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  1. 151

    PUC-RS 2004

    O canteiro de palavras Qual é o seu ofício - me pergunta com certa formalidade o simpático velhinho da fila do banco, depois do cumprimento habitual e do comentário sobre o tempo, rotinas que servem para quebrar o gelo (no nosso clima, literalmente) entre desconhecidos circunstancialmente íntimos pela espera compartilhada. Quase digo que sou 2jornalista, mas me policio porque conheço o poder inibidor da minha profissão. - Vivo de escrever! - respondo no mesmo tom evasivo, tentando decifrar o efeito da resposta no seu olhar enrugado. Lembro de um escritor que falou coisa semelhante para uma empregada de poucas luzes e recebeu de volta um comentário um tanto surrealista, provavelmente buscado nos anúncios de empregos dos jornais: - Ah, o senhor tem redação própria? Mas o meu interlocutor momentâneo não manifesta qualquer curiosidade sobre o gênero dos meus escritos, se preencho notas fiscais ou elaboro poemas parnasianos. Está mais interessado em mostrar suas duas mãos, dois conjuntos desarmônicos de calos e cicatrizes. - Eu sou cortador de pedras - me diz com indisfarçável orgulho de quem detém um dote raro. Antes que a fila ande, tenho tempo ainda para ouvir algumas explicações sobre a arte de tirar paralelepípedos da rocha bruta, sobre as ferramentas que usa e sobre a quantidade de peças que produz. Ouço em silêncio para não perturbar a narrativa, mas seu trabalho não me é estranho. Perto de minha casa há uma pedreira. Conheço a faina dos homens empoeirados que lá labutam. De vez em quando fico ouvindo a distância o martelar dos 1canteiros e pensando na célebre fábula sobre ________, escrita por Jacob Riis, que tem como personagem exatamente um cortador de pedras. Diz mais ou menos o seguinte: "Quando nada parece dar certo, eu observo o homem que corta pedras. Ele martela uma, duas, centenas de vezes, sem que uma só rachadura apareça. Porém, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas. E eu sei que não foi aquela pancada que operou o milagre, mas todas as que vieram antes". Pois 3escrever, me dou conta enquanto preencho o 4cheque, não deixa de ser um processo 5semelhante. A gente martela centenas de vezes até que brote do cérebro (ou do dicionário) a palavra adequada, talvez a única capaz de servir à construção literária 6planejada. Nem sempre se consegue. A não ser que o canteiro de letras tenha o talento daquele escultor de estátuas equestres que explicava com simplicidade como conseguia tal perfeição: - Eu tiro da pedra tudo o que não seja cavalo. Nilson de Souza Zero Hora, 17 de julho de 1996   Sobre o título do texto, é correto afirmar que:   I. a palavra "canteiro" é polissêmica, e o leitor que se detiver apenas no título corre o risco de fazer uma inferência incorreta sobre o conteúdo do texto. II. o título expressa a analogia que o autor faz entre a atividade do cortador de pedras e a do escritor. III. se o leitor desconhecer o sentido da palavra "canteiro", pode observar a ocorrência desse vocábulo (ref. 1) e inferir seu significado recorrendo ao que ficou dito antes e ao que vem escrito depois, sem precisar consultar o dicionário. IV. a ambiguidade do título é reforçada pelo emprego da preposição "de", que tanto pode indicar, neste caso, uma relação entre possuidor e objeto possuído, quanto a ideia de meio.   Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas

  2. 152

    UEL 2009

    NÃO HÁ VAGAS O preço do feijão não cabe no poema. O preço do arroz não cabe no poema. Não cabem no poema o gás a luz o telefone a sonegação do leite da carne do açúcar do pão O funcionário público não cabe no poema com seu salário de fome sua vida fechada em arquivos. Como não cabe no poema o operário que esmerila seu dia de aço e carvão nas oficinas escuras – porque o poema, senhores, está fechado: “não há vagas” Só cabe no poema o homem sem estômago a mulher de nuvens a fruta sem preço   O poema, senhores, não fede nem cheira   Ao se analisar a evolução poética de Ferreira Gullar presente no livro Toda poesia, é correto afirmar.  

  3. 153

    UFES 2009

    Na seção “Desarranjos florais”, de Distraídos venceremos, há vários haicais de Paulo Leminski, que abordam múltiplas questões do ser. A opção cujo comentário NÃO condiz com o poema em pauta é:

  4. 154

    UNEMAT 2006

    Leia os fragmentos abaixo, do poeta Manoel de Barros, e assinale a alternativa que NÃO condiz com os versos: “Choveu de noite até encostar em mim. O rio deve estar mais gordo. Escutei um perfume de sol nas águas” (p. 32). “O que sustenta a encantação de um verso (além do ritmo) é o ilogismo” (p. 68).

  5. 155

    UNEMAT 2006

    Em Manoel de Barros o trabalho poético transforma o signo em matéria bruta, em palavra insignificante e restolho. Assim, o poeta desfia as imagens das palavras, descasca suas roupagens, para alcançar seu estado de antes da significação. Reflita e assinale a alternativa INCORRETA

  6. 156

    UFJF 2012

    Texto I Uma noite em 67 Era 21 de outubro de 1967. No Teatro Paramount, centro de São Paulo, acontecia a final do III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record. Diante de uma plateia fervorosa - disposta a aplaudir ou vaiar com igual intensidade -, alguns dos artistas hoje considerados de importância fundamental para a MPB se revezavam no palco para competir entre si. As canções se tornariam emblemáticas, mas até aquele momento permaneciam inéditas. Entre os 12 finalistas, Chico Buarque e o MPB 4 vinham com “Roda Viva”; Caetano Veloso, com “Alegria, Alegria”’; Gilberto Gil e os Mutantes, com “Domingo no Parque”; Edu Lobo,  com “Ponteio”; Roberto Carlos, com o samba “Maria, Carnaval e Cinzas”; e Sérgio Ricardo, com “Beto Bom de  Bola”. A briga tinha tudo para ser boa. E foi. Entrou para a história dos festivais, da música popular e da cultura do País. “É naquele momento que o Tropicalismo explode, a MPB racha, Caetano e Gil se tornam ídolos instantâneos, e se confrontam as diversas correntes musicais e políticas da época”, resume o produtor musical, escritor e compositor Nelson Motta. O Festival de 1967 teve o seu ápice naquela noite. Uma noite que se notabilizou não só pelas revoluções artísticas, mas também por alguns dramas bem peculiares, em um período de grandes tensões e expectativas. Foi naquele dia, por exemplo, que Sérgio Ricardo selou seu destino artístico ao  quebrar o violão e atirá-lo à plateia depois de ser duramente vaiado pela canção “Beto Bom de Bola”. O documentário Uma Noite em 67, dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil, mostra os elementos que transformaram aquela final de festival no clímax da produção musical dos anos 60 no Brasil. Para tanto, o filme resgata imagens históricas e traz depoimentos inéditos dos principais personagens: Chico, Caetano, Roberto, Gil, Edu e Sérgio Ricardo. Além deles, algumas testemunhas privilegiadas da festa/batalha, como o jornalista Sérgio Cabral (um dos jurados) e o produtor Solano Ribeiro, partilham suas memórias de uma noite inesquecível.   Notas da imprensa "Para quem viveu aqueles anos, trata-se de um passeio pela memória; para quem, daquelas canções, conhece apenas as lendas (...), o filme é um passeio pelo Brasil que fez manifestação contra a guitarra elétrica e, calado pela ditadura, parecia disposto a vaiar quem quer que fosse, de Roberto Carlos a Caetano Veloso" (Ana Paula Sousa – Folha de S. Paulo) "Contra a azia e a má digestão causadas pelas recentes falas de dois generais, existe um antiácido. Trata-se do documentário "Uma Noite em 67", de Renato Terra e Ricardo Calil (...). É uma deliciosa viagem" (Zuenir Ventura – O Globo) . "O filme faz uma excepcional prospecção de imagens da época e acerta ao preservar as apresentações completas dos concorrentes" (Luiz Zanin – O Estado de S. Paulo)inesquecível. "O filme é mais do que ‘musical’. É político, ideológico. Foi, para mim, uma experiência visceral." (Luiz Carlos Merten – O Estado de S. Paulo) "Um programa de TV? Um ringue de luta? Uma festinha doméstica de fim de ano? Ou um microcosmo da cultura em transformação? O festival foi tudo isso e muito mais. O filme o rememora mediante reflexões reveladoras, contradições expostas e informações inéditas de bastidores. Não precisa mais que isso para se ter um bom documentário." (Carlos Alberto Mattos) "'Uma Noite em 67' é um documentário sobre seis canções. Simples assim. O complexo, na história do filme e do Brasil, é que em torno dessas apresentações giraram e ainda giram as questões mais essenciais da nossa cultura popular." (Carlos Nader, documentarista - Trip) "Nos divertimos muito vendo o documentário “Uma Noite em 67”. O formato é simples, alternando imagens da época com depoimentos recentes dos cantores, mas generoso em detalhes." (Daniel Piza, O Estado de S. Paulo) (...)   Contexto histórico Entre 1965 e 1972, o Brasil viveu o auge do que ficou conhecido como a Era dos Festivais. Organizados pelas TVs Record, Excelsior, Globo e Rio em forma de programas de auditório, os festivais eram grandes competições da música brasileira que se mostraram capazes de mobilizar a população tanto quanto uma disputa de clássicos no futebol. Nesses programas, novos compositores e intérpretes ganhavam  espaço para mostrar seu talento. Nomes como Elis Regina, Jair Rodrigues, Edu Lobo, Nara Leão, Chico Buarque, Caetano Veloso, Jorge Ben e Raul Seixas emocionaram multidões em apresentações históricas, sedimentaram suas carreiras e ajudaram a fazer a transição do intimismo da bossa nova e do samba-canção para a encruzilhada de possibilidades da MPB. Tradição e modernidade se desentenderam e fizeram as pazes nos festivais – especialmente no da TV Record, de 1967, no qual as tensões políticas do País ajudaram a esquentar uma já quente briga. O saldo da edição foi um violão quebrado, uma MPB inaugurada e algumas canções imortalizadas. http://www.sampaonline.com.br/colunas/elmo/coluna2001set14.htm http://www.umanoiteem67.com.br/o-filme-2.html     Texto II "Uma Noite em 67" é o tipo do filme que levanta o público e Terra e Calil já se acostumaram a ver espectadores exaltados - e eufóricos com o que para muitos ainda é uma novidade. "Uma Noite em 67" dirige seu foco para a noite de encerramento do Festival da Record de 1967, talvez o mais emblemático dos festivais de música ocorridos no País. Algo decisivo ocorreu naquela noite. O Brasil vivia sob uma ditadura e o palco virou cenário de uma disputa ideológica. A guerra da canção de protesto com a guitarra elétrica, símbolo da dominação imperialista, que Gilberto Gil usou em "Domingo no Parque". Colocar guitarra elétrica na MPB era considerado de direita. Os artistas de raiz, contrários à guitarra, eram de esquerda. Houve um clima de radicalismo - um Fla-Flu musical, como define Calil. "Não quisemos fazer um filme didático, mas trabalhar o emocional, entregando ao público um documentário que as pessoas precisam completar." E elas completam - e como! Quatro músicas dominavam a competição - "Ponteio", "Domingo no Parque", "Roda Viva" e "Alegria, Alegria". "Até hoje elas polarizam as opiniões. Tem gente que reclama por que Alegria, Alegria não ganhou, ou Roda Viva". O público que viveu a época agradece aos diretores por trazê-la de volta. Os jovens, porque o filme os projeta num mundo que não conheceram. http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,uma-noite-em-67-revive-festival-de-musica-da-record,588109,0.htm   No texto I, fala-se da “guerra” contra a guitarra elétrica. No texto II, justifica-se essa manifestação do público, falando-se de “disputa ideológica”. Nesse momento da música no Brasil, a guitarra

  7. 157

    UFRGS 2016

    Leia a crônica O apagar da velha chama, de Luis Fernando Verissimo.   Eu, você, nós dois, um cantinho, um violão... Da janela, mesmo em Porto Alegre, via-se o Corcovado, o Redentor (que lindo!) e um barquinho a deslizar no macio azul do mar. Tinha-se, geralmente, de vinte anos para menos quando, em 1958, chegou a Elizete com abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim e João Gilberto com o amor, o sorriso, a flor e aquela batida diferente, mas que era bossa-nova e era muito natural, mesmo que você não pudesse acompanhar e ficasse numa nota só, porque no peito dos desafinados também batia um coração, lembra? Na vida, uma nova canção, um doce balanço. Era carioca, era carioca, certo, mas a juventude que aquela brisa trazia também trazia pra cá e daqui se via a mesma luz, o mesmo céu, o mesmo mar, milhões de festas ao luar, e sempre se podia pegar um Electra e mandar descer no Beco das Garrafas, olha que coisa mais linda. Queríamos a vida sempre assim, si, dó, ré, mi, fá, sol, muito sol, e lá. Mas era preciso ficar e trabalhar, envelhecer, acabar com esse negócio de Rio, céu tão azul, ilhas do sul, muita calma pra pensar e ter tempo pra sonhar, onde já se viu? Até um dia, até talvez, até quem sabe. O amor, o sorriso e a flor se transformavam depressa demais. Quem no coração abrigou a tristeza de ver tudo isso se perder, para não falar nos seus vinte anos, nos seus desenganos e no seu violão, nem pode dizer ó brisa fica, porque nem mais se entende, nem mais pretende seguir fingindo e seguir seguindo. A realidade é que sem ela não há paz, não há beleza, é só a melancolia que não sai de mim, não sai de mim, não sai. E dê-lhe rock.   Sobre a crônica, considere as seguintes afirmações.   I - O autor, partindo de sua experiência pessoal, como é próprio da crônica, recupera o momento histórico de uma geração, através da música brasileira. II - O autor constrói a crônica a partir de diversas letras de músicas, mostrando como elas fazem parte de sua vivência de juventude. III- A melancolia, ao final da crônica, está ligada ao envelhecimento e à percepção de que aquele momento não volta mais.   Quais estão corretas?

  8. 158

    UNEMAT 2012

    Leia o fragmento do poema VI retirado da obra Menino do Mato, de Manoel de Barros. Desde o começo do mundo água e chão se amam e se entram amorosamente e se fecundam [...]. Penso com humildade que fui convidado para o banquete dessas águas. Porque sou de bugre. Porque sou de brejo. Acho agora que estas águas que bem conhecem a inocência de seus pássaros e de suas árvores. Que elas pertencem também de nossas origens. (p. 455-6). Com relação à construção poética de Manoel de Barros, assinale a alternativa incorreta.

  9. 159

    UNEMAT 2006

    A origem do malandro segundo o crítico Antônio Cândido (1994) situa-se na tradição popular, mas especificamente nos “causos” e contos do anti-herói Pedro Malasartes e tem como característica principal a contradição às leis e à hierarquia. Por esse viés, analise os itens abaixo e assinale a alternativa INCORRETA.

  10. 160

    UNICENTRO 2013

    Volta a São Luís Mal cheguei e já te ouvi gritar pra mim: bem te vi! E a brisa é festa nas folhas Ah, que saudade de mim! O tempo eterno é presente no teu canto, bem te vi (vindo do fundo da vida como no passado ouvi) E logo os outros repetem: bem te vi, te vi, te vi Como outrora, como agora, como no passado ouvi (vindo do fundo da vida) Meu coração diz pra si: as aves que lá gorjeiam não gorjeiam como aqui Ferreira Gullar   Leia as afirmações a seguir, a respeito do poema de Ferreira Gullar.   I. Os elementos “aqui” e “lá”, ambos de natureza anafórica, localizam o autor no tempo e no espaço, colocando-o distante do local em que viveu e no qual se encontra agora, ou seja, em São Luís, sua terra natal. II. Quando escreveu seu poema, Ferreira Gullar estava exilado, e as aves que gorjeiam em São Luís não gorjeiam da mesma forma onde o autor se encontra no momento em que escreve seu poema. III. Assim como outros escritores, Ferreira Gullar também utiliza o poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, para compor seu poema, empregando, a exemplo daquele, versos em redondilha maior.   Está(ão) correta(s)

  11. 161

    UNEMAT 2006

    No “Pretexto” da obra Livro sobre Nada, de Manoel de Barros, o poeta ensaia, ao lado do escritor francês Gustave Flaubert, o sentido do “nada”. Para o poeta, o “nada” poderia ser:

  12. 162

    UFU 2016

    Depreende-se, da leitura de O santo e a porca, que Ariano Suassuna, ao dialogar com a tradição, retomando a comédia Aululária, de Plauto, e O avarento, de Moliére, recriando-as a partir de aspectos regionais e universais, associa

  13. 163

    UFRGS 2015

    Leia o seguinte trecho do livro O amor de Pedro por João , de Tabajara Ruas.     Caminhavam por Ahumada. Formavam-se grupos a discutir, havia ameaças de porrada, havia gargalhada e havia imperturbáveis vendedores ambulantes, continuando com seu comércio de empanadas e pastéis de choclo . Uma colegial chorava desconsoladamente, cercada de pessoas aflitas ou divertidas. Sua mãe estava no Palácio, era funcionária, seria morta com certeza. Gravemente mas com certa simpatia, o senhor de cabelos brancos informava à menina que, se sua mãe não era comunista, não precisava ter medo de nada, pues .   A colegial chorava então com mais desespero. Os armazéns começavam a descer as cortinas de metal. Algumas mulheres ainda imploravam que lhes vendessem provisões. Chegaram por fim à esquina da Alameda. Lá estavam os tanques: imóveis, ameaçadores. Brusco helicóptero impôs sua presença de inseto sobre a Praça de Armas, provocou pequeno e rijo vendaval, maravilhou as pessoas com sua leveza e mobilidade.     Assinale a alternativa que indica o momento histórico representado na cena e os personagens que dela participam.

  14. 164

    UEG 2004

    Com base na leitura das obras indicadas para o vestibular 2004/1, analise as proposições a seguir.     I. A obra Manuelzão e Miguilim apresenta uma temática que se volta para a religiosidade, para o conflito interior entre o bem e o mal e para as inquietações a respeito da vida e da morte. Relativamente à linguagem, percebe-se que ela passa por um processo de revitalização que leva o leitor a ir além das estruturas cristalizadas da língua. É o caso, por exemplo, do uso de neologismos, dos jogos sonoros e da recorrência de metáforas. II. A temática da dualidade entre a vida e a morte está presente, também, nos contos de Lygia Fagundes Telles, na tragédia carioca O beijo no asfalto, de Nelson Rodrigues e nos poemas de Álvares de Azevedo. Nos três casos, a morte ultrapassa o plano metafísico, transcendental e é retratada em seu aspecto físico, material. III. Os desfechos dos contos de Lygia Fagundes Telles, em Pomba enamorada ou Uma história de amor e outros contos escolhidos são marcados pela ambiguidade. É o que se pode comprovar  em “Tigrela”, “O jardim selvagem” e “A caçada”. IV. Em Um jeito torto de vir ao mundo, Adelice da Silveira Barros apresenta uma narrativa que, como nos contos de Lygia Fagundes Telles e de Machado de Assis, embora gire em torno dos conflitos interiores e familiares da personagem-protagonista, assume um tom universal, ao retratar dramas que fazem parte da vida de qualquer pessoa da classe média urbana, especialmente das grandes cidades.        Assinale a alternativa CORRETA:    

  15. 165

    UFRGS 1996

    Considere as afirmações a seguir.   I - Na obra de Cecília Meireles os momentos de intenso intimismo, apresentados em linguagem elevada e abstrata e com imagens recorrentes (mar, areia, lua, etc.), são sobrepujados pela denúncia do cotidiano conturbado e ameaçador da grande cidade, vazada em vocabulário cotidiano e sintaxe fragmentária.   II - Ferreira Gullar publica, em 1976, POEMA SUJO, poema longo que procura incorporar o cotidiano e suas impurezas no quadro maior das recordações e da experiência do poeta, com referências à infância em São Luís, à experiência no Rio de Janeiro e ao exílio provocado pelo autoritarismo brasileiro nos anos 60 e 70.   II - O Concretismo propõe-se a valorizar o espaço visual na página, a explorar a palavra solta, fora da organização frasal, e a retomar o lirismo confessional e o subjetivismo romântico ao voltar-se para temas como a saudade e a mulher amada e inatingível.   Quais estão corretas?

  16. 166

    UNEMAT 2006

    O escritor brasileiro João Antônio iniciou-se na literatura nos anos sessenta com o texto Malagueta, Perus e Bacanaço. O conto narra a vida de três amigos que em pequenos delitos tentam sobreviver dentro de uma sociedade separada pelo espaço periférico, num discurso realista cruel. Observando tais informações, assinale a alternativa VERDADEIRA sobre a obra citada.

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