PUC-RS 2012

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou em setembro de 2011 a produção comercial no Brasil de um feijão geneticamente modificado desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A alteração genética no feijão impede que a planta contraia a doença conhecida como mosaico dourado, capaz de dizimar plantações inteiras. Esta doença é causada por um vírus que promove danos em quase todas as regiões onde se cultiva feijão nas Américas. Este vírus é transmitido pela mosca branca (Bermisia tabaci) que, ao se alimentar das plantas, acaba transferindo o vírus. O principal método para o controle da mosca branca é o uso frequente de inseticidas nas lavouras. Contudo, poucos inseticidas têm se mostrado eficientes no controle da praga, elevando os custos de produção sem reduzir a taxa de transmissão do vírus. Para combater o vírus, os pesquisadores da Embrapa introduziram nas plantas de feijão um gene que é transcrito em um RNA de interferência, que possui a capacidade de promover a degradação de um mRNA viral específico. O mRNA viral, alvo da degradação, é responsável pela síntese de uma proteína necessária para que ocorra a multiplicação do vírus na célula vegetal (proteína Rep). Desta forma, o feijoeiro transgênico impede a multiplicação do vírus e evita a doença.

(Adaptado de http://www.ctnbio.gov.br/index.php/content/ view/16501.html)

 

Com referência ao efeito esperado do feijoeiro geneticamente modificado sobre a população de mosca branca e ao controle da doença do mosaico dourado, afirma-se:

I. O feijoeiro transgênico está protegido do mosaico dourado, mesmo na presença da mosca branca.

II. A manipulação genética das plantas interfere na multiplicação da mosca branca.

III. A transmissão do vírus será reduzida devido à diminuição da população de moscas brancas hospedeiras.

IV. A ausência da produção da proteína Rep nas células do vegetal impede a proliferação viral no feijoeiro.

Estão corretas apenas as afirmativas

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