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  1. 1

    Em todas as orações abaixo, a palavra "se" aparece como pronome reflexivo, exceto em:

  2. 2

    Aponte a alternativa em que o se é índice de indeterminação do sujeito:

  3. 3

    Uma das alternativas apresenta o pronome reflexivo se:

  4. 4

    FAAP 1996

    SONETO DE SEPARAÇÃO De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente.          (Vinícius de Morais)   "E das bocas unidas fez-se a espuma". A partícula "se" é o:

  5. 5

    FAAP

    Assinale a frase na qual o SE não é pronome apassivador e nem índice de indeterminação do sujeito:

  6. 6

    MACKENZIE 1996

    "Na ata da reunião, registraram-se todas as opiniões dos presentes." Assinale a alternativa que apresenta corretamente a classificação da partícula SE, na frase acima.

  7. 7

    No período: "Não se fazem automóveis como antigamente", a palavra se é:

  8. 8

    Na frase: "Trabalhou-se com prazer", a palavra se é:

  9. 9

    Assinale a opção em que "se" funciona como índice de indeterminação do sujeito:

  10. 10

    UNIFESP 2003

    INSTRUÇÃO: A questão seguinte está relacionada ao seguinte anúncio de jornal: LOJA DE CALÇADOS FEMININO Vende-se 3 lojas bem montadas tradicionais, nos melhores Pontos da Cidade. Ótima Oportunidade! F: (__) xxx-xxxxxx (O Estado de S.Paulo, 15.08.2002) No corpo do anúncio, a expressão "Vende-se 3 lojas bem montadas"

  11. 11

    INSPER 2011

    TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Filme-enigma de Christopher Nolan gera discussões sobre significado e citações ocultas ou óbvias em sua trama onírica Certa vez o sábio taoísta Chuang Tzu sonhou que era uma borboleta. Ao acordar, entretanto, ele não sabia mais se era um homem que sonhara ser uma borboleta ou uma borboleta que agora sonhava ser um homem. Será que Dom Cobb está sonhando? Será que a vida real é esta mesma ou somos nós que sonhamos? Alguns podem ir ao cinema para assistir "A Origem", de Christopher Nolan ("Batman - O Cavaleiro das Trevas") e achar tão chato que vão sonhar de verdade, dormindo na fase de sono REM. Mas outros estão sonhando acordados. Em blogs, sites e grupos de discussão, os já fanáticos pelo filme de Nolan apontam referências (de mitologia grega), veem citações (de "Lost"), tecem teorias malucas e conspiratórias (o sonho dentro do sonho). Alguns acusam o diretor de copiar filmes os mais variados, de "Blade Runner" (1982) a "eXistenZ" (1999), de se inspirar em "2001 - Uma Odisseia no Espaço" (1968) e até de roubar a ideia de um quadrinho do Tio Patinhas de 2002. O fato é que Nolan acertou o alvo. E ele sabia do potencial "nerdístico" de seu filme. Tanto é que cogitou mudar a canção que toca no filme todo, "Non, Je Ne Regrette Rien", com Edith Piaf, porque uma das atrizes escaladas, Marion Cotillard, havia vivido a cantora francesa em um filme de 2007. (...) Além da música, uma boa diversão de "A Origem" é identificar os objetos impossíveis deixados por Nolan ao longo do filme. A escada de Penrose, criada pelo psiquiatra britânico Lionel Penrose, aparece diversas vezes na tela - e também inspirou o quadro que tenta explicar facetas do longa. Melhor ir ver o filme e não pensar em escadas... No que você está pensando agora? (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1908201010.htm)   Em “O fato é que Nolan acertou o alvo”, o “que” exerce a função de

  12. 12

    EPCAR (AFA) 2012

    Texto I O silêncio incomoda 1Como trabalho em casa, assisto a um grande número de jogos e programas esportivos, alguns porque gosto e outros para me manter atualizado, vejo ainda muitos noticiários gerais, filmes, programas culturais (são pouquíssimos) e também, por curiosidade, muitas coisas ruins. Estou viciado em televisão. Não suporto mais ver 25tantas tragédias, crimes, violências, falcatruas e tantas politicagens para a realização da Copa de 2014. Estou sem paciência 20para assistir a tantas partidas tumultuadas no Brasil, consequência do estilo de jogar, da tolerância com a violência e do ambiente bélico em 14que 9se transformou o futebol, dentro e fora do campo. Na transmissão das partidas, 30fala-se e grita-se demais. Não há um único instante de silêncio, nenhuma pausa. O barulho é cada dia maior no futebol, nas ruas, nos bares, nos restaurantes e em quase todos os ambientes. O silêncio incomoda as pessoas. É óbvio 15que informações e estatísticas são importantíssimas. Mas exageram. 2Fala-se 26muito, mesmo com a bola rolando. Impressiona-me 18como 10se formam conceitos, dão opiniões, baseados em estatísticas 13que têm pouca ou nenhuma importância. Na partida entre Escócia e Brasil, um repórter da TV Globo deu a 6“grande notícia”, 21que Neymar foi o primeiro jogador brasileiro a marcar dois gols contra a Escócia em uma mesma partida. 22Parece haver uma disputa para saber 19quem dá mais informações e estatísticas, e outra, entre os narradores, 3para saber quem grita gol mais 23alto e 24prolongado. 11Se dizem 16que a imagem vale mais que mil palavras, por que se fala e se grita tanto? 21Outra discussão 27chata, durante e após as partidas, é 8se um jogador teve a intenção de colocar a mão na bola e de fazer pênalti, e se outro teve a intenção de atingir o adversário. Com raríssimas exceções, 4ninguém é louco para fazer pênalti nem tão canalha para querer quebrar o outro jogador. 7O que ocorre, com frequência, é 5o jogador, no impulso, sem pensar, soltar o braço na cara do outro. O impulso está à frente da consciência. Não sou também tão ingênuo para achar 17que todas as faltas violentas são involuntárias. Não dá para o árbitro saber 12se a falta foi intencional ou não. Ele precisa julgar o fato, e não a intenção. Eles precisam ter também bom senso, o que é raro no ser humano, para saber a gravidade das faltas. 29Muitas parecem 28iguais, mas não são. Ter critério não é unificar as diferenças. (Tostão, Folha de S.Paulo, caderno D, “esporte”, p. 11, 10/04/2011.) Texto II O ídolo Em um belo dia, a deusa dos ventos beija o pé do homem, o maltratado, desprezado pé, e, desse beijo, nasce o ídolo do futebol. 7Nasce em berço de palha e barraco de lata e vem ao mundo abraçado a uma bola. 1Desde que aprende a andar, sabe jogar. Quando criança, alegra os descampados e os baldios, joga e joga e joga nos ermos dos subúrbios até que a noite cai e ninguém mais consegue ver a bola, e, quando jovem, voa e faz voar nos estádios. Suas artes de malabarista convocam multidões, domingo após domingo, de vitória em vitória, de ovação em ovação. 4A bola 13o procura, 14o reconhece, precisa dele. No peito de 18seu pé, ela descansa e se embala. 6Ele 19lhe dá brilho e 20a faz falar, e neste diálogo entre os dois, milhões de mudos conversam. 11Os Zé Ninguém, os condenados a serem para sempre ninguém, podem sentir-se alguém por um momento, por obra e graça desses passes devolvidos num toque, 16essas fintas que desenham os zês na grama, 17esses golaços de calcanhar ou de bicicleta: quando ele joga o time tem doze jogadores. — Doze? Tem quinze! Vinte! 10A bola ri, radiante, no ar. Ele a amortece, a adormece, diz galanteios, dança com ela, e vendo essas coisas nunca vistas, seus adoradores sentem piedade por seus netos ainda não nascidos, que não estão vendo 15o que acontece. 22Mas o ídolo é ídolo apenas por um momento, humana eternidade, coisa de nada; e quando chega a hora do azar para o pé de ouro, a estrela conclui sua viagem do resplendor à escuridão. 3Esse corpo está com mais remendos que roupa de palhaço, o acrobata virou paralítico, o artista é uma besta: — Com a ferradura, não! 8A fonte da felicidade pública se transforma no 12para-raios do rancor público: — Múmia! Às vezes, o ídolo não cai inteiro. 5E, às vezes, 2quando 9se quebra, a multidão 21o devora aos pedaços. (Eduardo Galeano. Futebol, ao sol e à sombra.)   Texto III Sermão da Planície (para não ser escutado)   Bem-aventurados os que não entendem nem aspiram a entender de futebol, pois deles é o reino da tranquilidade. Bem-aventurados os que, por entenderem de futebol, não se expõem ao risco de assistir às partidas, pois não voltam com decepção ou enfarte. (...) Bem-aventurados os que não escalam, pois não terão suas mães agravadas, seu sexo contestado e 3sua integridade física ameaçada, ao saírem do estádio. 4Bem-aventurados os que não são escalados, pois escapam das vaias, projéteis, contusões, fraturas, e mesmo da 5glória precária de um dia. 2Bem-aventurados os que não são cronistas esportivos, pois não carecem de explicar o inexplicável e racionalizar a loucura. (...) Bem-aventurados os surdos, pois não os atinge o estrondar das bombas da vitória, que fabricam os surdos, nem o 1matraquear dos locutores, carentes de exorcismo. (...) Bem-aventurados os que, depois de escutar esse sermão, aplicarem todo o ardor infantil no peito maduro para desejar a vitória do selecionado brasileiro nesta e em todas as futuras Copas do Mundo, como faz o velho sermoneiro desencantado, mas torcedor assim mesmo, pois para o diabo vá a razão quando o futebol invade o coração. (Carlos Drummond de Andrade. Jornal do Brasil, 18/06/1974.)   Assinale a alternativa na qual a palavra QUE tem a mesma classificação morfológica que a destacada em: “...baseados em estatísticas que têm pouca ou nenhuma importância.” (ref. 13, texto I)

  13. 13

    CESGRANRIO 1991

    TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: CINZAS DA INQUISIÇÃO 1          Até agora fingíamos que a Inquisição era um episódio da história europeia, que tendo durado do século XII ao século XIX, nada tinha a ver com o Brasil. No máximo, se prestássemos muita atenção, íamos ouvir falar de um certo Antônio José - o Judeu, um português de origem brasileira, que foi queimado porque andou escrevendo umas peças de teatro. 2          Mas não dá mais para escamotear. Acabou de se realizar um congresso que começou em Lisboa, continuou em São Paulo e Rio, reavaliando a Inquisição. O ideal seria que esse congresso tivesse se desdobrado por todas as capitais do país, por todas as cidades, que tivesse merecido mais atenção da televisão e tivesse sacudido a consciência dos brasileiros do Oiapoque ao Chuí, mostrando àqueles que não podem ler jornais nem frequentar as discussões universitárias o que foi um dos períodos mais tenebrosos da história do Ocidente. Mas mostrar isso, não por prazer sadomasoquista, e sim para reforçar os ideais de dignidade humana e melhorar a debilitada consciência histórica nacional. ....................................................................................... 3          Calar a história da Inquisição, como ainda querem alguns, em nada ajuda a história de instituições e países. Ao contrário, isto pode ser ainda um resquício inquisitorial. E no caso brasileiro essa reavaliação é inestimável, porque somos uma cultura que finge viver fora da história. 4          Por outro lado, estamos vivendo um momento privilegiado em termos de reconstrução da consciência histórica. Se neste ano (1987) foi possível passar a limpo a Inquisição, no ano que vem será necessário refazer a história do negro em nosso país, a propósito dos cem anos da libertação dos escravos. E no ano seguinte, 1989, deveríamos nos concentrar para rever a "república" decretada por Deodoro. Os próximos dois anos poderiam se converter em um intenso período de pesquisas, discussões e mapeamento de nossa silenciosa história. Universidades, fundações de pesquisa e os meios de comunicação deveriam se preparar para participar desse projeto arqueológico, convocando a todos: "Libertem de novo os escravos", "proclamem de novo a República". 5          Fazer história é fazer falar o passado e o presente criando ecos para o futuro. 6          História é o anti-silêncio. É o ruído emergente das lutas, angústias, sonhos, frustrações. Para o pesquisador, o silêncio da história oficial é um1 silêncio ensurdecedor. Quando penetra nos arquivos da consciência nacional, os dados e os feitos berram, clamam, gritam, sangram pelas prateleiras. Engana-se, portanto, quem julga que os arquivos são lugares apenas de poeira e mofo. Ali está pulsando algo. Como num vulcão aparentemente adormecido, ali algo quer emergir. E emerge. Cedo ou tarde. Não se destrói totalmente qualquer documentação. Sempre vai sobrar um herege que não foi queimado, um judeu que escapou ao campo de concentração, um dissidente que sobreviveu aos trabalhos forçados na Sibéria. De nada adiantou aquele imperador chinês ter queimado todos os livros e ter decretado que a história começasse com ele. 7          A história recomeça com cada um de nós, apesar dos reis e das inquisições. (Affonso R. de Sant'Anna. A RAIZ QUADRADA DO ABSURDO. Rio de Janeiro, Rocco, 1989, p. 196-198.) "O ideal seria QUE esse congresso tivesse se desdobrado por todas as capitais do país, por todas as cidades, QUE tivesse merecido mais atenção da televisão e tivesse sacudido a consciência dos brasileiros do Oiapoque ao Chuí, mostrando àqueles QUE não podem ler jornais nem frequentar as discussões universitárias o que foi um dos períodos mais tenebrosos da história do Ocidente." Assinale a classificação CORRETA das palavras em destaque, respectivamente:

  14. 14

    Eis alguns fragmentos poéticos pertencentes a Manuel Bandeira. Analise-os tendo em vista a posição ocupada pelo pronome obIíquo "se": "Aqui dança-se, canta-se, fala-se E bebe-se incessantemente" (...)

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    UEA 2014

    TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Servidores da Funai morreram ao tentar contato com índios isolados na Amazônia A imensidão do Brasil revela que existem regiões que não foram desbravadas e que mantêm até hoje povos que habitavam o solo nacional, antes da chegada das caravelas de Pedro Álvares Cabral. 1Na Terra Indígena Vale do Javari, na fronteira do Brasil com o Peru e Colômbia, por exemplo, existem entre 2 mil e 3 mil índios que nunca tiveram contato com homens de outras etnias. O vale tem 8,5 milhões de hectares, sendo considerado o maior mosaico visual de referências indígenas isoladas do mundo. Nos últimos 15 anos, nove servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) morreram tentando contato com tribos isoladas na região. Atualmente, a luta que ocorre diariamente é para preservar o direito dos índios de permanecer no isolamento. A região tem mais de dez mil índios contatados e 16 referências de índios isolados, sendo nove confirmadas. Segundo o coordenador regional da Funai, Bruno Pereira, a política de acabar com os contatos com grupos isolados partiu da experiência de indigenistas, funaianos e sertanistas, que, ao longo de 120 anos de indigenismo de Estado, comprovaram que a aproximação era feita sem o cuidado devido e somente os índios se prejudicavam. O principal dano eram as doenças contagiosas, que quase levaram etnias à extinção, como aconteceu com os Matis, também chamados de Matsés, etnia reduzida a menos da metade, em apenas dois anos. O último grupo contatado foi da etnia Korubo, em 2003. Atualmente, o grupo de Korubos tem 29 índios. Conhecidos como caceteiros da Amazônia, eles mataram alguns madeireiros que invadiram a mata, em busca de madeira, e que queriam expulsar os índios do próprio território. Três índios Korubos morreram no confronto, o que fez com que eles se aproximassem de algumas comunidades na região de Atalaia do Norte, a 1.138 quilômetros de Manaus. A Funai foi acionada para tentar acabar com o confronto. (www.acritica.uol.com.br. Adaptado.) Uma das funções da partícula que é a de conjunção integrante, podendo, por exemplo, introduzir uma oração com valor de objeto direto. Das cinco ocorrências do que, no primeiro parágrafo, a única que tem essa característica é a do trecho

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    UFU 2007

        3A histórica falta de lucidez de sucessivos governos para solucionar os problemas sociais provoca hoje o fenômeno social da informalidade e do crime, e o comércio ostensivo de produtos piratas toma conta dos logradouros públicos.     A tolerância de parte da população - que consome, conscientemente, esses produtos ilegais - e dos governos - que, muitas vezes, cedem os espaços públicos, sob o argumento de que "a informalidade é a alternativa para o desemprego" - só estimula o aumento dessa atividade, dominada por organizações criminais de alcance internacional.     11O comércio ostensivo de produtos piratas e o consumo consciente de tais produtos são sinais de uma sociedade que já não se abala com a violação de normas.     Infelizmente, cada vez mais pessoas incluem na rotina diária a violação como forma de ter vantagens, o que constitui gravíssima questão cultural. Essa cultura que aceita e valoriza a transgressão - desde que ela traga vantagens - passa de uma geração para a outra, e, em cada nova geração, o problema se agrava, pois 10cada vez mais se perde o contato com um padrão ético que um dia existiu. 14E todos caminhamos na direção de uma sociedade transgressora, sem limites éticos e sem segurança jurídica.     8Por isso, a abordagem do Estado para o comércio informal de produtos piratas não pode envolver a tolerância ao crime. É exatamente o conjunto de todas as "pequenas tolerâncias" que nos leva a uma sociedade amedrontada pelos "grandes crimes".     Aceitar a pirataria sob a alegação de que ela pode ser a válvula de escape para o problema social do desemprego é um gravíssimo erro. 15Se não formos capazes de evitar as causas sociais da criminalidade, tolerar o crime porque atrás dele pode estar essa questão social é errar outra vez.     12O dinheiro que entra no comércio da pirataria - por exemplo, quando um pai, acompanhado de seu filho, compra um DVD infantil pirata de um camelô - circula pelos vasos comunicantes que interligam as diversas organizações criminais na clandestinidade e poderá se materializar na frente daquela criança, na forma de um traficante na porta da escola.     5Esse é o preço que se paga pela tolerância ao crime, disfarçado de solução informal para problemas sociais não resolvidos.     Sob o aspecto criminal, aceitar ou mesmo estimular que a polícia tolere o crime porque pode existir por trás dele a questão social é dar a ela um poder que, no futuro, poderá voltar-se contra o próprio cidadão. A polícia deve agir dentro de um espaço discricionário perfeitamente delimitado pela lei, o que constitui, sobretudo, uma garantia para a sociedade.     6Essa obrigação não se limita à polícia, mas se estende às administrações municipais, já que o ato de comércio deve ser regulado e fiscalizado pelas prefeituras, que têm o poder-dever de agir quando a atividade de comércio é exercitada irregularmente, como na venda de produtos piratas.     Sob o aspecto econômico, 1a informalidade é uma das causas do baixo crescimento do país. Se eliminássemos a informalidade, nossa economia cresceria mais 2,5 pontos percentuais por ano, segundo a consultoria McKinsey.     9A informalidade e a pirataria espantam os investimentos externos produtivos, geradores de desenvolvimento. 4Um país com elevados índices de informalidade e de desrespeito à propriedade intelectual é visto como uma mesa de jogo de azar, só atraindo o investimento especulativo.     16E não podemos jamais esquecer que, se de um lado existem pessoas que optaram por violar a lei, comercializando produtos piratas, de outro lado existem muitos cidadãos honestos que são duplamente virtuosos: pois são honestos e porque, todo dia, optam por continuar honestos, a despeito da concorrência criminosa e desleal da pirataria. E esses cidadãos merecem a proteção do Estado, como ponto de partida para a criação de uma sociedade próspera e justa.     13Mas o combate à pirataria também é um ato de proteção voltado aos "camelôs" envolvidos no comércio de produtos piratas nas ruas das cidades, pois eles são "escravos" da organização criminal da pirataria.     7Por tudo isso, 2combater a informalidade e a pirataria é, sobretudo, recuperar os valores éticos nas relações sociais, ponto de partida para a criação de uma sociedade próspera e justa. Carlos Alberto de Camargo. Folha de S. Paulo, 7 de novembro de 2006. Assinale a ÚNICA alternativa em que o termo em destaque constitui marca de indeterminação do agente.

  17. 17

    Em qual das frases abaixo a função da palavra "se" é de pronome reflexivo?

  18. 18

    FUVEST 1992

    "É da história do mundo que (1) as elites nunca introduziram mudanças que (2) favorecessem a sociedade como um todo. Estaríamos nos enganando se achássemos que (3) estas lideranças empresariais teriam motivação para fazer a distribuição de rendas que (4) uma nação equilibrada precisa ter." O vocábulo que está numerado em suas quatro ocorrências, nas quais se classifica como conjunção integrante e como pronome relativo. Assinalar a alternativa que registra a classificação correta em cada caso, pela ordem:

  19. 19

    ENEM 1999

    Observando as falas das personagens, analise o emprego do pronome se e o sentido que adquire no contexto. No contexto da narrativa, é correto afirmar que o pronome se,

  20. 20

    UFU 2011

        5Com o advento da internet, criam-se novos mecanismos para quem busca ser uma celebridade ou tornar-se, pelo menos, conhecido. Um exemplo disso é a utilização das redes sociais – o Facebook, Twitter e o Orkut, entre outros – pelos aspirantes a famosos, que desejam alcançar os seus quinze minutos de fama – previstos por Andy Warhol em 1960 –, por meio da utilização dessas ferramentas. 12Essas redes, que surgiram prioritariamente como um agente para a integração social, criam um ambiente propício para o exibicionismo e o voyerismo (prática que consiste no prazer a partir da observação de outras pessoas), onde ser contemplado é o que importa.     Sobre essa prática, Paula Sibília, professora do Instituto de Artes e Comunicação Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), comenta que a rede tem proporcionado uma espécie de democratização na busca pelo estrelato. 9“A internet oferece um outdoor com espaço para todos: nessas vitrines mais populares, qualquer um pode ser visto como tem direito. As opções são inumeráveis e não cessam de se multiplicar: blogs, fotologs, Orkut, Facebook, MySpace, Twitter, Youtube e um longo etcétera”.     O temor da chamada “invasão de privacidade”, segundo a professora, dá espaço para o quase oposto: o aparecer, ser visto, contemplado e admirado. Para ela, o exibicionismo na rede ocorre a partir da necessidade que as pessoas têm de serem vistas, e como uma forma de confirmação de que existem e estão vivas. 8As pessoas mostram-se como um personagem, saciando a voracidade e a curiosidade de outras. “Tudo aquilo que antes concernia à pudica intimidade pessoal tem se ‘evadido’ do antigo espaço privado, transbordando seus limites, para invadir aquela esfera que antes se considerava pública. 6O que se busca nessa exposição voluntária, que anseia alcançar as telas globais, é se mostrar, justamente: constituir-se como um personagem visível. 2Por sua vez, essa nova legião de exibicionistas satisfaz outra vontade geral do público contemporâneo: o desejo de espionar e consumir vidas alheias”.     10Cláudia da Silva Pereira, professora do Centro de Ciências Sociais, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, também acredita que 7na internet se cria um espaço para que as pessoas vivam outros personagens e consigam, deste modo, uma espécie de autorrealização pessoal. 17“Podemos ser ali o que desejarmos, construindo perfis de acordo com o que projetamos ser o ideal. Ou não. 3Afinal, a internet abre ainda mais espaço para condutas sociais desviantes que raramente poderiam se concretizar na vida off-line. Aderir a comunidades politicamente incorretas, criar perfis falsos ou transitar por comunidades que consideramos ‘exóticas’ pode ser uma ótima maneira de buscar a experimentação e, consequentemente, a realização, da mesma forma”, conclui.     Sibília aponta ainda para a ruptura de um padrão de vida em que os muros já não protegem mais a privacidade individual. “Das webcams até os paparazzi, dos blogs e fotologs até YouTube e MySpace, das câmeras de vigilância até os reality shows e talk shows, a velha intimidade transformou-se em outra coisa. E agora está à vista de todos.16Ou, pelo menos é isso o que conseguem aqueles afortunados: os famosos”. 1Já Pereira lembra que a “espetacularização” do cotidiano atinge a todos, invariavelmente, ao utilizarem essas ferramentas sociais, levando a uma maior permissividade com relação ao que é restrito ou irrestrito, ao que é público e ao que é privado. “A própria ideia de fronteira é imprecisa em se tratando de internet. É evidente que existe a opção de se compartilhar ou não da intimidade na internet, 15existe até mesmo a opção de não participar de redes sociais on-line, mas esta já parece ser uma escolha que limita o trânsito em diversos espaços sociais. 11A superexposição nas redes sociais on-line tem seus reflexos na vida off-line, assim como a simples ausência”.     Outra rede social em que a exposição está presente e nem sempre de maneira benéfica é o Youtube. 13Inúmeros são os casos de pessoas que se tornam famosas por meio da utilização dessa ferramenta, sem se importarem em ser reconhecidos por postarem vídeos de gosto duvidoso ou grotesco, confirmando a obsessão de muitos na busca pela fama a qualquer custo. “Esses sujeitos têm fortalecido o hábito de serem reconhecidos pelo que fazem de transgressão e não por respeitarem a ordem social. Em toda prática de desvio de conduta, sempre podemos acreditar que o meio ou a ferramenta apenas facilitou o ato, que na verdade já havia no sujeito que o praticou uma predisposição para fazê-lo. Infelizmente, 14os valores de determinados grupos sociais são refletidos nessas práticas e as consequências podem ser a banalização desses atos, aumentando as probabilidades de legitimá-las”, lembra Khater. Para ela, as pessoas não devem permitir que o virtual se sobreponha ao real. “Nós, seres humanos, precisamos da realidade, pois somos seres eminentemente sociais. Quando o virtual se sobrepõe ao real, nos sentimos vazios, pois sabemos da nossa necessidade de real aprovação em nosso meio social”.     Ainda, na contramão dos que buscam o reconhecimento, muitos famosos e celebridades encontram nas redes sociais uma forma de se aproximar das pessoas comuns, do seu público, de seus fãs. Artistas, jornalistas, músicos e público interagem de uma maneira mais natural. “É praticamente imperativo que uma celebridade mantenha um perfil no Twitter ou no Facebook, caso contrário ela simplesmente não existe no ambiente on-line. Desta forma, o público se aproxima daqueles que o sociólogo e filósofo Edgar Morin um dia chamou de ‘olimpianos’, aqueles que se veem obrigados a descer de seus altares dos meios de comunicação de massa para interagir em 140 caracteres com as pessoas ‘comuns’. O fã torna-se íntimo do ídolo, o que retira dessa relação grande parte de sua magia”, defende Pereira.     Para Francisco Rudiger, docente do Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), as celebridades, ao migrarem para as redes sociais, têm seus carismas submetidos a testes cotidianos e banais. “As redes sociais abriram aos fãs a possibilidade de articular, mais ampla e cotidianamente, o culto de seus ídolos mas, por outro lado, atraíram estes últimos para um terreno onde sua capacidade de gerenciar a própria imagem e influência é muito mais fraca ou instável. As celebridades não podem ficar fora das redes, se quiserem continuar sendo celebridades, mas a redução da distância que assim se instala, converte-se em fonte de perigo para sua condição”, acredita.     Ferrari aponta para o fim do antigo esquema celebridade-mídia-público. 4Pois, agora, os fãs podem interagir diretamente com seus ídolos (e vice-versa), sem precisar de intermediário. “As mídias sociais tiraram os intermediários, ou seja, a grande mídia. Hoje uma celebridade interage diretamente com seus fãs pelo Twitter, Facebook, MySpace etc. O feedback é instantâneo”, conclui. Disponível em: . Acesso em: 12 de set. 2010. (Texto modificado) Assinale a ÚNICA alternativa que NÃO apresenta indeterminação do agente.

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    UFRN 2001

    1            Ouço muito: um bom texto deve ser claro e conciso.               Não há dúvida de que a clareza é a principal qualidade do texto. Ser conciso, entretanto, é uma luta muito árdua. 2            Ser conciso é dizer o necessário com o mínimo de palavras, sem prejudicar a clareza da frase. É ser objetivo e direto. 3            E aqui está a nossa dificuldade. Nós, brasileiros, estamos habituados a falar muito e dizer pouco, a escrever mais que o necessário, a discursar mais para impressionar do que comunicar. 4            Para muitos, esse hábito começa na escola. É só fazer uma "sessão nostalgia" e voltarmos aos bons tempos de colégio, às gloriosas aulas em que o professor anunciava: "Hoje é dia de redação." Você se lembra da "alegria" que contagiava a turma? Você se lembra de algum coleguinha que dizia estar "inspirado"? Você se lembra de algum tema para a redação que tenha deixado toda a turma satisfeita? A verdade é que não aceitávamos tema algum. Pedíamos outro tema. Se o professor apresentasse vários temas, pedíamos "tema livre". E se fosse tema livre, exigíamos um. Era uma insatisfação total. Depois de muita briga, o tema era "democraticamente imposto". E aí vinha aquela tradicional pergunta: "Quantas linhas?" A resposta era 1original: "No mínimo 25 linhas." Eu costumo dizer que 25 é um número traumático na vida do aluno. 2A partir daquele instante, começava um verdadeiro drama na sua vida: "Meu reino pela 25a linha." Valia tudo para se 3chegar lá. Desde as ridículas letras que "engordavam" repentinamente até a famosa "encheção de linguiça". 5            E aqui pode estar a origem de tudo. Nós nos habituamos a "encher linguiça". Pelo visto, há políticos que fizeram "pós-graduação" no assunto. São os mestres da prolixidade. Falam, falam e não dizem nada. Em algumas situações não têm o que dizer, às vezes não sabem explicar e muitas vezes precisam "enrolar". 6            O problema maior, entretanto, é que a doença atinge também outras categorias profissionais. 7            Vejamos três exemplos retirados de bons jornais:             1. "A largada será no Leme. A chegada acontecerá no mesmo local da partida."             Cá entre nós, bastava ter escrito: "A largada e a chegada serão no Leme."             2. "O procurador encaminhou ofício à área criminal da Procuradoria determinando que seja investigado..."             Sendo direto: "O procurador mandou investigar."             3. "A posição do Governo brasileiro é de que esgotem todas as possibilidades de negociação para que se alcance uma solução pacífica."             Enxugando a frase: "O Brasil é a favor de uma solução pacífica."             Exemplos não faltam, mas espaço sim. Por hoje é só. Prometo voltar ao assunto. (DUARTE, Sérgio Nogueira. O Caso. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 16 jan. 2000. cad. BRASIL, p. 14. [coluna LÍNGUA VIVA]) A palavra QUE exerce função sintática de sujeito em:

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    MACKENZIE 1996

    I - "O velho sorriu-SE, deixando apenas escapar em tom de dúvida um significativo - Qual..." II - "Nada (...) SE conseguiu com a receita; o mal continuou." III - "- Só lhe direi, respondeu a comadre depois de alguma hesitação, SE me prometerdes guardar todo o segredo, que o caso é muito sério." IV - "As três velhas conversaram por largo tempo, não porque muitas coisas SE tivessem a dizer..." Aponte a sequência correta quanto à classificação morfológica da palavra SE nessas frases de Manuel Antônio de Almeida.

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    ITA 1997

    TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: SOBRE ARTES E ARTISTAS "Uma coisa que realmente não existe é aquilo a que se dá o nome de Arte. Existem somente artistas. Outrora, eram homens que apanhavam terra colorida e modelavam toscamente as formas de um bisão na parede de uma caverna; hoje, alguns compram suas tintas e desenham cartazes para os tapumes; eles faziam e fazem muitas outras coisas. Não prejudica ninguém chamar a todas essas atividades arte, desde que conservemos em mente que tal palavra pode significar coisas muito diferentes, em tempos e lugares diferentes, e que Arte com A maiúsculo não existe. Na verdade, Arte com A maiúsculo passou a ser algo de um bicho-papão e de um fetiche. Podemos esmagar um artista dizendo-lhe que o que ele acaba de fazer pode ser muito bom no seu gênero, só que não é "Arte". E podemos desconcertar qualquer pessoa que esteja contemplando com prazer um quadro, declarando que aquilo de que ela gosta não é Arte, mas algo muito diferente. Na realidade, não penso que existam quaisquer razões erradas para se gostar de um quadro ou de uma escultura. Alguém pode gostar de uma paisagem porque ela lhe recorda seu berço natal, ou de um retrato porque lhe lembra um amigo. Nada há de errado nisso. (...) Somente quando alguma recordação irrelevante nos torna parciais e preconceituosos, quando instintivamente voltamos as costas a um quadro magnífico de uma cena alpina porque não gostamos de praticar alpinismo, é que devemos perscrutar o nosso íntimo para desvendar as razões da aversão que estraga um prazer que de outro modo poderíamos ter. Há razões erradas para não se gostar de uma obra de arte." E. H. Gombrich   Nas orações "e QUE Arte com A maiúsculo não existe" e "o QUE ele acaba de fazer...", as palavras em maiúsculo funcionam respectivamente como:

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    IFSUL 2011

    Será a felicidade necessária?     Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é pesada. Diante da pergunta “Você é feliz?”, dois fardos são lançados às costas do inquirido. O primeiro é procurar uma definição para felicidade, o que equivale a rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação de gozar de boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O segundo é examinar-se, em busca de uma resposta. 5Nesse processo, depara-se com armadilhas. 6Caso se tenha ganhado um aumento no emprego no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso se esteja com dor de dente, parecerá feio e perverso. Mas a dor de dente vai passar, assim como a euforia pelo aumento de salário, e se há algo imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, é o caráter de permanência. Uma resposta consequente exige colocar na balança a experiência passada, o estado presente e a expectativa futura. 11Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara.     Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência que se impôs ao 1influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente, que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. 7Se ainda for pouco, que atinja o 2enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para a pobre criança.     “É a felicidade necessária?” é a chamada de capa da última revista New Yorker (22 de março) para um artigo que, assinado por Elizabeth Kolbert, analisa livros recentes sobre o tema. No caso, a ênfase está nas pesquisas sobre felicidade (ou sobre “satisfação”, como mais modestamente às vezes são chamadas) e no impacto que exercem, ou deveriam exercer, nas políticas públicas. Um dos livros analisados, de autoria do ex-presidente de Harvard Derek Bok (The Politics of Happiness: What Government Can Learn from the New Research on Well-Being), constata que nos últimos 35 anos o PIB per capita dos americanos aumentou de 17000 dólares para 27000, o tamanho médio das casas cresceu 50% e as famílias que possuem computador saltaram de zero para 70% do total. No entanto, 8a porcentagem dos que se consideram felizes não se moveu. Conclusão do autor, de lógica 3irrefutável e alcance revolucionário: se o crescimento econômico não contribui para aumentar a felicidade, 10“por que trabalhar tanto, arriscando desastres ambientais, para continuar dobrando e redobrando o PIB?”.     Outro livro, de autoria de Carol Graham, da Universidade de Maryland (Happiness Around the World: The Paradox of Happy Peasants and Miserable Millionaires), informa que 9os nigerianos, com seus 1400 dólares de PIB per capita, 12atribuem-se grau de felicidade equivalente ao dos japoneses, com PIB per capita 25 vezes maior, e que os habitantes de Bangladesh se consideram duas vezes mais felizes que os da Rússia, quatro vezes mais ricos. Surpresa das surpresas, os afegãos atribuem-se bom nível de felicidade, e a felicidade é maior nas áreas dominadas pelo Talibã. Os dois livros vão na mesma direção das conclusões de um relatório, também citado no artigo da New Yorker, preparado para o governo francês por dois detentores do Nobel de Economia, Amartya Sem e Joseph Stiglitz. Como exemplo de que PIB e felicidade não caminham juntos, eles evocam os congestionamentos de trânsito, “que podem aumentar o PIB, em decorrência do aumento do uso da gasolina, mas não a qualidade de vida”.     Embora embaladas com números e linguagem científica, tais conclusões apenas repisariam o 4pedestre conceito de que dinheiro não traz felicidade, não fosse que ambicionam influir na formulação das políticas públicas. O propósito é convidar os governantes a afinar seu foco, 13se têm em vista o bem-estar dos governados (e podem eles ter em vista algo mais relevante?). Derek Bok, o autor do primeiro dos livros, aconselha ao governo americano programas como estender o alcance do seguro-desemprego (as pesquisas apontam a perda de emprego como mais causadora de infelicidade do que o divórcio), facilitar o acesso a medicamentos contra a dor e a tratamentos da depressão e 14proporcionar atividades esportivas para as crianças. Bok desce ao mesmo nível terra a terra da mãe que trocasse o grandioso desejo de felicidade pelo de uma boa faculdade e um bom salário para o filho. TOLEDO, Roberto Pompeu. Veja. Março de 2010. Em qual passagem abaixo, a partícula se desempenha a mesma função desempenhada em Nesse processo, depara-se com armadilhas (ref. 5)?

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    UFSM 2002

    TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: MARCELO BERABA Desejo de matar 1          RIO DE JANEIRO - A TV Globo estreou mais uma série importada que enaltece os 3grupos de 14extermínio. Esta agora chama-se "Angel" e conta a história de um vampiro bom que sai pela cidade eliminando vampiros maus. Para isso, o herói vampiro conta com a ajuda de três pessoas, uma delas 7delegada de polícia. 2          Parece que esta série é apenas um 9tapa-buraco na programação da emissora, que nem fez muito alarde com o filme. Mas não é a primeira vez que a TV explora o tema. Teve uma, "Justiça Cega", em que um juiz, inconformado com as amarras da lei, fazia justiça com as próprias mãos. 3          O justiceiro passava o dia de toga examinando processos e à noite montava numa moto e saía matando os 8bandidos que tinha sido obrigado a inocentar por falta de provas. 4          A mensagem desses filmes é sempre a mesma. Não é 13possível combater o 1crime com os instrumentos que a sociedade coloca à disposição da 2Justiça e das polícias. É preciso montar polícias e 11justiças paralelas, que usem as mesmas armas e recursos imorais dos criminosos. 5          "Angel" e seus vampiros permitem várias interpretações. Uma delas é simples: o combate ao crime já não é tarefa para homens comuns. Os criminosos estão cada vez mais sofisticados. São seres mutantes. 5Juízes e policiais comuns, por mais bem preparados que estejam, não dão conta do recado. 6          A série é 10lixo e não tem a menor importância. O problema é na vida real, quando as empresas acham normal buscar formas de convivência com o 4narcotráfico. Quando o Estado acha normal que o 6crime organizado monte banquinhas de apostas no meio das calçadas. E quando o 12sistema penitenciário ajuda a organização dos presos para evitar rebeliões. 7          Pensando bem, não 15há por que se espantar com "Angel" e similares se as deformações que procuram legitimar fazem parte do nosso cotidiano. (Folha de São Paulo, 9 de março de 2001.) Em qual das alternativas a seguir o pronome relativo "que", ao retomar a expressão anterior, NÃO desempenha o papel de sujeito?

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    Assinale a alternativa em que o pronome se está apassivando o verbo:

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    FAAP 1996

                OS DESASTRES DE SOFIA             Qualquer que tivesse sido o seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que sabíamos dele.             O professor era gordo, grande e silencioso, de ombros contraídos. Em vez de nó na garganta, tinha ombros contraídos. Usava paletó curto demais, óculos sem aro, com um fio de ouro encimando o nariz grosso e romano. E eu era atraída por ele. Não amor, mas atraída pelo seu silêncio e pela controlada impaciência que ele tinha em nos ensinar e que, ofendida, eu adivinhara. Passei a me comportar mal na sala. Falava muito alto, mexia com os colegas, interrompia a lição com piadinhas, até que ele dizia, vermelho:             - Cale-se ou expulso a senhora da sala.             Ferida, triunfante, eu respondia em desafio: pode me mandar! Ele não mandava, senão estaria me obedecendo. Mas eu o exasperava tanto que se tornara doloroso para mim ser objeto do ódio daquele homem que de certo modo eu amava. Não o amava como a mulher que eu seria um dia, amava-o como uma criança que tenta desastradamente proteger um adulto, com a cólera de quem ainda não foi covarde e vê um homem forte de ombros tão curvos. (...) Clarice Lispector "... homem QUE de certo modo eu amava". A palavra QUE exerce no texto a função sintática de:

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    FUVEST 1989

    17 DE JULHO 1            Um dia desta semana, farto de vendavais, naufrágios, boatos, mentiras, polêmicas, farto de ver como se descompõem os homens, acionistas e diretores, importadores e industriais, farto de mim, de ti, de todos, de um tumulto sem vida, de um silêncio sem quietação, peguei de uma página de anúncios, e disse comigo: 2             Eia, passemos em revista as procuras e ofertas, caixeiros desempregados, pianos, magnésias, sabonetes, oficiais de barbeiro, casas para alugar, amas-de-leite, cobradores, coqueluche, hipotecas, professores, tosses crônicas... 3            E o meu espírito, estendendo e juntando as mãos e os braços, como fazem os nadadores, que caem do alto, mergulhou por uma coluna a seguir. Quando voltou à tona trazia entre os dedos esta pérola: 4            "Uma viúva interessante, distinta, de boa família e independente de meios, deseja encontrar por esposo um homem de meia-idade, sério, instruído, e também com meios de vida, que esteja como ela cansado de viver só; resposta por carta ao escritório desta folha, com as iniciais M. R...., anunciando, a fim de ser procurada essa carta." 5            Gentil viúva, eu não sou o homem que procuras, mas desejava ver-te, ou, quando menos, possuir o teu retrato, porque tu não és qualquer pessoa, tu vales alguma cousa mais que o comum das mulheres. Ai de quem está só! dizem as sagradas letras; mas não foi a religião que te inspirou esse anúncio. Nem motivo teológico, nem metafísico. Positivo também não, porque o positivismo é infenso às segundas núpcias. Que foi então, senão a triste, longa e aborrecida experiência? Não queres amar; estás cansada de viver só. 6            E a cláusula de ser o esposo outro aborrecido, farto de solidão, mostra que tu não queres enganar, nem sacrificar ninguém. Ficam desde já excluídos os sonhadores, os que amem o mistério e procurem justamente esta ocasião de comprar um bilhete na loteria da vida. Que não pedes um diálogo de amor, é claro, desde que impões a cláusula da meia-idade, zona em que as paixões arrefecem, onde as flores vão perdendo a cor purpúrea e o viço eterno. Não há de ser um náufrago, à espera de uma tábua de salvação, pois que exiges que também possua. E há de ser instruído, para encher com as cousas do espírito as longas noites do coração, e contar (sem as mãos presas) a tomada de Constantinopla. 7            Viúva dos meus pecados, quem és tu que sabes tantos? O teu anúncio lembra a carta de certo capitão da guarda de Nero. Rico, interessante, aborrecido, como tu, escreveu um dia ao grave Sêneca, perguntando-lhe como se havia de curar do, tédio que sentia, e explicava-se por figura: "Não é a tempestade que me aflige, é o enjoo do mar. "Viúva minha, o que tu queres realmente, não é um marido, é um remédio contra o enjoo. Vês que a travessia ainda é longa, - porque a tua idade está entre trinta e dous e trinta e oito anos, - o mar é agitado, o navio joga muito; precisas de um preparado para matar esse mal cruel e indefinível. Não te contentas com o remédio de Sêneca, que era justamente a solidão, "a vida retirada, em que a alma acha todo o seu sossego". Tu já provaste esse preparado; não te fez nada. Tentas outro; mas queres menos um companheiro que uma companhia. (Machado de Assis, A Semana, 1892.)   "A cláusula mostra QUE tu não queres enganar." A classe gramatical da palavra QUE no trecho anterior é a mesma da palavra QUE na seguinte frase:

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    UECE 2008

    O BARBEIRO             Perto de casa havia um barbeiro, que me conhecia de vista, amava a rabeca e não tocava inteiramente mal. 10Na ocasião em que ia passando, 9executava não sei que peça. Parei na calçada a ouvi-lo (tudo 3são pretextos a um coração agoniado), ele viu-me, e continuou a tocar. Não atendeu a um freguês, e logo a outro, que ali foram, 7a despeito da hora e de ser domingo, confiar-lhe as caras à navalha. Perdeu-os sem perder uma nota; ia tocando para mim. Esta consideração fez-me chegar francamente à porta da loja, voltado para ele. Ao fundo, levantando a cortina de chita que fechava o interior da casa, 11vi apontar uma moça trigueira, vestido claro, flor no cabelo. Era a mulher dele; creio que me descobriu de dentro, e veio agradecer-me com a presença o favor que eu fazia ao marido. 6Se me não engano, chegou a dizê-lo com os olhos. Quanto ao marido, tocava agora com mais calor; sem ver a mulher, sem ver fregueses, grudava a face no instrumento, passava a alma ao arco, e tocava, tocava...             Divina arte! Ia-se formando um grupo, 4deixei a porta da loja e vim andando para casa; 2enfiei pelo corredor e subi as escadas sem estrépito. Nunca me esqueceu o caso deste barbeiro, ou por estar ligado a um momento grave de minha vida, ou por esta máxima, que os compiladores podiam tirar daqui e inserir nos compêndios da escola. A máxima é que 1a gente esquece devagar as boas ações que pratica, e verdadeiramente não as esquece nunca. Pobre barbeiro! Perdeu duas barbas naquela noite, que eram o pão do dia seguinte, tudo para ser ouvido de um transeunte. 12Supõe agora que este, em vez de ir-se embora, como eu fui, ficava à porta a ouvi-lo e namorar-lhe a mulher; então é que ele, todo arco, todo rabeca, tocaria desesperadamente. 5Divina arte! (ASSIS, Machado de. Dom Casmurro - obra completa - vol. I, Aguilar, 2ª ed. 1962.) Na passagem "... executava não sei que peça." (ref. 9), a palavra que tem função de:

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    ITA 1999

    O tempo do pescador é medido pelos ciclos da natureza, pelo decorrer dos dias e noites no ambiente marítimo e pelo comportamento das espécies. Na pesca tradicional os róis, sob a orientação dos capitães e mestres de pesca, dividem tarefas através do tempo de trabalho por eles estipulado. O senso de liberdade, 1tão caro aos homens do mar, está muito ligado à autonomia sobre o tempo, 2podendo-se mesmo dizer que decorre dela. Quando os pescadores são incorporados à pesca empresarial, a autoridade do mestre, que lhe é conferida pelo conhecimento que detém e pela tradição, 3vê-se substituída pelas ordens dos patrões e dissolvida pela interferência do pessoal de terra no trabalho dos embarcados. (Maldonado, S.C. PESCADORES DO MAR. São Paulo: Ática, 1986.) Assinale a opção que apresenta as respectivas funções da palavra "se" empregada em: ".....podendo-se mesmo dizer....."(ref.2) e ".....vê-se substituída....."(ref.3)?

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