Banco de Exercícios

Lista de exercícios

Quer colocar o estudo em prática? O Stoodi tem exercícios de Barroco dos maiores vestibulares do Brasil.

Estude Literatura com esses e mais de 30000 que caíram no ENEM, Fuvest, Unicamp, UFRJ, UNESP e muitos outros vestibulares!

Gerar PDF da Página

Conteúdo exclusivo para assinantes

Assine um de nossos planos para ter acessos exclusivos e continuar estudando em busca da sua aprovação.

Ver planos

  1. 91

    MACKENZIE 2011

    É a vaidade, Fábio, nesta vida, Rosa, que da manhã lisonjeada, Púrpuras mil, com ambição dourada, Airosa rompe, arrasta presumida. (Gregório de Matos)   Observação: 1. lisonjeada: envaidecida 2. airosa: elegante 3. presumida: convencida   Na estrofe, o poeta

  2. 92

    FEI 2016

    Leia os primeiros parágrafos do livro Terra sonâmbula, do escritor moçambicano Mia Couto: “Naquele lugar, a guerra tinha morto a estrada. Pelos caminhos só as hienas se arrastavam, focinhando entre cinzas e poeiras. A paisagem se mestiçara de tristezas nunca vistas, em cores que se pegavam à boca. Eram cores sujas, tão sujas que tinham perdido toda a leveza, esquecidas da ousadia de levantar asas pelo azul. Aqui, o céu se tornara impossível. E os viventes se acostumaram ao chão, em resignada aprendizagem da morte. A estrada que agora se abre a nossos olhos não se entrecruza com outra nenhuma. Está mais deitada que os séculos, suportando sozinha toda a distância. Pelas bermas apodrecem carros incendiados, restos de pilhagens. Na savana em volta, apenas os embondeiros contemplam o mundo a desflorir. Um velho e um miúdo vão seguindo pela estrada. Andam bambolentos como se caminhar fosse seu único serviço desde que nasceram. Vão para lá de nenhuma parte, dando o vindo por não ido, à espera do adiante. Fogem da guerra, dessa guerra que contaminara toda a sua terra. Vão na ilusão de, mais além, haver um refúgio tranquilo. Avançam descalços, suas vestes têm a mesma cor do caminho. O velho se chama Tuahir. É magro, parece ter perdido toda a substância. O jovem se chama Muidinga. Caminha à frente desde que saíra do campo de refugiados. Se nota nele um leve coxear, uma perna demorando mais que o passo. Vestígio da doença que, ainda há pouco, o arrastara quase até à morte. Quem o recolhera fora o velho Tuahir, quando todos outros o haviam abandonado. O menino estava já sem estado, os ranhos lhe saíam não do nariz mas de toda a cabeça. O velho teve que lhe ensinar todos os inícios: andar, falar, pensar. Muidinga se meninou outra vez. Esta segunda infância, porém, fora apressada pelos ditados da sobrevivência. Quando iniciaram a viagem já ele se acostumava de cantar, dando vaga a distraídas brincriações. No convívio com a solidão, porém, o canto acabou por migrar de si. Os dois caminheiros condiziam com a estrada, murchos e desesperançados” (COUTO, M. Terra Sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 09).  A linguagem, a estrutura e o conteúdo sugerem que se trata de um fragmento de um romance

  3. 93

    UNESPAR 2011

    A arte barroca desenvolveu-se no século XVII, originando-se na Itália e se expandindo rapidamente para outros países na Europa e, segundo Strickland (2004), ainda que o termo ‘barroco’ possa ser usado, às vezes, em sentido pejorativo, de excesso e ostentação, foi responsável em expandir o papel da arte para a vida cotidiana. Quais foram os artistas precursores deste movimento na Itália? Quais eram as principais características das obras? Assinale a alternativa correta.

  4. 94

    UFJF 2013

    Ao conde de Ericeyra D. Luiz de Menezes pedindo louvores ao poeta não lhe achando elle prestimo algum.   Um soneto começo em vosso gabo; Contemos esta regra por primeira, Já lá vão duas, e esta é a terceira, Já este quartetinho está no cabo.   Na quinta torce agora a porca o rabo: A sexta vá também desta maneira, na sétima entro já com grã canseira, E saio dos quartetos muito brabo.   Agora nos tercetos que direi? Direi, que vós, Senhor, a mim me honrais, Gabando-vos a vós, e eu fico um Rei.   Nesta vida um soneto já ditei, Se desta agora escapo, nunca mais; Louvado seja Deus, que o acabei MATOS, Gregório de. Obra poética / Edição James Amado. Rio de Janeiro: Record, 1999. p. 129-130.   Em algumas edições, a didascália (longo título em que se apresenta o contexto de produção do poema) deste soneto gregoriano apresenta a seguinte variação: “A certa personagem desvanecida”. A modificação deste elemento paratextual afeta qual aspecto da leitura poética satírica, em relação à primeira versão?  

  5. 95

    FUVEST 1993

     I. "Porque não merecia o que lograva,  Deixei, como ignorante, o bem que tinha,  Vim sem considerar aonde vinha,  Deixei sem atender o que deixava." II."Se a flauta mal cadente  Entoa agora o verso harmonioso,  Sabei, me comunica este saudoso  Influxo a dor veemente;  Não o gênio suave,  Que ouviste já no acento agudo e grave." III."Da delirante embriaguez de bardo  Sonhos em que afoguei o ardor da vida,  Ardente orvalho de febris pranteios,  Que lucro à alma descrida?"    Cada estrofe, a seu modo, trabalha o tema de um bem, de um amor almejado e passado ou perdido. Avaliando atentamente os recursos poéticos utilizados em cada uma delas podemos dizer que os movimentos literários a que pertencem I, II e III são respectivamente: 

  6. 96

    UFRGS 2016

    Leia as seguintes afirmações sobre o ''Sermão de Santo Antônio aos peixes", de Padre Antônio Vieira.   I - O Sermão apresenta a estratégia de se dirigir aos peixes, e não aos homens, estendendo o alcance crítico à conduta dos colonos maranhenses. II - O Sermão apresenta elogios aos grandes pregadores, através de passagens do Novo Testamento. III- A sardinha é eleita o símbolo do verdadeiro cristão, por ter sido o peixe multiplicado por Jesus.   Quais estão corretas?

  7. 97

    UFMA 2009

    Você que leu (in totum) o Sermão de Santo Antônio, agora, observe o trecho que se segue e opine:   Antes, porém, que vos vades, assim como ouvistes os vossos louvores, ouvi também agora as vossas repreensões. Servir-vos-ão de confusão, já que não seja de emenda.   A primeira coisa que me desedifica, peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas circunstância o faz ainda maior. Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário, era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande

  8. 98

    UEM 2014

    Observe as afirmações abaixo.   I - A Villa Rotonda, obra do arquiteto italiano Andrea Palladio, é um dos marcos iniciais da arte desse período. II -  De maneira geral, o termo “Barroco” significa absurdo ou grostesco, tendo, assim, inicialmente, uma conotação pejorativa. III -  O pintor francês Nicolas Poussin foi um dos representantes significativos da arte desse período. IV - Nos Países Baixos, muitos artistas abandonaram a prática da pintura por encomenda. Esses artistas, somente após o término de suas obras, saíam em busca de compradores para as mesmas. V - Os arquitetos italianos, nesse período, combatiam o uso de ornamentos e formas renascentistas, pois as consideravam ultrapassadas.    Sobre a arte do século XVII na Europa Ocidental, são corretas as afirmações: 

  9. 99

    UNB 2013

    Portugal, no século XVI, dispunha de uma produção literária de primeira grandeza, tendo como destaque o clássico Luís Vaz de Camões, o qual viria a influenciar a poesia épica brasileira tanto do início do Barroco como do Arcadismo.   Sobre isso, analise as afirmativas a seguir:   I. Não há relação formal entre a estrutura de Os Lusíadas, de Camões, e a Prosopopeia, de Bento Teixeira. Daí se deduzir que o poema brasileiro supera as qualidades estéticas do poema português.   II. O Uraguai, de Basílio da Gama, apresenta uma sequência própria da epopeia clássica, o que confirma a dependência temática que mantém com Os Lusíadas.   III. Caramuru, escrito por Santa Rita Durão, reflete nítida influência de Os Lusíadas; além disso, a história de amor de Moema com Diogo Álvares Correia culmina com a morte da personagem feminina.   IV. Lindoia e Moema são, respectivamente, personagens femininas dos poemas narrativos O Uraguai e Caramuru, poemas épicos árcades, que retomam acontecimentos da época da colonização portuguesa no Brasil.   V. Prosopopeia, de Bento Teixeira, é o marco do início do Barroco no Brasil. Nele o autor peca ao imitar Camões, dado que essa imitação não é característica de tal movimento literário.   Estão CORRETAS, apenas,

  10. 100

    MACKENZIE 2006

    Tanto de meu estado me acho incerto que em vivo ardor tremendo estou de frio; sem causa, juntamente choro e rio; o mundo todo abarco e nada aperto. [...] Se me pergunta alguém por que assim ando, respondo que não sei; porém suspeito que só porque vos vi, minha Senhora. Camões A respeito dos versos acima, podemos inferir que

  11. 101

    UFAL 2010

    Leia a estrofe abaixo:   “Estou, Senhor, da vossa mão tocado, e este toque em flagelo desmentido era à vossa justiça tão devido, quão merecido foi o meu pecado.” (Gregório de Matos)   Através dessa manifestação lírica do barroco, o autor

  12. 102

    UPE 2015

    No Arcadismo brasileiro, encontram-se textos épicos, líricos e satíricos. Com base nessa afirmação, leia os textos a seguir: TEXTO 6 Pastores, que levais ao monte o gado, Vede lá como andais por essa serra; Que para dar contágio a toda a terra, Basta ver-se o meu rosto magoado: Eu ando (vós me vedes) tão pesado; E a pastora infiel, que me faz guerra, É a mesma, que em seu semblante encerra A causa de um martírio tão cansado. Se a quereis conhecer, vinde comigo, Vereis a formosura, que eu adoro; Mas não; tanto não sou vosso inimigo: Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro; Que se seguir quiserdes, o que eu sigo, Chorareis, ó pastores, o que eu choro. Cláudio Manuel da Costa TEXTO 7 [...] Enquanto pasta alegre o manso gado, minha bela Marília, nos sentemos à sombra deste cedro levantado. Um pouco meditemos na regular beleza, que em tudo quanto vive nos descobre a sábia Natureza. [...] Tomás Antônio Gonzaga   TEXTO 8  [...] Amigo Doroteu, não sou tão néscio, Que os avisos de Jove não conheça. Pois não me deu a veia de poeta, Nem me trouxe, por mares empolados, A Chile, para que, gostoso e mole, Descanse o corpo na franjada rede. Nasceu o sábio Homero entre os antigos, Para o nome cantar, do grego Aquiles; Para cantar, também, ao pio Enéias, Teve o povo romano o seu Vergílio: Assim, para escrever os grandes feitos Que o nosso Fanfarrão obrou em Chile, Entendo, Doroteu, que a Providência Lançou, na culta Espanha, o teu Critilo. [...] Tomás Antônio Gonzaga - Cartas Chilenas Sobre eles, analise os itens seguintes: I. Os três poemas são árcades e nada têm que possamos considerá-los pertencentes a outro estilo de época, uma vez que seus autores só produziram poemas líricos e com características totalmente arcádicas. Além disso, todos eles trazem referências à mitologia clássica mediante o uso de termos tais como “monte”, “Natureza” e “Jove”, respectivamente, nos textos 6, 7 e 8. II. Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa são poetas árcades, embora o primeiro tenha se iniciado como barroco, daí os trechos dos dois poemas de sua autoria revelarem traços desse momento da Literatura. De outro modo, Cláudio Manuel da Costa, no poema de número seis, se apresenta pré-romântico, razão pela qual sua produção se encontra dividida em dois momentos literários. III. A referência a Critilo, autor textual do oitavo poema, sendo espanhol, é um dado falso que tem por finalidade ocultar a nacionalidade do autor mineiro e, ao mesmo tempo, corroborar a camuflagem da autoria, em decorrência do tom satírico e agressivo da epístola em versos. Contudo, o desejo de ocultação não foi alcançado, porque Tomás Antônio Gonzaga foi preso e deportado, por ter sido atribuída a ele a autoria das referidas Cartas. IV. O tema do amor se faz presente nos poemas 6 e 7. Ambos apresentam bucolismo, característica do Arcadismo, contudo existe algo que os diferencia: o pessimismo do eu poético no texto 6 e a reciprocidade do sentimento amoroso no 7.   V. O texto oito, apesar de satírico, nega, pelos aspectos temáticos e formais, qualquer característica do Arcadismo, pois o poeta se preocupa, de modo especial, com os acontecimentos históricos e se exime de preocupação estética, revelando desconhecimento da produção épica de poetas gregos e latinos. Está(ão) CORRETO(S), apenas, o(s) item(ns)

  13. 103

    UNICENTRO 2016

    Desenganos da vida humana, metaforicamente É a vaidade, Fábio, nesta vida, Rosa, que da manhã lisonjeada, Púrpuras mil, com ambição dourada, Airosa rompe, arrasta presumida. É planta, que de abril favorecida Por mares de soberba desatada, Florida galeota empavesada, Sulca ufana, navega destemida. É nau enfim, que em breve ligeireza, Com presunção de Fênix generosa, Galhardias apresta, alentos preza: Mas ser planta, ser rosa, nau vistosa De que importa, se aguarda sem defesa Penha a nau, ferro a planta, tarde a rosa? MATOS, Gregório. Disponível em: http://poesiascolecionadas.blogspot.com.br/. Acesso em: 21 set. 2016.   A característica marcante em todo poema e o recurso estético pertinente ao Barroco, na última estrofe, encontram-se, respectivamente, em

  14. 104

    UNIPAM 2015

    Diante de uma criança Como fazer feliz meu filho? Não há receitas para tal. Todo o saber, todo o meu brilho de vaidoso intelectual vacila ante a interrogação gravada em mim, impressa no ar. Bola, bombons, patinação talvez bastem para encantar? Imprevistas, fartas mesadas, louvores, prêmios, complacências, milhões de coisas desejadas, concedidas sem reticências? Liberdade alheia a limites, perdão de erros, sem julgamento, e dizer-lhe que estamos quites, conforme a lei do esquecimento? Submeter-se à sua vontade sem ponderar, sem discutir? Dar-lhe tudo aquilo que há de entontecer um grão-vizir? E se depois de tanto mimo que o atraia, ele se sente pobre, sem paz e sem arrimo, alma vazia, amargamente? Não é feliz. Mas que fazer para consolo desta criança? Como em seu íntimo acender uma fagulha de confiança? Eis que acode meu coração e oferece, como uma flor, a doçura desta lição: dar a meu filho meu amor. Pois o amor resgata a pobreza, vence o tédio, ilumina o dia e instaura em nossa natureza a imperecível alegria. ANDRADE, Carlos Drummond de. Farewell. Rio de Janeiro: Ed. Record, 1996. Julgue os itens a seguir como verdadeiros ou como falsos. I. O poema, embora pertença à escola modernista, apresenta duas características da escola romântica: o niilismo, registrado na sexta estrofe, e sublimação do amor, registrada na última. II. A oposição entre o mundo material e o espiritual, típica da escola barroca, registra-se no poema quando do questionamento do eu lírico acerca da possibilidade de o seu filho sentir-se sem paz, sem arrimo, com alma vazia e amarga. III. Os vários questionamentos feitos e as respectivas respostas revelam o despreparo do eu lírico para com a possibilidade de fazer uma criança feliz. IV. A progressão temática do poema sustenta-se no par pergunta/resposta por meio do qual se articula um ponto de vista subjetivo sobre os efeitos do amor na relação pai e filho.   É CORRETO o que se afirma em

  15. 105

    UFRGS 2014

    Leia o trecho do Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda, do Padre Antônio Vieira, e o soneto de Gregório de Matos Guerra a seguir. Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda Pede razão Jó a Deus, e tem muita razão de a pedir – responde por ele o mesmo santo que o arguiu – porque se é condição de Deus usar de misericórdia, e é grande e não vulgar a glória que adquire em perdoar pecados, que razão tem, ou pode dar bastante, de os não perdoar? O mesmo Jó tinha já declarado a força deste seu argumento nas palavras antecedentes, com energia para Deus muito forte: Peccavi, quid faciam tibi? Como se dissera: Se eu fiz, Senhor, como homem em pecar, que razão tendes vós para não fazer como Deus em me perdoar? Ainda disse e quis dizer mais: Peccavi, quid faciam tibi? Pequei, que mais vos posso fazer? E que fizestes vós, Jó, a Deus em pecar? Não lhe fiz pouco, porque lhe dei ocasião a me perdoar, e, perdoando-me, ganhar muita glória. Eu dever-lhe-ei a ele, como a causa, a graça que me fizer, e ele dever-me-á a mim, como a ocasião, a glória que alcançar.   A Jesus Cristo Nosso Senhor Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa piedade me despido; Porque, quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado.   Se basta a vos irar tanto um pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado.   Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na sacra história,   Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada: Cobrai-a, e não queirais, pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória.   Considere as seguintes afirmações sobre os dois textos. I - Tanto Padre Vieira quanto Gregório de Matos dirigem-se a Deus mediante a segunda pessoa do plural (vós, vos): Gregório argumenta que o Senhor está empenhado em perdoá-lo, enquanto Vieira dirige-se a Deus (E que fizestes vós...) para impedir que Jó seja perdoado. II - Padre Vieira vale-se das palavras e do exemplo de Jó, figura do Velho Testamento, para argumentar que o homem abusa da misericórdia divina ao pecar, e que Deus, de acordo com a ocasião e os argumentos fornecidos por Jó, inclina-se para o castigo no lugar do perdão. III- Tanto Padre Vieira como Gregório de Matos argumentam sobre a misericórdia e a glória divinas: assim como Jó, citado por Vieira, declara que Deus lhe deverá a glória por tê-lo perdoado; Gregório compara-se à ovelha desgarrada que, se não for recuperada, pode pôr a perder a glória de Deus. Quais estão corretas?

  16. 106

    MACKENZIE 2011

    Meu ser evaporei na lida insana Do tropel de paixões, que me arrastava: Ah! Cego eu cria, ah! Mísero eu sonhava Em mim quase imortal a essência humana Manuel Maria Barbosa du Bocage   Observação – lida: esforço, trabalho   Considerado o contexto de produção, os aspectos estilísticos presentes na estrofe:

  17. 107

    UNB 2013

    Sobre a produção dos principais ícones da estética barroca brasileira, analise os itens abaixo:   I. O Sermão da sexagésima, que é metalinguístico e um dos mais conhecidos de Vieira, apresenta, como tema, a própria arte de pregar. Como se pode notar no trecho: “[...] como os Apóstolos iam pregar a todas as nações do Mundo, muitas delas bárbaras e incultas, haviam de achar os homens degenerados em todas as espécies de criaturas: haviam de achar homens brutos, haviam de achar homens troncos, haviam de achar homens pedras [...]“. II. No trecho do Sermão do bom ladrão  ‐ “Alguns ministros de Sua Majestade não vêm cá buscar o nosso bem, mas cá vem buscar os nossos bens”, ‐ observa‐se que, na passagem “Vem cá versus cá vem o nosso bem versus os nossos bens”, a oposição singular versus plural é bastante significativa, pois assegura a distinção entre o concreto e o abstrato, o que também é reforçado pela polissemia do verbo “buscar”, equivalente a “promover”, no primeiro caso e a “apossar‐se”, no segundo.   III. O Sermão do bom ladrão, publicado em 1655, exemplo do estilo conceptista de Vieira, traz, em tom jocoso, referências universais e atemporais do ato de furtar, produzido por autoridades, como se vê em: “O ladrão que furta para comer, não vai nem leva ao inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são outros ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]”. IV. Marcada pelo dualismo da tendência barroca, quase sempre em estilo cultista, a poesia lírica amorosa de Gregório de Matos ora apresenta a mulher como um ser ideal, espiritualizado e de postura platônica, ora a apresenta de maneira erótica, como um elemento de desejos mundanos, como fica sugerido no trecho: “Mas vejo, que por bela, e por galharda / Posto que os Anjos nunca dão pesares, / Sois Anjo que me tenta, e não me guarda”. V. Em sua poesia satírica, Gregório de Matos, por respeito aos religiosos, deixou de retratá‐ los e censurou apenas as mais diversas figuras civis e militares do Brasil de então. Assim também o fez com as contradições do sistema colonial vigente no país. A exemplo do que se afirma nos versos “Triste Bahia! Ó quão dessemelhante /  Estás e estou do nosso antigo estado! / Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado, / Rica te vi eu já, tu a mi abundante”.   Estão CORRETOS, apenas,  

  18. 108

    UFJF 2013

    Ao conde de Ericeyra D. Luiz de Menezes pedindo louvores ao poeta não lhe achando elle prestimo algum.   Um soneto começo em vosso gabo; Contemos esta regra por primeira, Já lá vão duas, e esta é a terceira, Já este quartetinho está no cabo.   Na quinta torce agora a porca o rabo: A sexta vá também desta maneira, na sétima entro já com grã canseira, E saio dos quartetos muito brabo.   Agora nos tercetos que direi? Direi, que vós, Senhor, a mim me honrais, Gabando-vos a vós, e eu fico um Rei.   Nesta vida um soneto já ditei, Se desta agora escapo, nunca mais; Louvado seja Deus, que o acabei MATOS, Gregório de. Obra poética / Edição James Amado. Rio de Janeiro: Record, 1999. p. 129-130.   Neste soneto de Gregório de Matos Guerra, encontram-se algumas características da sátira. A alternativa que melhor exemplifica uma dessas características, presentes no soneto, é:  

  19. 109

    UFV 2011

    Sobre a produção escrita sem o predomínio da imaginação poética e ficcional no Brasil do século XVI, é CORRETO afirmar que:

  20. 110

    MACKENZIE 1997

    Põe-me onde se use toda a feridade, Entre leões e tigres, e verei Se neles achar posso a piedade Que entre peitos humanos não achei. Ali, co'o amor intrínseco e vontade Naquele por quem morro, criarei Estas relíquias suas, que aqui viste, Que refrigério sejam da mãe triste.   O trecho evidencia características:

Gerar PDF da Página

Conteúdo exclusivo para assinantes

Assine um de nossos planos para ter acessos exclusivos e continuar estudando em busca da sua aprovação.

Ver planos