PUC-GO 2015

Lua de mel! Lua de fel. Bebi meu cálice de amargura, cumprindo cada uma das estações da dor. Fui para a cama com um rapaz decente, um amigo fiel, porém insípido, insosso, desenxabido como a sopa que agora engulo todas as noites. Enquanto isso, perto dali, o homem pelo qual meu corpo inteiro latejava, que eu queria e que me desejava, entrava debaixo dos lençóis de outra mulher, minha irmã. Amor, paixão, revolta. Ódio. Com que fúria maldisse meu pai, minha mãe. Ana Alice, minha irmã, tão apaixonada pelo Vítor quanto eu, e com a vantagem daquele odioso arzinho de fragilidade, o trunfo que acabou lhe garantindo a vitória. Na batalha da força contra a fraqueza, a última saiu vitoriosa. Quem diria! Com tão escassa munição, a sonsa Ana Alice venceu a peleja.

 

O castigo tem pressa, não se faz esperar. Aqui se faz, aqui se paga. O preço foi alto; durante anos, minha irmã permaneceu chafurdada no inferno do ciúme. Chamuscou na labareda da inveja a pureza de suas lindas asas de anjo. Encontrou, um dia, a felicidade? Não encontrou? Uma coisa é certa: ninguém pode dizer que Ana Alice tenha sido rejeitada. E, ao seu modo, talvez tenha sido feliz sim, não sei. No final, acomodou-se nos braços de um amor maduro, se morno ou não, quem há de saber? Morreu tranquila ao lado do marido. Naqueles tempos em que a palavra dada tinha peso de assinatura, ninguém ponderou a força da paixão que unia o Vítor a mim. Não avaliaram a ameaça que representava nossa cumplicidade, o gosto pelas mesmas coisas, um amor jovem demais desabrochado na clandestinidade. No início de nossos casamentos, resistimos. Permanecemos aparentemente acomodados em nossos compromissos arranjados. Antes de tudo, vinha a arraigada convicção de que era necessário manter as aparências.

(BARROS, Adelice da Silveira.  Mesa  dos inocentes. Goiânia: Kelps, 2010. p. 19.)

 

 

In the following excerpt from Text 4, we note the narrator’s acute awareness of social expectations with regards to marriage and adhering to these social norms: “Permanecemos aparentemente acomodados em nossos compromissos arranjados. Antes de tudo, vinha a arraigada convicção de que era necessário manter as aparências”. “Manter as aparências” or “to keep up appearances” is an idiom in English that means, according to the MacGraw-Hill Dictionary of American Idioms and Phrasal Verbs (2002), to make things look alright whether they are or not.

 

When we consider other common idioms such as, for example, “let the cat out of the bag”, “break a leg”, and “you can’t judge a book by its cover”, which of the following sentences best defines “idiom” in the English language:

Escolha uma das alternativas.