padrão da língua em:  

  24. 84

    UFMG

    Assinale a alternativa em que o significado não corresponde à palavra dada:

  25. 85

    UEL 2014

    Depois entrou em casa: entrou e parece que não gostou ou não entendeu. Foi perguntando onde é que ficava o elevador. E sabendo que não havia elevador, indagou como é que se ia para cima. Nós explicamos que não havia lá em cima. Ele ficou completamente perplexo e quis saber onde é que o povo morava. E não acreditou direito quando lhe afirmamos que não havia mais povo, só nós. Calou-se, percorreu o resto da casa e as dependências, se aprovou, não disse. Mas, à porta da sala de jantar, inesperadamente, deu com o quintal. Perguntou se era o Russell. Perguntou se tinha escorrega, se tinha gangorra. Perguntou onde é que estavam 6 “os outros meninos”. Claro que achava singular e até meio suspeito aquela porção de terra e árvores sem 7 ninguém dentro.   Todas essas observações, fê-las ainda do degrau da sala. Afinal, estirou tentativamente a ponta do pé, tateou o chão, resolveu explorar aquela floresta virgem. Sacudia os galhos baixos das fruteiras, arrancava folhas que mastigava um pouco, depois cuspia. Rodeou o poço, devagarinho, sem saber o que havia por trás daquele muro redondo e branco, coberto de madeira. Enfim, chegou debaixo da goiabeira grande, onde se via uma goiaba madura, enorme. Declarou então que queria comer aquela pêra. Lembrei-me do Padre Cardim – não era o Padre Cardim? – que definia goiabas como “espécie de peros, pequenos no tamanho” –, onde se vê que os clássicos e as crianças acabam sempre se encontrando. Decerto porque uns e outros vão apanhar a verdade nas suas fontes naturais. (QUEIROZ, R. Conversa de menino. São Paulo: Global, 2004. p.114-115. (Coleção Melhores Crônicas).)     Com base no texto, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.   ( ) Em “Mas, à porta da sala de jantar, inesperadamente, deu com o quintal”, há uma expressão informal que revela o modo de o narrador adulto se distanciar da perspectiva do menino.   ( ) Em “Todas essas observações, fê-las ainda do degrau da sala”, há o emprego de linguagem formal exemplificada pelo uso da ênclise.   ( ) Em “Enfim, chegou debaixo da goiabeira grande, onde se via uma goiaba madura, enorme”, as perspectivas do narrador adulto e do menino aproximam-se por meio do uso do pronome “se”.   ( ) Em “Decerto porque uns e outros vão apanhar a verdade nas suas fontes naturais”, há a formulação de uma reflexão do narrador adulto motivada por observações do comportamento geral de crianças.   Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.

  26. 86

    MACKENZIE 2011

    Churrasco em enterro As festanças são atividades sociais importantes. Pessoas se juntam e preparam uma grande refeição para comemorar um evento. Pode ser um nascimento, um casamento, a vitória em uma batalha, o sucesso de uma caçada ou mesmo, em algumas culturas, a morte de um ente querido. Mas quando esse hábito surgiu entre os humanos? Até recentemente, a evidência mais antiga de grandes festas comunais datava do Neolítico, entre 11 mil e 8 mil anos atrás, depois do surgimento da agricultura e das primeiras cidades.   Agora, arqueólogos, escavando uma gruta em Israel, descobriram evidências de festanças que ocorreram há cerca de 12 mil anos. No fundo dessa caverna foram encontrados diversos buracos. Cada buraco estava coberto por um grande pedaço de pedra. Debaixo da pedra foram encontrados esqueletos humanos e muitos ossos de animais. Esses ossos apresentavam marcas indicando que a carne fora totalmente retirada e, além disso, tinham marcas de queimaduras. Os arqueólogos acreditam que provavelmente houve uma festança, na qual foi consumida uma grande quantidade de carne. Em seguida, os restos foram enterrados com o corpo da mulher. Tudo indica que o mais antigo churrasco descoberto até agora foi organizado como parte de um enterro. Adaptado de Fernando Reinach.   Considere as seguintes afirmações:   I. Predomina no texto o tempo verbal presente, uma vez que é necessária a presentificação das ações por meio de um relato  pessoal.  II. Há no texto emprego da língua formal padrão, adequada aos objetivos a que o autor se propõe. III. A linguagem apresenta conceitos de terminologia científica, que se articulam paradoxalmente à defesa de um ponto de vista.   A partir dessas afirmações, observa-se que 

  27. 87

    UFRGS 2015

    À porta do Grande Hotel, pelas duas da tarde, Chagas e Silva postava-se de palito à boca, como se tivesse descido do restaurante lá de cima. Poderia parecer, pela estampa, que somente ali se comesse bem em Porto Alegre. Longe disso! A Rua da Praia que o diga, ou melhor, que o dissesse. O faz de conta do inefável personagem ligava-se mais à importância, à moldura que aquele portal lhe conferia. Ele, que tanto marcou a rua, tinha franco acesso às poltronas do saguão em que se refestelavam os importantes. Andava dentro de um velho fraque, usava gravata, chapéu, bengala sob o braço, barba curta, polainas e uns olhinhos apertados na ........ bronzeada. O charuto apagado na boca,para durar bastante, era o toque final dessa composição de pardavasco vindo das Alagoas.    Chagas e Silva chegou a Porto Alegre em 1928. Fixou-se na Rua da Praia, que percorria com passos lentos, carregando um ar de indecifrável importância, tão ao jeito dos grandes de então. Os estudantes tomaram conta dele. Improvisaram comícios na praça, carregando-o nos braços e fazendo-o discursar. Dava discretas mordidas e consentia em que lhe pagassem o cafezinho. Mandava imprimir sonetos, que “trocava” por dinheiro.    Não era de meu propósito ocupar-me do “doutor” Chagas e, sim, de como se comia bem na Rua da Praia de antigamente. Mas ele como que me puxou pela manga e levou-me a visitar casas por onde sua imaginação de longe esvoaçava.   Porto Alegre, sortida por tradicionais armazéns de especialidades, dispunha da melhor matéria-prima para as casas de pasto. Essas casas punham ao alcance dos gourmets virtuosíssimos “secos e molhados” vindos de Portugal, da Itália, da França e da Alemanha. Daí um longo e ........ período de boa comida, para regalo dos homens de espírito e dos que eram mais estômago que outra coisa.    Na arte de comer bem, talvez a dificuldade fosse a da escolha. Para qualquer lado que o passante se virasse, encontraria salões ornamentados, ........ maiores ou menores, tabernas ou simples tascas. A Cidade divertiase também pela barriga. Adaptado de: RUSCHEL, Nilo. Rua da Praia. Porto Alegre: Editora da Cidade, 2009. p. 110-111.     Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas no texto.

  28. 88

    UFABC 2009

    A norma-padrão de concordância e regência e de emprego do sinal indicativo de crase está presente em:

  29. 89

    UFPR 2009

    Plantando combustível   É comum ouvir em qualquer faculdade de administração histórias sobre como as empresas de rádio deveriam ter dominado a indústria nascente da televisão, ou como empresas de carruagem deveriam ter dominado o mercado de trens e dos ônibus e assim por diante. Todos esses perderam o bonde da história porque não entendiam direito qual era seu papel, qual era seu negócio. Ninguém estava no mercado de transmissão de programas de rádio, estava no negócio do entretenimento. As pessoas não pagavam você para terem os melhores e mais rápidos cavalos, as carruagens mais confortáveis, pagavam para serem transportadas de um lugar para outro com eficiência. De tanto martelar esse tipo de história, parece que a ficha caiu para as grandes empresas petrolíferas. Elas sabem que não estão no ramo do petróleo, e sim, de energia. E se for energia limpa, renovável, que não agrida o meio ambiente, melhor ainda. Diante disso, pode-se concluir que aconteceu o fenômeno inverso. O que poderia ser uma vantagem competitiva para algumas empresas, deixa de sê-lo quando ...   Veja como o dicionário Aurélio apresenta o termo agredir: Agredir. [Do lat. aggredere.] V. t. d. 1. Atacar, assaltar, acometer. 2. Provocar, injuriar, insultar: Embriagado, agredia, inconveniente, os passantes. 3. Bater em, surrar, espancar. [Irreg. Muda o e do radical em i nas formas rizotônicas do pres. do ind., agrido, agrides, agride, agridem, e, portanto, em todo o pres. do subj. e nas formas do imperativo que deste derivam.] Quanto ao uso do verbo agredir no texto, se aceitamos a descrição do dicionário como a única válida para a língua padrão, é correto afirmar:  

  30. 90

    UPF 2012

    Reforma na corrupção Como previsto, já arrefece o mais recente debate sobre corrupção. Ainda se discute, sem muito entusiasmo, a absolvição de uma deputada que foi filmada recebendo um dinheirinho suspeito, mas isso aconteceu antes de ela ser deputada, de maneira que não vale. Além da forte tendência de os parlamentares não punirem os seus pares, havia o risco do precedente. Não somente o voto é indecentemente secreto nesses casos, como o precedente poderia expor os pescoços de vários outros deputados. O que o deputado faz enquanto não é deputado não tem importância, mesmo que ele seja tesoureiro dos ladrões de Ali Babá. Aliás, me antecipando um pouco ao que pretendo propor, me veio logo uma ideia prática para acertar de vez esse negócio de deputado cometendo crimes durante o exercício do mandato. Às vezes – e lembro que errar é humano – o sujeito comete esses crimezinhos distraído. Esquece, em perfeita boa-fé, que exerce um mandato parlamentar e aí perpetra a falcatrua. Fica muito chato para ele, se ele for flagrado, e seus atos podem sempre vir à tona, expostos pela imprensa impatriótica. Não é justo submeter o deputado a essa tensão permanente, afinal de contas, ele é gente como nós. Minha ideia, como, modéstia à parte, costumam ser as grandes ideias, é muito simples: os deputados usariam uniforme. Não daria muito trabalho contratar (com dispensa de licitação, dada a urgência do projeto), um estúdio de alta-costura francês ou italiano, ou ambos, para desenhar esse uniforme. Imagino que seriam mais de um: o de trabalho, usado só excepcionalmente, o de gala, o de visitar eleitores e assim por diante. Enquanto estiver de uniforme, o deputado é responsabilizado pelos seus atos ilícitos ou indecorosos. Mas, se estiver à paisana, não se encontra no exercício do mandato e, portanto, pode fazer o que quiser. (...) Mas isso é um mero detalhe, uma providência que melhor seria avaliada no conjunto de uma reforma séria, que levasse em conta nossas características culturais e nossas tradições. (...) O que cola mesmo aqui são os ensinamentos de líderes como o ex-presidente (gozado, o "ex" enganchou aqui no teclado, quase não sai), que, em várias ocasiões, torceu o nariz para denúncias de corrupção e disse que aqui era assim mesmo, sempre tinha sido feito assim e não ia mudar a troco de nada. E assumia posturas coerentes com esse ponto de vista. (...) Contudo, quando se descobre mais um caso de corrupção, a vida republicana fica bagunçada, as coisas não andam, perdese trabalho em investigações, gasta-se tempo prendendo e soltando gente e a imprensa, que só serve para atrapalhar, fica cobrando explicações, embora já saibamos que explicações serão: primeiro desmentidos e em seguida promessas de pronta e cabal investigação, com a consequente punição dos culpados. Não acontece nada e perdura essa situação monótona, que às vezes paralisa o País. A realidade se exibe diante de nós e não a vemos. Em lugar de querer suprimir nossas práticas seculares, que hoje tanto prosperam, por que não aproveitá-las em nosso favor? (...) O brasileiro preocupado com o assunto já pode sonhar com uma corrupção moderna, dinâmica e geradora de empregos e renda. E não pensem que esqueci as famosas classes menos favorecidas, como se dizia antigamente. O mínimo que antevejo é o programa Fraude Fácil, em que qualquer um poderá habilitar-se ao exercício da boa corrupção, em seu campo de ação favorito. Acho que dá certo, é só testar. E ficar de olho, para não deixar que algum corrupto corrupto passe a mão no fundo todo, assim também não vale. João Ubaldo Ribeiro, O Estado de São Paulo. Disponível em: http://www.estadao.com.br. Acesso em: 04 Set. 2011.   Examine as seguintes proposições relacionadas à pontuação do texto: I. Caso se retirasse o trecho “como, modéstia à parte, costumam ser as grandes ideias”, não se justificaria o uso da vírgula nesse período. II. A vírgula após as palavras “corrupção” e “monótona” é opcional. III. Caso se retirassem as vírgulas da expressão “que só serve para atrapalhar” não haveria substancial alteração de sentido. IV. A expressão “preocupado com o assunto”, caso estivesse entre vírgulas, modificaria substancialmente o sentido do termo “brasileiro”.   Assinale a alternativa que apresenta as proposições verdadeiras:

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