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  1. 31

    FATEC 2012

    Em 2009, a Escola Estadual D. Pedro I, na aldeia Betânia, onde vivem cinco mil ticunas (estima-se que haja 32 mil ticunas vivendo no Alto Solimões, entre a Amazônia brasileira, a colombiana e a peruana), ficou na rabeira do Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio. O colégio, frequentado por 600 jovens representantes da etnia, ostentou o último lugar. “Há dois ou três anos, todos os professores eram de  fora da aldeia, A Organização Geral dos Professores Ticuna Bilíngues foi formando professores indígenas, e o quadro mudou. Nossa escola é muito boa. Tem um ponto de internet. Há dois anos, temos eletricidade. Nosso problema é a língua. Das regiões de Tefé a Tabatinga, predomina a etnia ticuna. Eu acho que justifica lutar por uma universidade ticuna”, diz Saturnino, um dos poucos fluentes em português na aldeia Betânia.   São índios. Mas não adoram o Sol, a Lua, as estrelas, os animais, as árvores. Praticam, sim, com afinco, a religião batista, imposta por um missionário americano, o pastor Eduardo – provavelmente, Edward – que passou por ali, pelo Alto Solimões, a região mais isolada da Amazônia, no amanhecer dos anos 60. São brasileiros, amazonenses, porém não assistem à novela das oito nem ouvem sertanejo universitário. Eles se ligam na TV colombiana e escutam música importada do país vizinho, que ecoa estrondosa dos casebres de madeira. O único sinal de que devem passear de vez em quando pela Globo é o penteado do Neymar enfeitando as cabeleiras escorridas e negras. Não falam português fluentemente. As crianças nem sequer entendem. A língua dos bate-papos animados é o ticuna. No entanto, são obrigados a aprender matemática, química, física, história, geografia etc. na língua-pátria. Uma situação insólita: na língua que não dominam, o português, os jovens precisam ler e escrever – e prestar exames. E, na língua que dominam, o ticuna, também encontram limitações na leitura e na escrita, por tratar-se de uma língua de tradição oral. Assim caminha a juventude ticuna: soterrada numa salada de identidades.   A informação – “São índios. Mas não adoram o Sol, a Lua, as estrelas, os animais, as árvores.” – é uma  negativa ao estereótipo indígena presente nas obras do Indianismo, primeira fase do período literário cuja  preocupação era a valorização das raízes históricas brasileiras e, por consequência, da soberania nacional.   Assinale a alternativa que nomeia esse período.  

  2. 32

    ENEM PPL 2010

    Texto I XLI Ouvia: Que não podia odiar E nem temer Porque tu eras eu. E como seria Odiar a mim mesma E a mim mesma temer.  HILST, H. Cantares. São Paulo: Globo, 2004 (fragmento).      Texto II Transforma-se o amador na cousa amada   Transforma-se o amador na cousa amada, por virtude do muito imaginar; não tenho, logo, mais que desejar, pois em mim tenho a parte desejada. Camões. Sonetos. Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br. Acesso em: 03 set. 2010 (fragmento).   Nesses fragmentos de poemas de Hilda Hilst e de Camões, a temática comum é 

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    UFJF 2016

    TEXTO I Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança: Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, Diferentes em tudo da esperança: Do mal ficam as mágoas na lembrança, E do bem (se algum houve) as saudades. O tempo cobre o chão de verde manto, Que já coberto foi de neve fria, E em mim converte em choro o doce canto. E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto, Que não se muda já como soía. (CAMÕES, Luís de. Rimas: Primeira parte, Sonetos. In: Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. p. 284.)   TEXTO II XXXII Se os poucos dias, que vivi contente, Foram bastantes para o meu cuidado, Que pode vir a um pobre desgraçado, Que a ideia de seu mal não acrescente! Aquele mesmo bem, que me consente, Talvez propício, meu tirano fado, Esse mesmo me diz, que o meu estado Se há de mudar em outro diferente. Leve pois a fortuna os seus favores; Eu os desprezo já; porque é loucura Comprar a tanto preço as minhas dores: Se quer, que me não queixe, a sorte escura, Ou saiba ser mais firme nos rigores, Ou saiba ser constante na brandura. (COSTA, Cláudio Manoel da. In: A poesia dos inconfidentes. Org. Domício Proença Filho. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 65)   Na última estrofe do soneto de Camões (texto I), o eu-lírico constata que:

  4. 34

    MACKENZIE 2003

    Texto I   Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer.   É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder; Camões   Texto II   Amor é fogo? Ou é cadente lágrima? Pois eu naufrago em mar de labaredas Que lambem o sangue e a flor da pele acendem Quando o rubor me vem à tona d'água.   E como arde, ai, como arde, Amor, Quando a ferida dói porque se sente, E o mover dos meus olhos sob a casca Vê muito bem o que devia não ver. Ilka Brunhilde Laurito   Comparando-se os dois textos, é possível observar sobre o texto II que:

  5. 35

    FGV-SP 2010

    Camões, grande Camões, quão semelhante Acho teu fado ao meu, quando os cotejo! Igual causa nos fez, perdendo o Tejo, Arrostar co'o sacrílego gigante. Como tu, junto ao Ganges sussurrante, Da penúria cruel no horror me vejo. Como tu, gostos vãos, que em vão desejo, Também carpindo estou, saudoso amante.   ...................................................................   Modelo meu tu és, mas . . . oh, tristeza! . . . Se te imito nos transes da Ventura, Não te imito nos dons da Natureza. M. M. Barbosa du Bocage, Sonetos. Lisboa: Bertrand, s.d.   O poema apresenta várias marcas que caracterizam a retomada do Classicismo, seja do ponto de vista estilístico, seja do ponto de vista temático. Servem de exemplo, respectivamente, 

  6. 36

    FGV-SP 2010

    Camões, grande Camões, quão semelhante Acho teu fado ao meu, quando os cotejo! Igual causa nos fez, perdendo o Tejo, Arrostar co'o sacrílego gigante. Como tu, junto ao Ganges sussurrante, Da penúria cruel no horror me vejo. Como tu, gostos vãos, que em vão desejo, Também carpindo estou, saudoso amante.   ...................................................................   Modelo meu tu és, mas . . . oh, tristeza! . . . Se te imito nos transes da Ventura, Não te imito nos dons da Natureza.   Neste soneto, o autor estabelece um paralelo entre  a sua vida e a de Camões, apontando várias coincidências e uma dessemelhança, a qual é:  

  7. 37

    UEL 2006

    A questão referem-se ao Canto V de Os Lusíadas (1572), de Luís Vaz de Camões (1524/5?-1580).   XXXVII Porém já cinco sóis eram passados Que dali nos partíramos, cortando Os mares nunca de outrem navegados, Prosperamente os ventos assoprando, Quando ua noite, estando descuidados Na cortadora proa vigiando, Ua nuvem, que os ares escurece, Sobre nossas cabeças aparece.   XXXVIII   Tão temerosa vinha e carregada, Que pôs nos corações um grande medo. Bramindo, o negro mar de longe brada, Como se desse em vão nalgum rochedo - “Ó Potestade – disse – sublimada, Que ameaço divino ou que segredo Este clima e este mar nos apresenta, Que mor cousa parece que tormenta?”    Nos quatro últimos versos da estrofe de número XXXVIII, fazem-se presentes as palavras: 

  8. 38

    UFJF 2003

    Com os versos "Cantando espalharei por toda a parte, / Se a tanto me ajudar o engenho e a arte.", Camões explica que o propósito de "Os Lusíadas" é divulgar os feitos portugueses. Sobre esse poema épico, só é INCORRETO afirmar que:

  9. 39

    FEI 2016

    Leia os primeiros parágrafos do livro Terra sonâmbula, do escritor moçambicano Mia Couto: “Naquele lugar, a guerra tinha morto a estrada. Pelos caminhos só as hienas se arrastavam, focinhando entre cinzas e poeiras. A paisagem se mestiçara de tristezas nunca vistas, em cores que se pegavam à boca. Eram cores sujas, tão sujas que tinham perdido toda a leveza, esquecidas da ousadia de levantar asas pelo azul. Aqui, o céu se tornara impossível. E os viventes se acostumaram ao chão, em resignada aprendizagem da morte. A estrada que agora se abre a nossos olhos não se entrecruza com outra nenhuma. Está mais deitada que os séculos, suportando sozinha toda a distância. Pelas bermas apodrecem carros incendiados, restos de pilhagens. Na savana em volta, apenas os embondeiros contemplam o mundo a desflorir. Um velho e um miúdo vão seguindo pela estrada. Andam bambolentos como se caminhar fosse seu único serviço desde que nasceram. Vão para lá de nenhuma parte, dando o vindo por não ido, à espera do adiante. Fogem da guerra, dessa guerra que contaminara toda a sua terra. Vão na ilusão de, mais além, haver um refúgio tranquilo. Avançam descalços, suas vestes têm a mesma cor do caminho. O velho se chama Tuahir. É magro, parece ter perdido toda a substância. O jovem se chama Muidinga. Caminha à frente desde que saíra do campo de refugiados. Se nota nele um leve coxear, uma perna demorando mais que o passo. Vestígio da doença que, ainda há pouco, o arrastara quase até à morte. Quem o recolhera fora o velho Tuahir, quando todos outros o haviam abandonado. O menino estava já sem estado, os ranhos lhe saíam não do nariz mas de toda a cabeça. O velho teve que lhe ensinar todos os inícios: andar, falar, pensar. Muidinga se meninou outra vez. Esta segunda infância, porém, fora apressada pelos ditados da sobrevivência. Quando iniciaram a viagem já ele se acostumava de cantar, dando vaga a distraídas brincriações. No convívio com a solidão, porém, o canto acabou por migrar de si. Os dois caminheiros condiziam com a estrada, murchos e desesperançados” (COUTO, M. Terra Sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 09).  A linguagem, a estrutura e o conteúdo sugerem que se trata de um fragmento de um romance

  10. 40

    UNB 2013

    Portugal, no século XVI, dispunha de uma produção literária de primeira grandeza, tendo como destaque o clássico Luís Vaz de Camões, o qual viria a influenciar a poesia épica brasileira tanto do início do Barroco como do Arcadismo.   Sobre isso, analise as afirmativas a seguir:   I. Não há relação formal entre a estrutura de Os Lusíadas, de Camões, e a Prosopopeia, de Bento Teixeira. Daí se deduzir que o poema brasileiro supera as qualidades estéticas do poema português.   II. O Uraguai, de Basílio da Gama, apresenta uma sequência própria da epopeia clássica, o que confirma a dependência temática que mantém com Os Lusíadas.   III. Caramuru, escrito por Santa Rita Durão, reflete nítida influência de Os Lusíadas; além disso, a história de amor de Moema com Diogo Álvares Correia culmina com a morte da personagem feminina.   IV. Lindoia e Moema são, respectivamente, personagens femininas dos poemas narrativos O Uraguai e Caramuru, poemas épicos árcades, que retomam acontecimentos da época da colonização portuguesa no Brasil.   V. Prosopopeia, de Bento Teixeira, é o marco do início do Barroco no Brasil. Nele o autor peca ao imitar Camões, dado que essa imitação não é característica de tal movimento literário.   Estão CORRETAS, apenas,

  11. 41

    UFRGS 2006

    Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações a seguir, referentes ao "Canto V" de "Os Lusíadas", de Luís de Camões.   (     ) Vasco da Gama conta ao rei africano a partida da terra portuguesa, onde a tripulação deixa o coração e as mágoas. (     ) Ao descrever Adamastor, Vasco da Gama cita, entre as características do gigante, a barba esquálida, os olhos encovados e os cabelos crespos. (     ) Paulo da Gama, irmão de Vasco, narra a viagem dos lusos até Melinde. (     ) O aventureiro Fernão Veloso, ao ser atacado por etíopes, volta correndo para junto dos companheiros, cena que empresta humor ao poema épico. (     ) O poeta Luís de Camões assume a narração do poema para elogiar a tenacidade portuguesa.   A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

  12. 42

    MACKENZIE 2006

    Tanto de meu estado me acho incerto que em vivo ardor tremendo estou de frio; sem causa, juntamente choro e rio; o mundo todo abarco e nada aperto. [...] Se me pergunta alguém por que assim ando, respondo que não sei; porém suspeito que só porque vos vi, minha Senhora. Camões A respeito dos versos acima, podemos inferir que

  13. 43

    MACKENZIE

    TEXTO 1 O amor é feio Tem cara de vício Anda pela estrada Não tem compromisso [...] O amor é lindo Faz o impossível O amor é graça Ele dá e passa               A. Antunes, C. Brown, M. Monte, “O amor é feio”. TEXTO 2 Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer;                    CAMÕES, Luís de. “Amor é fogo que arde sem se ver”.   Comparando a letra da canção (Texto 1) com os versos camonianos (Texto 2), conclui-se que

  14. 44

    MACKENZIE 2002

    Assinale a alternativa correta sobre Camões.

  15. 45

    MACKENZIE 1997

    Põe-me onde se use toda a feridade, Entre leões e tigres, e verei Se neles achar posso a piedade Que entre peitos humanos não achei. Ali, co'o amor intrínseco e vontade Naquele por quem morro, criarei Estas relíquias suas, que aqui viste, Que refrigério sejam da mãe triste.   O trecho evidencia características:

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