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  1. 31

    PUC-RJ 2007

    Sobretudo compreendam os críticos a missão dos poetas, escritores e artistas, nesse período especial e ambíguo da formação de uma nacionalidade. São estes os operários incumbidos de polir o talhe e as feições da individualidade que se vai esboçando no viver do povo. (...) E de quanta valia não é o modesto serviço de desbastar o idioma novo das impurezas que lhe ficaram na refusão do idioma velho com outras línguas? Ele prepara a matéria, bronze ou mármore, para os grandes  escultores da palavra que erigem os monumentos literários da pátria. (José de Alencar. “Benção paterna”. In Sonhos D’Ouro. Obra Completa. Rio de Janeiro: Editora José Aguilar, 1960, v. 1, pp. 699-700)   O texto de José de Alencar, redigido em 1872, destaca um dos aspectos da formação da nacionalidade brasileira em meados do século XIX. Com base em seus conhecimentos e nas informações contidas no texto, analise as afirmativas abaixo.   I - José de Alencar foi, entre os escritores associados ao Romantismo, um dos que por meio de sua obra buscaram construir e divulgar valores de uma identidade nacional brasileira, em meados do século XIX. II - A formação da nacionalidade brasileira impunha a existência de um “idioma novo”, diferente do “idioma velho” – a língua dos antigos colonizadores portugueses. III - Para os escritores românticos, como José de Alencar, a pintura, o teatro e a música eram artes menores, que pouco ou nada contribuíam para a formação da nacionalidade brasileira. IV - Romances como O Guarani de José de Alencar tinham o índio e a natureza tropical como temas, no intuito de afirmar a originalidade e a individualidade da nova nação americana. Assinale a alternativa correta.

  2. 32

    ENEM PPL 2010

    TEXTO I Se eu tenho de morrer na flor dos anos, Meu Deus! não seja já; Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,                   Cantar o sabiá! Meu Deus, eu sinto e bem vês que eu morro                  Respirando esse ar; Faz que eu viva, Senhor! dá-me de novo                  Os gozos do meu lar! Dá-me os sítios gentis onde eu brincava                  Lá na quadra infantil; Dá que eu veja uma vez o céu da pátria,                  O céu de meu Brasil! Se eu tenho de morrer na flor dos anos, Meu Deus! Não seja já! Eu quero ouvir cantar na laranjeira, à tarde,                   Cantar o sabiá! ABREU, C. Poetas românticos brasileiros. São Paulo: Scipione, 1993. TEXTO II A ideologia romântica, argamassada ao longo do século XVIII e primeira metade do século XIX, introduziu-se em 1836. Durante quatro decênios, imperaram o “eu”, a anarquia, o liberalismo, o sentimentalismo, o nacionalismo, através da poesia, do romance, do teatro e do jornalismo (que fazia sua aparição nessa época). MOISÉS, M. A literatura brasileira através dos textos. São Paulo: Cultrix, 1971 (fragmento). De acordo com as considerações de Massaud Moisés no Texto II, o Texto I centra-se 

  3. 33

    UFRRJ 2005

    POESIA BRASILEIRA Casimiro de Abreu chorava tanto que não cabia em si de descontente. Suas lágrimas escorrem até agora pelas vidraças pelas calçadas pelas sarjetas e só vão deter-se ante o coreto da praça pública, onde, sob os mais inconfessáveis disfarces, Castro Alves ainda discursa! QUINTANA, Mário. Caderno H. São Paulo: Globo, 1998, p. 163.   Mário Quintana em seu "Poesia Brasileira" refere-se a dois poetas do Romantismo, Casimiro de Abreu e Castro Alves, cujas obras apresentam, respectivamente, como principal característica:

  4. 34

    FGV-RJ 2015

    Caracteriza o Romantismo, na literatura brasileira, I o desejo de exprimir sentimentos como orgulho patriótico, considerado, então, algo de primordial importância; II a intenção de criar uma literatura independente, diversa, de identidade bem marcada; III a percepção da atividade literária como parte indispensável da tarefa patriótica de construção nacional. Está correto o que se afirma em

  5. 35

    UNIFESP 2006

    Este inferno de amar Este inferno de amar – como eu amo! Quem mo pôs aqui n’alma... quem foi? Esta chama que alenta e consome, Que é a vida – e que a vida destrói – Como é que se veio a atear, Quando – ai quando se há-de ela apagar? (Almeida Garrett) Nos versos de Garrett, predomina a função

  6. 36

    UNESP 2013

    A questão toma por base um fragmento de Glória moribunda, do poeta romântico brasileiro Álvares de Azevedo (1831-1852).     É uma visão medonha uma caveira? Não tremas de pavor, ergue-a do lodo. Foi a cabeça ardente de um poeta, Outrora à sombra dos cabelos loiros. Quando o reflexo do viver fogoso Ali dentro animava o pensamento, Esta fronte era bela. Aqui nas faces Formosa palidez cobria o rosto; Nessas órbitas — ocas, denegridas! — Como era puro seu olhar sombrio!   Agora tudo é cinza. Resta apenas A caveira que a alma em si guardava, Como a concha no mar encerra a pérola, Como a caçoula a mirra incandescente.   Tu outrora talvez desses-lhe um beijo; Por que repugnas levantá-la agora? Olha-a comigo! Que espaçosa fronte! Quanta vida ali dentro fermentava, Como a seiva nos ramos do arvoredo! E a sede em fogo das ideias vivas Onde está? onde foi? Essa alma errante Que um dia no viver passou cantando, Como canta na treva um vagabundo, Perdeu-se acaso no sombrio vento, Como noturna lâmpada apagou-se? E a centelha da vida, o eletrismo Que as fibras tremulantes agitava Morreu para animar futuras vidas?   Sorris? eu sou um louco. As utopias, Os sonhos da ciência nada valem. A vida é um escárnio sem sentido, Comédia infame que ensanguenta o lodo. Há talvez um segredo que ela esconde; Mas esse a morte o sabe e o não revela. Os túmulos são mudos como o vácuo. Desde a primeira dor sobre um cadáver Quando a primeira mãe entre soluços Do filho morto os membros apertava Ao ofegante seio, o peito humano Caiu tremendo interrogando o túmulo... E a terra sepulcral não respondia. (Poesias completas, 1962.)     Do segundo ao último verso da primeira estrofe do poema, revelam-se características marcantes do Romantismo:

  7. 37

    UFV 2010

    As mudanças contínuas dos Estilos Literários se caracterizam pela oposição ideológica e formal entre eles. Considerando tal afirmação, relacione a 1a coluna com as características apresentadas na 2a coluna.   1 – Arcadismo 2 – Romantismo   ( ) Intuição e subjetivismo. ( ) Atração pela noite e pelo mistério. ( ) Imitação da cultura clássica greco-latina. ( ) Objetivismo e racionalismo. ( ) Respeito às formas fixas na criação poética.   A sequência CORRETA é:

  8. 38

    PUC-CAMPINAS 2017

    José de Alencar retratou o seu herói goitacá em prosa, a exemplo do que o escocês Walter Scott havia feito com os cavaleiros medievais na célebre novela Ivanhoé. Para evocar um mítico passado nacional, na falta dos briosos cavaleiros medievais de Scott, o índio seria o modelo de que Alencar lançaria mão. [...] O índio entrara como tema na literatura universal por influência das ideias dos filósofos iluministas e especialmente, da obra de Jean-Jacques Rousseau [...]. As teses de Rousseau sobre o “bom selvagem”, por sua vez, bebiam na fonte das narrativas de viajantes do século XVI, os primeiros europeus que haviam colocado os pés no chão americano. Foram esses viajantes os responsáveis pela propagação do juízo de que, do outro lado do oceano, existia um povo feliz, vivendo sem lei nem rei [...]. NETO, Lira. O inimigo do Rei. Uma biografia de José de Alencar. São Paulo: Globo, 2006. p. 166-167. A corrente romântica indianista, além da ficção de José de Alencar, encontrou também alta expressão

  9. 39

    UNEMAT 2008

    O Romantismo foi uma escola literária em que uma das propostas era valorizar a cultura nacional. Considerando este comentário, assinale a alternativa CORRETA.

  10. 40

    UFV 2010

    Leia as duas estrofes abaixo, extraídas do poema “Boa-Noite”, do poeta romântico Castro Alves:   BOA-NOITE, Maria! Eu vou-me embora. A lua nas janelas bate em cheio. Boa-noite, Maria! É tarde... é tarde... Não me apertes assim contra teu seio.   Boa-noite!... E tu dizes – Boa-noite. Mas não digas assim por entre beijos... Mas não mo digas descobrindo o peito, – Mar de amor onde vagam meus desejos.   (ALVES, Castro. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004, p. 122.)   Nas estrofes acima, a visão que o eu lírico deixa transparecer do amor que sente é repleta de:

  11. 41

    UNIFESP 2014

    Casimiro de Abreu pertence à geração dos poetas que morreram prematuramente, na casa dos vinte anos, como Álvares de Azevedo e outros, acometidos do “mal” byroniano. Sua poesia, reflexo autobiográfico dos transes, imaginários e verídicos, que lhe agitaram a curta existência, centra-se em dois temas fundamentais: a saudade e o lirismo amoroso. Graças a tal fundo de juvenilidade e timidez, sua poesia saudosista guarda um não sei quê de infantil. Massaud Moisés. A literatura brasileira através dos textos, 2004 (adaptado). Os versos de Casimiro de Abreu que se aproximam da ideia de saudade, tal como descrita por Massaud Moisés, encontram-se em:

  12. 42

    UFRR 2013

    José de Nicola, para explicar o Realismo, usa uma citação de Fidelino de Figueiredo, que esclarece sobre esse Estilo de época: “É de todos os tempos o realismo como é a arte. Ele existiu sempre, porque a imaginação tem necessariamente por bases a observação e a experiência, e porque a arte tem sempre por objeto as realidades da vida”. FIGUEIREDO, Fidelino de. apud NICOLA, José de. Literatura Brasileira – das origens aos nossos dias. São Paulo; Scipione, 2007. p. 284. Diferente de outras manifestações artísticas, a Literatura trabalha com linguagem verbal como matéria prima. Os Movimentos/Estilos literários são produtos de sociedades e épocas que se distinguem peculiarmente. Com base nesta informação, analise as proposições a seguir: I. o Realismo foi um movimento artístico e cultural que se desenvolveu na segunda metade do século XIX, sua principal característica foi a abordagem de temas sociais e a objetividade da  realidade e do ser humano; II. o Romantismo possuía um forte caráter ideológico e foi marcado por uma linguagem política, de denúncia dos problemas sociais como a miséria, pobreza, exploração, corrupção entre outros; III. os artistas e escritores realistas iam diretamente ao foco da questão, reagindo ao subjetivismo do Romantismo; IV. uma das correntes do Realismo foi o Naturalismo, cuja objetividade estava presente, sem o conteúdo ideológico; V. os autores românticos romperam com as tradições árcades, apresentaram novas concepções literárias, expressavam suas emoções, desabafos sentimentais, e buscaram a idealização do índio como herói nacional, e suas obras tematizavam o amor, a saudade e a subjetividade. Podemos considerar como historicamente coerentes as afirmações feitas em:

  13. 43

    UFAM 2009

    A obra em que Machado de Assis expõe as desventuras de Rubião, indivíduo que, tendo herdado uma fortuna, se vê envolvido por Palha e Sofia, no Rio de Janeiro, vendo-se, posteriormente, despojado de seus bens, intitula-se:

  14. 44

    PUC-CAMPINAS 2015

    Teoricamente, o nacionalismo independe do Romantismo, embora tenha encontrado nele o aliado decisivo. Há na literatura do período uma aspiração nacional, definida claramente a partir da Independência e precedendo o movimento romântico. (...) Nem é de espantar que assim fosse, pois além da busca das tradições nacionais e o culto da história, o que se chamou em toda a Europa “despertar das nacionalidades”, em seguida ao empuxe napoleônico, encontrou expressão no Romantismo. Sobretudo nos países novos como o nosso o nacionalismo foi manifestação de vida, exaltação afetiva, tomada de consciência, afirmação do próprio contra o imposto. (Adaptado de: CANDIDO, Antonio. Formação da Literatura Brasileira. São Paulo: Martins, 1971. 2 v. pp. 14-15)     Consolidada a Independência, e abraçando novas causas libertárias, escritores brasileiros trilharam o caminho

  15. 45

    FGV-SP 2012

    Leia o seguinte texto sobre a ópera O Guarani, de Carlos Gomes:   Desde a chegada à Europa, Carlos Gomes idealizava o projeto de uma obra de maior vulto, que precisaria ser enviada ao Brasil como contrapartida pela bolsa recebida do governo. A essa altura, seus biógrafos relatam que, com saudades do Brasil, Gomes passeava sozinho pela Piazza del Duomo, quando ouviu o anúncio de um vendedor ambulante: “Il Guarany, Storia del Selvaggi del Brasile”. Tomado de susto pela coincidência, conta-se que comprou ali mesmo a tradução do livro de Alencar, certo de que aquele era um sinal: sua nova obra deveria se voltar às origens. A narrativa serve bem à construção dos mitos em torno do compositor, mas o fato é que não há registro oficial algum do episódio, pelo contrário: cartas e documentos mostram que, ao partir para a Itália, Carlos Gomes já pensava em “O Guarani” como tema para uma nova obra. Se ele comprou uma versão italiana do romance foi apenas para facilitar o trabalho do libretista Antonio Scalvini. O romance de José de Alencar tinha todos os ingredientes de um bom libreto: o triângulo amoroso, a luta entre o bem e o mal e cenas dramáticas e visualmente fortes. No dia 2 de dezembro de 1870, o escritor José de Alencar caminhou pelas ruas do Rio de Janeiro até o Teatro Lírico a fim de acompanhar a estreia brasileira da ópera baseada em seu romance mais famoso, publicado em 1857. Ao fim do espetáculo, a intensa  ovação não foi suficiente para fazer o escritor esquecer algumas restrições com relação à adaptação. Anos depois, em suas memórias, ele se resignaria: “Desculpo-lhe, porém, por tudo, porque daqui a tempos, talvez por causa das suas espontâneas e inspiradas melodias, não poucos hão de ler esse livro, senão relê-lo – e maior favor não pode merecer um autor”. Alencar não estava errado. A ópera não apenas ajudou a manter viva a fama do romance como se tornou símbolo máximo da obra de seu compositor. Coleção Folha Grandes Óperas. São Paulo: Moderna, 2011. Adaptado   O mencionado triângulo amoroso de O Guarani, de José de Alencar, é composto pelas personagens:

  16. 46

    UFSM 2002

    Relacione as duas colunas.   1. Álvares de Azevedo 2. Castro Alves 3. Casimiro de Abreu   (     ) Sua poesia apresenta angústia, aspiração à morte e, ao mesmo tempo, temor dela. (     ) É autor de versos simples, ternos e passivamente melancólicos. (     ) Seus versos, de ânimo arrebatado e impulsivo, projetam experiências amorosas intensamente vividas. (     ) É autor de poemas consagrados, como "Se eu morresse amanhã". (     ) Representa uma tendência do Romantismo brasileiro caracterizada pela preocupação social.   A sequência correta é

  17. 47

    UNEMAT 2010

    Inocência, de Visconde de Taunay, é um romance representativo da literatura brasileira produzida no século XIX. Sobre esta obra é correto afirmar. I. A passagem a seguir é fala de Meyer, na qual ele manifesta sua indignação com o comportamento de Cirino: “ – Olhe, doutor; veja só isto! Que lhe dizia eu? [...]. Graças a Maria Santíssima, tem ainda pais com braço forte e muito sangue nas veias para defendê- la dos garimpeiros e cruzadores de estrada... ele que não brinque com Manecão [...]”. II. Por se restringir ao registro das manifestações linguísticas típicas do sertanejo, o romancista torna sua narrativa inverossímil. III. O final trágico (morte de Cirino e Inocência sem ser possível a união dos amantes) é uma das características dos romances da época: o sacrifício das personagens em prol da preservação da nobreza dos sentimentos. IV. A descrição precisa da paisagem do sertão, bem como a caracterização fiel do sertanejo, sua linguagem e valores culturais integram a obra no regionalismo brasileiro sem, contudo, reduzir a sua qualidade estética. V. A incapacidade do autor em captar os tipos e a paisagem do interior brasileiro faz do romance um acúmulo de descrições que nada acrescentam à literatura do período. Assinale a alternativa correta.

  18. 48

    UNESPAR 2010

    Correlacione as técnicas artísticas (coluna 1) aos seus conceitos (coluna 2) e os períodos da história da arte correspondentes nos quais foram preponderantemente originadas e empregadas (coluna 3).   Coluna 1   1) Técnica de cera perdida. 2) Mosaico. 3) Afresco. 4) Vitral.   Coluna 2   I) Técnica com uso de pedrinhas (cubos ou tesselas de mármore ou vidro) aplicadas e coladas sobre uma superfície segundo um desenho. II) O trabalho resulta de uma composição com vidro colorido articulado por arestas (perfis) em chumbo que deixa passar a luz. III) Técnica de pintura com aplicação de pigmentos sobre massa fresca ou gesso numa superfície de acordo com uma composição. IV) Técnica usada pelo escultor que executava primeiro um modelo em cera, revestido em barro aquecido para derreter e remover o conteúdo interno, resultando em um objeto oco. O molde era preenchido por metal fundido e, depois do esfriamento, o barro era quebrado, restando uma peça idêntica ao modelo.   Coluna 3 i) Arte Gótica. ii) Arte Românica. iii) Arte Bizantina. iv) Arte Neolítica   A alternativa que apresenta a sequência correta é

  19. 49

    UEL 2011

    Onde estás?   1. É meia-noite... e rugindo 2. Passa triste a ventania, 3. Como um verbo de desgraça, 4. Como um grito de agonia. 5. E eu digo ao vento, que passa 6. Por meus cabelos fugaz: 7. “Vento frio do deserto, 8. Onde ela está? Longe ou perto? 9. Mas, como um hálito incerto 10. Responde-me o eco ao longe: 11. “Oh! minh’amante, onde estás?...” 12. Vem! É tarde! Por que tardas? 13. São horas de brando sono, 14. Vem reclinar-te em meu peito 15. Com teu lânguido abandono!... 16. ’Stá vazio nosso leito... 17. ’Stá vazio o mundo inteiro; 18. E tu não queres qu’eu fique 19. Solitário nesta vida... 20. Mas por que tardas, querida?... 21. Já tenho esperado assaz... 22. Vem depressa, que eu deliro 23. Oh! minh’amante, onde estás?... 24. Estrela – na tempestade, 25. Rosa – nos ermos da vida, 26. Íris – do náufrago errante, 27. Ilusão – d’alma descrida! 28. Tu foste, mulher formosa! 29. Tu foste, ó filha do céu!... 30. ... E hoje que o meu passado 31. Para sempre morto jaz... 32. Vendo finda a minha sorte, 33. Pergunto aos ventos do Norte... 34. “Oh! minh’amante, onde estás?” CASTRO ALVES, A. F. Espumas flutuantes. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2005. p. 84-85. Com base nesse poema, conclui-se que são temas de Espumas flutuantes, de Castro Alves:

  20. 50

    MACKENZIE 2015

    A Esmeralda e o Camafeu     — Se eu encontrasse!...   — Então?... que faria?...   — Atirar-me-ia a seus pés, abraçar-me-ia com eles e lhe diria: “Perdoai-me, perdoai-me, senhora, eu já não posso ser vosso esposo! tomai a prenda que me deste...”   E o infeliz amante arrancou debaixo da camisa um breve, que convulsivamente apertou na mão.   — O breve verde!... exclamou D. Carolina, o breve que contém a esmeralda!...   — Eu lhe diria, continuou Augusto: “recebei este breve que já não devo conservar, porque eu amo outra que não sois vós, que é mais bela e mais cruel do que vós!...”   A cena se estava tornando patética; ambos choravam e só passados alguns instantes a inexplicável Moreninha pôde falar e responder ao triste estudante.   — Oh! pois bem, disse; vá ter com sua desposada, repita-lhe o que acaba de dizer, e se ela ceder, se perdoar, volte que eu serei sua... esposa.   — Sim... eu corro... Mas, meu Deus, onde poderei achar essa moça a quem não tornei a ver, nem poderei conhecer?... onde meu Deus?... onde?...   E tornou a deixar correr o pranto, por um momento suspendido.   — Espere, tornou D. Carolina, escute, senhor. Houve um dia, quando a minha mãe era viva, em que eu também socorri um velho moribundo. Como o senhor e sua camarada, matei a fome de sua família e cobri a nudez de seus filhos; em sinal de reconhecimento também este velho me fez um presente: deu-me uma relíquia milagrosa que, asseverou-me ele, tem o poder uma vez na vida de quem a possui, de dar o que se deseja; eu cosi essa relíquia dentro de um breve; ainda não lhe pedi coisa alguma, mas trago-a sempre comigo; eu lha cedo... tome o breve, descosa-o, tire a relíquia e à mercê dela encontre sua antiga amada. Obtenha o seu perdão e me terá por esposa.   — Isto tudo me parece um sonho, respondeu Augusto, porém, dê-me, dê-me esse breve!   A menina, com efeito, entregou o breve ao estudante, que começou a descosê-lo precipitadamente. Aquela relíquia, que se dizia milagrosa, era sua última esperança; e, semelhante ao náufrago que no derradeiro extremo se agarra à mais leve tábua, ele se abraçava com ela. Só falta a derradeira capa do breve... ei-la que cede e se descose... Salta uma pedra... e Augusto, entusiasmado e como delirante, cai aos pés de D. Carolina, exclamando:   — O meu camafeu!... o meu camafeu!... Joaquim Manoel de Macedo, A Moreninha.     Assinale a alternativa INCORRETA sobre a prosa romântica brasileira

  21. 51

    UNICAMP 2015

    Um elemento importante nos anos de 1820 e 1830 foi o desejo de autonomia literária, tornado mais vivo depois da Independência. (…) O Romantismo apareceu aos poucos como caminho favorável à expressão própria da nação recém-fundada, pois fornecia concepções e modelos que permitiam afirmar o particularismo, e portanto a identidade, em oposição à Metrópole (…). (Antonio Candido, O Romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas, 2004, p. 19.)   Tendo em vista o movimento literário mencionado no trecho acima, e seu alcance na história do período, é correto afirmar que

  22. 52

    UNEMAT 2010

    Sobre o Romantismo brasileiro, assinale a alternativa incorreta.

  23. 53

    PUC-CAMPINAS 2016

    Considere o texto abaixo.   O universo ficcional de Machado de Assis é povoado pelos tipos sociais que se mesclavam na sociedade fluminense do século XIX: proprietários, rentistas, comerciantes, homens pobres mas livres e escravos. Cruzam seus interesses e medem-se em seus poderes ou em sua falta de poder. É essa a configuração das personagens das obras-primas Memórias póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro. A tragédia do negro escravizado está exposta em contos violentos, e o capricho dos senhores proprietários dá o tom a narradores como Brás Cubas e Bento Santiago, o Bentinho, que contam suas histórias de modo a apresentar com ar de naturalidade a prática das violências pessoais ou sociais mais profundas. (TÁVOLA, Bernardim da, inédito)   Também em prosadores românticos do século XIX encontram-se exemplos de tipos da sociedade fluminense, que protagonizam situações também típicas de uma exemplar sociedade burguesa. É o que se constata, por exemplo, no romance

  24. 54

    UPF 2014

    Sobre autores da literatura brasileira e suas obras, é incorreto afirmar que:

  25. 55

    UNIFESP 2016

    A questão a seguir focaliza uma passagem da comédia O juiz de paz da roça, do escritor Martins Pena (1815-1848). JUIZ (assentando-se): Sr. Escrivão, leia o outro requerimento. ESCRIVÃO (lendo): Diz Francisco Antônio, natural de Portugal, porém brasileiro, que tendo ele casado com Rosa de Jesus, trouxe esta por dote uma égua. “Ora, acontecendo ter a égua de minha mulher um filho, o meu vizinho José da Silva diz que é dele, só porque o dito filho da égua de minha mulher saiu malhado como o seu cavalo. Ora, como os filhos pertencem às mães, e a prova disto é que a minha escrava Maria tem um filho que é meu, peço a V. Sa. mande o dito meu vizinho entregar-me o filho da égua que é de minha mulher”. JUIZ: É verdade que o senhor tem o filho da égua preso? JOSÉ DA SILVA: É verdade; porém o filho me pertence, pois é meu, que é do cavalo. JUIZ: Terá a bondade de entregar o filho a seu dono, pois é aqui da mulher do senhor. JOSÉ DA SILVA: Mas, Sr. Juiz... JUIZ: Nem mais nem meios mais; entregue o filho, senão, cadeia. PENA, Martins. Comédias (1833-1844). 2007.   O efeito cômico produzido pela leitura do requerimento decorre, principalmente, do seguinte fenômeno ou procedimento linguístico:

  26. 56

    UFAM 2009

    Assinale a opção que NÃO apresenta de modo correto a relação entre o personagem e seu criador:

  27. 57

    FGV-SP 2009

    Comparando o Simbolismo com outros estilos de época, um crítico afirmou: I – Ambos os movimentos exprimem o desgosto pelas soluções racionalistas. II – É comum a ambas as correntes a tentação do esteticismo e do formalismo.   Por meio das palavras “ambos” (I) e “ambas” (II), o crítico faz uma aproximação entre o Simbolismo e, respectivamente, o:  

  28. 58

    FGV 2014

    Sextilhas Românticas   Paisagens da minha terra, Onde o rouxinol não canta - Mas que importa o rouxinol? Frio, nevoeiros da serra Quando a manhã se levanta Toda banhada de sol!   Sou romântico? Concedo. Exibo, sem evasiva, A alma ruim que Deus me deu. Decorei “Amor e medo”, "No lar", "Meus oito anos" ... Viva José Casimiro Abreu!   Sou assim, por vído inato. Ainda hoje gasto de Diva, Nem não posso renegar Peri tão pouco índio, é fato, Mas tão brasileiro ... Viva, Viva José de Alencar! [...] Manuel Bandeira, Estrela-da-vida-inteira.    A afirmação "Peri tão pouco índio, é fato," justifica-se, principalmente, na medida em que, em O Guarani (1857), 

  29. 59

    UPE 2014

    A inexistência de uma forma especificamente alemã incomodava determinados músicos, como Richard Wagner e, até mesmo, Robert Schumann, uma vez que tais autores identificavam a igualdade de temas, porém a indefinição de formas composicionais para um público basicamente homogêneo. (RICON, Leandro Couto Carreira. A Emergência de uma Ópera Alemã no Primeiro Escrito de Richard Wagner. p. 05 In: https://revistahistoriauft.files.wordpress.com. Adaptado.)   O texto está conectado a uma fase da história europeia, identificada como Romantismo. Sobre a obra de Richard Wagner, assinale a alternativa CORRETA.

  30. 60

    UFAL 2000

    Nos versos abaixo, Castro Alves assim se dirige à bandeira  nacional:   Tu, que da liberdade após a guerra Foste hasteada dos heróis na lança, Antes te houvessem roto na batalha, Que servires a um povo de mortalha!...   Com esses versos, o poeta está

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