INSPER 2014

TEXTO I

Barreira da língua

Cenário: um posto de saúde no interior do Maranhão.
– Buenos dias, señor, o que siente? – pergunta o médico.
– Tô com dor no bucho, comi uma tapioca reimosa, me deu um empachamento danado. Minha cabeça ficou pinicando, deu até um farnizim no juízo.
– Butcho? Tapiôka? Empatchamiento? Pinicón? Farnew zeen???
O trecho acima é de uma piada que circula no Hospital das Clínicas de São Paulo sobre as dificuldades de comunicação que os médicos estrangeiros deverão
enfrentar nos rincões do Brasil. (...)

Claúdia Colucci, Folha de S. Paulo, 03 jul.2013.

 

TEXTO II

No texto “Barreira da língua”, a jornalista Cláudia Collucci reproduz uma piada ouvida no Hospital das Clínicas, em São Paulo, para criticar a iniciativa do governo de abrir a possibilidade de que médicos estrangeiros venham a trabalhar no Brasil. Faltou dizer duas obviedades ululantes para qualquer brasileiro:
1) A maioria dos ilustres médicos que trabalham no Hospital das Clínicas teria tantas  dificuldades quanto um estrangeiro para entender uma frase recheada de regionalismos completamente desconhecidos nas rodas das classes média e alta por onde circulam;
2) A quase totalidade deles não tem o menor interesse em mudar para uma comunidade carente, seja no interior do Maranhão, seja num vilarejo amazônico, e lá exercer sua
profissão. (...)

José Cláuver de Aguiar Júnior, “Painel do leitor”, Folha de S. Paulo, 04 jul. /2013.

 

De acordo com o Texto II, os regionalismos usados na piada transcrita no Texto I

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