PUC-RS 2012
1. Não tive acesso ao conteúdo do livro “Por uma
2. vida melhor”, apenas a pequenos trechos. Portanto,
3. falo com base em informações e opiniões de terceiros.
4. Nessa perspectiva, vejo como positivo o debate que
5. a abordagem pouco ortodoxa dos autores desen-
6. cadeou, pondo fogo a um tema em geral tido como
7. irrelevante: a língua materna em uso. Entretanto,
8. um trecho da obra me preocupou, e destaco: “Posso
9. falar ‘os livro’?” “Claro que pode, mas dependendo
10. da situação, a pessoa pode ser vítima de preconceito
11. linguístico”.
12. Para começar, pedir licença para falar de um de-
13. terminado jeito é um tiro no pé da tese defendida em
14. “Por uma vida melhor”. Porque pedir licença, neste
15. contexto, é reconhecer o poder do outro sobre nós –
16. o que parece ser exatamente o contrário do que os
17. autores pregam. Além disso, a resposta “Claro que
18. pode” é inócua: o aluno tanto sabe que pode que usa
19. essa concordância rotineiramente.
20. O problema maior, bem mais sutil e muito mais
21. complicado, porém, está na segunda parte da fala.
22. Agir livre de preconceito, o oposto de fazer alguém
23. “vítima de preconceito”, implica não só aceitar as
24. pessoas como são, mas também acreditar que todos
25. sejam capazes de evoluir por méritos próprios. Ao
26. afirmar que a modalidade “permitida” pode vitimizar
27. quem a utiliza – pela ação do “outro ameaçador” –, os
28. autores estão deslocando o foco da importância
29. de construir conhecimento de modo autônomo
30. e reflexivo e enfatizando o julgamento alheio,
31. novamente reforçando o preconceito. Ora, aula de lín-
32. gua materna é aula de cidadania, e ninguém se torna
33. cidadão por receio do “outro ameaçador”. O aluno deve
34. ter oportunidade de conhecer e desenvolver múltiplas
35. linguagens porque assim ele poderá expressar ideias
36. e sentimentos com mais autonomia. E, talvez, com
37. menos preconceito.
38. Tudo isso pode parecer muito sutil, mas a lingua-
39. gem é feita de sutilezas, para o bem ou para o mal
Considerando o sentido de algumas palavras/expressões no texto, NÃO é correto afirmar que
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