UEMG 2016

Parece mesmo que a crônica é um gênero menor. ― Graças a Deus ― seria o caso de dizer, porque sendo assim ela fica perto de nós. E para muitos pode servir de caminho não apenas para vida, que ela serve de perto, mas para a literatura (...) Por meio dos assuntos, da composição aparentemente solta, do ar de coisa sem necessidade que costuma assumir, ela se ajusta à sensibilidade de todo o dia. Principalmente porque ela elabora uma linguagem que fala de perto ao nosso modo de ser mais natural. Na sua despretensão, humaniza; e esta humanização lhe permite, como compensação sorrateira, recuperar com a outra mão uma certa profundidade de significado e um certo acabamento de forma, que de repente podem fazer dela uma inesperada embora discreta candidata à perfeição.

CANDIDO, Antonio et alii.A crônica: o gênero, sua fixação e suas transformações no Brasil.Campinas; Rio de Janeiro: UNICAMP; Fundação Casa de Rui Barbosa, 1992.

 

 

A ideia de que o gênero crônica está a serviço não só da vida, mas também da literatura, é bem representada pela seguinte referência da obra Crônicas para ler na escola, de Zuenir Ventura:

Escolha uma das alternativas.