PUC-RS 2014

"A colonização do Peru ilustra seguramente a variedade de ritmos de aculturação num mesmo espaço cultural. Economicamente, o processo foi rápido: introduziu-se o cultivo de frutas e legumes europeus, a criação de aves e de gado (...). Por outro lado, todo o sistema de recrutamento de aldeãos, montado no lmpério Inca, foi canalizado para suprir o trabalho nas empresas coloniais, notadamente a produção mineratória. Apesar de tudo, o milho e a batata permaneceram como os alimentos essenciais das comunidades, e em pouco tempo foram difundidos entre os europeus. Socialmente, o processo foi lento e ambivalente: à progressiva 'hispanização' dos Kuracas [chefes tribais] (...) contrapôs-se a preservação, pela massa aldeã, dos costumes e normas do parentesco e da própria lingua quíchua ou aymara (...). Enfim, no terreno religioso, campo das mentalidades coletivas, a tendência foi no sentido da "inércia", ou seja, da manutenção, ainda que dissimulada e perseguida, dos cultos tradicionais -as wakas-, especialmente entre a população trabalhadora das aldeias".
(VAINFAS, Ronaldo. Economia e Sociedade na América Espanhola. Rio de Janeiro: Graal, 1984, p. 44)

A leitura do texto permite afirmar que o processo colonizatório espanhol, na região americana ali analisada, estabeleceu um espaço sócio-histórico no qual ocorreu

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