UFJF 2012
Nel mezzo del camim...
Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E alma de sonhos povoada eu tinha...
E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.
Hoje segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.
E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
(BILAC, Olavo. Poesias. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 127.)
No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
(ANDRADE, Carlos Drummond. Nova reunião. Rio de Janeiro: José Olympio, 1983, p. 15.)
Releia os versos.
“Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.”
“No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho”
O texto de Carlos Drummond de Andrade elabora, em sua forma, as referências ao texto de Bilac. Baseado nos versos acima, o elemento formal que melhor evidencia a aproximação entre o poema de Drummond e o soneto de Bilac é:
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