UEL 2010

Do ponto de vista do cidadão, a equação de trabalhar sem prazer para viver livremente nos períodos de folga é dura demais, se considerarmos que passamos mais de 60% do dia envolvidos com o trabalho. E, como não há notícia de um ser humano que tenha conseguido desligar o cérebro durante suas tarefas, somos também nós mesmos durante o labor.

Dá para ser feliz no trabalho?,Época, 13 de jul. 2009, p. 68.

 

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a visão sociológica do trabalho, considere as afirmativas a seguir:

 

I. Segundo a teoria marxista, só é possível avaliarmos que “passamos mais de 60% de nossas vidas envolvidos com o trabalho” devido à organização capitalista que, em razão da propriedade privada dos meios de produção e do assalariamento, separa tempo de trabalho e tempo de não-trabalho.

II. Para Max Weber, o desafio da explicação sociológica era o de reconstruir o processo por meio do qual se passou a aceitar o trabalho de forma disciplinada como um fim em si mesmo, tornando-o passível de uma avaliação moral positiva. Foi essa sua intenção ao analisar as afinidades eletivas do trabalho capitalista com a ética protestante.

III. O sentimento do trabalhador em relação à sua atividade estava ausente nas ideias da sociologia clássica, já que a felicidade ou não dos sujeitos no trabalho é uma preocupação da sociedade contemporânea globalizada, que se baseia em valores individualistas e hedonistas.

IV. Seguindo a linha de explicação oriunda de Émile Durkheim, a questão do prazer ou felicidade no trabalho não depende diretamente do número de horas trabalhadas, mas se há uma compreensão em cada indivíduo da importância de cada um no trabalho geral, em que exercemos nossa individualidade, “somos nós mesmos na execução de nossas especialidades”.

 

Assinale a alternativa correta.

Escolha uma das alternativas.