UEG 2002

A visão dos aviões transformados em mísseis atravessando o World Trade Center é quase irreal. Efeitos especiais? Não, pura realidade. Sobre o atentado terrorista aos EUA, Marilene Felinto, em um artigo na Folha de S. Paulo (18 de setembro de 2001), analisa o impulso de adesão imediata aos EUA diante das imagens da tragédia. Porém, evoca outros episódios dramáticos de nossa história, impondo ao leitor uma reflexão diversa: “Como terá sido em 1945, quando os EUA, com o apoio dos países aliados, destruiu Hiroshima e Nagazaki, matando, só na primeira cidade, 80 mil pessoas? É longo o intervalo entre o surgimento de memórias da guerra e a conclusão da paz, diz Adorno, é um testemunho de quão penosa é a reconstrução da lembrança, que permanece ligada a uma certa impotência, algo de inautêntico, pouco importando por quais horrores os narradores passaram.”

Com base no debate acerca dos atentados aos EUA, analise as informações a seguir e responda segundo as opções indicadas:

 

I - A reação ao ato terrorista contra os EUA está marcada por dois movimentos simultâneos: o desejo imediato de retaliação e a construção de uma rede de apoio internacional capaz de mediar e proteger os norte-americanos e seus aliados das possíveis reações dos países atingidos.

II - O ataque americano a Hiroshima e Nagazaki foi um ato de guerra contra uma nação quase vencida, mas sua eficácia demonstrava ao mundo a superioridade bélica dos EUA e representava uma resposta específica ao Japão pelo ataque à base americana de Pearl Habor.

III - A repetição contínua das imagens da destruição do World Trade Center e do sofrimento da população atormenta o mundo por um excesso de realidade, dificultando a recomposição das lembranças e da paz.

IV - Na manhã de 11 de setembro, as Torres Gêmeas de Manhatan desmoronam sob o impacto da unidade política do mundo islâmico, determinando a religião como um novo projeto de ordenação para o mundo todo.

 

Assinale:

Escolha uma das alternativas.