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  1. 61

    UNAMA 2009

    Leia os versos de Gonçalves Dias, apresentados nesta questão.   (...) Nas ondas mendaces* Senti pelas faces Os silvos fugaces Dos ventos que amei (...) (I-Juca-Pirama, de Gonçalves Dias; fragmento)   * mendace - traiçoeiro   Com base nos sentidos textuais dos versos, avalie as três afirmativas apresentadas.   I. O poeta utiliza a metáfora como um recurso linguístico para informar ao leitor a presença de um sentimento, no verso Dos ventos que amei. II. O eu lírico quer se referir ao tempo, às vivências passadas, ao usar o substantivo ventos como algo que passa – em analogia com o tempo – e também ao usar o verbo no pretérito perfeito do indicativo. III. O sentimento saudosista fica a cargo do valor semântico presente na forma verbal amei, usada pelo poeta. Pois se alguém gostou de algo, é possível que, consequentemente, sinta saudades.   O correto está em:  

  2. 62

    UFAM 2009

    Assinale a opção cujo enunciado NÃO se aplica a Álvares de Azevedo:

  3. 63

    FGV-SP 2007

    Leia o texto a seguir, de Iracema, de José de Alencar, e responda às questões a ele pertinentes.               Quanto mais seu passo o aproxima da cabana, mais lento se torna e pesado. Tem medo de chegar; e sente que sua alma vai sofrer, quando os olhos tristes e magoados da esposa entrarem nela.             Há muito que a palavra desertou seu lábio seco; o amigo respeita este silêncio, que ele bem entende. É o silêncio do rio quando passa nos lugares profundos e sombrios.             Tanto que os dois guerreiros tocaram as margens do rio, ouviram o latir do cão a chamá-los e o grito da ará, que se lamentava. Estavam mui próximos à cabana, apenas oculta por uma língua de mato. O cristão parou calcando a mão no peito para sofrear o coração, que saltava como o poraquê.             - O latido de Japi é de alegria, disse o chefe.             - Porque chegou; mas a voz da jandaia é de tristeza. Achará o guerreiro ausente a paz no seio da esposa solitária, ou terá a saudade matado em suas entranhas o fruto do amor?             O cristão moveu o passo vacilante. De repente, entre os ramos das árvores, seus olhos viram sentada, à porta da cabana, Iracema com o filho no regaço, e o cão a brincar. Seu coração o arrojou de um ímpeto, e a alma lhe estalou nos lábios:             - Iracema!... ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: FTD, 1991, p. 86.   Assinale a alternativa correta em relação ao romance.

  4. 64

    UNESP 2016

    Duas fortes motivações converteram-se em molas de composição desta obra:   a) por um lado, o desejo de contar e cantar episó- dios em torno de uma figura lendária que trazia em si os atributos do herói, entendido no senso mais lato possível de um ser entre humano e mítico, que desempenha certos papéis, vai em busca de um bem essencial, arrosta perigos, sofre mudanças extraordinárias, enfim vence ou malogra...;   b) por outro lado, o desejo não menos imperioso de pensar o povo brasileiro, nossa gente, percorrendo as trilhas cruzadas ou superpostas da sua existência selvagem, colonial e moderna, à procura de uma identidade que, de tão plural que é, beira a surpresa e a indeterminação. (Alfredo Bosi. Céu, inferno, 2003. Adaptado.)   Tal comentário aplica-se à obra

  5. 65

    UNEMAT 2006

    A narrativa de Iracema recria e interpreta uma realidade brasileira, expondo traços e aspectos sociais bastantes particulares. Nela, o escritor busca a superação de nossa “falta” pelo modelo que se apresentava, já que em um país subdesenvolvido como o Brasil, a elaboração de uma hipótese nacional coerente sofre de maneira acentuada as influências externas. Nesse particular, assinale a alternativa CORRETA.

  6. 66

    UNEMAT 2010

    Assinale a alternativa em que a obra indicada se filia ao nacionalismo romântico.

  7. 67

    UNIPAM 2012

    Numere a 2ª coluna, composta de fragmentos de textos poéticos, com a 1ª, composta de diferentes modos como a vida pode ser abordada por escritores de épocas distintas. (1) Vida como momento de consciência de efemeridades. (2) Vida como momento de distanciamentos amorosos. (3) Vida como momento de reflexões metafísicas. (4) Vida como momento de refúgios sem destinos.   ( ) Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar? amar e esquecer, amar e malamar, amar, desamar, amar? sempre, e até de olhos vidrados, amar? [....] Este o nosso destino: amor sem conta, distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas, doação ilimitada a uma completa ingratidão, e na concha vazia do amor a procura medrosa, paciente, de mais e mais amor. [...] (Carlos Drummond de Andrade) ( ) Nise? Nise? onde estás? Aonde espera Achar te uma alma, que por ti suspira, Se quanto a vista se dilata, e gira, Tanto mais de encontrar te desespera! [...] Nem ao menos o eco me responde! Ah como é certa a minha desventura! Nise? Nise? onde estás? aonde? aonde? (Cláudio Manuel da Costa) ( ) Discreta e formosíssima Maria, Enquanto estamos vendo a qualquer hora Em tuas faces a rosada Aurora, Em teus olhos, e boca o Sol, e o dia: [...] Oh não aguardes, que a madura idade Te converta em flor, essa beleza Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada. (Gregório de Matos) ( ) Eu durmo e vivo ao sol como um cigano, Fumando meu cigarro vaporoso; Nas noites de verão namoro estrelas; Sou pobre, sou mendigo e sou ditoso! [...] Tenho por palácio as longas ruas; Passeio a gosto e durmo sem temores; Quando bebo, sou rei como um poeta, E o vinho faz sonhar com os amores. (Álvares de Azevedo) Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA

  8. 68

    UEMS 2006

    Tecendo um paralelo entre o romantismo e o realismo é correto afirmar que:   I. Poemas como Canção do exílio, Navio negreiro: tragédia no mar e Idéias íntimas são representações de que o romantismo brasileiro é uma tendência extremamente objetiva. Já o Realismo é uma tendência muito mais emotiva e idealista como pode ser observado, por exemplo, em obras como Esaú e Jacó e, sobretudo, em Memorial de Aires, ambas de Machado de Assis. II. As duas escolas apresentam uma visão ideal diante da figura humana. Essa postura explica a excessiva emotividade e a correlação dos personagens ao paralelo ideal provindo dos clássicos. III. O Romantismo tende ao ideal, já o realismo é marcado por uma visão mais objetiva diante da figura humana e da sociedade. Personagens como o Conselheiro Aires, em Memorial de Aires, exemplificam a distância entre os dois movimentos. Enquanto o romantismo tende a amenizar as diferenças individuais optando pelo apaziguamento das tensões, o realismo intensifica essas tensões, fato que oportuniza a forte crítica social presente no movimento.   Assinale a alternativa que contém a(s) afirmação(ões) correta(s):

  9. 69

    UNIFESP 2006

    Uns lindos olhos, vivos, bem rasgados, Um garbo senhoril, nevada alvura, Metal de voz que enleva de doçura, Dentes de aljôfar, em rubi cravados. Fios de ouro, que enredam meus cuidados, Alvo peito, que cega de candura, Mil prendas; e (o que é mais que formosura) Uma graça, que rouba mil agrados. Mil extremos de preço mais subido Encerra a linda Márcia, a quem of’reço Um culto, que nem dela inda é sabido. Tão pouco de mim julgo que a mereço, Que enojá-la não quero de atrevido Co’as penas que por ela em vão padeço (Flinto Elisio) Este inferno de amar Este inferno de amar – como eu amo! Quem mo pôs aqui n’alma... quem foi? Esta chama que alenta e consome, Que é a vida – e que a vida destrói – Como é que se veio a atear, Quando – ai quando se há-de ela apagar? (Almeida Garrett) Assinale a alternativa correta

  10. 70

    UFAM 2015

    Assinale a alternativa que se refere ao romance Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida:

  11. 71

    UNEMAT 2010

    “O primeiro cearense, ainda no berço, emigrava da terra da pátria. Havia aí a predestinação de uma raça?” (p.86). Essa reflexão, sob a forma de pergunta, o autor______________ faz a si mesmo (com toda propriedade, e por motivos que podemos interpretar como pessoais), ao finalizar o romance_____________. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas:

  12. 72

    ENEM PPL 2014

    Soneto   Oh! Páginas da vida que eu amava, Rompei-vos! nunca mais! tão desgraçado!... Ardei, lembranças doces do passado! Quero rir-me de tudo que eu amava! E que doido que eu fui! como eu pensava Em mãe, amor de irmã! em sossegado Adormecer na vida acalentado Pelos lábios que eu tímido beijava! Embora – é meu destino. Em treva densa Dentro do peito a existência finda Pressinto a morte na fatal doença! A mim a solidão da noite infinda! Possa dormir o trovador sem crença. Perdoa minha mãe – eu te amo ainda! AZEVEDO, A. Lira dos vinte anos. São Paulo: Martins Fontes, 1996.   A produção de Álvares de Azevedo situa-se na década de 1850, período conhecido na literatura brasileira como Ultrarromantismo. Nesse poema, a força expressiva da exacerbação romântica identifica-se com o(a)

  13. 73

    UPE 2011

    O movimento cultural do Romantismo marcou a Europa do final do século XVIII e dos primórdios do século XIX. Presente nas artes plásticas, na literatura, na filosofia e na música, o Romantismo influenciou, também, a produção cultural fora da Europa. Sobre a arte romântica, assinale a alternativa CORRETA.

  14. 74

    UNIFESP 2011

    Ontem a Serra Leoa, A guerra, a caça ao leão, O sono dormido à toa Sob as tendas d’amplidão! Hoje... o porão negro, fundo, Infecto, apertado, imundo, Tendo a peste por jaguar... E o sono sempre cortado Pelo arranco de um finado, E o baque de um corpo ao mar... Ontem plena liberdade, A vontade por poder... Hoje... cúm’lo de maldade, Nem são livres p’ra morrer... Prende-os a mesma corrente – Férrea, lúgubre serpente – Nas roscas da escravidão. E assim roubados à morte, Dança a lúgubre coorte Ao som do açoite... Irrisão!... (Castro Alves. Fragmento de O navio negreiro – tragédia no mar.)   Considere as seguintes afirmações.   I. O texto é um exemplo de poesia carregada de dramaticidade, própria de um poeta-condor, que mostra conhecer bem as lições do “mestre” Victor Hugo. II. Trata-se de um poema típico da terceira fase romântica, voltado para auditórios numerosos, em que se destacam a preocupação social e o tom hiperbólico. III. É possível reconhecer nesse fragmento de um longo poema de teor abolicionista o gosto romântico por uma poesia de recursos sonoros.   Está correto o que se afirma em:  

  15. 75

    UPE 2014

    Iracema   Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.   Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.   O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.   Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.   Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos. Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto.   Iracema saiu do banho; o aljôfar d'água ainda a roreja, como à doce mangaba que corou em manhã de chuva. Enquanto repousa, empluma das penas do gará as flechas de seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste.   A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome; outras remexe o uru de palha matizada, onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda, e as tintas de que matiza o algodão. (...) José de Alencar   Sobre alguns aspectos relevantes da prosa de Alencar e da personagem do texto acima, considere as afirmativas a seguir.   I. Iracema é colocada em um cenário que, como ela mesma, é mostrado com exuberância e vivacidade, como no trecho: “Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara.”. II. Iracema é descrita a partir de um foco que põe em destaque, principalmente, sua sensualidade e erotismo, como em “Iracema saiu do banho; o aljôfar d'água ainda a roreja, como à doce mangaba que corou em manhã de chuva.”. III. Alencar mostra Iracema sob um ponto de vista que realça a sua absoluta integração à natureza, como em “Enquanto repousa concerta com o sabiá da mata o canto agreste” e “A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela.”. IV. A prosa de Alencar, de primorosa escolha vocabular e apoiada em ampla pesquisa linguística, é também permeada de belas imagens, ritmo e sonoridade que resultam em efeitos estéticos que a aproximam do texto poético.   Estão CORRETAS, apenas:

  16. 76

    UEG 2004

    A respeito da obra Contos, de Machado de Assis, é possível dizer que ela

  17. 77

    UPE 2016

    Em relação à produção literária de Gonçalves Dias e Castro Alves, ambos preocupados, em suas temáticas, com a problemática das etnias, que determina o homem brasileiro como ser culturalmente híbrido, analise as afirmativas e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas.   ( ) A poética de Gonçalves Dias trata do homem indígena em sua essência, apresentandoo integrado aos aspectos culturais de seu grupo. ( ) A poética de Castro Alves toma como princípio a defesa dos negros, escravos que eram vendidos aos colonos no Brasil para serem explorados pelos senhores, principalmente no plantio da cana e no fabrico do açúcar. ( ) Tanto Gonçalves Dias quanto Castro Alves ficaram alheios às questões históricas brasileiras, pois produziram poemas de tonalidade épica, embora neles não fossem contempladas as temáticas indígena e abolicionista. ( ) Nos poemas líricos, eles exaltaram o sentimento amoroso de modo diversificado. Enquanto Gonçalves Dias idealiza a imagem feminina, Castro Alves imprime-lhe um sentido sensual, o que já prenuncia o movimento posterior ao Romantismo. ( ) Na poesia condoreira de Castro Alves, o poeta descreve como os negros são desterritorializados, os maus-tratos que sofrem nos navios negreiros e o modo como perdem a liberdade ao serem vendidos como escravos aos senhores de engenho.   Analise a alternativa que contém a sequência CORRETA.

  18. 78

    UP 2015

    Lucíola, de José de Alencar, é um romance representativo do Romantismo, mas se aproxima do que viria a ser a estética do Realismo. Assinale a alternativa correta no que diz respeito à identificação adequada de traços realistas em Lucíola.   

  19. 79

    UFRGS 2016

    Assinale a alternativa correta sobre autores do Romantismo brasileiro.

  20. 80

    UNESP 2012

    No século XIX a música brasileira teve sua maior expressão na obra de Antonio Carlos Gomes, aclamado uma personalidade musical da corte de dom Pedro II. A estreia de sua ópera “O Guarani” em 1870 nos teatros de Milão e do Rio de Janeiro trouxe-lhe reconhecimento internacional. A ópera inspira-se no romance indianista O Guarani, de José de Alencar, publicado em 1857, que narra um triângulo amoroso entre a jovem Cecília, o índio Pery e o português dom Álvaro. (Coleção Folha grandes óperas. Carlos Gomes, vol. 07, 2011. Adaptado.)     Assinale a alternativa que se refere corretamente a fatos ocorridos na história do Brasil no período que se estende de 1850 a 1870.

  21. 81

    ENEM PPL 2012

    TEXTO I   A canção do africano   Lá na úmida senzala, Sentado na estreita sala, Junto ao braseiro, no chão, entoa o escravo o seu canto, E ao cantar correm-lhe em pranto Saudades do seu torrão... De um lado, uma negra escrava Os olhos no filho crava, Que tem no colo a embalar... E à meia-voz lá responde Ao canto, e o filhinho esconde, Talvez p’ra não o escutar! “Minha terra é lá bem longe, Das bandas de onde o sol vem; Esta terra é mais bonita, Mas à outra eu quero bem.” ALVES, C. Poesias completas. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995 (fragmento).   TEXTO II   No caso da Literatura Brasileira, se é verdade que prevalecem as reformas radicais, elas têm acontecido mais no âmbito de movimentos literários do que de gerações literárias. A poesia de Castro Alves em relação à de Gonçalves Dias não é a de negação radical, mas de superação, dentro do mesmo espírito romântico. MELO NETO, J. C. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003 (fragmento).   O fragmento do poema de Castro Alves exemplifica a afirmação de João Cabral de Melo Neto porque

  22. 82

    UPF 2012

    Leia as seguintes afirmações sobre Lucíola e classifique com V as verdadeiras e com F as falsas. (__) A narrativa é apresentada ao leitor como o resultado da iniciativa de uma senhora, que teria decidido reunir e publicar as cartas enviadas a ela por Paulo. (__) O registro dos costumes burgueses, que é uma característica de outros livros de José de Alencar, não se faz presente nesse romance. (__) Na obra, o autor aborda o tema da prostituição. (__) Nas últimas páginas do livro, Lúcia conta a Paulo a história de seu passado e manifesta o desejo de voltar a ser chamada pelo seu nome de batismo, Maria. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

  23. 83

    UPE 2014

    TEXTO 1   Ao coração que sofre   Ao coração que sofre, separado Do teu, no exílio em que a chorar me vejo, Não basta o afeto simples e sagrado Com que das desventuras me protejo.   Não me basta saber que sou amado, Nem só desejo o teu amor: desejo Ter nos braços teu corpo delicado, Ter na boca a doçura de teu beijo.   E as justas ambições que me consomem Não me envergonham: pois maior baixeza Não há que a terra pelo céu trocar;   E mais eleva o coração de um homem Ser de homem sempre e, na maior pureza, Ficar na terra e humanamente amar. Olavo Bilac. Disponível em: http://pensador.uol.com.br. Acesso em: 06 out. 2014   TEXTO 2   Soneto   Pálida à luz da lâmpada sombria, Sobre o leito de flores reclinada, Como a lua por noite embalsamada, Entre as nuvens do amor ela dormia!   Era a virgem do mar, na escuma fria Pela maré das águas embalada! Era um anjo entre nuvens d'alvorada Que em sonhos se banhava e se esquecia!   Era a mais bela! Seio palpitando... Negros olhos as pálpebras abrindo... Formas nuas no leito resvalando...   Não te rias de mim, meu anjo lindo! Por ti − as noites eu velei chorando, Por ti − nos sonhos morrerei sorrindo! Álvares de Azevedo. Disponível em: http://pensador.uol.com.br. Acesso em: 06 out. 2014.   Os Textos 1 e 2 têm por temática o amor, visto, entretanto, sob pontos de vista diferentes, em razão principalmente de seus autores pertencerem a movimentos literários e contextos históricos distintos. Com base na leitura dos textos e no seu conhecimento sobre a produção literária dos autores, assinale as relações adequadas.   I. Texto 1 – Visão carnal do amor: Parnasianismo. II. Texto 2 – Visão irreal e casta da mulher: Ultrarromantismo. III. Texto 1 – Visão racional do amor: Ultrarromantismo. IV. Texto 1 – Visão antropocentrista da vida: Parnasianismo. V. Texto 2 – Realização amorosa improvável: Ultrarromantismo.   As relações CORRETAMENTE estabelecidas são, apenas

  24. 84

    UPF 2016

    Em Senhora, de José Alencar, pode-se observar que o autor emprega, de modo recorrente, ao longo da narrativa, uma linguagem _____________________ para sustentar certo grau de ____________________ diante do tema central do romance, o casamento por dinheiro.  Assinale a alternativa cujas informações preenchem corretamente as lacunas do enunciado.

  25. 85

    FUVEST 2014

    Examine as seguintes afirmações relativas a romances brasileiros do século XIX, nos quais a escravidão aparece e, em seguida, considere os três livros citados:   I. Tão impregnado mostrava-se o Brasil de escravidão, que até o movimento abolicionista pode servir, a ela, de fachada. II. De modo flagrante, mas sem julgamentos morais ou ênfase especial, indica-se a prática rotineira do tráfico transoceânico de escravos. III. De modo tão pontual quanto incisivo, expõe-se o vínculo entre escravidão e prática de tortura física.   A. Memórias de um sargento de milícias; B. Memórias póstumas de Brás Cubas; C. O cortiço.   As afirmações I, II e III relacionam-se, de modo mais direto, respectivamente, com os romances

  26. 86

    UNICAMP 2015

    Considere os versos abaixo dos poemas “Sentimento do mundo” e “Noturno à janela do apartamento”, de Carlos Drummond de Andrade, ambos publicados no livro Sentimento do mundo. esse amanhecer mais noite que a noite.   (Carlos Drummond de Andrade. Sentimento do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.12.) Silencioso cubo de treva: um salto, e seria a morte. Mas é apenas, sob o vento, a integração na noite. Nenhum pensamento de infância, nem saudade nem vão propósito. Somente a contemplação de um mundo enorme e parado.   A soma da vida é nula. Mas a vida tem tal poder: na escuridão absoluta, como líquido, circula.   Suicídio, riqueza, ciência... A alma severa se interroga e logo se cala. E não sabe se é noite, mar ou distância.   Triste farol da Ilha Rasa. (Idem, p. 71.)    A visão de mundo do eu lírico em Drummond é marcada pela ironia e pela dúvida constante, cujo saldo final é negativo e melancólico (“Triste farol da Ilha Rasa”). Tal perspectiva assemelha-se à do

  27. 87

    PUC-CAMPINAS 2015

    (...) a insistência em descrever a natureza, arrolar os seus bens e historiar a vida ainda breve da Colônia indica um primeiro passo da consciência do colono, enquanto homem que já não vive na Metrópole e, por isso, deve enfrentar coordenadas naturais diferentes, que o obrigam a aceitar e, nos casos melhores, repensar diferentes estilos de vida. Se por um lado sua atitude em face do índio, por exemplo, prende-se aos comuns padrões culturais de português e católico-medieval, seu contato com os nativos leva-o a uma observação curiosa, da qual pode nascer uma nova avaliação. (Adaptado de: BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1982. 3. ed., 3a tiragem, p. 20)     As iniciativas de descrever a natureza, arrolar os seus bens e historiar a vida ainda breve da Colônia estão documentadas no gênero que se conhece como

  28. 88

    UFJF 2016

    Texto I Navio negreiro-fragmentos (Castro Alves) Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura... se é verdade Tanto horror perante os céus?! Ó mar, por que não apagas Co'a esponja de tuas vagas De teu manto este borrão?... Astros! noites! tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão! Quem são estes desgraçados Que não encontram em vós Mais que o rir calmo da turba Que excita a fúria do algoz? Quem são? Se a estrela se cala, Se a vaga à pressa resvala Como um cúmplice fugaz, Perante a noite confusa... Dize-o tu, severa Musa, Musa libérrima, audaz!... São os filhos do deserto, Onde a terra esposa a luz. Onde vive em campo aberto A tribo dos homens nus... São os guerreiros ousados Que com os tigres mosqueados Combatem na solidão. Ontem simples, fortes, bravos. Hoje míseros escravos, Sem luz, sem ar, sem razão. . . (...) VI Existe um povo que a bandeira empresta P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!... E deixa-a transformar-se nessa festa Em manto impuro de bacante fria!... Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta, Que impudente na gávea tripudia? Silêncio. Musa... chora, e chora tanto Que o pavilhão se lave no teu pranto! ... Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, Estandarte que a luz do sol encerra E as promessas divinas da esperança... Tu que, da liberdade após a guerra, Foste hasteado dos heróis na lança Antes te houvessem roto na batalha, Que servires a um povo de mortalha!... (ALVES, Castro. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1960. pp. 281-283)   O texto I é um fragmento do poema “Navio negreiro”, de 1868, sobre o tráfico de escravos no Brasil. Por meio desse poema, o autor faz uma crítica à sociedade brasileira e à política do Império, responsáveis pela manutenção de um regime escravista. A figura que sustenta metaforicamente essa crítica é:

  29. 89

    UPE 2016

    Enquadram-se os três sonetos em distintos Movimentos Literários. Leia-os e analise-os.   Poema 1 Já da morte o palor me cobre o rosto, Nos lábios meus o alento desfalece, Surda agonia o coração fenece, E devora meu ser mortal desgosto! Do leito embalde no macio encosto Tento o sono reter!… já esmorece O corpo exausto que o repouso esquece… Eis o estado em que a mágoa me tem posto! O adeus, o teu adeus, minha saudade, Fazem que insano do viver me prive E tenha os olhos meus na escuridade. Dá-me a esperança com que o ser mantive! Volve ao amante os olhos por piedade, Olhos por quem viveu quem já não vive!  (Álvares de Azevedo, Lira dos 20 anos)    Poema 2 A Morte Oh! a jornada negra! A alma se despedaça... Tremem as mãos... O olhar, molhado e ansioso, espia, E vê fugir, fugir a ribanceira fria Por onde a procissão dos dias mortos passa. No céu gelado expira o derradeiro dia, Na última região que o teu olhar devassa! E só, trevoso e largo, o mar estardalhaça No indizível horror de uma noite vazia... Pobre! por que, a sofrer, a leste e a oeste, ao norte E ao sul, desperdiçaste a força de tua alma? Tinhas tão perto o Bem, tendo tão perto a Morte! Paz à tua ambição! paz à tua loucura! A conquista melhor é a conquista da Calma: - Conquistaste o país do Sono e da Ventura! (Olavo Bilac)   Poema 3 A Morte Oh! que doce tristeza e que ternura No olhar ansioso, aflito dos que morrem… De que âncoras profundas se socorrem Os que penetram nessa noite escura! Da vida aos frios véus da sepultura Vagos momentos trêmulos decorrem… E dos olhos as lágrimas escorrem Como faróis da humana Desventura. Descem então aos golfos congelados Os que na terra vagam suspirando, Com os velhos corações tantalizados. Tudo negro e sinistro vai rolando Báratro a baixo, aos ecos soluçados Do vendaval da Morte ondeando, uivando…  (Cruz e Sousa)    A leitura dos poemas comprova que o tema da morte tanto quanto o tema do amor estão presentes em textos de todos os movimentos literários e em produção de diferentes poetas. Nos três poemas, o tema da morte é ponto fundamental. Sobre isso, assinale a alternativa CORRETA.

  30. 90

    UFRGS 2015

    Assinale a alternativa correta a respeito de Memórias de um sargento de milícias , de Manuel Antonio de Almeida.

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