UNISC 2016

 Carole Vance no texto Antropologia (Re)descobre a Sexualidadeafirma que as abordagens construtivistas: [...] partilham a necessidade de problematizar os termos e o campo de estudos — no mínimo, todas as abordagens adotam a visão de que atos sexuais fisicamente idênticos podem ter importância social e significado subjetivo variáveis, dependendo de como são definidos e  compreendidos em diferentes culturas e períodos históricos. Assim como um ato sexual não traz em si um significado social universal, a relação entre atos sexuais e significados sexuais também não é fixa, o que torna sua transposição a partir da época e do local do observador um grande risco. Na verdade, as culturas geram categorias, esquemas e rótulos diferentes para estruturar as experiências sexuais e afetivas. Essas construções não só influenciam a subjetividade e o comportamento individual, mas também organizam e dão significado à experiência sexual coletiva através, por exemplo, do impacto das identidades, definições, ideologias e regulações sexuais.

VANCE, Carole. A Antropologia (Re)descobre a Sexualidade.
Revista Physis, Rio de Janeiro, v. 5, n. 1, 1995, p. 7-32.

Com base no trecho leia as afirmativas a seguir:

I. As definições de sexualidade são extensivas a toda a história e a todas as culturas porque os significados atribuídos à sexualidade são fixos e universais.
II. A existência de atos sexuais idênticos indica que o peso da cultura na influência dos comportamentos e das subjetividades é limitado porque há algo inato que condiciona a organização da expressão da sexualidade.
III. Os significados sobre a sexualidade variam em contextos históricos e culturais, pois os grupos sociais produzem categorias, esquemas e rótulos diferentes para estruturar as experiências sexuais e afetivas.

Assinale a alternativa correta.

Escolha uma das alternativas.