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Quer colocar o estudo em prática? O Stoodi tem exercícios de Sintaxe: Sujeito e Predicado dos maiores vestibulares do Brasil.

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  1. 1

    FUVEST

    Assinale a alternativa em que há oração sem sujeito.

  2. 2

    PUC

    "O que há entre a vida e a morte?"

  3. 3

    FMU

    Na oração: "Mas uma diferença houve", o sujeito é:

  4. 4

    PUC

    O verbo ser, na oração: "Eram cinco horas da manhã...", é:

  5. 5

    MACKENZIE

    Assinale a alternativa em que "nada" funciona como sujeito.

  6. 6

    UNIRIO

    Em: "Na mocidade, muitas coisas lhe haviam acontecido", temos oração:

  7. 7

    UFMA

    Há sujeito indeterminado em:

  8. 8

    UEMA

    Em qual das alternativas existe oração sem sujeito?

  9. 9

    FESP

    Em "Retira-te, criatura ávida de vingança!", o sujeito é:

  10. 10

    FAAP

    "Triste ironia atroz que o senso humano irrita: Ele que doira a noite e ilumina a cidade... " O sujeito do verbo irritar é:

  11. 11

    EEAR 2022

    Há sujeito simples em qual alternativa?

  12. 12

    EFOMM 2021

    Um caso de burro (Machado de Assis)     Quinta-feira à tarde, pouco mais de três horas, vi uma coisa tão interessante, que determinei logo de começar por ela esta crônica. Agora, porém, no momento de pegar na pena, receio achar no leitor menor gosto que eu para um espetáculo, que lhe parecerá vulgar, e porventura torpe. Releve a importância; os gostos não são iguais.     Entre a grade do jardim da Praça Quinze de Novembro e o lugar onde era o antigo passadiço, ao pé dos trilhos de bondes, estava um burro deitado. O lugar não era próprio para remanso de burros, donde concluí que não estaria deitado, mas caído. Instantes depois, vimos (eu ia com um amigo), vimos o burro levantar a cabeça e meio corpo. Os ossos furavam-lhe a pele, os olhos meio mortos fechavam-se de quando em quando. O infeliz cabeceava, mais tão frouxamente, que parecia estar próximo do fim.     Diante do animal havia algum capim espalhado e uma lata com água. Logo, não foi abandonado inteiramente; alguma piedade houve no dono ou quem quer que seja que o deixou na praça, com essa última refeição à vista. Não foi pequena ação. Se o autor dela é homem que leia crônicas, e acaso ler esta, receba daqui um aperto de mão. O burro não comeu do capim, nem bebeu da água; estava já para outros capins e outras águas, em campos mais largos e eternos. Meia dúzia de curiosos tinha parado ao pé do animal. Um deles, menino de dez anos, empunhava uma vara, e se não sentia o desejo de dar com ela na anca do burro para espertá-lo, então eu não sei conhecer meninos, porque ele não estava do lado do pescoço, mas justamente do lado da anca. Diga-se a verdade; não o fez – ao menos enquanto ali estive, que foram poucos minutos. Esses poucos minutos, porém, valeram por uma hora ou duas. Se há justiça na Terra valerão por um século, tal foi a descoberta que me pareceu fazer, e aqui deixo recomendada aos estudiosos.     O que me pareceu, é que o burro fazia exame de consciência. Indiferente aos curiosos, como ao capim e à água, tinha no olhar a expressão dos meditativos. Era um trabalho interior e profundo. Este remoque popular: por pensar morreu um burro mostra que o fenômeno foi mal entendido dos que a princípio o viram; o pensamento não é a causa da morte, a morte é que o torna necessário. Quanto à matéria do pensamento, não há dúvidas que é o exame da consciência. Agora, qual foi o exame da consciência daquele burro, é o que presumo ter lido no escasso tempo que ali gastei. Sou outro Champollion, porventura maior; não decifrei palavras escritas, mas ideias íntimas de criatura que não podia exprimi-las verbalmente.     E diria o burro consigo:     “Por mais que vasculhe a consciência, não acho pecado que mereça remorso. Não furtei, não menti, não matei, não caluniei, não ofendi nenhuma pessoa. Em toda a minha vida, se dei três coices, foi o mais, isso mesmo antes haver aprendido maneiras de cidade e de saber o destino do verdadeiro burro, que é apanhar e calar. Quando ao zurro, usei dele como linguagem. Ultimamente é que percebi que me não entendiam, e continuei a zurrar por ser costume velho, não com ideia de agravar ninguém. Nunca dei com homem no chão. Quando passei do tílburi ao bonde, houve algumas vezes homem morto ou pisado na rua, mas a prova de que a culpa não era minha, é que nunca segui o cocheiro na fuga; deixava-me estar aguardando autoridade.”     “Passando à ordem mais elevada de ações, não acho em mim a menor lembrança de haver pensado sequer na perturbação da paz pública. Além de ser a minha índole contrária a arruaças, a própria reflexão me diz que, não havendo nenhuma revolução declarado os direitos do burro, tais direitos não existem. Nenhum golpe de estado foi dado em favor dele; nenhuma coroa os obrigou. Monarquia, democracia, oligarquia, nenhuma forma de governo, teve em conta os interesses da minha espécie. Qualquer que seja o regime, ronca o pau. O pau é a minha instituição um pouco temperada pela teima que é, em resumo, o meu único defeito. Quando não teimava, mordia o freio dando assim um bonito exemplo de submissão e conformidade. Nunca perguntei por sóis nem chuvas; bastava sentir o freguês no tílburi ou o apito do bonde, para sair logo. Até aqui os males que não fiz; vejamos os bens que pratiquei.”     “A mais de uma aventura amorosa terei servido, levando depressa o tílburi e o namorado à casa da namorada – ou simplesmente empacando em lugar onde o moço que ia ao bonde podia mirar a moça que estava na janela. Não poucos devedores terei conduzido para longe de um credor importuno. Ensinei filosofia a muita gente, esta filosofia que consiste na gravidade do porte e na quietação dos sentidos. Quando algum homem, desses que chamam patuscos, queria fazer rir os amigos, fui sempre em auxílio deles, deixando que me dessem tapas e punhadas na cara. Em fim…”     Não percebi o resto, e fui andando, não menos alvoroçado que pesaroso. Contente da descoberta, não podia furtar-me à tristeza de ver que um burro tão bom pensador ia morrer. A consideração, porém, de que todos os burros devem ter os mesmos dotes principais, fez-me ver que os que ficavam não seriam menos exemplares do que esse. Por que se não investigará mais profundamente o moral do burro? Da abelha já se escreveu que é superior ao homem, e da formiga também, coletivamente falando, isto é, que as suas instituições políticas são superiores às nossas, mais racionais. Por que não sucederá o mesmo ao burro, que é maior?     Sexta-feira, passando pela Praça Quinze de Novembro, achei o animal já morto.     Dois meninos, parados, contemplavam o cadáver, espetáculo repugnante; mas a infância, como a ciência, é curiosa sem asco. De tarde já não havia cadáver nem nada. Assim passam os trabalhos deste mundo. Sem exagerar o mérito do finado, força é dizer que, se ele não inventou a pólvora, também não inventou a dinamite. Já é alguma coisa neste final de século. Requiescat in pace.    Assinale a opção em que se encontra um predicado verbo-nominal.   

  13. 13

    UFAM 2009

    Assinale a opção verdadeira quanto ao sujeito da oração principal do seguinte período: “Há pessoas que a gente nunca esquece”.

  14. 14

    Espcex (Aman) 2015

    No trecho abaixo, a alternativa correta quanto ao sujeito da oração é:   “O por fazer é só com Deus.”

  15. 15

    EEAR 2019

    Marque a alternativa que apresenta classificação correta em relação ao tipo de sujeito.   

  16. 16

    Espcex (Aman) 2015

    No trecho abaixo, a alternativa correta quanto ao sujeito da oração é: “O por fazer é só com Deus.” 

  17. 17

    UFRGS

    1– Temos sorte de viver no Brasil – dizia meu pai, depois da guerra. – Na Europa 2mataram 3milhões de judeus. Contava as 4experiências que 5os médicos nazistas faziam com os prisioneiros. Decepavam-lhes as cabeças, faziam-nas encolher – à maneira, li depois, dos índios Jivaros. 6Amputavam pernas e braços. Realizavam estranhos transplantes: uniam a metade superior de um homem _____1_____ metade inferior de uma mulher, ou aos quartos traseiros de um bode. 7Felizmente 8morriam 9essas atrozes quimeras; 10expiravam como seres humanos, não eram obrigadas a viver como aberrações. (_____2_____ essa altura eu tinha os olhos cheios de lágrimas. Meu pai pensava 11que a descrição das maldades nazistas me deixava comovido.) 12Em 1948 13foi proclamado 14o Estado de Israel. Meu pai abriu uma garrafa de vinho – o melhor vinho do armazém –, brindamos ao acontecimento. E não saíamos de perto do rádio, acompanhando _____3_____ notícias da guerra no Oriente Médio. Meu pai estava entusiasmado com o novo Estado: em Israel, explicava, vivem judeus de todo o mundo, judeus brancos da Europa, judeus pretos da África, judeus da Índia, isto sem falar nos beduínos com seus camelos: tipos muito esquisitos, Guedali. Tipos esquisitos – aquilo me dava ideias. Por que não ir para Israel? 15Num país de gente tão estranha – e, 16ainda por cima, em guerra – eu certamente não chamaria a atenção. Ainda menos como combatente, entre a poeira e a fumaça dos incêndios. Eu me via correndo pelas ruelas de uma aldeia, empunhando um revólver trinta e oito, atirando sem cessar; eu me via caindo, 17varado de balas. 18Aquela, sim, era a 19morte que eu almejava, morte heroica, esplêndida justificativa para uma vida miserável, de monstro 20encurralado. E, caso não morresse, poderia viver depois num kibutz . Eu, que conhecia tão bem a vida numa fazenda, teria muito a fazer ali. Trabalhador dedicado, os membros do kibutz terminariam por me aceitar; numa nova sociedade há lugar para todos, mesmo os de patas de cavalo. Adaptado de: SCLIAR, M. O centauro no jardim. 9. ed. Porto Alegre: L&PM, 2001.  Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações a seguir, sobre os sujeitos de algumas formas verbais do texto. (     ) O sujeito da forma verbal mataram (ref.2) é milhões de judeus (ref. 3). (     ) O sujeito da forma verbal Amputavam (ref. 6) é os médicos nazistas (ref. 5). (     ) O sujeito da forma verbal morriam (ref. 8) é essas atrozes quimeras (ref. 9). (     ) O sujeito da locução verbal foi proclamado (ref. 13) é o Estado de Israel (ref. 14). A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é 

  18. 18

    UEMS 2006

    Livro Tropeçavas nos astros desastrada Quase não tínhamos livros em casa E a cidade não tinha livraria Mas os livros que em nossa vida entraram São como a radiação de um corpo negro Apontando para a expansão do Universo Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso (E, sem dúvida, sobretudo o verso) É o que pode lançar mundos no mundo. Tropeçavas nos astros desastrada Sem saber que a ventura e a desventura Dessa estrada que vai do nada ao nada São livros e o luar contra a cultura. [...] VELOSO, Caetano. As formas verbais "tropeçavas" (v. 1), "tínhamos" (v. 2), "vai" (v. 12) e "são" (v. 13) referem-se respectivamente a:  

  19. 19

    PUC-RS 2008

    1. Muitas vezes, passamos a utilizar expressões 2. sem ter certeza de seu significado. “Capital humano” 3. é uma delas. Afinal, o que significa isso? Será que 4. podemos mensurar o valor de um indivíduo? Colo- 5. car etiqueta de preço e transformá-lo em parte do 6. patrimônio empresarial? 7. Certamente tem gente que gostaria que assim 8. fosse. Contudo, essa atitude não só é insensata como 9. improdutiva. Apenas o desenvolvimento dos talentos 10. e habilidades de um indivíduo que atue com objeti- 11. vos claros e de forma voluntária e comprometida, a 12. partir de um trabalho integrado, pode gerar resulta- 13. dos de valor. Dulce Magalhães. In: Revista AMANHÃ, p.146 (fragmento) INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere o que está sendo solicitado e analise as afirmativas.   Sobre certas expressões utilizadas no texto, afirma-se: 1. “lo” (linha 05) retoma “preço” (linha 05). 2. “uma delas” (linha 03) relaciona “Capital humano” (linha 02) a “expressões” (linha 01). 3. “assim” (linha 07) refere-se aos questionamentos do parágrafo anterior. 4. “não só (...) como” (linha 08) desempenha o papel de nexo adversativo. 5. “um trabalho integrado” (linha 12) exerce a função de sujeito de “pode gerar” (linha 12). Todas e somente as afirmativas corretas estão reunidas em

  20. 20

    UEL 2010

    Marte é o Futuro O pouso na Lua não foi só o ápice da corrida espacial. Foi também o passo inicial do turbocapitalismo que dominaria as três décadas seguintes. Dependente, porém, de matérias-primas do século 19: aço, carvão, óleo. Lançar-se ao espaço implicava algum reconhecimento dos limites da Terra. Ela era azul, mas finita. Com o império da tecnociência, ascendeu também sua nêmese, o movimento ambiental. Fixar Marte como objetivo para dentro de 20 ou 30 anos, hoje, parece tão louco quanto chegar à Lua em dez, como determinou John F. Kennedy. Não há um imperialismo visionário como ele à vista, e isso é bom. A ISS (estação espacial internacional) representa a prova viva de que certas metas só podem ser alcançadas pela humanidade como um todo, não por nações forjadas no tempo das caravelas. Marte é o futuro da humanidade. Ele nos fornecerá a experiência vívida e a imagem perturbadora de um planeta devastado, inabitável. Destino certo da Terra em vários milhões de anos. Ou, mais provável, em poucas décadas, se prosseguir o saque a descoberto da energia fóssil pelo hipercapitalismo globalizado, inflando a bolha ambiental. Adaptado de: LEITE, M. Caderno Mais!. Folha de São Paulo. São Paulo, domingo, 26 jul. 2009. p. 3.   Quanto à predicação verbal, é possível inferir:  

  21. 21

    UFSC 2013

    Texto 1  Old Greenwich, 3 de agosto de 1946. Clarice, Uma praia com areia preta. Um jardim todo torto, a grama cheia de folhas secas. Na frente o mar, com um homem barbado dando braçadas. A mulher de touca branca olha para trás dentro d’água, ri do barbado que deve ser seu marido, apesar da barba. A barba fica molhada, colada ao peito, escorrendo água. Na cabeça ele tem uma touca de meia de mulher. Estamos em 1912. No jardim tem uma árvore, debaixo da árvore tem uma mesa de vime, em cima da mesa uma máquina, em frente à mesa uma cadeira de vime e em cima da cadeira eu. Me sinto feito de vime também.[...] Abraço com muita amizade. Fernando   Texto 2 Berna, 14 de agosto de 1946. Fernando, A descrição de Old Greenwich começou muito bem, eu lendo apenas; depois fui entrando em 1912, e entrei em transe – fiquei passeando pela praia com um maillot até os tornozelos e com meu lanche numa cestinha; e depois, na hora do pôr do sol, botei meu chapéu de abas largas até os olhos, meu vestido comprido de linho bordado e me sentei num banco junto de um homem de bigode e chapéu de palha. Que maravilha se a gente pudesse mesmo usar o pó do pirlimpimpim. “Nandinho”, que carta boa a sua. [...] Um abraço, Clarice SABINO, Fernando. Cartas perto do coração – Fernando Sabino, Clarice Lispector. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 42; 52. [Adaptado]   Observe os seguintes trechos retirados dos textos 1 e 2.   I. “Que maravilha se a gente pudesse mesmo usar o pó do pirlimpimpim.” (texto 2) II. “No jardim tem uma árvore, debaixo da árvore tem uma mesa de vime [...]” (texto 1) III. [...] botei meu chapéu de abas largas até os olhos, meu vestido comprido de linho bordado [...]” (texto 2)   Assinale a alternativa CORRETA.

  22. 22

    ACAFE 2015

    Morte de bando desencadeia onda de ataques em SC  De dentro de presídios partiu o "salve" para dar início à onda de ataques que assusta Santa Catarina há mais de duas semanas. Entre as causas do levante está uma operação da Polícia Civil contra uma tentativa de assalto a um banco que terminou com cinco bandidos mortos, há mais de um mês. O Estado apurou que a polícia e o Ministério Público Estadual (MPE) investigam os ataques como uma retaliação ao crescimento do número de bandidos abatidos em confrontos. O caso registrado no dia 30 de agosto na cidade de Governador Celso Ramos seria um dos estopins para os atentados ordenados pelo Primeiro Grupo Catarinense (PGC). Na noite de 29 de agosto, por volta das 23 horas, policiais civis estavam a postos para enfrentar o bando, após rastrear por intercepções telefônicas e troca de mensagens por aplicativo de smartphone, que eles planejavam estourar caixas eletrônicos. Os policiais conseguiram abortar o crime às 3 horas, quando os criminosos foram acuados e mortos. Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 16 out. 2014 (fragmento adaptado).    Considerando o texto, assinale a alternativa correta.

  23. 23

    UFV 1996

     "Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil."   As gramáticas diriam que esta flexão verbal está correta porque o sujeito é composto

  24. 24

    FGV-SP 2003

    O pronome você exerce a função de sujeito do verbo sublinhado em: 

  25. 25

    UFAM 2009

    Assinale a opção em que a oração não tem sujeito:

  26. 26

    UNCISAL 2016

    A cura pelo afeto   Ainda aluna de medicina, Nise da Silveira se horrorizou ao ver o professor abrir com um bisturi o corpo de uma jia e deixar à mostra, pulsando, seu pequenino coração. Saiu da sala para vomitar. Esse fato define a mulher que iria revolucionar o tratamento da esquizofrenia e pôr em questão alguns dogmas estéticos em vigor mesmo entre artistas antiacadêmicos e críticos de arte. A mesma sensibilidade à flor da pele que a fez deixar, horrorizada, a aula de anatomia a levou a se opor ao tratamento da esquizofrenia em voga na época em que se formou: o choque elétrico, o choque insulínico, o choque de colabiosol e, pior do que tudo, a lobotomia, que consistia em secionar uma parte do cérebro do paciente. Tomou-se de revolta contra tais procedimentos, negando-se a aplicá-los nos doentes a ela confiados. Foi então que o diretor do hospital, seu amigo, disse-lhe que não poderia mantê-la no emprego, a não ser em outra atividade que não envolvesse o tratamento médico. – Mas qual?, perguntou ela. – Na terapia ocupacional, respondeu-lhe o diretor. A terapia ocupacional, naquela época, consistia em pôr os internados para lavar os banheiros, varrer os quartos e arrumar as camas. Nise aceitou a proposta e, em pouco tempo, em lugar de faxina, os pacientes trabalhavam em ateliês improvisados pintando, desenhando, fazendo modelagem com argila e encadernando livros. Desses ateliês saíram alguns dos artistas mais criativos da arte brasileira, cujas obras passaram a constituir o hoje famosíssimo Museu de Imagens do Inconsciente do Centro Psiquiátrico Nacional, situado no Engenho de Dentro, no Rio. [...] GULLAR, Ferreira. Disponível em: . Acesso em: 23 out. 2015.     Dadas as afirmativas acerca da análise das relações dos vocábulos dentro de um mesmo campo semântico,   I. Na frase Saiu da sala para vomitar, há o apagamento do sujeito que poderá ser recuperado pelo contexto. Uma situação análoga ocorre em Tomou-se de revolta contra tais procedimentos....   II. Em ...na época em que se formou: o choque elétrico, o choque insulínico, o choque de colabiosol e, ..., explicita-se exemplo da reiteração de palavras pertencentes à mesma família lexical, um mecanismo de repetição lexical.   III. Os termos medicina e tratamento da esquizofrenia representam emprego de hiperonímia e hiponímia, uma vez que mantém uma relação semântica do tipo contém/está contido.   IV. Os vocábulos anatomia, esquizofrenia e lobotomia, citados no contexto referente, apresentam equivalência de significado, já que evitam repetições.      verifica-se que estão corretas apenas  

  27. 27

    UNIFESP 2013

    Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de telhado abaixo. Em um sarau todo o mundo tem que fazer. O diplomata ajusta, com um copo de champagne na mão, os mais intrincados negócios; todos murmuram, e não há quem deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes e das cantigas do seu tempo, e o moço goza todos os regalos da sua época; as moças são no sarau como as estrelas no céu; estão no seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina, eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos, por entre os quais surde, às vezes, um bravíssimo inopinado, que solta de lá da sala do jogo o parceiro que acaba de ganhar sua partida no écarté, mesmo na ocasião em que a moça se espicha completamente, desafinando um sustenido; daí a pouco vão outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala e marchando em seu passeio, mais a compasso que qualquer de nossos batalhões da Guarda Nacional, ao mesmo tempo que conversam sempre sobre objetos inocentes que movem olhaduras e risadinhas apreciáveis. Outras criticam de uma gorducha vovó, que ensaca nos bolsos meia bandeja de doces que veio para o chá, e que ela leva aos pequenos que, diz, lhe ficaram em casa. Ali vê-se um ataviado dandy que dirige mil finezas a uma senhora idosa, tendo os olhos pregados na sinhá, que senta-se ao lado. Finalmente, no sarau não é essencial ter cabeça nem boca, porque, para alguns é regra, durante ele, pensar pelos pés e falar pelos olhos.   E o mais é que nós estamos num sarau. Inúmeros batéis conduziram da corte para a ilha de... senhoras e senhores, recomendáveis por caráter e qualidades; alegre, numerosa e escolhida sociedade enche a grande casa, que brilha e mostra em toda a parte borbulhar o prazer e o bom gosto.   Entre todas essas elegantes e agradáveis moças, que com aturado empenho se esforçam para ver qual delas vence em graças, encantos e donaires, certo sobrepuja a travessa Moreninha, princesa daquela festa. (Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha, 1997.)     Assinale a alternativa em que a eliminação do pronome em destaque implica, contextualmente, mudança do sujeito do verbo.

  28. 28

    UEMS 2008

    Sugestão Antes que venham ventos e te levem do peito o amor — este tão belo amor, que deu grandeza e graça à tua vida —, faze dele, agora, enquanto é tempo, uma cidade eterna — e nela habita.   [...] É tempo. Faze tua cidade eterna, e nela habita: antes que venham ventos, e te levem do peito o amor — este tão belo amor que dá grandeza e graça à tua vida. MELLO, Thiago de. Vento geral. Poesia 1951/1981. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1984. Os termos negritados em “É tempo. Faze / tua cidade eterna, e nela habita: / antes que venham ventos, e te levem / do peito o amor — este tão belo amor / que dá grandeza e graça à tua vida.”, exercem, respectivamente, função sintática de

  29. 29

    UNESP 2015

    A questão a seguir toma por base uma modinha de Domingos Caldas Barbosa (1740-1800).   Protestos a Arminda      Conheço muitas pastoras Que beleza e graça têm, Mas é uma só que eu amo Só Arminda e mais ninguém.      Revolvam meu coração Procurem meu peito bem, Verão estar dentro dele Só Arminda e mais ninguém.      De tantas, quantas belezas Os meus ternos olhos veem, Nenhuma outra me agrada Só Arminda e mais ninguém.      Estes suspiros que eu solto Vão buscar meu doce bem, É causa dos meus suspiros Só Arminda e mais ninguém.   Os segredos de meu peito Guardá-los nele convém, Guardá-los aonde os veja Só Arminda e mais ninguém.      Não cuidem que a mim me importa Parecer às outras bem, Basta que de mim se agrade Só Arminda e mais ninguém.      Não me alegra, ou me desgosta Doutra o mimo, ou o desdém, Satisfaz-me e me contenta Só Arminda e mais ninguém.      Cantem os outros pastores Outras pastoras também, Que eu canto e cantarei sempre Só Arminda e mais ninguém. (Viola de Lereno, 1980.)     Assinale a alternativa que indica duas estrofes em que o termo “Arminda” surge como paciente da ação expressa pelo verbo da oração de que faz parte.

  30. 30

    FGV-SP 2011

    Eu lia o meu livrinho quando a sucessão de gritos – “ahhh”… “ehhh”… – picotou a noite de domingo. A impressão que tive foi de alguém sendo esfolado no andar de cima. Não fui o único a saltar da poltrona, assustado, tentando descobrir de onde vinha aquela esganiçada voz feminina: no meu prédio e no que fica ao lado, meia dúzia de pescoços se insinuaram na moldura das janelas enquanto o alarido – “ihhh”… “ohhh”… – prosseguia. Humberto Werneck. O espalhador de passarinhos. Observando o emprego do pronome relativo que, nas duas ocorrências grifadas no fragmento, verifica-se que

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