UEG 2013

CRUCIFIXO

É um crucifixo de marfim 
Ligeiramente amarelado, 
Pátina do tempo escoado. 
Sempre o vi patinado assim. 

Mãe, irmã, pai meus estreitado 
Tiveram-no ao chegar o fim. 
Hoje, em meu quarto colocado, 
Ei-lo velando sobre mim. 

E quando se cumprir aquele 
Instante, que tardando vai, 
De eu deixar esta vida, quero 

Morrer agarrado com ele. 
Talvez me salve. Como – espero – 
Minha mãe, minha irmã, meu pai. 

BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 20. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. p. 270.  

Em relação à sua estrutura, o poema apresenta

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