UFLA 2014

CÁRCERE DAS ALMAS


Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.

 

Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.

 

Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!

 

Nesses silêncios solitários, graves,
Que chaveiro do Céu possui as chaves
Para abrir-vos as portas do Mistério?!
SOUZA, Cruz. Poesias Completas. Rio de Janeiro: Ediouro, s/d.

 

O poema é representativo da estética Simbolista segundo a qual é CORRETOobservar:

Escolha uma das alternativas.